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História Sobre Dever e Honra - O Recomeço


Escrita por: DunnyAmador

Capítulo 6 - O Recomeço


Draco

Sentado na cama de casal, não conseguia parar de bater a perna em um tique nervoso, encarando o espelho de duas faces com ansiedade. Já tinha passado dois dias que sai de casa e minha mãe ainda não tinha entrado em contato.

Apesar da relação estranha com Andrômeda, ela era uma pessoa simples de lidar. Era reconfortante o fato deles estarem relacionados por sangue. Ela tinha me deixado ficar no antigo quarto da filha, Tonks, casada com Remus Lupin e integrante da força de aurores. Me perguntei se a mulher não se sentia solitaria depois do casamento da filha e morte do marido, mas ela parecia lidar bem com tudo. A casa comum no distrito trouxa era o suficiente pra mim. Nunca neguei o quanto fui mimado durante toda a vida, criado praticamente em um palácio e recebendo tudo o que o dinheiro poderia comprar. Pena que não poderia comprar tudo.

Por isso, estava muito satisfeito onde estava se isso significasse me manter longe do meu pai e principalmente das mãos de Riddle.

Me levantei, passeando nervosamente pelo piso envernizado, já era noite mas pretendia ficar acordado com esperanças de receber notícias. Olhei para o espelho de corpo inteiro acoplado no guarda roupa e suspirei. Não só me sentia horrível como também estava. As olheiras terrivelmente aparentes debaixo dos olhos e meu cabelo, antes com brilho e uma leve ondulação, agora opacos e bagunçados. Foda-se quem dizia que gravidez trazia brilho, eu parecia uma merda.

Era ironia que depois de passar a vida culpando Potter por meus fracassos, consegui algo que realmente era culpa do idiota. Quase sentia falta de ser atacado por um hipogrifo.

- Você vai ter que me compensar muito quando adulto por toda essa merda que to passando para te manter - murmurei, apoiando a mão na barriga sob o pijama de seda prata. - O que estou falando? A culpa nem é sua de eu ser um idiota. Ótimo, agora além de estúpido estou ficando louco também - antes que pudesse fazer um buraco no chão, vi o pequeno espelho se acender. Corri até o objeto, quase chorando de alívio ao ver o rosto da minha mãe refletido.

- Mãe! - chamei emocionado, aliviado por ela parecer bem.

- Ei, filho - a voz dela estava baixa, seu olhar de preocupação o avaliando. - Espero que esteja se alimenta...

- Pelo amor de Merlin, mãe. Como Lucius reagiu? Ele descontou na senhora? Dobby está bem? - minhas palavras sairam atropeladas

- Lucius não tem coragem de levantar a mão pra mim, Draco. Eu sou uma Black, conheço mais maldições do que ele vai aprender na existência dele, mas Dobby não teve a mesma sorte.

- Mas... - uma tristeza se abateu sobre mim e antes que eu começasse a lamentar, a mulher me interrompeu.

- Ele está vivo, só não sei por quanto tempo. Lucius o bateu e depois o libertou como castigo, a pobre criatura, pra eles, se libertar da família é pior que a morte - Narcissa falou com um suspiro, se interrompendo quando viu meu sorriso. - Por quê está sorrindo assim?

- Dobby conseguiu o que ele queria, mãe - gargalhei sob o olhar confuso da mãe. - Não acredito que ele enganou meu pai assim, acha que os elfos podem encontrar os familiares depois de cortar o vínculo?

- Não sei... - ela claramente parecia pensar que eu estava louco. - Talvez por ser recente, eu não conheço magia de elfo, Draco.

- O pai está atrás de mim? - finalmente perguntou, ouvindo sua mãe suspirar.

- Sim, já foi atrás de Severus e Zabini. Ele pensou que o garoto poderia ser o pai do seu filho, mas Blaise está viajando há dois meses. Nem preciso dizer que ele está louco. Como eu imaginei, ele não pode te obrigar a voltar fisicamente mas vai tentar destruir todos que te oferecerem ajuda. Ele nunca imaginou que você reagiria a uma ameaça de deserção.

- Ele pode prejudicar Andrômeda?

