História Solangelo depois da guerra - Lembrança boa

Pov Nico (Antes)
QUE LUGAR INCRÍVEL!!!
É como um jogo de Mitomagia só que de verdade. Eu conheci um centáuro. Um CENTÁURO!
Olho maravilhado pra Quíron que me apresenta a todos do acampamento meio-sangue e me mostra como tudo funciona.
Minha irmã acabou de ir em uma missão, não estou preocupado sei que ela vai ficar bem, Percy me prometeu que ia cuidar dela e ele é como um super heroi.
--E aqui é a enfermaria.
Faço careta.
--Não gosta?-me pergunta Quíron.
--Tem agulhas-digo.
Ele sorri.
--É mas tem alguém da sua idade que você vai gostar de conhecer.
E acena pra um menino loiro que vem correndo engraçado na nossa direção.
--Nico esse é Will Solace-diz Quíron-Will...Nico Di Angelo.
--Oi-diz Will sorrindo pra mim--O que é isso?
Eu sorrio de volta.
--São cartinhas de Mitomagia que é o melhor jogo do mundo todo-digo pra ele-Ah e oi.
Ele ri.
--Quer jogar comigo?-pergunto-Te ensino.
--Quero, mas eu tenho que terminar as tarefas na enfermaria.-diz meio triste.
--Nico-diz Quíron- porque você não vai ajudar o Will na enfermaria e depois vocês brincam?
--Com as agulhas?
--Você tem medo?-pergunta Will
--Não! Eu não tenho medo de nada!
--Então vamos?
--Vamos.-Digo porque sou muito corajoso, como Percy.
Entramos na enfermaria e eu ajudo Will a arrumar as ataduras e algumas plantinhas estranhas.
--Por que você tem que arrumar isso?-pergunto apontando pra bagunça.
--Porque quando eu crescer eu vou ser o melhor curandeiro do acampamento.
--E não dá pra ser o melhor sem arrumar isso?
--Ate dá, mas meu irmão me disse que assim eu vou aprender mais rápido.
--Legal, mas você não tem medo de agulhas?
--Eu não. Um filho de Apollo não pode ter medo de agulhas.-diz todo orgulhoso.
--Eu não sei de quem eu sou filho-digo cabisbaixo.
--Você vai descobrir-diz sorrindo.
Nós terminamos de arrumar e fomos brincar.

Pov Will (agora)
Saio da enfermaria e procuro pelo Nico, hoje não é um dia muito bom pra ele. É aniversário da Bianca e ele costuma ficar mais quieto que o normal nessa data.
O encontro embaixo da nossa arvore, ele está sentado, de olhos fechados, com a cabeça em direção ao céu e segura uma coisa em suas mãos.
--Nico?
Ele se assusta um pouco, mas olha pra mim.
--Oi--sussurra triste.
--Posso te fazer companhia?
Sei que parece que só porque estamos juntos, eu posso estar perto dele sempre, mas ele prefere ficar sozinho em momentos como esse, então pergunto pra não faze-lo ficar mais triste.
Ele assente e se afasta para o lado me dando espaço. Eu sento do seu lado e vejo o que está nas suas mãos.
--É a estátua do seu pai.
Ele faz que sim.
--Lembra quando você me ensinou a jogar?-pergunto tentando trazer uma memória boa.
Ele quase sorri.
--Eu tinha um bom professor-digo-Tapaceiro mas bom.
Ele se vira rápido na minha direção.
--Trapaceiro é o cacete, você que perdia toda hora.-diz meio bravo.
Eu começo a rir.
--Eu sei-começo--só queria fazer você falar comigo.
Ele suspira.
--Desculpa, é que hoje ta difícil.
--Eu sei, mas você não tem que passar por isso sozinho.
Busco sua mão e seguro firme.
--Eu não quero te deixar triste-diz fazendo carinho na minha mão.
--Você quer jogar Mitomagia?
Ele me olha meio estranho.
--Vamos-digo tentando convece-lo
Ele sorri fraco mas faz que não.
--Eu não quero fazer nada.
--Vou fazer nada com você então.
Ele encosta a cabeça no meu ombro e depois percebo que ele pegou no sono, dou um beijo na sua testa e apoio minha cabeça na sua.
Ficamos assim por um longo tempo e fico lembrando de quando nos conhecemos, ele era um garotinho tão fofo, vivia gargalhando e olhando maravilhado pra tudo. Da próxima vez que o vi foi na batalha de Manhattan e ele estava tão mudado. Ele estava mais forte e triste, foi estranho ve-lo daquele jeito.
--Will?-sussurra no meu ombro.
Olho pra ele e aperto sua mão.
--Quê?
--Mudei de ideia-diz meio sem jeito--Brinca comigo?
Eu sorrio. Vou trazer aquele menininho de volta!