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História Sob a luz da lua - Capítulo Único


Escrita por: ramosdeagua

Notas do Autor


Oi, oi, amores!
Espero que gostem dessa bokuaka e que ela deixe o coração de vocês quentinho ♥ Não tem nenhum draaaaaaaama, é só uma coisinha fofinha mesmo que num piscar de olhos tive a ideia e fiz.

Era isso, boa leitura!

Capítulo 1 - Capítulo Único


Eu já havia visto e revisto todos os preparativos para a surpresa que eu planejava fazer para Akaashi. Eu quase ri comigo mesmo ao perceber meu nervosismo patético, digo, sou atacante de um time profissional e não fico nervoso para os jogos, mas para fazer uma surpresa para o meu namorado meus nervos entram em colapso? É isso mesmo?

Era a décima vez que eu mandava mensagem para Hinata perguntando se estava tudo pronto e se ele tinha certeza de que estava tudo certo. “Está tudo perfeito, Bokuto-san! Kuroo-san e eu estamos indo embora já, conferimos tudo. Boa sorte!”, essa foi a última mensagem que ele me mandou e eu entendi que era a minha deixa. Eu precisava me acalmar, daria tudo certo. Respirei fundo, saí do quarto e fui para a sala do apartamento em que morava com Akaashi, chegando lá, eu o encontrei deitado no sofá lendo um livro. Seus óculos estavam perfeitamente encaixados na ponta do nariz e a mão segurava com habilidade e experiência o livro grosso em suas mãos.

— A-akaashi?

Lindo como sempre, ele tirou seus olhos do livro e arrumou os óculos antes de olhar para mim por cima das lentes. Engoli em seco, mas fui direto antes que a chance de estragar tudo me alcançasse.

— Sim, Bokuto-san? — Ele respondeu.

Eu me perguntei se devia mandá-lo se vestir, mas ele estava perfeito dentro de um moletom azul marinho e uma bermuda jeans leve. Ao pensar melhor, percebi que apenas levantaria suspeitas caso o mandasse trocar de roupa.

— Pegue um tênis e venha comigo.

Akaashi franziu as sobrancelhas e arqueou uma delas em seguida. Ele estava desconfiado mesmo assim? Graças aos céus a expressão dele suavizou e eu pude ficar menos receoso.

— Quer companhia para comprar seus donuts às oito da noite, não quer? — Ele perguntou já se levantando do sofá ao deixar seu livro e óculos na mesinha de centro.

— Com certeza! Você sabe… — eu apontei meus dedos indicadores na direção de Keiji — atletas precisam de um mimo antes do jantar.

Akaashi sorriu, deixou um selinho em meus lábios e foi calçar os tênis.

Tempo depois ele apareceu ao meu lado pegando as chaves do apartamento. Descíamos as escadas quando comecei a repassar as coisas em minha cabeça. Eu sabia que não era a pessoa mais organizada do mundo, mas isso era algo que eu queria fazer para Akaashi e queria mais do que tudo que fosse especial. Olhei para minhas roupas e aparentemente estava tudo dentro do aceitável, uma calça skinny preta e uma camisa de botões na cor branca colocada devidamente para dentro da calça. Tudo certo.

Quando terminamos de descer as escadas, tirei uma venda do bolso da calça e fiquei atrás de Akaashi para passá-la sobre seus olhos.

— Bokuto-san, o qu-

— Quietinho, — falei baixinho ao pé de seu ouvido — confie em mim.

Demorou um pouco para que ele me desse alguma confirmação, mas logo ele assentiu com um balançar de cabeça. Soltei o ar que estava prendendo em meus pulmões, abri a porta e o guiei pela mão até o lado de fora. Então, andamos pelos blocos dos prédios até chegarmos ao quintal. Cuidei para que Akaashi não caísse ou tropeçasse durante o caminho, eu jamais me perdoaria se ele se machucasse logo neste momento.

— Bokuto-san, já chegamos? — Ele perguntou perdido e eu ri baixinho.

— Pensei que o impaciente da relação era eu, Akaashi. — Brinquei e consegui, com muito orgulho, arrancar um sorriso de canto dos lábios dele. — Só… mais… alguns… passos. Agora espere aqui.

Passei rapidamente os olhos pelo local e tudo estava onde deveria. O grande jardim estava iluminado com fios de luzes de led da cor branca e as flores coloridas enfeitavam os limites do vasto gramado que se estendia diante de nós. Sem demora, consegui localizar a caixinha de som em cima de um banquinho e perto dele encontrei a cesta de piquenique que eu havia preparado com petiscos e uma garrafa de vinho acompanhada de duas taças. Procurei dentro da cesta a toalha de piquenique branca com listras prateadas e a estendi no chão para deixar pronto para a hora que fossemos jantar abaixo da lua e das estrelas.

