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História Sobrevivendo em Hogwarts - Sétima Temporada - O festival de palestras


Escrita por: LadyMary1994

Notas do Autor


O capítulo de hoje terá participações especiais!

Capítulo 32 - O festival de palestras


Fanfic / Fanfiction Sobrevivendo em Hogwarts - Sétima Temporada - O festival de palestras

A nossa vitória no quadribol foi perfeita, foi mágica, impecável, nos deixou a poucos pontos de sair da lanterna, enfim, um sonho. Mas não era a única competição que se encerrava em maio.

Oficialmente, a temporada de quadribol só acabou depois da partida da Grifinória com a Corvinal. Foi um jogo tão difícil e tão longo quanto o nosso, e no fim, a Grifinória ganhou de 340 a 250. Só que quem pegou o pomo foi Gwen Morgan, a apanhadora da equipe derrotada (Corvinal). O resultado não fazia a menor diferença pro campeonato, só serviu pra Grifinória terminar em terceiro, se manter na liderança da disputa entre as casas e ganhar uma moralzinha.

E no último final de semana do mês, foi definido o campeonato de bexigas. As coisas estavam praticamente resolvidas nas finais individuais. A Grifinória venceu na Jack Stone e Sonserina levou a Snake Pit. Só faltava a Clássica pra decidir de vez quem ganhava o campeonato. Até algum tempo atrás, parecia fácil para os grifinórios, mas a surpreendente vitória de Jerry Criss sobre Albus Potter fez com que uma nova partida fosse marcada, com a Sonserina e a Grifinória se enfrentando para ver quem vencia na Clássica e faturava o título.

Foi um jogo muito difícil. Albus parecia nervoso, mas estava melhor e mais concentrado do que na outra partida. Entretanto, Criss estava feliz demais. Ele tinha acabado de se reconciliar com Alex Twist, que foi assisti-lo naquele dia e o apoio dele foi fundamental pro capitão da equipe sonserina esquecer de vez que chifrou o cara que amava com o Potter e tirar a bexiga grifinória num lance espetacular, quando só restava uma bexiga pra cada lado.

- E a última bexiga do Potter está fora! Vitória de Jerry Criss e da Sonserina! – como o Hugo arranja tempo pra narrar todos os esportes? (exceto xadrez bruxo, óbvio).

Já na final coletiva a coisa foi mais complicada pro nosso lado. Albus deu o troco na Clássica, mas Megan Parker nos manteve vivos derrotando aquele irmão imbecil do Kennedy, o Kieran. Sobrou pra Yara Stiffler a tarefa de tornar a Sonserina campeã também no coletivo. E ela iria enfrentar outro irmão do Kennedy, o Kaysar (credo, quantos Kennedys existem?). Esse era novo, ouvi comentários de que ele tinha sido incluído na equipe na véspera, depois de uma estranha internação de Constance Clearwater, que costumava ser a titular na Jack Stone. Soube também que havia um duelo informal entre essa Clearwater e o Kieran Kennedy pra ver quem seria o capitão do time de bexigas da Grifinória pro próximo ano (eles sabem que quem decide é o Longbottom, né?). O fato é que esse irmãozinho do Kennedy precisaria se sair muito bem na partida de hoje se não quiser contar com a burrice do Longbottom em escolher o irmão dele pra capitão em vez da Clearwater (sim, só sendo muito burro pra enfiar de capitão da equipe alguém que vive pra fazer intriga e arranjar encrenca com os outros). E o pirralho passou vergonha. Só deu um lance, e foi um arremesso tão ruim que Albus e o irmão mais velho dele tiveram que se meter na partida. Aí a Parker e o Criss tiveram que se meter também, o jogo começou a ficar meio difícil, todavia, no último arremesso, a Stiffler fez uma jogada épica e tirou todas as bexigas grifinórias do lugar, mandando cada uma pra um canto e colocando as nossas mais próximas da pedra, dando mais um título pra Sonserina. Aí foi só festa pro nosso lado, os sonserinos gritaram, pularam, se abraçaram, até o Twist e o Criss se empolgaram e deram um beijão na frente de todo mundo. Já na Grifinória, só tristeza. Albus se sentou no chão com uma expressão incrédula, enquanto o Kennedyzinho chorava pra se acabar (até teria pena se ele não fosse irmão de quem é). Mas enfim, a Stiffler não tinha nada a ver com isso e se ela tava em crise por conta daquela derrota pro Macmillan láááá atrás, esse jogo serviu pra ela ganhar um pouco mais de confiança e mandar melhor na próxima temporada.

