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História Saint Seiya: Sob o Sangue do Escorpião - A Dor de Uma Angústia


Escrita por: Draconnasti e Katrinnae

Notas do Autor


Antares está prestes a retornar para o Santuário, por mais que seu coração quisesse permanecer ali, em família. Havia trabalho a ser feito e uma conversa no dia anterior suscitara desconfianças na jovem.

AVISO DE GATILHO:
Eu sei, é uma fic, +18, mas eu me sinto na obrigação de avisar. Não quero pessoas se sentindo mal e relembrando momentos ruins por causa da minha história

Para pessoas mais sensíveis, recomendo pular o texto que estiver abaixo do primeiro marcador, e só retomar no marcador seguinte.

Capítulo 14 - A Dor de Uma Angústia


Estavam sentados na sala onde Scorpio costumava dedicar um tempo sozinho, bebendo e refletindo. Tinha uma decoração simples, com algumas cadeiras e klinai (01) de madeira com forro macio, uma delas era grande o bastante para comportar o seu corpo deitado. Algumas almofadas ajudavam a tornar seus usos mais confortáveis, assim como alguns vasos com plantas, próximos às paredes, ajudavam a preencher o vazio do aposento.

Sobre a mesa que os separava, um jarro com a bebida e outro com água, e três vasilhas fundas. A primeira continha uvas verdes, grandes e suculentas. Na segunda, estava uma mistura de grãos de avelã, amêndoas e nozes com mel. Por fim, a terceira trazia um incenso suave de lavanda, mantido por um pedaço de brasa viva.

Ele levou o copo de cerâmica e sorveu um longo gole de vinho, enquanto assimilava tudo aquilo que tinha escutado de Antares. Sua primeira missão foi algo atípico para Cavaleiros inexperientes, mas fora realizada com sucesso pleno. Isso era algo que o enchia de orgulho. Resgates sempre eram trabalhosos, pois as vítimas geralmente eram mais frágeis e isso sempre demandava cuidado.

Particularmente o Caçador odiava esse tipo de trabalho.

Porém, a presença de enviados diretos do Hades não era algo que fosse esperado, muito menos indicado para alguém que acabara de se sagrar. Conhecia a hierarquia dos Espectros do Submundo muito bem, sabia que uma Estrela Terrestre não seria páreo para um Cavaleiro de Ouro, muito menos para a sua filha. Entretanto, dificilmente eles agiam sozinhos.

E, pelo que ouvira, havia Esqueletos e um sacerdote do Imperador Hades. Um humano que teve o privilégio de receber a ajuda de alguém diretamente vinculado a um Deus era algo que denotava um certo prestígio. E isso, naquele momento, era algo muito problemático.

– E então, você os eliminou com eficiência, resgatando às vítimas... – Comentou o escorpiano, ao terminar de ouvir todo o relato dela, apoiando-se no encosto da kliné. – Queria ter visto a cara de surpresa do Espectro e do sacerdote...

– Sim, meu pai. – Ela confirmou, ainda com um copo cheio de água na mão. Olhava para algum ponto incerto no chão. – Eu fiz o necessário para que o Espectro demorasse a retornar.

– Acredito que tenha sido algo realmente impressionante, minha criança. – Ele respondeu, tomando um novo gole, antes de apanhar um punhado de cereais adocicados com mel. – Mas uma sacerdotisa que tenha se corrompido do modo como me descreveu é algo preocupante.

– Tenho medo de imaginar o que fizeram a ela. – Replicou a Amazona, estremecendo. – Ela estava tão assustada quando cheguei e... ficou tão em paz quando se foi que eu...

– Então não imagine. – O ex-Cavaleiro rebateu com simplicidade. – E, pelo que me descreveu, você fez muito bem em realizar a execução daquele modo. Você a fez partir sem mais sofrimentos, e isso não é algo tão fácil de se fazer. Mesmo para Cavaleiros com função de Executor.

– Será que eu pude realmente dar paz a ela em seu momento final? – A escorpiana quis saber.

