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História Sobrevivendo em Hogwarts - Sétima Temporada - Escondida


Escrita por: LadyMary1994

Capítulo 14 - Escondida


Fanfic / Fanfiction Sobrevivendo em Hogwarts - Sétima Temporada - Escondida

A minha rotina naquela escola deu uma mexida, mas até que foi bem divertido aparecer e desaparecer debaixo dos narizes de todos. Mas ainda assim, imprevistos aconteceram.

Nas aulas, tudo fluiu muito bem, entretanto, com os treinos não foi a mesma coisa. No primeiro dia, eu senti que tava sendo observada e até encerrei o treino mais cedo. Foi complicado porque eu fiquei quase uma semana sem marcar outro e apesar do próximo jogo ser só em fevereiro, ainda precisávamos ajustar muita coisa pra podermos sonhar com a vitória. Foi aí que eu me lembrei de um truque que Junius Plumpton, um antigo capitão da Sonserina, usou lá atrás, quando a gente quis treinar em pleno feriado de fim de ano: usar a Sala Precisa como sala de treinamento. Infelizmente, a sala que eu tava não era suficiente, era pequena demais em relação à outra, a mais conhecida. Até que eu fiquei pensando em como seria legal ter um jeito para me deslocar de uma Sala Precisa pra outra e aí pá: uma passagem secreta apareceu, atrás de outro armário que nunca saía dali, por mais que eu desejasse coisas que não tinham nada a ver com ele. Caminhei por dentro dela e a outra Sala Precisa, a mais famosa e badalada, apareceu na minha frente. Depois dessa, foi só mandar chamar Trevor Dunst e Cedric McLaren pra manda-los avisar do nosso novo local de treino.

A opção não foi aceita de imediato por todos.

- Pra quê treinarmos aqui? – reclamou Norris – Lá fora é tão bom, ao ar livre...

- É, pra quê essa agora, hein, Daniels? – indagou Derrick.

Mas ela teve seus defensores.

- Pois eu achei aqui bem melhor. Ficamos longe de possíveis espiões – atalhou Alex Twist.

- É, Daniels, mandou bem nessa – surpreendentemente, quem disse isso foi a Harper.

- Bom, obrigada Alex, Harper, mas os outros, escolhi treinarmos aqui não apenas pra nossa segurança e privacidade, mas também porque aqui poderemos simular todas as situações de jogo. Podemos simular chuva, ventania, raios, ou mesmo um clima super ensolarado. Nosso próximo jogo é lá pra fevereiro, e apesar de ainda ser no inverno, não dá pra saber se vai chover, se vai fazer sol, ou mesmo se vai nevar, ainda mais com esse aquecimento global rolando solto. E ainda podemos usar esses bonecos aqui – falei, mostrando uns bonecos que eu convoquei e que eu vesti com umas mantas vermelhas improvisadas – pra simular jogadas que os grifinórios sempre fazem e bolar estratégias pra derrota-los.

- Nossa. Treinar aqui vai ser melhor que treinar lá fora – pior que eu nem tinha pensado nisso, mas Derrick tinha razão, ia ser incrivelmente melhor.

- Então, vamos lá?

Os treinos eram ótimos porque me tiravam da rotina entediante de ficar presa naquela sala.

De vez em quando vinha alguém pra dar uma olhada em mim, me fazer companhia. Quem vinha mais era o Cameron e o Louis. Com o Cameron era basicamente ficar conversando enquanto eu o ajudava com as encomendas das jaquetas que ele criou, praticamente a escola inteira estava usando. Com o Louis, bem, já dá pra desconfiar, né, só digo que o nosso namoro voltou a ser a maravilha de antes. Mas a gente não fica só namorando não, também conversamos um pouco, ouvimos corridas do James na Fórmula V e combinamos detalhes do nosso Natal.

- Você vai passar com a gente de novo?

- Não sei, acho que deveríamos ficar com meus pais dessa vez – falei mais por conta da sensação ruim que senti na casa dos Weasley no Natal anterior.

- Se for por conta daquele assunto, não esquenta, minha família não tá nem aí pra isso.

- Não?

- Não, minha mãe nem comentou isso nas últimas cartas... E você sabe como ela é, se ela ligasse pra essa história de ofidioglossia, ela teria sido a primeira a implicar – isso me surpreendeu de certa forma, mas poderia haver outra explicação.

- Será que não foi porque ela não ficou sabendo? Afinal, só saiu nas revistas da Skeeter e da Sperling, e seus pais não leem.

- É. Mas você lembrou bem: só saiu nessas duas revistas. Desconfio que isso não se espalhou mais porque tem dedo de algum parente meu nessa história.