- Absurdo! Essas bexigas devem estar adulteradas! Exijo uma investigação! – tá na cara que foi o babaca do Kieran Kennedy que tentou reverter o resultado no tapetão.

- Ah, Kieran, cala a boca! – até o Albus se encheu dele. Se ele não fosse se formar neste ano, os Kennedys nem estariam mais na equipe, porque o Albus teria se livrado deles.

Dias depois, a Clearwater apareceu acusando Kennedy de tê-la azarado e a situação ficou tão pesada que o professor Longbottom decidiu expulsar os dois do clube de bexigas. Para sempre. E a Grifinória que lute para encontrar um capitão novo e formar uma equipe praticamente do zero na próxima temporada.

Junho chegou e com ele veio o Congresso de Estudos Sobre Magia, com a presença de uma carrada de bruxos famosos. Pelo nome deu pra sacar que vai ter falatório a rodo daqui pra frente. Mas não dá pra me aprofundar nisso sem antes explicar o contexto de tantas visitas ilustres.

Tinha NOM e NIEM chegando e os dois filhos mais novos de Harry Potter e os filhos da Ministra da Magia iriam fazer esses exames. E eles, assim como todo mundo, andavam muito nervosos, se irritando à toa (caso da Rose) e estudando de forma compulsiva-obsessiva, a ponto de terem um colapso (novamente, Rose). Claro que nem Harry Potter, nem a Ministra da Magia querem que seus preciosos filhinhos tenham colapsos nervosos, por isso eles resolveram se juntar e chamar umas personalidades aí pra promover uma semana de palestras e dar uma descontraída no ambiente.

Tinha pra todos os gostos: além de Harry Potter e Hermione Granger representando a alta cúpula do Ministério, também foram Ronald Weasley, Ginny Potter (pra falar de quadribol, talvez?), Kingsley Shacklebolt, o ex-Ministro da Magia, Susan Bones, uma juíza da Suprema Corte Bruxa, Ernie Macmillan, o chefe do Departamento de Substâncias Intoxicantes (pra falar das drogas???), Michael e Padma Corner, os autores de “O Guia Completo de Autoproteção contra as Artes das Trevas”, Newt Scamander, o magizoologista mais famoso do mundo e autor de “Animais Fantásticos e Onde Habitam” e Draco Malfoy. Sim, o pai do Scorpius. Ele foi lá representando os ex-Comensais da Morte, pra falar das merdas que aprontou na Segunda Guerra Mágica e dizer pros alunos não seguirem o péssimo exemplo dele.

As palestras mais esperadas eram, claramente, a do Trio, da Sra. Potter, do Malfoy e do Scamander. O pessoal só falava neles:

- É sempre bom ouvir o Trio, aquele Ronald Weasley mesmo, acho que nunca o vi de perto – comentou Immanuel Hunting.

- Eu gosto mais do Harry Potter, ele é tão lindo! Ele pisa no Weasley só por não precisar usar peruca – Stephany Corbett não tem nada no cérebro.

- Será que aquele Malfoy ainda tem a Marca Negra? Bem que ele poderia mostrar pra gente... – Harriet Dawson também não.

- Tomara que Ginny Potter autografe meu boné e minha camisa das Harpies, se eu virei torcedora desse time foi por causa dela – confidenciou Charis Bing, que vive usando coisas das Holyhead Harpies.

- Mal posso esperar para me encontrar com Newt Scamander. Meu nome é por causa dele, sabiam? – revelou Newton Keating (qualquer um poderia deduzir isso) – É, e sinto que não só vou ser mais famoso do que ele como também irei superá-lo em feitos e em habilidades – convencido...

