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História Solo Amigos!? (Vondy) - Cap. 4 - Bilhetes anônimos


Escrita por: ELITERBD

Capítulo 5 - Cap. 4 - Bilhetes anônimos


DULCE MARÍA 


Maitê ― Você combinou de fazer o trabalho na sua casa com o nerd? {Se mostra chocada} 


Dulce ― Sim. Qual é o problema? {Dou de ombros} ― Derrick vai fazer na casa dele ou na daquela lambisgoia. {Aponto na direção de Belinda} ― Os dois vão ficar sozinhos e juntinhos. 


M ― Já tá imaginando que pode levar chifre?  


D ― Eu espero que ele fique a pelo menos dois metros de distância da oferecida. Com certeza ela vai se jogar pra cima do D.J. 


M ― Por que vocês quatro não pesquisam juntos? {Sugere a mesma coisa que Christopher sugeriu} ― Assim você fica de olho no seu boy. 


D ― Nem pensar! Não quero a oxigenada na minha casa. 


M ― Dã! Não precisa ser na sua casa. 


D ― Só aturo a Belinda na mesma sala de aula porque não tem outro jeito. Não quero ter contato com ela. Prefiro confiar no meu namorado. 


M ― Hum, ok. {Me lança um olhar intrigado} ― Mudando de assunto agora, sabia que amanhã é aniversário do Uckermann? {Mexe as sobrancelhas e faz uma cara sapeca} 


D ― Não. {É claro que eu sei a data de aniversário dele} 


Bom, eu só sei porque no ano passado eu escutei Christopher comentando com Christian que ele tinha faltado à aula no dia do seu aniversário pra poder se livrar das ovadas que sabia que ia receber na cabeça. 


M ― Quero dar um presentinho pra ele. {Sorri maliciosa} 


D ― Tá pensando no que, sua diabinha? {Cutuco o seu braço} 


M ― Ainda não tenho nenhuma ideia em mente. 


D ― Olha lá, hein! Não vá fazer nada muito pesado. {Estreito o olhar} ― Você pode ser expulsa.


M ― Eu soube que amanhã alguns garotos combinaram de jogar ovos nele na hora da saída. Isso se Uckermann não faltar à aula, né? {Maitê ri} ― Os nerds morrem de medo de levar ovada no dia do aniversário. 


Eu preciso dar um jeito de avisar Christopher. No ano passado, Maitê queria roubar o trabalho que ele fez na feira de ciências. Porém, eu tirei a ideia da cabeça dela e disse que o trabalho de outro aluno estava bem melhor. Ela foi na minha e roubou o experimento do outro garoto. Decidida a alertar Christopher sobre o que vai acontecer amanhã, rasgo um pedaço de papel do meu caderno e escrevo um bilhete com uma letra diferente da minha. 


D ― Professora, posso ir ao banheiro? {Peço enquanto guardo o papel dentro do bolso da calça} 


― Cinco minutos, hein, Dulce. {Ela responde} 


Levanto da cadeira e caminho pelos corredores, indo em direção aos armários. Vou passando os olhos por quase todos os de cor cinza, até achar o de Christopher. Assim que encontro, dobro o papel e, de maneira discreta, o enfio na beirada da porta do armário. Missão cumprida! Quando ele for vir guardar os livros, irá ver o bilhete que deixei. 


│➸➸➸│


CHRISTOPHER UCKERMANN 


"Christopher, alguns alunos combinaram de jogar ovos em você amanhã. É o seu aniversário, certo? Falte à aula ou se esconda na sala de música até os imbecis irem embora. Eu precisava te avisar. Assinado: um amigo." 


Ucker ― Leia isso aqui. {Entrego o pedaço de papel para Christian} 


Assim que abri o meu armário, esse papelzinho caiu no chão. Pensei que fossem as minhas anotações que costumo fazer nas aulas, mas eu sempre escrevo nos meus cadernos. Achei estranho, pois não me lembrava de ter deixado algum papel solto por aqui. 


