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História Sobrevivendo em Neverland - Quando tudo começa


Escrita por: JennyDarling

Notas do Autor


Oi, voltei!!!
Enfim, espero que gostem de relembrar as aventuras da história. Novos leitores, sejam bem vindos!
Boa leitura!

Capítulo 1 - Quando tudo começa


Fanfic / Fanfiction Sobrevivendo em Neverland - Quando tudo começa

-VOCÊ É UMA VAGABUNDA! SERÁ QUE NÃO CONSEGUE FAZER NADA DIREITO??- a minha mãe me batia e me xingava. 

A razão?? Só porquê eu deixei um copo sujo na pia.

-ME PERDOA!! EU NÃO PEDÍ PRA NASCER TÁ?? PRECISA MESMO DE TUDO ISSO SÓ POR CAUSA DE UM COPO SUJO?-eu rebati.

-ME ARREPENDO DO DIA EM QUE NÃO OPTEI POR UM ABORTO!! SOME DAQUI!-ela gritou.

Subi correndo para o meu quarto e bati a porta do mesmo com força. Peguei uma mochila que eu tinha guardado e comecei à arrumar minhas coisas nela. Peguei calças,roupas de frio, cobertores, as coisas do meu celular e um dinheiro que eu tinha guardado, não era muito, só uns quinhentos reais, peguei uma faca e saí do meu quarto, descendo as escadas.
Ela estava na sala, vendo TV.

-Onde pensa que vai??- me perguntou com ódio nos olhos.

-Pra terra do nunca! O que acha???- eu respondi irônica.

Ela gargalhou.

-POIS VÁ E NÃO VOLTE MAIS!- gritou e eu abri a porta.

-PODE APOSTAR NISSO!!- eu gritei em resposta e Fechei a porta.

A noite estava fria, mais eu não iria parar, não iria voltar para casa nunca mais na minha vida. Continuei caminhando pelas ruas cheias de carros, abaixei a cabeça e deixei algumas lágrimas, que teimavam em cair, molharem o meu rosto.

Fui andando até a rodoviária, que era muito longe da minha casa, e olhei nos horários. Eu só poderia estar ficando louca, eu vi que tinha um ônibus para "neverland", que sairia em meia hora.
Cheguei no caixa e perguntei para a mulher de azul que trabalhava lá.

-Quanto fica essa passagem para neverland?? - eu perguntei.

Ela me olhou raivosa.

-Garota, eu já estou cansada do dia cheio que tive que passar nesse lugar ridículo e você ainda me vem com brincadeiras?? Sinceramente...-ela falou.

-M-mas está bem alí- eu falei , apontando para o quadro de horários.

-Saia daqui, ou irei chamar os seguranças. Próximo!!- ela gritou e eu saí da fila.

Olhei novamente no quadro  e vi que o ônibus para "neverland", que sairia em 20 minutos, estaria no portão 6. Fui até lá e encontrei um ônibus meio velho. Entrei no mesmo e vi que haviam vários meninos nele, só meninos!.
Me sentei ao lado de um garoto ruivo, como eu, e decidi falar com ele.

-Oi-eu falei.

-Oi- O menino respondeu e me encarou.

-Para onde estamos indo??-eu perguntei.

-Gostaria que você pudesse me responder isso- ele falou - eu fugi de casa e achei o nome do destino desse ônibus engraçado, então entrei!- ele falou, dando de ombros.

-Também fugi de casa, prazer, meu nome é Kyle - eu digo e estendo a minha mão à ele.

-Eu sou o Leo- ele diz e pega a minha mão. -Você é bonita- ele fala.

-E você é ruivo, ou seja, bonito também- eu falo e ele sorri. 

Um garoto alto, com cabelos loiros e um capuz apareceu e riu malicioso.

-Se segurem- ele falou em um tom sombrio. 

Neste momento, o ônibus começou à voar. Todos se agarraram à seus assentos e arregalaram os olhos.

-As regras são: obedeçam Pan, independente do que ele ordene, e, acima de tudo...- ele esperou um pouco para falar. -Tenham pena das garotas presentes- o garoto loiro completa sua fala.

Leo olha para mim, assustado. Nós estávamos nas últimas cadeiras do ônibus.

-E agora?? O que será que fazem com as garotas??-leo perguntou- me.

- Eu não sei, e nem quero saber-eu respondi.

Leo me olhou como se tivesse acabado de ter uma ideia.

-Eles não precisam saber que você é uma garota- ele falou e sorriu.

Lembrei-me de uma vez que eu me vesti de homem para um trabalho escolar, eu era boa nisso. Lembrei-me, também, que meu cabelo era muito grande para ser masculino.

-Hey! Você tem uma tesoura?- eu perguntei à Leo e, quase que imediatamente, me lembrei da faca que trouxe de casa. 