- A grande maioria é grifinória, perceberam? Isso só prova que a Grifinória é a melhor casa – disse Carrie Fox, a sonserina enrustida – E o único sonserino que vai estar lá é aquele Malfoy ex-Comensal da Morte, que é tudo o que essa casa lixosa pode oferecer – tá bom, agora ela tá humilhando!

Não vou negar, tava ansiosa também. Era gente que todo mundo (ou quase, no caso do Malfoy) admirava e queria conhecer melhor. Até mesmo os menos conhecidos, como Susan Bones, tinham histórias interessantes. Ela perdeu boa parte da família durante essas guerras mágicas, crescer sozinha deve ter sido uma barra pra ela. E Shacklebolt, que além de ter sido o primeiro negro a assumir o Ministério da Magia, ainda pegou o poder na pior fase possível: depois que Voldemort massacrou geral na Segunda Guerra Bruxa e deixou a economia em frangalhos. Shacklebolt foi lá, reconstruiu tudo e ainda tornou a Grã-Bretanha o centro do mundo mágico. O cara barbarizou! Até mesmo Macmillan, também conhecido como o tiozinho do Ministério que aparece nos comerciais anti-drogas do governo, tem uma história legal. Ele lutou na Armada de Dumbledore, com Harry Potter, foi namorado da Hannah Abbott na época de escola, mas aí cresceu e casou com uma tal de Wilhelmina, uma garota da turma dele que era filha de um Comensal lá chamado Runcorn, quebrando todas as barreiras e preconceitos. Ah, ele também é pai de Earl e Ethel, que estudam conosco em outras turmas e sua família ainda é vizinha dos Grangers-Weasleys. Meus amigos e eu assistimos todas as palestras e aprendemos bastante com eles. Meu parecer foi o seguinte:

Ronald Weasley – é boa praça, fica contando piada o tempo todo, Cameron não curtiu muito esse lado dele porque preferia que ele tivesse focado mais nas histórias da guerra, mas Louis (que é super suspeito pra falar, já que é afilhado dele) adorou a parte que ele zoou os Falcons, por terem perdido pros Cannons de 150 a 10.

Draco Malfoy – todo mundo odiou a palestra dele. Ele ficou com cara de bunda o tempo inteiro, respondia as perguntas na maior grosseria, ficou só falando de como ser Comensal da Morte foi a pior burrada que ele já fez na vida e de que era um absurdo existir gente que glorifica esse tipo de coisa hoje em dia (ele tava certíssimo nessa parte). Eu achei que muito do fato do povo não ter curtido o Malfoy foi porque ele veio logo depois do Sr. Weasley, e o Sr. Weasley foi gente fina demais, ele acostumou mal as pessoas. Depois descobrimos que o Sr. Malfoy torcia pros Falmouth Falcons, o time que o Sr. Weasley zoou minutos antes da palestra dele acabar. Mas essa não foi a única discussãozinha deles, trago mais detalhes em breve.

Hermione Granger – Eu nunca tinha visto a Sra. Granger falando como Ministra da Magia, e olha... A bicha arrasa nos discursos! Ela se joga mesmo, usa bem o corpo, tudo pra convencer a gente de que estudar é muito importante e que não devemos desistir diante das dificuldades, e tal. Ela falou mais sobre a sua época de escola, mais precisamente de quando ela voltou depois de ter lutado com Harry Potter na Segunda Guerra Mágica, decisão essa que ela tomou sem pestanejar, porque queria ter o melhor preparo possível para realizar todos os seus objetivos, que eram proporcionar uma vida mais digna para todos os bruxos e criaturas mágicas e exterminar toda a corrupção e o preconceito.

E para a alegria de pessoas como a Kendra (tá, e eu também), rolou um momento fofura. Ela fechou a palestra exaltando o maridão, Ronald Weasley, dizendo que não teria sido Ministra da Magia se ele não a tivesse convencido.

- Ora, que é isso, Mione! Você teria sido a Ministra de qualquer maneira! – disse ele, em um raro momento de humildade.