- Não. O unico vínculo de Andy é sua filha que trabalha nos aurores. E você sabe, a força política não toca lá. James Potter é bem fechado quanto a isso - torci para minha mãe não notar meu estremecimento.

- Também não tocava em Hogwarts um tempo atrás, mãe e isso não impediu Dumbledore ser destituído do cargo.

- Mas ele voltou, os movimentos políticos de Riddle não conseguiram derrubar o velho maluco. Eu não era exatamente contra, sinceramente... - ri da expressão desgostosa da mulher. - Sei que Dumbledore é poderoso, mas sempre estranhei a obsessão de Riddle em derrota-lo.

- Sempre tive a impressão que Dumbledore poderia ler todos os meus pensamentos. Talvez ele saiba mais do que deva - falei, dando de ombros. Não queria falar sobre Tom agora, a lembraça daqueles olhos negros em cima de mim sempre me causava asco. O fato de ter mais que o dobro da minha idade, nunca impediu o homem de me seguir com os olhos em todos os compromissos sociais com meu pai. E isso começou quando eu tinha 14 anos, pena que eu era muito novo pra entender. Agradeci a todos os deuses por minha mãe sempre insistir em me manter ao seu lado durante essas visitas. Ficava irritado na época por me sentir uma criança, mas hoje eu vejo o que ela tentava fazer. O fato de ter certeza que meu pai não daria a mínima e ainda me ofereceria em uma bandeja de prata só aumentava a sensação de nojo. - De qualquer forma, fico feliz pois não foi a tragédia que imaginei.

- Mas tome cuidado. Ele já bloqueou seu acesso aos cofres da familia. Ele parecia com medo, Draco. Acho que Riddle o está pressionando. Não acredito que ele vai te arrastar de volta porque sabe que eu não hesitaria em denuncia-lo, mas há muito tempo que não reconheço mais seu pai. Se não fosse por Orion... enfim, se cuida e espere o nucleo magico do bebê se formar antes de sair em público.

- Depois disso, fazer a indução seria impossível sem me matar... não que eu ache que ele se importaria - completei, sentindo um frio na espinha pelo olhar da minha mãe. Ameaçar deserdação era uma coisa, mas meu pai seria capaz de tirar o bebê a força?

- Severus quer falar com você, disse que vai cortar o aprendizado se não conseguir, aquele homem tem maneiras estranhas de mostrar preocupação. - Narcissa falou e eu tentei não entrar em pânico. Como eu ia encarar meu padrinho sem morrer de mortificação? Merlin, ele vai me achar a pessoa mais estúpida da Terra. - Por Salazar, Draco, não entre em pânico. Esse espelhamento de fugira paterna que você faz em Snape está cada dia mais preocupante.

- Eu não tenho... isso por Snape - reclamei, mas as palavras pareciam fracas até para meus ouvidos. Talvez tentar agradar o homem e vibrar por cada misero elogio que recebia como fazia com meu pai na infância fosse realmente estranho. Mas ninguém poderia me culpar, não tive exatamente um modelo exemplar em casa.

- De qualquer forma se recomponha até o próximo domingo, vai ser bom pra você conversar com ele.

- Mãe... - reclamei, mas a mulher não parecia nem um pouco comovida pelos meus choramingos. Talvez ainda tivesse tempo de fugir para a França. Severus ja iria enlouquecer se soubesse da gravidez, tinha medo de matar o homem precocemente se ele soubesse que era de Harry Potter.

Que bom, meu filho ja estava fadado a ser orfão de um pai antes mesmo de nascer.

Alguns minutos depois, me despedi de Narcissa, fazendo uma promessa fraca de me alimentar melhor. Quando deitei na cama e olhei para o teto, fiz uma tentativa de chamar Dobby. Falhei miseravelmente.

- Droga - tentei concentrar minha magia, pensando na conexão familiar e fiz uma segunda tentativa. Nada aconteceu.

Quando eu estava prestes a desistir e me virar pra dormir, ouvi o som de aparição com um pequeno susto, assistindo em choque uma figura curvada cair diretamente em cima da penteadeira, derrubando todos os produtos caros que eu definitivamente não ia ter dinheiro para repor depois.