Ele a olhou em silêncio por alguns instantes, analisando sua reação. O cheiro havia apresentado uma ligeira alteração e tinha percebido que ela estava evitando o contato visual. O Caçador respirou fundo, bebendo o resto do vinho em seu copo, antes de enche-lo novamente.

– Eu não duvidaria. Se os devidos ritos foram prestados, certamente sua alma já se encontra no local a ela reservado pelos seus atos em vida. Os Juízes do Inferno são obrigados a dar um julgamento justo àqueles que chegam a eles, sejam inimigos, sejam aliados.

– Isso me conforta um pouco. – Falou a jovem.

– E quanto ao Cavaleiro? Como ele está? – Scorpio questionou, mantendo os olhos sobre a filha. – Ele tem se mostrado diferente? Os superiores dele apresentaram alguma queixa?

Aquela pergunta a apanhou de surpresa, fazendo-a erguer a cabeça. Até onde sabia, tudo estava normal, ainda que soubesse que Íficles nada lhe diria a respeito. Depois da Reunião Dourada com Athena, era provável que ele lhe dificultaria muito o trabalho em qualquer coisa que dependesse de seu apoio.

– Não, meu pai, nada de diferente. – A jovem respondeu, seguida de um suspiro triste. – Apenas se mostrou insubordinado, mas isso eu já esperava.

– O quão insubordinado? – Ele interrogou erguendo uma sobrancelha discretamente.

– Ele se negou a seguir minhas ordens, mesmo estando ferido. – Ela explicou, dando de ombros. – Me ignorou ao máximo, até o momento em que devolvemos a sacerdotisa ao Templo de Athena, na Acrópole...

– Nenhum cheiro diferente? Ou marca estranha? – Questionou seu pai, atento às reações da filha, vendo-a negar com a cabeça. – E o que você fez com ele?

– Eu o puni, fazendo com que marchasse ao meu lado, sem pausas, até a presença da senhora Athena. – Respondeu a jovem.

– Você fez mesmo isso?! – O ex-Cavaleiro perguntou, arregalando os olhos tão vermelhos quanto os dela.

– A-acha que fiz errado? – A Amazona devolveu, engolindo a seco.

Sua mente começou a trabalhar muito rápido com a simples sugestão. Teria mesmo cometido um erro ao punir o Cavaleiro de Lobo daquela forma? Teria então que se redimir com ele por conta disso? Certamente que o Cavaleiro de Bronze iria humilha-la quando o fizesse. Tamanha a perturbação que demorou a perceber que seu pai ria alto, ao ponto de curvar o corpo para trás e levar uma mão à barriga.

– E eu perdi uma coisa dessas?! – O escorpiano falou, quando conseguiu recuperar um pouco de ar. – Como eu queria estar lá para ver o subordinado do gato arrepiado pagando pela insolência!

Ela o olhou sem saber como lidar, corando de vergonha, enquanto ele tentava parar por conta das câimbras nas costas e no ventre. Agape surgiu na porta, curiosa com o que se deu. Era extremamente raro que o seu, agora marido, risse daquele modo.

– Aconteceu algo, minha querida? – A mulher perguntou, sem entrar no aposento.

– Ah... não, minha mãe. A-acho que não... – A escorpiana respondeu, desconsertada.

– Por que seu pai está rindo desse jeito? – Quis saber, com um ar interrogativo evidente.

- R-realmente não sei dizer, minha mãe... estávamos conversando e... eu falei algo, então...

O ex-Cavaleiro caiu novamente em risos quase convulsivos. Algo tão alto que fez com que ambas o olhassem sobressaltadas. Era algo muito difícil, para não dizer impossível, vê-lo rir daquele modo, mesmo quando se tratava da desgraça de algum desafeto. Geralmente era um riso maldoso e desagradável, ou apenas um silêncio polido.

– Tudo bem, depois eu faço o seu pai me dizer. – A outra falou, se retirando e deixando-os a sós novamente.

Scorpio estava curvado para frente, com uma mão na boca, para silenciar as gargalhadas. Lágrimas fugiam aos olhos, enquanto ele tentava parar de rir.

