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História Soft - Capítulo Único


Escrita por: Missstruggle

Notas do Autor


Essa fic faz parte de um universo onde todo o Red Velvet é uma gangue de garotas (yes), menos a Joy. Ela é só namoradinha da Yerim (*˙︶˙*)☆*°

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Soft - Capítulo Único

Sooyoung empurra uma das caixas na prateleira, o movimento levanta uma pequena nuvem de poeira e a garota franze o nariz em desgosto. Ela pega mais uma caixa amarela sobre o chão e fica nas pontas dos pés, seu braço esticado ao máximo para colocá-la na prateleira. Os músculos da sua perna queimam pelo exercício e Sooyoung murmura alguma reclamação sob a respiração descompassada.

Ela ouve uma risada fina atrás de si e se vira, sobrancelhas arqueadas para encarar a outra pessoa no quarto. Yerim a encara de volta, um sorriso ainda curvando seus lábios pintados em rosa.

Sooyoung franze o nariz, uma respiração exasperada saindo pelos dentes.

"Por que eu tenho que fazer isso?" Ela leva as mãos cobertas por uma camada fina de poeira até a raiz do seu cabelo, logo acima da têmpora onde suor começa a se acumular. O quarto onde elas estão é extremamente pequeno e mal arejado, o arquivo como Seulgi tinha chamado.

"Porque a Bae mandou" Yerim responde dando de ombros e se abaixando para pegar uma das caixas azuis do seu lado do quarto.

Sooyoung percebe que todas as fileiras mais altas da prateleira estão vazias e o pensamento de provocar a outra sobre sua altura flutua em algum lugar da sua mente, mas ela desiste, optando por enrolar seu cabelo longo entre os dedos e tentar afasta-lo da pele úmida.

Elas trabalham em silêncio por tempo indefinido, o lugar sem janelas tornando impossível determinar as horas. A lâmpada que pende do teto balança insistentemente, apesar de não haver vento algum no quartinho, e a luz oscila provocando uma dor de cabeça irritante em Sooyoung.

A garota suspira inúmeras vezes, levantando as caixas amarelas e murmurando entre dentes porque Bae é realmente uma vadia e a vida claramente tem algo contra Park Sooyoung.

"Ok" Yerim diz depois do que parecem eras e milhões de caixas amarelas levantadas. "Vamos fazer um intervalo".

Sooyoung deixa a caixa que ela segura em suas mãos cair no chão com um baque mudo e uma cortina nova de poeira se ergue entre as duas. Yerim tosse brevemente e encara Sooyoung com irritação. Elas seguem para fora do quarto e entram no corredor claustrofóbico do prédio antigo. Sooyoung respira profundamente o ar relativamente limpo e Yerim lhe dá um sorriso de lábios fechados, seus dedos delicados envolvendo o pulso da mais velha enquanto elas seguem o lance de escadas até a cozinha.

O cômodo ocupa um andar inteiro do prédio, uma decisão que causou inúmeras discussões entre Joohyun e Yerim, a mais nova argumentando que o andar seria muito mais bem aproveitado como uma sala de armas, ou um local para treinamento, qualquer coisa extremamente perigosa. No fim Joohyun ganhou a discussão, deixando uma Yerim extremamente emburrada sem entrar na cozinha por dois meses.

Sooyoung coloca dois copos de suco de beterraba com laranja sobre a bancada. Yerim faz careta para a jarra e se recusa a terminar a bebida com um 'Seulgi unnie faz as coisas mais nojentas' murmurado entre os dentes. Ela reclama quando Sooyoung coloca mais um pouco de suco no seu copo.

Agora, fora do quarto, é possível perceber os sinais de final de tarde. A casa extremamente silenciosa denuncia ser uma quarta-feira, as garotas mais velhas ocupadas com seus próprios assuntos enquanto Sooyoung e Yerim esperam.

As duas ficam em silencio, cada uma de um lado do balcão, Sooyoung com sua cabeça sobre a superfície fria onde descansam os copos vazios de suco, seus dedos descontraidamente enlaçados nos de Yerim.

Sooyoung sente seus olhos pesarem gradativamente, e sua mente começa a flutuar em um espaço entre o sono e a consciência. Ela não ouve Yerim falar até a outra garota apertar levemente seus dedos para chamar sua atenção.