Eita. Será que foi Harry Potter que mandou abafar o caso? Não dava pra ter certeza, mas poucos dias depois desse meu papo com Louis, apareceu uma matéria no Profeta Diário sobre uma jovem ofidioglota americana que trabalhava no Departamento de Mistérios. Resumindo: o nome dela era Mackenzie Green, ela nascida-trouxa, tinha uns vinte e nove anos e descobriu que era ofidioglota aos nove, em situação semelhante à minha: ela estava acampando na floresta, quando apareceu uma cobra e ela implorou por sua vida, e a cobra entendeu e se afastou. Ela pesquisou sobre sua família e descobriu que era descendente direta da fundadora de Ilvermorny, Isolt Sayre, que era uma das milhares de descendentes diretas de Salazar Slytherin. E o melhor, pelo menos para mim: ela só decidiu contar isso agora porque achou que poderiam haver outros jovens em situação semelhante à dela que teriam medo de se mostrar por temer preconceitos e represálias dos outros bruxos. Ou seja: a história já chegou ao alto escalão do Ministério. Mas será que foi Harry Potter que mandou a tal da Green expor sua vida no jornal? Nunca vou ter certeza disso, mas com esse isolamento social que eu me auto impus, o que eu mais fazia era ficar bolando teorias de como esse meu lance de falar com cobra estava se espalhando no mundo bruxo, se já tinha vazado no mundo trouxa, enfim, um tédio completo.

Mas teve uma coisinha que aconteceu que serviu não só pra me tirar do tédio como também para ajudar a solucionar a maior parte dos problemas que tava rolando naquela escola: uma visitinha inesperada. Lembro que na época eu nem curti tanto, porque foi mais que uma visita, foi uma invasão.

Primeiro foi a Jennifer Jolie, que entrou do nada na “minha” sala precisa. Estranhei porque ela nunca tinha vindo antes, e o pior: dessa vez ela veio sozinha. Pelo menos, era o que eu pensava.

- Olá, Daniels. Vim te trazer as tarefas.

- Mas eu já tô com as tarefas, eu continuo indo às aulas, esqueceu?

Percebendo o vacilo que deu, Jolie gaguejou, mas uma coisa ao seu lado que deveria estar invisível pigarreou.

- Quem é que tá aí com você? – mal terminei a pergunta, a pessoa se revelou, tirando a capa de invisibilidade.

- Sou eu – disse Rose – Jen me disse o que estava acontecendo e eu vim resolver.

Eu fiquei sem ação. De repente, as duas decidiram que deveriam assumir o controle da situação e impor soluções que eu não tinha pedido:

- É ridículo você ficar aí, volte para seu dormitório.

- Eu não posso voltar, eu...

- Você não tem com o que se preocupar, não está acontecendo nada demais. Os oito sumiços são apenas fatos isolados, nada têm a ver com um monstro que está rondando a escola, isso é bobagem.

- Espera, oito sumiços? Até onde eu sei, apenas Annelise Roberts e Bradley Peters que tinham sumido.

Agora eu peguei as duas.

- É, mais seis alunos sumiram, mas não tem nada a ver com o monstro, Rose e eu temos a mais absoluta certeza de que é tudo fruto de uma histeria coletiva.

Mas o meu radar de treta pesada tava apitando. Tinha algo terrivelmente errado nessa história.

- E vocês sabem os nomes de quem sumiu?

- É... Eu não sei de cor, se não me engano, é o Albus que tem a lista completa...

- Eu sei. Austen Alpert, Naomi Henderson, Desmond Ford, Kate Kwon, Jack Reyes e Alex Verdansky. Três grifinórios, dois lufanos e um corvino, quase todos do terceiro ano, à exceção de Reyes, que é segundanista.

Precisei de apenas dois minutos de reflexão para perceber que eu já conhecia aqueles nomes, e não era só dos corredores não. Porque eram todos membros da SSWF.

Eu não podia dizer aquilo às duas, elas não eram membros, não iam entender. Mas para mim, tava rolando algo grave.

- Alguma suspeita?

- Não tenho certeza, mas acredito que Malfoy tenha algo a ver com isto – Malfoy? Até tinha me esquecido que Scorpius ainda existia. Mas pelo visto, Rose não.

- Malfoy fugiu da escola há semanas.

- E quem te garante que ele realmente fugiu? Ele pode estar em um esconderijo, estrategicamente escolhido para que ele possa continuar aprontando das suas sem ser pego. Mais ou menos como você.

Senti uma ironia naquela parte, mas eu não tava muito a fim de brigar. Em vez disso, só informei que...

- Mas ele fugiu sim, e eu sei porque eu vi, ele foi embora bem na minha frente. Ele tentou me fazer ir com ele, dizendo que ia acontecer um monte de coisa pesada aqui na escola e que poderiam me usar pra fazer umas paradas sinistras, por isso que eu tinha que ir embora também...

- Mas isso é grave, Daniels! Por que você não informou a mim, a Rose, ao Albus ou mesmo à direção?

- A velha já sabe – as duas me olharam espantadas, não sei se foi porque ficaram surpresas da McGonagall já saber de tudo ou se foi porque eu a chamei de velha – Ela tava lá também, com aquela outra velha da ala hospitalar, elas entraram na hora e ele até se despediu das duas.

Rose deu uma risada sarcástica.