– Meu pai, pare com isso! – Antares pediu, ruborizando ainda mais. – É-é assustador demais quando o senhor ri desse modo!

– Desculpe, Scorpi! – Ele conseguiu dizer, depois de respirar fundo. – É que eu nunca me acostumei com a visão limitada dos humanos que servem a senhora Athena… – Explicou enxugando a face.

– Nunca entendi o porquê do senhor chamar as pessoas por… humanos. – Ela murmurou e encostou-se no kliné onde estava sentada.

– Estou acostumado a ser o monstro que todos acham que sou. – O ex-Cavaleiro respondeu, com um sorriso cínico. – Fui a Besta de Athena por vinte anos…

– O senhor não é um monstro… – A Amazona o interrompeu.

– Depende de que lado você está. – Pontuou ele.

Aquilo a calou por um instante. Queria negar, mas já havia aprendido o bastante a respeito daquilo.

– Para mim, o senhor é um herói. – Ela rebateu com alguma tristeza.

Foi a vez do escorpiano se calar pesaroso. O que iria dizer? Já discutiram sobre esse assunto tantas vezes que até mesmo ele aceitou que era simplesmente inútil. A jovem nunca mudaria a forma de vê-lo, não importava se cometesse algum ato abominável. Mesmo quando havia chegado ao Templo de Escorpião, ainda como uma criança assustada e maltratada, ela não o viu como o monstro que ele se intitulava.

Ele se levantou e sentou-se ao lado dela. Nada disse senão abraçá-la forte, permitir que a jovem soubesse que ali era seu porto seguro. Devia isso à Ágape, quem lhe ensinou àquele sentimento que ainda era tão confuso, mas que sabia o quão necessário era, até mesmo para ele que estava em constante aprendizado.

– E você é um presente da qual sempre hei de me orgulhar, criança.

✶~~✶✶✶~~✶

Íficles estava deitado de bruços em sua cama, enquanto duas de suas escravas limpavam seus ferimentos. Os cortes feitos em suas costas ainda queimavam ao simples contato com os panos umedecidos, fazendo-o rilhar os dentes para não gritar de dor. Graças aos óleos e aos unguentos usados, os ferimentos já não vertiam mais sangue ao mínimo contato.

Se continuasse o tratamento com todo o cuidado dispensado, a previsão de retomada de sua rotina deveria se dar por volta de duas semanas. O que já não era sem tempo ao seu ver. Os escravos sofreriam em suas mãos.

“Aquela meretriz do Inferno... Vou curra-la até que não consiga mais ficar de pé!”, pensou ao sentir uma violenta fisgada nas costas, que logo foi anestesiada por uma nova dor. A culpada por sua situação não sairia impune, pois iria atrás de vingança tão logo estivesse completamente recuperado.

Remoeu pensamentos e devaneou de quantas formas conseguiria humilhar e desgraçar completamente a Amazona de Escorpião. Em boa parte delas, imaginava o seu corpo em meio às pernas da jovem, violando-a com força e ouvindo os seus gritos de dor. Em sua opinião, uma excelente forma de lembrar àquela petulante mulher qual era o seu verdadeiro papel no mundo: Nada mais que um depósito para a semente de um homem. Uma geradora de crianças e um aquecedor de cama. Nada mais que isso.

– Mestre Íficles. – A voz de um escravo o tirou de seu devaneio, fazendo com que o leonino ficasse ainda mais irritado. – O senhor Nyctimus de Lobo pediu para vê-lo. Devo pedir para que venha em outro momento?

– Faça-o entrar! – Disse mal-humorado.

O servo assentiu, curvando-se e desaparecendo pela porta por algum tempo. Logo em seguida, o Cavaleiro de bronze surgiu, mal conseguindo conter a surpresa pelo estado de seu superior. Então os boatos que escutara eram reais. A infame Amazona havia enfrentado o Cavaleiro de Leão e o ferido pelas costas.

– S-senhor... então é verdade o que falaram sobre aquela... aquela... víbora imunda? – Nyctimus sussurrou, vendo as escravas ajudarem Íficles a se virar e ficar sentado.