-Deixa pra lá- eu falei, pegando a faca em minha mochila. Leo arregalou os olhos.

-Você anda armada??- ele me perguntou.

-Nunca se sabe- eu disse dando de ombros.

 Peguei uma mecha do meu tão amado e longo cabelo e cortei, fiz isso até o meu cabelo ficar bem pequeno.

Peguei na minha mochila um casaco de moletom, que tinha um capuz, preto e vesti.

-Kyle- leo chamou e eu o encarei.

-Acho que você, ehh...você....tem corpo demais para ser um menino- ele falou e eu lembrei que minha calça era apertada.

-Me empresta uma calça?- eu pedi e ele me entregou. Tirei a calça ali mesmo e coloquei a outra.

-Como estou??- eu perguntei para Leo.

-Um gato-ele falou e eu sorri.- você tem que forçar a voz num tom mais grosso- ele falou e eu assenti.

-Melhor assim??- eu perguntei fazendo voz grossa.

-Melhor- ele falou e sorriu-e o seu nome??- ele perguntou.

-Não sei, me dê um nome- eu falei.

-Não há nenhum nome que se chamarem você vai olhar automaticamente?- ele me perguntou.

Eu pensei, pensei muito, até que me lembrei do meu primeiro cantor favorito.

-Michael- eu respondi.

-Bom, Michael- leo sorri.

Sentimos o ônibus bater no chão e todos começaram à sair, eu e leo fomos atrás.

Saímos do ônibus e eu observei o lugar. Estávamos na praia de um Tipo de ilha. A nossa única saída de lá seria, ou o mar ou a floresta escura e sombria à nossa frente.

-Me sigam, os que se perderem morrerão- o garoto loiro falou e andou em direção à floresta, os garotos que estavam alí o seguiram. 

Leo me olhou e deu de ombros, seguindo o garoto loiro.
Paramos em um acampamento grande. Haviam várias barracas grandes ao redor de uma fogueira, e uma maior que todas que era verde escuro.

Fomos designados cada um para uma barraca, eu fiquei com uma amarela. Entrei na mesma e sentei na cama que havia lá.

Olhei ao redor da barraca e lembrei da minha mãe, quando eu tinha 4 anos eu tinha uma obsessão pela cor amarela, lembro que minha mãe também amava essa cor e tudo o que compravamos era amarelo. Lágrimas teimosas desciam de meus olhos, molhando meu rosto.

Abri a mochila e a remexi até encontrar uma foto minha e da minha mãe. Na foto, eu era uma garotinha, com um vestido rosa e branco, e a minha mãe era linda. Estávamos sentados na grama de um parque e eu sorria para a câmera, ela me olhava sorrindo.
Levei aquela foto ao peito e chorei mais. 

Ouvi uma flauta ser tocada, ao lado de fora da tenda, senti uma vontade enorme de dançar. Guardei a foto , limpei minhas lágrimas e levantei da cama, saindo da barraca.
Os garotos dançavam em volta de uma fogueira enorme, tinha um menino com roupas verdes tocando uma flauta , sentado em baixo de uma árvore. 

Me bateu uma vontade enorme de dançar, então acompanhei os meninos na dança em volta da fogueira.

Quando o garoto parou de tocar a flauta, eu parei de dançar, a vontade tinha ido embora. Me sentei ao lado do menino de verde, que estava tocando antes.

Ele me encarou.

-Qual é o seu nome?- ele me pergunta.

-Michael- eu respondo, forçando a minha voz.

-Não vai perguntar quem sou?- ele me pergunta.

-O tocador de flauta?-eu falo, irônica. Ele ri.

-Peter, Peter Pan. O líder deste lugar. O seu líder- ele falou, com um sorriso no rosto.

Arregalei os olhos.

-Não vai me bater, ou me prender, ou me estuprar, certo?- eu perguntei, desesperada.

Ele arqueou uma sombrancelha. Ele era impressionantemente lindo: tinha cabelos castanhos e olhos que variavam de verde pra um castanho escuro.

-Te estuprar?? Eu tenho cara de gay?- ele me perguntou.

-Não! Claro que não! Eu falei por impulso, senhor, vossa excelência, majestade- eu falei rápido, com uma cara assustada.

Ele deu risada. 

-Não precisa ficar nervoso. Então, costumavam te estuprar lá onde você vivia?- ele pergunta.

-Não! Não, só falei por impulso mesmo- eu respondi.

Ele concordou com a cabeça.
-Veio de onde?- Peter me pergunta.

-Brasil- eu falei.

Ele demorou um tempinho para continuar à falar comigo.

-Sabe, as pessoas só conseguem  escutar o som da minha flauta se precisarem ser amadas, ou foram desprezadas. Quem te desprezou??- ele me perguntou.


Notas Finais


O que acharam?


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