- Inacreditável... Mas ainda acho que estou certa e que ele tá sim escondido, que essa fuga foi totalmente encenada – não duvido, vindo do Scorpius – porque os comparsas dele continuam aprontando, tenho certeza de que são eles que espalham pichações e bilhetes com insultos, ameaças e insinuações maldosas sobre essa escola, o Ministério e o mundo trouxa em geral.

Novidade?

Nosso papinho agradável foi interrompido por uma coisa vibrando no bolso da saia da Rose.

- É meu celular.

- Não acredito, celulares funcionando aqui em Hogwarts?

- Não seja boba, Daniels, nenhum tipo de tecnologia trouxa funciona em Hogwarts – no castelo não, mas nos terrenos sim, e muito bem – Este celular foi encantado por mim e por Al para que pudéssemos nos comunicar quando estivéssemos longe um do outro – aí ela deu um suspiro retardado e falou – Ele não aguenta ficar muito tempo longe de mim, sabe?

Tive que rir nessa hora, pois eu sabia muito bem o que ele fazia quando tava longe da Rose, e garanto que sozinho ele não tava. Scorpius que o diga.

- Oi, Al – ou o celular dela tava no viva voz ou ele tava gritando, porque deu pra ouvir tudo o que ele falou.

- ROSE, CADÊ VOCÊ? TÔ PRECISANDO QUE VOCÊ VENHA ME AJUDAR, TEM UM NOVATO PENDURADO PELOS TORNOZELOS EM CIMA DO CORREDOR DO PÂNTANO!!!

- Você tá aonde?

- TÔ AQUI, SAINDO DA ALA HOSPITALAR.

- Então venha, eu tô aqui perto da Torre do Relógio.

A proposta dela me parecia sem sentido, até porque...

- Mas Rose, é uma Sala Precisa, como ele vai entrar? Ou é você quem vai sair?

Mas ela me ignorou, e ficamos nisso até ouvirmos a voz dele do lado de fora.

- Rose? Rose, cadê você?

- Hora de sairmos – ai não, ela me puxou pelo braço pra me forçar a ir com ela.

- E se eu não quiser, Rose? Eu tenho direito.

- Você não pode ficar dormindo fora das Masmorras da Sonserina, Lizzie, é contra as regras.

Até que a porta se abriu e ele nos olhou espantado.

- Então tem uma sala secreta aqui?

- É, querido, não é incrível? – disse ela, dando um selinho nele e o abraçando – E a Daniels tava se escondendo aqui, mas nós vamos levá-la de volta. Jolie, a acompanhe até as Masmorras.

- Sim, senhora.

Eu ainda não tava muito a fim de ir, até tentei fazer corpo mole, mas não rolou porque a Jolie foi outra que ficou me puxando pelo braço. Até que o Albus se manifestou.

- Espere. Você está escondida por causa da gangue do Malfoy?

Pior que eu não sabia responder. De certa forma, sim, mas também era por causa do povo da SSWF, não que eles tivessem me ameaçado diretamente, mas de alguma forma eu corria perigo se eu ficasse dando sopa por aí.

- Eles te mandaram alguma coisa te ameaçando? Carta, bilhete...

Mais alguns minutos de reflexão. Sim, tinham mandado uma carta. Mas eu sabia de quem era, era do Burke. Foi uma carta em que ele basicamente me xingou todinha por tê-lo expulsado do time. Contei isso a ele, mas...

- Por acaso essa carta do Burke tava assinada?

Não! Não tava. O covarde só fez um desenhozinho malfeito de uma caveira com uma flor e uma serpente enrolada, só não sabia que aquilo tinha tudo a ver com o que tava rolando na escola. Porque, como Alzinho fez questão de esclarecer...

- Essa é a assinatura que aparece em todas as cartas que coletamos!

Parecia ser uma grande descoberta. Parecia.

- Tá, Albus, disso a gente já sabia...

- Sim, Jolie, mas é mais uma pista! E pista é tudo o que a gente mais precisa no momento. Então, Rose, Jolie, vamos lá. Mais tarde a gente volta para você nos explicar melhor isso.

- Ela não vai voltar pro dormitório dela, Albus?

- Melhor não, Rosie. Melhor ela ficar aqui por enquanto. Se as nossas suspeitas se confirmarem, a Lizzie pode estar correndo grande perigo. Enquanto a gente não resolve, ela vai ficando por aqui mesmo, enquanto eles não souberem onde ela fica a maior parte do tempo, melhor para ela e para nós.

E eles foram embora. E eu? Fiquei ainda mais alarmada, né? Mais sumiços, mais confusão... e se essa treta piorasse? E se tivessem que fechar a escola? Imagina só, logo no meu último ano isso acontecer... Que falta de sorte seria.


Notas Finais


Ih, pelo visto, o clima em Hogwarts tem tudo pra ficar ainda mais pesado
Ainda bem que Lizzie e sua turma sempre consegue se virar, né não?
Mas será que a situação vai piorar mais que isso?
Hogwarts corre realmente risco de fechar?
Aguardem os próximos capítulos


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