Ernie Macmillan – Sim, ele passou 99% do tempo falando sobre as drogas. Que era muito importante que nós, estudantes, não déssemos atenção às drogas, que as drogas destruiriam as nossas vidas, por isso e por aquilo, com aquela linguagem de tiozão chata e maçante de sempre. Ele ainda mandou exibir algo que ele chamou de uma nova versão da propaganda que fez o maior sucesso nas TVs bruxas, idealizada por seu assistente mais promissor, que muitos de nós conhecíamos bem: Timmy Cullen (o tanto que o Cullen não deve puxar o saco desse homem...). Foi um vídeo ainda mais vergonhoso e non-sense do que o outro, dessa vez envolvia dragões, trasgos e hipogrifos, todos com olhos brilhantes, depois de supostamente terem usado shinysnow e outras drogas, eles lutavam entre si com as pirâmides do Egito de fundo, até que o famoso leão mascote da campanha ia lá, derrotava todo mundo soltando raios laser das patas dianteiras, depois todo mundo começava a cantar e dançar a música-tema, e... Tá, melhor pular pra próxima.

Susan Bones – A palestra dela foi a que mais surpreendeu todo mundo. Apesar de ter sofrido muito na vida, Bones é alegre, divertida e respondeu todas as perguntas, até mesmo as mais idiotas.

Michael e Padma Corner – Eles falaram juntos, e como falaram! Ele seguia mais a linha formal, enquanto ela era toda pra cima, zoava o marido o tempo todo, por seu jeito metódico e meio esquisitão. No meio da palestra, eles começaram a discutir a relação deles, falando de um dia em que ele ficou criando caso com a quantidade de capítulos do livro e tentando excluir o capítulo 13 porque ele detestava esse número por dar azar, aí ela ficou zoando com ele e dizendo que em outras culturas, como a italiana, o número do azar era o 17, e que se ele acreditava mesmo nessas coisas, deveria excluir o capítulo 17 também, e foi uma confusão, precisou a diretora entrar no meio pra interromper, mas pelo menos a gente riu muito.

Ginny Potter – Ela até tentou falar de coisa séria, de estudo e tal, mas o pessoal só queria saber de fofoca. Obrigaram Ginny a falar de seus tempos como artilheira das Harpies, dos babados que ela ouviu e não publicou como colunista de quadribol do Profeta Diário, dos verdadeiros motivos da demissão da Rita Skeeter e se era verdade que James, seu filho mais velho, se casou escondido com Mandy Winchester nas ilhas Maldivas (esse ela desmentiu, pois James e Mandy se casaram nas Antilhas).

Kingsley Shacklebolt - Quando esse homem abriu a boca, quase me engasguei com o susto que ele me deu. Que voz grossa ele tem! E ele é enorme, tem presença, impossível não prestar atenção nele. Tanto é que foi a palestra que o povo menos falou.

Newt Scamander – É totalmente o oposto do Shacklebolt. Não é nada bom falando em público, na verdade, ele gaguejou muito, ficou olhando pro chão e só focou nas criaturas que ele estudou a vida toda. Bem que Lorcan e Lysander, que são bisnetos dele, comentaram que não sabiam por que tinham chamado esse velho pra participar de palestras, pois palestra não era a praia dele, o negócio do Sr. Scamander é lidar com bicho.

- Sério, nosso pai teria se saído muito melhor.

- Ele é que é o porta-voz da família, nosso pai explica o livro do biso Newt melhor que ele mesmo.

Mas acho que a presença dele foi coisa do destino. Até porque, sem ele, jamais teríamos encontrado a Annelise Roberts.

Harry Potter – A última das palestras ficou com ele, o Menino que Sobreviveu e Virou Coroa. O Sr. Potter já tinha falado antes, quando levou aqueles 17 estudantes metidos com Magia Negra pra Azkaban, mas agora era diferente, naquela vez ele falou mais sobre a operação que prendeu todo mundo e sobre os rumores de haver um basilisco no castelo. Nessa palestra, ele falou sobre sua trajetória de superação, sobre nunca perder a humildade e abandonar sua essência, mesmo nos piores momentos, e acreditar que você consegue superar os obstáculos. Bem papo de livro de autoajuda, né? Pois é.