Com um grito assustado que eu negaria ter saido de mim, olhei horrorizado para o elfo implorando desculpas e bagunçando ainda mais meus pertences.

- Dobby, fica quieto, droga - gritei, correndo até o elfo e o tirando do meio da bagunça. Com alguns movimentos de varinha, repus tudo no lugar, olhando com tristeza o pequeno vidro de perfume francês quebrado, pronunciando o evanesco mais triste da minha vida. Não gostara da sensação de ter que valorizar as coisas.

- Dobby sente muito, senhor. Dobby vai pagar, é um elfo livre, vai ter dinheiro, Dobby promete - olhando para a criatura chorosa, desisti de azará-lo. Devia saber que os sentidos de localização estavam enfraquecidos e não eram certeiros.

- Esquece isso, Dobby. Você trabalharia meia vida para pagar aquilo e não quero te escravizar de novo - suspirei derrotado, rindo quando o elfo olhou com extremo horror para onde o perfume anteriormente estava. - Isso é o uniforme elfico de Hogwarts? - perguntei impressionado, antes que o Dobby começasse a bater a cabeça no chão e acordasse Andrômeda.

- Sim senhor, Dobby tentou localizar Harry Potter mas não conseguiu. Então Dobby foi para Hogwarts, lá os elfos ganham dinheiro, senhor. Dumbledore é muito gentil. Eu tenho roupas, olha - o elfo apontou para as meias coloridas de vermelho e dourado e eu fiz uma careta. - Se não fosse pelo senhor Dobby ia morrer. A dívida de Dobby nunca vai poder ser paga, senhor. Muito obrigada, eu...

-Ok, Dobby. Obrigado, fico feliz que nosso plano tenha dado certo. Mas porque ir atrás de Potter? Não acho que ele queira empregar um elfo, Dobby.

- Dobby não queria emprego, queria dar parabéns pela criança, senhor Draco. Dobby está muito feliz - o sorriso do elfo morreu quando viu meu olhar completamente horrorizado.

- Ele não sabe, Dobby. Quando disse ninguém pode saber, era literalmente. - agradeci qualquer buraco que Potter tenha se enfiado, sinceramente, esse elfo ia ser minha morte um dia.

- Eu não entendo, senhor - conti a vontade de revirar os olhos, mas dei um sorriso inocente e esperava que fosse convincente.

- Eu quero fazer uma surpresa, Dobby. - falei e o elfo finalmente parecia entender, voltando a sorrir.

- Dobby também queria entregar isso pra ele, senhor - o elfo me deu um pacote enrugado e eu fiz uma careta para aquilo. - Dobby não achou o senhor então pensei em entregar a Harry Potter e pedir para te passar. Eu comprei com o galeão que ganhei por ajudar uma aluna, senhor. Meu primeiro dinheiro - o elfo estufou o peito com orgulho. - É um presente para o bebê - ele parecia orgulhoso e mesmo sem perceber, começei a chorar. - S-senhor? Não gostou? Dobby pode fazer melhor, eu juro...

- É perfeito, Dobby. Obrigado, eu... - não consegui terminar, pois a porta foi aberta de repente e Ninfadora Tonks entrou em toda sua glória auror com uma varinha na mão e pose de combate fazendo os dois ocupantes do quarto pularem de susto.

- Draco? Você está bem? Merlin, ouvi um barulho horrivel e chamei minha filha - a tia saiu de trás da filha, suas mãos fechando o robe com força. Seu olhar preocupado indo do elfo com roupas estranhas e o sobrinho ajoelhado no chão com lagrimas nos olhos.

- Um elfo? Sério, mãe? - a garota riu, guardando sua varinha e me olhando com curiosidade. - O que um elfo de Hogwarts está fazendo aqui? - tentei me recompor rapidamente, limpando o rosto e jogando meu cabelo pra trás, a pose altiva sendo estragada pelo elfo ainda assustado agarrado a minha perna.

- Err... bem. Pode me soltar, Dobby - murmurei para o elfo, que se afastou mas ainda permanecia olhando desconfiado pras mulheres. - Ele era um elfo da mansão, meu bem... amigo? - saiu como uma meia pergunta e Draco se sentiu mortificado pelo olhar incrédulo. - Qual o problema? - perguntei defensivo, cruzando os braços.