Christian ― O que é isso? {Arqueia as sobrancelhas}


U ― Só leia! 


E assim ele faz. 


C ― Uma alma bondosa te avisou anonimamente sobre o que vai rolar amanhã. {Se mostra surpreso} ― Alguns estúpidos querem te encher de ovada. 


U ― De farinha e de porrada também, com certeza. {Acrescento} 


C ― Já estamos no último ano do ensino médio e ainda tem retardado que faz essas idiotices? {Se mostra revoltado} ― Isso é coisa de criança. {Nem todos os adolescentes de dezessete anos são maduros} 


U ― Quem será que me alertou? {Fico curioso e pego o papel de volta da sua mão} 


C ― Espera, espera! E se for uma armadilha? {Seus olhos se arregalam} ― Talvez estejam querendo te atrair para a sala de música pra fazerem coisa pior com você. {Estala os dedos} 


U ― Droga! {Bato a mão na testa} ― Não pensei nisso. 


C ― Melhor faltar à aula. {Diz em tom de derrota} 


U ― Não posso! Amanhã tenho mais um treinamento para a maratona acadêmica. {Faço uma careta} 


C ― Putz! {Solta o ar pela boca e bate a testa na porta do armário dele} ― Mas você não precisa treinar pra uma competição de perguntas de conhecimento acadêmico. A sua inteligência só perde pra da internet, meu amigo. Você é a pessoa mais perspicaz que conheço.


U ― Claro que preciso treinar! Esse é o meu último ano aqui e quero terminá-lo ajudando a escola a ganhar um troféu que ela não ganha há anos. 


C ― Peça pra ir embora depois do treino.  


U ― Meus pais trabalham e não podem atender telefone. Como vou falar com eles pra pedir autorização pra ir embora? 


C ― Diga pra inspetora que está doente, sei lá. {Dá de ombros} ― Invente alguma coisa. 


U ― Tenho uma ideia melhor. Vou me esconder em outro lugar. 


C ― Biblioteca? 


U ― Não. Muito óbvio. {Balanço a cabeça em negação} ― Vou ao último lugar onde vão me procurar: no vestiário do campo de futebol. 


C ― Boa. {Sorri sapeca} 


U ― Preciso estar inteiro pra fazer o trabalho sozinho com a Dulce. {Sorrio comigo mesmo} ― E vai ser na casa dela! Ela me convidou. 


C ― Mais iludido do que plateia de show de mágica, hein. {Nega com a cabeça} ― Esqueça a Dulce María, cara! 


U ― Tirá-la da cabeça é mais difícil do que calcular raiz quadrada mentalmente. {De acordo com a matemática da minha cabeça, eu Dulce = química perfeita. Pena que pra ela seja assim: Dulce – Christopher = casal impossível} 


│➸➸➸│


Durante o jantar, perguntei aos meus pais se a minha atitude de me esconder pra não levar ovada seria um ato de covardia. Eles me disseram que não, e que essa é minha maneira de me defender, já que não vou conseguir ganhar uma briga de vários garotos contra um. Se fosse contra apenas um deles, até que eu poderia ter chance de ganhar uma briga. 


Na manhã de hoje, meus pais preparam um café da manhã especial pra mim, com todas as coisas que gosto de comer e escreveram também uma mensagem em um cartão. Eles são os melhores pais do mundo. Tive muita sorte de ter nascido em uma boa família. Pelo menos isso, considerando que eu não tenho sorte com as mulheres.


"Feliz aniversário, filho! Hoje é um dia bem mais que especial. Quando você nasceu, foi o nosso maior presente. Você sempre será o que temos de mais valioso. Te amamos muito! Um beijo e um abraço da sua mãe e do seu pai."


Termino de ler o cartão completamente emocionado. 


Ucker ― Obrigado. {Sorrio e eles me abraçam} ― Amo muito vocês também.


Alexandra ― À noite nós vamos sair para comemorar. {Minha mãe diz em tom empolgado} ― Que tal irmos a uma pizzaria? 