Liguei a caixinha de som e a música lenta começou a preencher o ambiente. Voltei para perto de Keiji e me posicionei atrás dele para segurar seus ombros com carinho.

— É nossa música?

Sorri ao saber que ele reconheceu.

— É sim — então, retirei a venda de seus olhos e fiquei ao lado dele para ver a reação.

Foi ali que eu tive certeza do que eu estava fazendo. Akaashi merecia tudo aquilo e muito mais na verdade. Ver seus escuros olhos verdes brilharem sob a luz da lua e das estrelas me deixou sem estruturas, ele sempre me deixava assim… apaixonado. Tirei meus tênis e fiz uma mesura quando fiquei em frente a Keiji e lhe estendi a mão.

— Me concede essa dança?

— Acho que não estou devidamente vestido.

— Você está perfeito, Akaashi — ele sorriu e, depois de tirar os tênis, segurou minha mão.

Andamos até o centro do gramado e uma de minhas mãos segurou a dele e eu as ergui juntas no ar ao nosso lado enquanto que com a outra segurei sua cintura com delicadeza e o puxei para perto de mim. Lentamente começamos a dançar nossa música favorita pela grama que fazia cócegas em nossos pés descalços. O aperto da mão de Keiji em meu ombro me dava a segurança e a tranquilidade que só ele sabia passar através de um gesto tão sutil. Eu agradeci à luz da lua por iluminar os lindos e calmos olhos do homem à minha frente.

— Eram esses os seus donuts, Bokuto-san? — Ele disse ao encostar sua testa na minha.

Nos olhamos por alguns segundos antes de começarmos a rir baixinho.

— Você é o único doce que eu preciso na vida.

Então, eu tive o prazer de observar Keiji arquear uma sobrancelha antes de ele deixar a cabeça pender para trás e soltar uma risada um tanto quanto alta. Será que ele tinha ao menos a mínima noção da beleza que ele tinha? Diante daquilo, eu não resisti e o puxei em minha direção para plantar vários beijinhos em seu pescoço exposto. Aproveitando minha aproximação, senti Akaashi segurar meu rosto com as duas mãos e diminuir cada vez mais a distância entre nossos lábios.

Paramos de dançar.

Ele iria me beijar.

Eu, obviamente, beijaria-o de volta.

A boca dele deslizou de forma tão macia sobre a minha quanto a seda desliza sobre a pele. Beijar Keiji era assim, era perder a noção do tempo, era sentir o oxigênio faltando, era sentir o coração derretendo no peito, era… tudo. Minhas mãos apertaram sua cintura e um arrepio cruzou minha espinha ao sentir sua mão deslizar para meu peito enquanto a outra se embrenhava em meus cabelos para aprofundar o toque de nossos lábios.

— Bokuto-san, eu te a-

— Shiu! Não diga isso. — Eu o interrompi. Os olhos de Akaashi piscaram rapidamente antes de se arregalarem e as sobrancelhas se arquearem. — Não foi isso que eu quis dizer! Não fale isso agora! Quero dizer, depois você pode! Claro que pode, mas… ainda não. — Reprimi a vontade de cavar um buraco naquele jardim e me esconder dentro dele para sempre e coloquei uma mechinha do cabelo de Akaashi atrás de sua orelha.

Ele comprimiu os lábios em uma linha fina, visivelmente segurando uma risada. Respirei fundo e segurei as mãos dele entre as minhas e as beijei com carinho. Então, olhei no fundo dentro das íris tão fascinantes de Keiji.

— Sabe, eu nunca soube exatamente o momento em que me apaixonei por você, Akaashi. Sempre que penso “foi aqui”, eu lembro de outro momento em que eu já estava caindo no abismo do amor. Eu nunca fui um homem com um vocabulário tão extenso quanto o seu, mas sempre mantive a minha palavra — pensei melhor sobre a última frase e estreitei os olhos. — Eu mantive, né?

Akaashi sorriu e balançou a cabeça.

— Sim, manteve.

— Continuando então — pigarreei. — Eu sempre mantive a minha palavra. Isso era tudo que eu tinha. Eu não sabia por onde te conquistar, sabe... você era e é lindo, inteligente, silencioso… você era meu perfeito oposto. Você é a pessoa que meus pais sempre disseram para procurar, a diferença é que eu não sabia que estava te procurando até te encontrar de fato. Não chore ainda, por favor — pedi gentilmente ao secar a lágrima que ameaçava cair de seu olho direito.