"Hum?" Sooyoung fecha os olhos e torce para que Yerim não mencione as caixas pesadas recheadas de arquivos que elas abandonaram no andar de baixo.

Yerim afasta os cabelos escuros de Sooyoung dos seus olhos, envolve uma mecha no seu dedo indicador e observa a mais velha por alguns segundos.

"Vamos para o quarto, você não pode dormir aqui".

Sooyoung franze as sobrancelhas ao ouvir isso. “Como assim eu não posso dormir aqui? Você dormiu aqui semana passada”.

Yerim crispa os lábios, seu rosto parece alguns anos mais jovem quando ela faz essa expressão e Sooyoung ri. Yerim puxa seu braço com força, o membro quase se deslocando do lugar, ou algo assim.

"Ok" ela responde, se levantando com os olhos fechados. Yerim dá uma risada curta, o som tilintante e agudo e Sooyoung imagina um conjunto de sininhos dourados porque ela é piegas assim. Seus próprios lábios se alargam em um sorriso cheio de dentes e ela, ainda de olhos fechados, deixa que Yerim as guie para fora da cozinha e pelo lance de escadas até chegar ao andar onde os quartos ficam.

Sooyoung agradece mentalmente à Sooyoung do passado que lhe garantiu o direito de dormir no mesmo andar e não no porão. Ela ainda se lembra de todo o drama causado pelas garotas mais velhas que insistiam que Yerim e Sooyoung não deveriam nem dormir no mesmo prédio, pior ainda no mesmo andar. Mas Sooyoung foi capaz de dobrar todas elas provando que seu medo de Joohyun era muito maior que a sua vontade de colocar suas mãos por baixo da saia de Yerim.

Pequenas vitórias.

Sooyoung se coloca em frente a porta carmim no canto direito no início do corredor. Todas as portas são tingidas da mesma cor que Sooyoung odeia, mas o batente levemente descascado e um adesivo da minnie rasgado ao meio diferenciam o seu quarto. Ela puxa seus dedos do aperto de Yerim, mas a garota não solta, pelo contrário, ela aperta ainda mais. Sooyoung abre a boca, pronta para reclamar da força que Yerim está usando.

Mas Yerim continua a puxar sua mão, guiando as duas para o resto do corredor. Sooyoung morde seu lábio inferior e seu estômago se contorce brevemente.

Elas seguem até o fim do corredor, em direção ao último quarto que tem uma placa roxa com o nome de Yerim pintado, sem dizer nada. As mãos de Sooyoung suam profusamente, porque embora ela não ligue muito para o que suas unnies dizem diariamente, Bae Joohyun pode quebrar diversos ossos do corpo humano com suas mãos apenas.

Resumindo, havia uma regra que não devia ser quebrada: Yerim não chegava perto do quarto de Sooyoung e vice e versa. Tudo ficava bem e elas não teriam que lidar com a fúria de Joohyun. A coisa é: Yerim não gosta de regras, e ela tem um interesse especial por quebrar as estabelecidas por Joohyun e, consequentemente, colocar a vida de Sooyoung em perigo.

"Hum..." Sooyoung pronuncia eloquentemente, seu lábio inferior cruelmente esmagado entre seus dentes. Yerim faz um som para a deixar saber que ela está ouvindo, enquanto empurra a porta de madeira pesada.

Em um segundo elas estão no corredor e Sooyoung está organizando seus argumentos para convencer Yerim de que essa é uma péssima ideia -pior mesmo do que aquela vez que Yerim tentou descolorir seu cabelo em casa-, e no outro segundo elas já estão dentro do quarto. Sooyoung espera a porta se fechar para inspirar pesadamente o ar do ambiente. O cheiro que sempre envolve Yerim, uma mistura de baunilha e limão, é pungente entre as quatro paredes.

Na verdade, todo o lugar grita Yerim, desde as paredes tingidas em um tímido lilás até os pôsteres de cantoras americanas de punk e a cama estrategicamente bagunçada com lençóis da Hello Kitty.

"A gente não pode ficar aqui" Sooyoung começa observando do seu lugar ao lado da porta Yerim recolher objetos espalhados pelo chão “Aquela blusa é minha” Sooyoung comenta ao ver Yerim enfiar a peça no guarda-roupa junto com o resto da bagunça.