Pra ser sincera, aprendi muito mais fora das palestras. A primeira lição quem me deu foi Draco Malfoy.

Era o primeiro dia e as palestras dele, do Sr. Weasley e da Sra. Granger já tinham terminado. Eles estavam confraternizando junto com os alunos, num jantar. O Sr. Weasley tava abraçado com a filha, Rose, toda hora dando tapinhas no ombro dela e deixando a garota toda constrangida. Motivo: um pai tirando onda com outro pai e se gabando dos feitos da cria.

- Sabe, Malfoy, sempre foi meu sonho ser capitão, monitor, monitor-chefe, campeão de quadribol e ganhar a Taça das Casas. E minha filha realizou tudo isso!

- Menos, pai...

- Eu ouvi dizer que quem ganhou o campeonato de quadribol desse ano foi a Sonserina – provocou Draco Malfoy, dando uma rara risada.

- Verdade, filha? Você fez essa caridade?

Rose tava tão vermelha que nem dava pra distinguir a cara dela do cabelo e do suéter da Grifinória que ela usava.

- É, pai, a Sonserina ganhou. Mas nós fomos bem, ficamos em terceiro!

Draco Malfoy deu mais risada, o que deixou Ronald Weasley meio irritado.

- Bom, mas ainda tem a Taça das Casas, né? A Taça das Casas tá com a Grifinória há sete anos seguidos, pelo que fiquei sabendo. E vai permanecer por mais um. NÉ, FILHA???

- É... – não se eu puder evitar!

- E ainda tem a Medalha de Mérito Mágico. Sua mãe ganhou essa quando esteve em seu último ano, assim como Teddy, Vic e seus tios Bill e Percy, e eu tenho certeza de que você vai ganhar também – nossa, aconteceu tanta coisa nesse ano que até me esqueci da existência dessa medalha! Bem que eu adoraria tombar a Rose e o Sr. Weasley nisso também, mas o páreo era ainda mais duro – Além de ser monitora-chefe e capitã da Grifinória, Rosie ainda salvou a vida de uma estudante em perigo! – dessa vez até o Sr. Malfoy ficou impressionado.

- Não é bem assim, pai...

- Sua filha salvou a vida de alguém? Conta mais sobre isso, Weasley.

- É, filha, conta pra ele!

E Rose contou a linda e heroica história do meu salvamento, sem poupar nenhum detalhe. Ao final, o Sr. Malfoy, que eu achei que fosse encher a Rose de elogios, como todos os adultos sempre fazem, apenas fez uma expressão indiferente e disse, num tom igualmente indiferente:

- Sua filha não salvou a vida de ninguém. Ela apenas bancou a heroína, como seu amiguinho Potter sempre gostou de fazer.

Não pude deixar de rir nessa parte. Contudo, fiquei tão surpresa quanto o Sr. Weasley e a filhinha dele ficaram ao ouvir isso do Malfoy:

- Como é? – perguntaram os dois, ao mesmo tempo.

- Simples. A dívida de vida não envolve necessariamente ser arrastado de uma situação perigosa. A dívida de vida está diretamente relacionada com a liberdade de escolha.

- Explique isso direito, Malfoy.

- Passei anos estudando sobre isso, Weasley, portanto, tenho mais do que propriedade no assunto. Para salvar a vida de alguém a ponto de gerar uma dívida, o salvador deve ter o direito de escolha. Ele deve ter a opção de não salvar, essa opção deve ser bastante clara na sua mente e o não-salvamento não deve afetar em nada a sua vida e integridade física. Só depois de refletir e escolher salvar a vida do outro, é que a pessoa que ele salvou acaba acumulando a dívida de vida e sendo obrigada a fazer o mesmo na primeira oportunidade que surgir. E ao que me parece, este não foi o caso de sua filha, Weasley. Ela também era ameaçada pelos agressores e não pensou duas vezes em salvar a vida da colega, não foi?