“E quando eu te encontrei, algo pareceu certo, minha existência nunca pareceu tão certa, mas ainda faltava você. Eu precisava da sua calma, da sua tranquilidade, dos seus momentos de silêncio. Em todos esses anos, eu aprendi a amar cada palavra que escorrega de seus lábios, porque se eu precisar silenciar o mundo todo apenas para ouvir a sua voz, eu vou fazer. Você é mais precioso para mim do que você imagina, Keiji. Eu amo cada linha dos seus traços, eu amo cada trejeito seu, eu amo a maneira com que seus olhos correm pelas linhas de um livro, eu amo o jeito que você acorda de manhã, eu amo você inteiro. Amo você sem faltar uma parte.”

Meu coração começou a bater mais forte contra meu peito, mas eu respirei fundo  e segurei o rosto de Akaashi entre minhas mãos. Primeiro, dei um beijo em sua testa, depois um em cada bochecha. Por fim, tirei uma caixinha de veludo verde escuro do bolso de trás da minha calça e me ajoelhei na grama. O pensamento de que a luz da lua jamais seria capaz de se igualar ao brilho de Akaashi cruzou pela minha mente.

— Eu não acredito que você está… — percebi que ele desistiu da frase no meio da caminho.

— Acredite, pois eu estou — abri a caixinha e segurei a sua mão esquerda. — Keiji, você disse uma vez que somos os protagonistas do mundo, mas eu preciso saber de uma coisa. Você aceita ser o protagonista do meu mundo? Keiji, você aceita casar comigo?

Em completa adoração e nervosismo, eu vi um sorriso pequeno e singelo dominar os lábios de Akaashi. Com gestos polidos e suaves, ele sentou sobre os seus calcanhares na grama e seus polegares foram até meus olhos, enxugando as lágrimas que lutei tanto para segurar.

— Você me disse para não chorar e está fazendo exatamente isso?

Afirmei com a cabeça.

— Apenas me escute como tem feito todos esses anos, Bokuto-san — ele disse e eu concordei veemente. Eu faria qualquer coisa para ouvir a voz dele. Sempre. — Você merece cada parte de mim desde a primeira vez que me pediu um levantamento. Desde a primeira vez que sorriu para mim. Você merece cada parte de mim desde sempre. Você disse que tinha somente a sua palavra para me dar, mas você me deu muito mais do que isso, você me deu seus sorrisos, você me deu o calor do seu abraço, você me deu seu carinho. Meu bem, você me deu tudo e muito mais do que eu já pedi aos céus. Kōtarō, você é um livro que eu não me canso de ler, eu sou capaz de ler todos os seus poemas repetidamente até o fim dos meus dias e a cada hora que passa eu me apaixono mais por cada um deles. Então, sim, eu aceito ser o seu protagonista, eu aceito ser o que você precisar que eu seja desde que eu fique ao seu lado — ele finalizou e pegou um dos anéis da caixinha.

Os olhos verdes de Keiji fitaram os meus tão profundamente que me perguntei se aquilo era mesmo real. Segundos depois, senti o toque gelado do anel em meu dedo e tive certeza de que, sim, aquilo era mesmo real. Prontamente, eu peguei o anel que sobrou na caixinha e o deslizei para o dedo anelar de Akaashi.

— Que tal fazermos um brinde? — Ele sugeriu ao aproximar seu rosto do meu e me beijar com carinho.

Minha cabeça estava nas nuvens, eu sentia meu corpo absurdamente mais leve depois de ouví-lo dizer que aceitava. Minhas mãos foram aos cabelos sedosos de Akaashi e eu não podia estar mais feliz. Ele e eu nos separávamos por míseros segundos somente para rir da nossa felicidade para depois voltarmos a nos beijar com mais carinho até que me dei conta de que estava esquecendo algo.

— Minha nossa! Vem aqui! — Eu disse todo afobado, já puxando-o pela mão.

Ambos sentamos sobre a toalha de piquenique e eu distribui os potinhos com os petiscos ordenadamente sobre a toalha depois de guardar a caixinha de anéis vazia na cesta de piquenique. Alcancei a Akaashi uma das taças de cristal e a enchi com vinho.

— Está tudo perfeito — ele confessou baixinho em meu ouvido e me beijou na bochecha enquanto eu servia minha taça.

— Não tão perfeito quanto você. Ao nosso amor? — Questionei ao erguer minha taça em direção a sua.

— Ao nosso amor — ele respondeu e tocamos nossas taças, que fizeram aquele clássico tim. — Mas eu te amo mais.

— Akaashi!


Notas Finais


Gostaram meus amores? Espero que sim, mas se não gostaram daí não posso fazer nada aushaushauhsahs Tô brincando, adoro vocês!

Por hoje era isso. Beijinhos ♥


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