– Pare de bobagens Eliza e abaixe essa arma. – diz Erick a garota que retruca:
– Você devia ter trazido ajuda e não o seu namorado e seu filho.
– Se eles fossem mesmo meu namorado e minha filha e você apontasse uma arma para eles você estaria sem mãos agora. Agora se acalme e abaixe a arma.
Ela reluta um pouco, mas abaixa a arma e respira fundo. Meu coração esta a mil, achei mesmo que ela fosse atirar em mim.
– Me explique porque você trouxe esse pirralho mirradinho com um bebê ao invés de trazer ajuda.
– Bom, eu não achei ajuda então decidi voltar. Mas acabei ajudando esse garoto e convidei ele para se estabelecer com a gente.
– E por que DIABOS você fez isso? Nós mal temos comida para nós, o que dirá sobre mais duas bocas.
– Como vocês não tem comida? – eu pergunto – Isso é um restaurante, não?
– Sim, mas o reabastecimento seria feito hoje. – diz o garoto de óculos
– Calado Lúcio, não fale com ele. Afinal, ele já vai embora.
– Essa merda toda mal começou e você já perdeu sua humanidade? Olhe essa criança, não podemos deixa-lo sozinho.
– O bebê não vai ficar sozinho, o garoto cuida dele.
– Não estou falando do bebê Eliza. Ele é uma criança não pode cuidar de outra criança.
A tal de Eliza para por um momento e começa a pensar. Ela se vira para o resto do grupo e diz:
– E o que vocês acham?
Os quatro se olham e a garota negra diz:
– Acho que não podemos deixa-los sozinhos, não é?
Eliza acena com a cabeça, anda para os fundos do restaurante e diz:
– Tudo bem, mas já vou avisando: não vou bancar a babá.
Erick da um longo suspiro e diz:
– Ela é muito difícil de lidar.
Ele vem em minha direção e estende a mão para mim.
– Vamos, deixe-me apresentar o resto do grupo. A estressadinha se chama Eliza. Não se preocupe ela late mais do que morde. – os outros vêm em nossa direção – Esse garoto de óculos é Lúcio, o cara de olho puxado é Willian, essa moça negra é Karen e a tampinha aqui é Susane, ache que vocês tem a mesma idade. Pessoal, esses são Marcel e Dakota.
Eles começam a nos rodear. Droga, nunca gostei de multidões.
– Posso segura-lá? – pergunta Susane
– Ahn... P-pode.
Ela pega Dakota dos meus braços. Na verdade eu não queria que ela segurasse, mas não quero abusar da sorte, além disso, Dakota parece gostar dela. O garoto chamado Lúcio passa direto por mim e se dirige a Erick.
– Você está bem? Quer dizer, ocorreu tudo bem lá fora?
– Bem não é a palavra, mas estou vivo, obrigado. Agora vem comigo que eu preciso que você me ajude lá atrás.
Os dois se afastam e eu fico sozinho com Karen e Willian. Karen me encara por um momento e depois diz:
– Não espere que nós vamos cuidar de você. Aqui é cada um por si.
E ela se afasta. Uau, esse pessoal é realmente muito simpático. Talvez eu estivesse melhor com os zumbis.
– E então, de onde você é garoto?
– De Washington mesmo.
– Legal, eu sou de Nova Jersey e... bem vindo ao grupo. Eu espero que você não seja igual esse povo. Tirando Erick e Susane todos aqui são muito sérios. Quer dizer, eu sei que estamos no meio de um apocalipse zumbi, mas, qual é, diversão pessoal.
Eu não consigo deixar de rir.
– Claro! “Diversão”.
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