"Você não deveria estar aqui" a mais nova responde batendo a porta do móvel antes que a sua bagunça possa cair para fora. Sooyoung franze as sobrancelhas e põe uma mão sobre o peito em indignação.

"Isso não faz sentido já que você me arrastou até aqui" ela diz, se vira e se prepara para sair do quarto porque, de verdade, ela não devia estar aqui, que horas mesmo Joohyun volta?

"E você pode ir embora a qualquer momento" Yeri responde e joga o seu corpo sobre a cama, os lençóis ainda embaraçados. Sooyoung se vira com uma expressão sacarina. Ela abre os braços fazendo um gesto para a porta que ela pretendia abrir segundos atrás.

"Ooooou, você pode parar de ser tão chata e deitar aqui" Yerim bate uma das mãos sobre o colchão sinalizando um espaço para a mais velha. Sooyoung a encara sem expressão por alguns momentos.

“Não, obrigada” ela diz e puxa a porta.

Yerim suspira e pula da cama. "Joohyun não volta hoje, ela mandou uma mensagem" Yerim fala em uma respiração só, seus dedos seguros em volta do pulso de Sooyoung.

Sooyoung não se move e Yerim a encara de volta, a porta entreaberta. Yerim está tentando seu olhar mais intimidador, mas não há nenhuma ameaça real. Sooyoung encara de volta, suas sobrancelhas arqueadas em sua melhor cara de ‘sério, Yerim?’ e a mais nova mantém seu olhar petulante.

"Ahhhhhh fala sério" Yerim geme a frase, suas mãos apertando o pulso de Sooyoung. Ela puxa tentativamente e sorri um sorriso completo quando Sooyoung se deixa ser arrastada novamente. A mais velha bate a porta com um suspiro.

“Assim parece que eu estou te levando para um carrasco” Yerim comenta enquanto puxa os lençóis revoltos sobre a cama. Ela chuta algo que parece um livro e empurra Sooyoung para cima do colchão.

“Sabe, a gente devia trabalhar nessa sua agressividade. Não pode ser saudável” Sooyoung reclama enquanto tenta se deitar sobre a cama de solteiro deixando algum espaço para Yerim. A mais nova sorri felina. “E, é quase a mesma coisa deitar aqui e me entregar para um carrasco, já que a Bae vai arrancar a minha pele...”

Yerim passa uma das pernas sobre Sooyoung, ignorando completamente o espaço vazio que ela tentou deixar. Ela se posiciona acima da mais velha e a encara ainda sorrindo de lábios fechados.

Sooyoung para de falar, sua garganta ficando seca de repente. “Acabou? ” Yerim pergunta. Sooyoung mal consegue se concentrar, o calor de Yerim faz o quarto parecer mil vezes mais quente e abafado.

“Hm... eu acho?” ela diz. Yerim ri, seu corpo mais projetado para frente, suas mãos uma em cada lado do corpo de Sooyoung, seus cabelos loiros caindo em cascata sobre as duas e obstruindo a visão de qualquer coisa que não seja o rosto da mais nova.

“Ok” Yerim responde e sua voz sai soprada, quase impossível de ouvir não fosse pelo fato de as duas estarem tão próximas. A proximidade, no entanto, não parece o suficiente para Yerim que projeta ainda mais seu corpo para frente, caindo sobre Sooyoung.

Ela deixa seu rosto se acomodar na junção entre o pescoço e o ombro de Sooyoung, e por alguns momentos ela fica parada ali, apenas respirando. A mais velha chega a cogitar a possibilidade de Yerim ter dormido, até ela sentir a pressão úmida de lábios contra a pele do seu pescoço.

Uma corrente elétrica passa por todo o seu corpo e é quase ridículo como ela responde a qualquer contato da outra. Sooyoung respira pesadamente enquanto Yerim continua ministrando selares pela pele alva.

Sooyoung sente uma de suas mãos se moverem sem sua permissão, os dedos longos se embrenhando por entre as mechas loiras do cabelo de Yerim. Ela aperta os fios e puxa firmemente. Yerim solta um gemido fraco e Sooyoung puxa a cabeça da garota para longe do seu pescoço.

Ela encara Yerim, os olhos semicerrados, lábios levemente inchados molhados pela sua própria saliva e as bochechas coloridas em um rosa tenro. Sooyoung mantem seu aperto nos cabelos de Yerim, seus olhos passeando pelo rosto da mais nova.