- Oh bem, um Malfoy amigo de um elfo não é algo que se vê todo dia. Gostei de você, primo! - Tonks se aproximou, seu cabelo rosa eletrico passando rapidamente para o exato tom do meu loiro prateado, me fazendo encarar admirado. - Sou sua prima, me chame de Dora ou Tonks, nunca Ninfadora. - aceitei sua mão, me assustando quando fui puxado para um abraço forte. - Oh, você é tão fofo! - ela arrulhou e eu me afastei um pouco irritado.

- Não sou - reclamei e seu olhar adorável pareceu aumentar. - Dobby, essa é minha tia Andrômeda e minha prima Tonks. Desculpa te acordar, tia. Dobby não calculou direito onde aparatar e acabou derrubando a penteadeira.

- Bem, fico feliz que não foi nada grave - ela parecia verdadeiramente assustada.

- Dobby precisa ir, senhor - acenei para o elfo, que rapidamente aparatou. Apertei o pequeno pacote em minhas mãos e me virei para Tonks que não dava sinal que queria sair.

- Não está tão, tarde. Aceitam um chá? Vocês podem se conhecer melhor - não pude negar quando a metamorfa rapidamente aceitou, seu cabelo voltando pro rosa enquanto ela falava animada do seu primeiro dia de volta ao trabalho depois da licença. A olhei com curiosidade, lembrando de Andromeda falando do neto de apenas 1 ano e não resisti a curiosidade, seguindo as duas para o andar de baixo.

Depois de algumas perguntas constrangedoras e dúvidas respondidas, me senti satisfeito com a conversa. Tonks foi delicada o suficiente para não citar minha familia e do jeito que ela perguntou meus planos, deduzi que Andrômeda não tinha contado da gravidez. Menos mal, tudo que eu não precisava era de uma pessoa que trabalha com Harry sabendo disso. Ela pareceu emocionada quando soube do meu projeto, seus olhos brilhando enquanto ela falava que o marido adoraria saber disso. Lembrava rapidamente de Remus Lupin como professor de Hogwarts, ele tinha ficado por 2 anos, antes de Riddle usar sua licantropia para por em cheque a consciência de Dumbledore e fazê-lo sair do cargo por um tempo. Lupin pediu demissão e o que se seguiu foi um ano horrível em Hogwarts sob o comando de Dolores Umbridge. Apesar de não ter dado o braço a torcer na época, admitia que ele tinha sido seu melhor professor.

Sorri quando a prima também mostrou fotos do filho guardadas em sua carteira, seu olhar de extrema adoração para a foto da adorável familia me fazendo sentir um aperto no peito. Mesmo não querendo, um sentimento de inveja me corroeu, sabia que nunca teria isso com Potter. Não esperava que ele rejeitasse o filho, mas isso não significava que ele ia se apaixonar perdidamente e me pedir em casamento como em um conto de fadas.

Ótimo, um ômega deserdado e com um filho bastardo. Já não seria fácil conseguir respeito na comunidade científica, para sua carreira decolar era quase uma obrigação seu projeto dar certo. Tonks saiu com a promessa de trazer Teddy no fim de semana e eu subi para meu quarto.

Olhando o pequeno pacote amassado em cima da cama, abri delicamente, tirando pequenas meias de crochê verde sonserina. As pequenas coisas cabiam na palma da minha mão. Funguei, me perguntando quando virei um bebê chorão e deitei a cabeça no travesseiro. Com o presente apertado no peito, fechei os olhos e me deixei cair nos braços de Morfeu.

XxX


Harry

Seamus e Adrian soltaram meus braços e me deixaram cair no sofá do escritório do meu pai, seu olhar assassino espantando rapidamente os outros dois aurores e me deixando sozinho. Covardes.

- Você é idiota? - James praticamente rosnou, olhando pra minha perna enfaixada com irritação.

- Estou com dor - falei, tentando fazer minha maior cara de sofrimento, que não abalou o pai nem um pouco.