– Melhor colocação… CUIDADO, SUAS VACAS MAL PARIDAS! Querem meus ferimentos sendo abertos?! – O leonino gritou com as servas, desvencilhando-se delas de modo brusco. – Sumam daqui! Tragam-me o que comer.

As mulheres se afastaram receosas e se retiraram para cumprir sua nova ordem, e rezando pela piedade de Athena para que o acalmasse tão logo estivessem de volta. E uma vez sozinhos, os dois Cavaleiros se olharam. Se o rosto do Dourado estava vermelho por conta da raiva ou da dor, não era possível dizer.

– Meu senhor... Me falaram do que aconteceu enquanto estive... estive ausente. – Lobo começou a falar, tomando cuidado com as palavras que dizia. – Nunca imaginei que aquela impura tivesse tamanha ousadia! Nossa Deusa nada fez a respeito? Será que ela não soube?

– Seja direto e não faça rodeios. O que está querendo me dizer? – Esbravejou o Leão, inquieto, buscando a melhor posição para ficar sem que sentisse dor.

– Ah... bom... V-vim me reportar ao senhor, após minha missão...

– Aquela à qual você falhou, seu maldito? – Rosnou Íficles entredentes. – Aquela da qual você precisou ser salvo por uma mulher?

– M-mas, meu senhor...

– Me dê uma boa razão para que eu não te execute aqui, agora mesmo? – O Cavaleiro de Ouro gritou exasperado. – VOCÊ SE PROVOU UMA COMPLETA DECEPÇÃO! INCAPAZ DE PROTEGER UMA SACERDOTISA E PRECISANDO SER RESGATADO POR UMA MULHER QUE ABRIA AS PERNAS PARA AQUELE DEPENADO QUE VEIO DO OLIMPO!

Aquilo soou como o rugido de um leão, provocando arrepios no Cavaleiro de Bronze, que nunca sentira tal coisa. Não era a primeira vez que via o leonino despejar impropérios contra subordinados que falhavam com suas expectativas, contudo nunca foi algo como aquilo.

Lobo caiu de joelhos, com as mãos espalmadas no chão e cabeça baixa, se remoendo de ódio e vergonha por aquilo.

– PERDOE-ME, SENHOR! SEI QUE O DECEPCIONEI E PEÇO, HUMILDEMENTE QUE ME PERDOE E ME DÊ MAIS UMA CHANCE! – Implorou. – Sei que falhei com o senhor, mas prometo me redimir. Mesmo com aquela mulher… – diz com tom de desprezo. – Fazendo-me marchar, ferido, não baixei minha cabeça e mantive minha postura como nos ensinou.

– NÃO FEZ MAIS QUE A SUA OBRIGAÇÃO! MAS AINDA ASSIM, FRACASSOU E PERMITIU QUE ISSO VIESSE A ACONTECER. – Urrou Íficles, projetando o corpo para a frente, mal sentindo as feridas começarem a abrir outra vez. – Você é uma vergonha para o meu destacamento...

– Estou disposto a sofrer as punições que mereço, meu senhor. – Nyctimus falou e voltou a fitá-lo. – Único a quem mereço isso, não daquela mulher que… que… – E engoliu a vergonha.

– Aquela vagabunda pagará pela insolência de se meter com MEUS subordinados. – Rosnou o Leão mais uma vez. – E você, prepare-se para o seu castigo tão logo eu esteja apto a retornar! Agora desapareça da minha frente!

– S-Sim… meu senhor… – O Cavaleiro de Bronze o reverenciou, deixando o aposento.

Tão logo as portas foram fechadas, seus olhos reluziram em um suave vermelho, enquanto fechava fortemente os punhos.

✶~~✶✶✶~~✶

Lá fora, o dia estava ensolarado, com pássaros cantando e os servos a trabalhar. Ainda faltava muito para deixar aquela morada completamente adequada aos seus moradores. Por enquanto, apenas suas necessidades mais básicas estavam ajustadas. Embora o rio ficasse próximo dali, uma cisterna garantiria que o suprimento de água ficasse bem mais ao alcance dos servos.