“O que você quer?” Sooyoung sopra a pergunta, seu rosto se aproximando do de Yerim. Ela captura o lábio inferior da outra entre os seus e suga delicadamente. Yerim produz um gemido cortado e seus quadris se movimentam por vontade própria.

Sooyoung leva uma de suas mãos até a parte mais farta da coxa alva de Yerim, a outra mão segura nos cabelos loiros. Elas suspiram em uníssono uma contra a outra, uma espécie de expectativa elétrica suspensa no pequeno espaço onde os dois corpos não se tocam.

Os dedos da mais velha pinicam com a necessidade de fazer algo, então ela simplesmente aperta os fios de cabelo entre os nós e a carne macia de Yerim entre suas unhas.

“Eu perguntei” ela pausa para lamber os próprios lábios secos “o que você quer”, sua voz assume um tom mais opaco, se adaptando a gravidade da atmosfera.

O movimento dos quadris de Yerim, quase imperceptível, se torna mais insistente. Sooyoung observa a mais nova por alguns segundos, seus olhos semicerrados têm uma aparência vítrea, e brilham como se prendessem o início de lágrimas por trás dos cílios pesados.

Sooyoung mantém seu aperto por mais alguns instantes, e assim que seus dedos se desprendem dos cabelos de Yerim a mais nova cai totalmente sobre si, um lamento preso entre seus dentes.

Ambas respiram forçosamente, seus pulmões se esforçando para acompanhar o ritmo elevado dos batimentos cardíacos e a forma selvagem como o sangue circula por suas veias.

 Sooyoung ignora por alguns segundos a implicação de toda a situação, a forma como o respirar de Yerim se torna mais sôfrego a medida que a mais velha crava mais profundamente suas unhas curtas na pele fina, a forma como a mais nova sempre parece as encaixar nesse quebra-cabeça para o qual Sooyoung não tem nenhuma instrução senão as cores brilhantes que refletem nos olhos de Yerim.

A mais velha afasta seu corpo da cabeceira da cama, Yerim, colada ao seu pescoço se move com ela. Sooyoung a empurra levemente pelo ombro, seus olhos deslizando por todo o rosto de Yerim assim que suas bochechas rosadas se tornam visíveis.

Seu dedo indicador e polegar tomam o queixo delicado da mais nova, nenhum aperto sendo colocado no toque. Sooyoung junta seus lábios em uma colisão inaudível, suas respirações se misturando úmidas e quentes.

Não é nada mais do que um pressionar de lábios, mas o coração de Sooyoung tenta galopar para fora de sua caixa torácica mesmo assim.

Yerim, impaciente Yerim, suspira apartando seus lábios levemente e passando sua língua sobre os de Sooyoung. Não é exatamente um beijo, mas algo mais íntimo, embalado apenas pela necessidade e querer de ambas.

Sooyoung acata e suga a língua de Yerim, retirando mais um gemido soluçado da mais nova. Ela impulsiona seu corpo para frente, até que Yerim esteja espalhada sobre o lençol abaixo de si.

Suas peles cobertas por uma camada fina de perspiração cola seus corpos onde suas coxas desnudas se encostam. As imagens por trás de seus olhos cerrados se resumem a flashes de cores exuberantes e o reflexo quente da necessidade.

Sooyoung carrega seus beijos até beber diretamente da clavícula proeminente da mais nova, a alça fina da blusa deslizando para baixo em seus ombros de acordo com os movimentos dos dedos sedentos da mais velha.

“Soo-” Yerim murmura quando Sooyoung carrega seus selares para o vale dos seios alvos e pequenos da outra. A pele descoberta pela blusa inútil e os mamilos visíveis.

A mais velha suga a pele para dentro da sua boca, seus dentes apertando em volta do futuro hematoma, que obrigará Yerim a vestir suas camisetas mais recatadas por, no mínimo, uma semana.

Sooyoung carrega suas palmas pelos lados de Yerim, carregando consigo tecido, pele e calor. Seus dedos se embrenham entre a saia de drapeados pesados e ela atinge o que parece ser lava abaixo de suas digitais.