A cara da Rose dizia claramente que não. Você não pode imaginar a sensação maravilhosa e libertadora que eu senti naquele momento. Eu tava livre da dívida de vida com a Rose. Eu não tinha mais nada a ver com ela. E aquilo era o máximo! Fiquei tão contente que não me contive em escutar aquela conversa escondida.

- A-HA!!! – meu grito chamou a atenção dos três e eu fiquei mais vermelha do que a Rose tava até o momento. Fiquei com tanta vergonha que até saí de perto. Ainda deu pra escutar o Sr. Weasley tentando mudar de assunto:

- Mas e o seu filho, Malfoy? Ainda sem notícias? – se eu tiver com sorte, não, Scorpius terá sumido da face da Terra para todo o sempre.

A segunda lição foi Newt Scamander que deu. Depois da palestra, o velho tava batendo um papinho com seus bisnetos e aí Louis e eu nos aproximamos e os gêmeos nos puxaram pra perto:

- Biso Newt, não sei se o senhor ainda lembra do Louis, nosso amigo...

- Louis... – o Sr. Scamander apertou bem os olhinhos na direção do meu namorado, depois deu um puxão nos cabelos dele, puxou as orelhas, levantou os braços, o fez abrir a boca e ainda esticou a pálpebra esquerda do olho dele... Será que esse velho tá caduco a ponto de confundir bicho com gente? – Você é o garoto-veela, não?

- Eu...

- Tem um oitavo do sangue. Vejo no seu semblante. Machos meio-veela não costumam herdar os poderes, mas ainda assim carregam algumas propriedades interessantes. Olhos azuis fortíssimos, pele pálida... Nenhuma barba – meu namorado odiou essa última parte – Traços típicos das veelas nativas da Europa Ocidental. Você herdou os cabelos e as sardas de seu pai, pois se fosse um veelano mais puro, teria também o cabelo aloirado e os traços femininos que tanto caracterizam as veelas de origem eurocidental, ramo do qual a sua mãe descende. E sua mãe é apenas um quarto veela, correto?

- Sim.

- Já tive a oportunidade de vê-la. Uma senhora belíssima, não aparenta a idade que tem, ainda conserva a pelagem aloirada e os olhos azuis característicos das veelas eurocidentais – o cara tava falando da Sra. Weasley como se ela fosse bicho, que bizarro – Também tive a oportunidade de ver alguns parentes de seu pai. Ruivos, em sua maioria, também pálidos, alguns baixinhos e atarracados, outros altos e esguios, corpo repleto de sardas... Os mais velhos são em sua maioria calvos ou carecas, com o seu pai sendo uma notável exceção, mas por ter sangue veela, você está imune a isso – menos mal.

Por não ser bicho ou não ter sido confundida com um, minha presença foi totalmente ignorada naquele momento, o que foi bom, porque assim eu pude botar minha mente pra funcionar. A Sra. Fleur Weasley, também conhecida como minha sogrinha, era descendente de veela. Assim como Gabrielle, sua irmã. Uma vez eu tentei tirar um negócio preso no cabelo dela e elas surtaram, porque é proibido puxar cabelo de veela, elas podem virar algo tipo um monstro, sei lá. E havia rumores de um monstro preso na Floresta. A Annelise continuava sumida. E se...

- Senhor Scamander, eu tenho uma dúvida – tentei fazer aquele velho me notar, mas ele me parecia ser meio surdo e um pouco autista. Newt Scamander me ignorou solenemente e se afastou de nós para falar com Hagrid, de quem devia ser muito amigo, pois os dois adoravam essas coisas de animal exótico potencialmente perigoso que pode te matar na primeira oportunidade. Os dois se afastaram da gente e eu não pude fazer a pergunta que começava a nascer na minha cabeça. Talvez tenha sido melhor, porque assim eu pude formular com mais calma e na próxima chance que eu tivesse, poderia usar as palavras certas e conseguir a resposta que eu queria.


Notas Finais


E aí, o que acharam desse capítulo?
Bem badalado, não é?
E os próximos não ficarão atrás, principalmente em emoção e em babados fortíssimos!


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