Uma pequena plantação seria iniciada quando a época favorecesse. Já tinham em mente uma pequena vinha, de onde sairia as uvas para consumo e um pouco do vinho caseiro que Scorpio tanto apreciava. Algumas figueiras, macieiras e pereiras, cenouras, alho e cebolas. O bastante para garantir que, em dias de caças magras, a família não passasse fome.

As carnes seriam responsabilidade direta do escorpiano. Tão de imediato, já preparou o seu arco, reforçando-o para não quebrar ao ser tensionado e para garantir que seu disparo seria muito efetivo. Isso, até arrumar uma madeira mais adequada para tal. Até aquele momento, estava tudo indo bem, com carne farta sobre a mesa e couro e ossos a serem transformados em utensílios e vestimenta.

As sobras não se acumulavam. Logo eram levadas por um casal de escravos para serem trocadas por leite de cabra, farinha, aveia, nozes, pinhas e peças de tecido. Às vezes, conseguiam algumas moedas, as quais Ágape fazia questão de guardar em uma caixa em seu quarto. Pretendia arrumar um tear, para fazer as roupas de seu marido e de seu bebê, tal sua mãe fazia quando era criança. Mas, como o seu marido costumava repetir: “Kairós. Kairós. Tudo ao seu devido tempo” (02).

Antares terminou de prender a última bandagem no braço, e checou o quão firme estava. Já não podia mais ficar, havia passado tempo demais ali, ainda que tivesse coletado boas informações a respeito. Além disso, as perguntas de Scorpio sobre o Cavaleiro de Lobo a incomodavam. Não tinha ideia do que exatamente ele estava suspeitando, no entanto ficaria atenta.

Ágape a olhava da porta, aflita. Não queria que a sua menina fosse embora tão cedo, mesmo sabendo que ela já não era mais uma criança e sim uma mulher adulta, e que ela precisava ir. Para diminuir a sensação de aperto no peito, pediu aos escravos da casa para que colocassem uma boa peça de pão e queijo para viagem, algumas maçãs e peras, junto com sumo de uvas em seu odre.

– Minha menina linda… – Disse a mulher, se aproximando e levando as mãos aos ombros da mais nova. – Tem certeza de que precisa mesmo ir hoje? Poderia ficar mais um pouco. Seu pai poderia… poderia trazer mais informações para você, se ficar…

– Eu adoraria ficar, Ágape… digo… minha mãe, mas eu preciso voltar. – A Amazona rebateu com um tom triste, tomando as mãos da outra, e as beijando com devoção. – Eu tenho outras funções a exercer lá. Prometo voltar quando meu pai tiver mais informações.

– Está bem… – Respondeu a ex-escrava, com pesar, puxando-a cuidadosamente para um abraço forte. – Não hesite em nos procurar se precisar, não importa o momento, ou a hora… Estaremos sempre aqui! – E a beijou na testa.

– Sim, minha mãe, eu o farei. Que eu possa garantir que a senhora e meu pai... – Dizia, quando lançou um olhar para a barriga da outra, pousando a mão suavemente sobre ela. – ... e meu irmãozinho, ou irmãzinha, possam viver em paz neste mundo.

– Todos nós, minha filha. Todos nós!


Notas Finais


01 – O correto seria Klinai, que é o plural de kliné (ou cliné). Kliné é uma espécie de cama que era utilizada para comer e descansar, e dispunha de uma parte horizontal para reclinar-se à altura da mesa. O apoio para a cabeça era, geralmente, curvo e não se utilizavam apoios para os pés. Podia ser utilizado em cerimônias religiosas ao ar livre, como também para fins domésticos comuns, como dormir.

02 – Kairós ou Kairos é um dos Deuses do Tempo da mitologia grega (que possuía três deuses apenas para essa finalidade). Kairós era o deus referente ao Tempo Oportuno, ao momento certo de agir, ao tempo certo de aproveitar as oportunidades.


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