Ela pressiona a ponta dos dedos contra o ponto de calor, o quase centro de Yerim, mas ainda não. Suas unhas arrastam pela parte de dentro das coxas de Yerim e a mais nova responde com uma mão pesada sobre a sua cabeça.

Ela pressiona o rosto de Sooyoung contra sua pele, um pedido silencioso que Sooyoung quase nunca se permite responder. Os dedos da mão esquerda de Sooyoung seguem a curvatura do pescoço de Yerim e ela pressiona o interior molhado de Yerim sobre a calcinha ao mesmo tempo em que comprime a garganta da outra com seu polegar.

Ela sente os joelhos de Yerim se fecharem ao redor da sua cintura, um aperto forte que a indica exatamente o que fazer.

E então, uma música extremamente alta quebra a bolha em que as garotas estão imersas. É o tom estridente das vozes femininas em algum sucesso popular, e apesar do aspecto divertido da canção, Sooyoung sente todos os seus movimentos congelarem.

Ela levanta sua cabeça como um cão que ouve de repente a voz do seu dono. Seus olhos comicamente arregalados e seus lábios acusatoriamente inchados.

Ela posiciona ambas as mãos ao redor da cabeça de Yerim, perto de seus cabelos loiros que formam uma aureola ao seu redor. A mais nova geme em reprovação, suas próprias mãos se prendendo a cintura de Sooyoung e tentando puxá-la para baixo.

“Merda” a mais velha murmura entre os dentes, seu olhar perdido entre as cobertas revoltas enquanto a música ecoa insistentemente. Sooyoung sabe que tem que atender, o toque específico estabelecido para uma de suas unnies.

Yerim se move e instala seus braços ao redor do pescoço de Sooyoung, seus lábios conectados ao pescoço da mais velha, se provando de nenhuma ajuda. Os dedos frenéticos de Sooyoung finalmente se prendem ao objeto enfiado em algum lugar entre os travesseiros e ela aperta prontamente o botão verde.

“Alô?” sua voz é extremamente impolida, um tom grave sublinhando suas palavras.

“Hey”, ela reconhece imediatamente a voz de Seulgi “Vocês estão em casa?” a mais velha pergunta, completamente alheia a forma como Sooyoung morde seus lábios e cerra os olhos, Yerim tomando o lóbulo da sua orelha entre os dentes.

“Aham” ela responde em um quase suspiro.

“O que?” Seulgi pergunta, confusão aparente em seu tom.

“Eu tô, nós estamos, unnie. Estamos em casa sim. Nós estamos” Sooyoung responde. Ela sente Yerim rir soprado contra a pele do seu pescoço, a mais nova infiltrando suas mãos por baixo da camiseta de Sooyoung.

“Ah, okay. Desce aqui. Eu esqueci a minha chave” Seulgi diz com uma risada deprecatória.

Sooyoung empurra Yerim bruscamente para longe de si, a mais nova caindo sobre os lençóis, suas sobrancelhas franzidas em completo desgosto.

“Ahm, okay, unnie, eu já estou descendo, só cinco minutinhos e eu já estou descendo. Eu já vou” Sooyoung gagueja sua resposta e desliga o telefone sem esperar por uma afirmação de Seulgi.

Ela encara Yerim, cabelos loiros revoltos, lábios inchados como os seus, roupas amassadas e sobrancelhas franzidas em desaprovação. Seria cômico e Sooyoung poderia até sorrir, caso sua vida não estivesse em risco enquanto falamos.  

“Seulgi” Sooyoung engole “Ela tá aí, esqueceu a chave”.

Yerim a encara por alguns segundos, expressão vazia e por fim se joga sobre os lençóis, seus dedos apertando os olhos.

“Puta que pariu” a mais nova geme, um quase grito no silencio do quarto.

Sooyoung bate nos seus joelhos desnudos e aponta em direção ao banheiro. Yerim revira os olhos, mas se levanta e vai até o cômodo. Sooyoung ouve a porta bater com um barulho estrondoso e suspira.

Ela se levanta e se olha no espelho, puxa sua saia para encaixá-la sobre os quadris, tenta desfazer os vincos profundos na sua camiseta e passa os dedos pelos cabelos longos. Com um último suspiro e ouvindo o barulho da água correr no chuveiro, Sooyoung abre a porta do quarto e segue para as escadas em direção a Seulgi. 


Notas Finais


Eu tmb me odeio, bjs.


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