- Não estaria se seguisse ordens. - ele devolveu e eu abaixei o rosto irritado.

- Como eu ia imaginar que aquela casa decrepita estava cheia de cobras? Estou há uma semana caindo em armadilhas porque Dumbledore se acha o Mestre dos Magos! Por quê ele não contou o que sabia logo? Nos pouparia tempo.

- Mestre dos Magos?

- Esquece, pai - me irritei. - O problema é que passei por tudo isso só para descobrir que o idiota é meio sangue.

- Isso nos será útil na campanha, não foi tudo perdido - James sustentou meu olhar incrédulo.

- Você sabe como essas familias funcionam, pai. São um bando de hipócritas, Riddle poderia ser um elfo que lamberiam suas botas pela quantidade de poder e influência que ele tem. As regras absurdas e moralistas só se aplicam nos outros, nunca neles. Os Sagrado 28 fingem que são superiores e a gente acredita. - me inflamei, tentando levantar e gemendo de dor logo em seguida. - Precisamos de provas que ele está por trás dos ataques de lobisomen e dos desaparecimentos sem solução.

- Já estamos investigando isso...

- E não está funcionando. Precisamos pressionar Dumbledore, ele sabe mais do que diz - olhei para minha perna de novo, me perguntando quanto tempo demoraria a fazer efeito. Quando finalmente consigo uma transa em 3 semanas, me machuco no trabalho. Ótimo, o destino resolveu zombar com minha cara.

- Oh sim, como se eu não tivesse tentado. Seja paciente, Harry. Estamos perto. Vou vazar essa informação para Skeeter, aquela maluca finalmente vai ser util. Pode não abalar sua base eleitoral, mas com certeza puxa alguns neutros para o nosso lado. E só Merlin sabe o quanto precisamos. Se Riddle for eleito antes da conclusão da investigação contra ele, vai tudo para o ralo.

- Ele não pode tocar os aurores - falei com convicção.

- Mas tudo o que descobrimos vai para o judiciário depois. E elegendo alguns nomes, ele se torna praticamente imune com ou sem revolta da população. - James falou para meu desânimo. De repente, tudo começava a se tornar pessoal. Qual seria minha motivação de trabalho se tudo poderia ser destruido por um bater de martelo? - Pare de pensar nisso, você está suspenso por 2 dias por insubordinação...

- Pai...

- Você sabia que seria assim, Harry - James falou com uma careta e eu o encarei com raiva. - Gosta de pensar que é adulto mas parece nem ter saído da adolescência com esse comportamento. Só um milagre para te fazer ter mais responsabilidade. Agora vá, Sirius voltou da missão na Irlanda e quer te ver. Vamos jantar na casa de Remus e Tonks hoje.

- Eu tenho compromisso...

- Marque sua foda para outro dia, Harry. Você não tem um afilhado de enfeite - e com isso, meu pai me deixou sozinho no escritório, batendo a porta no meu rosto indignado.

- Foda-se, eu realmente estou destinado a morrer de bolas azuis. - resmunguei para mim mesmo, preparando meu patrono para desmarcar o compromisso com Daphne, encarando emburrado os dois colegas que entraram no escritório para me levar pra casa.

Com um suspiro, me deixei desabar no sofá, esperando a poção fazer efeito para conseguir ficar de pé. Ao pensar nas palavras do pai, lembrei de Teddy.

Eu definivamente era o pior padrinho da história, mas ninguém podia me culpar quando aceitei pensando que era só visitar uma vez por mês com um presente caro em mãos. Não esperava pedirem para ficar sozinho com o bebê, surpreendentemente elétrico, por uma noite para Remus e Tonks saírem pra jantar. Eles nunca mais contrataram meus favores de babá. Talvez se devia ao fato de chegarem numa casa destruída e verem o filho de apenas 11 meses dormindo no carpete da sala abraçado ao cachorro enquanto eu estava igualmente desmaiado no sofá. Nunca viu Remus parecer tão lívido. Tonks, ao contrário, parecia dividida entre diversão e exasperação.

Bom, pensei, pelo menos Teddy me amava. Era um ponto positivo.


Notas Finais


A Tonks: 👁👄👁
Até logo.


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