U ― Perfeito! 


Victor ― Aproveite e chame alguns dos seus amigos pra irem conosco. {Meu pai diz} 


U ― Christian é o meu único amigo, pai. Esqueceu? {Eu converso com o Alfonso também, mas ele não é bem um amigo. É apenas um colega de turma} 


Victor ― O número de amigos não importa. {Aperta o meu ombro} ― Melhor ter poucos, e eles serem verdadeiros, do que ter muitos, e eles serem falsos. 


Alexandra ― Isso mesmo, querido! {Belisca a minha bochecha} 


U ― Chris e eu somos amigos desde o jardim de infância. 


Alexandra ― Gosto muito dele. Aquele garoto é muito fofo. 


Victor ― Sua mãe e eu também somos os seus amigos, filho. Conte sempre com a gente. {Beija o meu rosto} 


│➸➸➸│


Assim que volto do intervalo, encontro um pequeno envelope no meio do meu caderno. Puxo-o pela ponta, abro e tiro o papel de dentro do mesmo. Mais um bilhete? 


"Christopher, toda vez que eu te vejo o meu coração bate forte. Estou hipnotizada pelos seus lindos olhos e pelo seu sorriso. Fico com vergonha de te dizer um simples oi. Sou muito tímida e por isso não vou revelar ainda o meu nome. Mas saiba que sou a sua admiradora. Um beijo!"


U ― Chris. {Cutuco-lhe no ombro}


Christian ― O que foi? {Se vira pra me encarar. Ele está sentado na mesa à minha frente} 


U ― Leia. {Entrego-lhe o papel} 


C ― Recebeu outro aviso? 


U ― Dessa vez não. {O meu coração está acelerado. Quem será que me escreveu esse bilhete?} 


C ― Olha só, uma declaração! {Exclama em tom de surpresa} ― Você tem uma admiradora secreta. O Uckermann é um garanhão. {Ri} 


U ― Agora estou morrendo de curiosidade pra saber quem é. 


C ― Jura que você não faz ideia? Isso só pode ser coisa da Nathalya. 


U ― Que Nathalya? 


C ― A do segundo ano. Nathalya Tellez. Ela é afim de você. 


U ― Hum... Acho que não é ela. Já dei um fora nela, lembra? 


C ― Talvez a garota esteja insistindo e quer te conquistar. Se eu fosse você, daria uma chance pra Naty. É bom que assim esquece a D.M.


Lanço o meu olhar para Dulce, que está conversando com Maitê. Eu jamais ficaria com uma garota que não gosto. Por isso não tenho interesse em dar uma chance para a Nathalya. Sei que um dia os meus sentimentos por Dulce vão desaparecer. Só tenho que dar tempo ao tempo. 


No final da última aula, guardo os meus livros dentro do armário e sigo rumo ao vestiário do campo de futebol. Assim que viro a esquina de um corredor, acabo esbarrando em alguém. É a Dulce. O meu coração dispara. Essa garota tem o poder de deixar as minhas pernas bambas. Desde que ela tingiu os cabelos de vermelho, ficou ainda mais linda. 


Dulce ― Desculpa.


U ― Sou eu quem peço desculpas.{Sorrio levemente} ― Mais uma vez a gente trombando um no outro.


D ― Sim. {Sorri de volta} 


U ― Bom, eu já vou... {Faço menção de continuar o meu caminho} 


D ― Aonde vai? {Me olha com curiosidade} 


U ― Ãmm... Embora. 


D ― A saída fica pra lá. {Aponta para o outro lado} 


U ― Eu esqueci um livro na sala de aula. Vou voltar pra pegar.  


D ― Christopher, a nossa sala fica do outro lado. O que tá escondendo? {Me lança um olhar especulativo e intrigado} 


U ― Tá bem! Eu estou me escondendo. {Confesso} ― Alguns idiotas estão me esperando lá fora pra fazer alguma travessura comigo. Hoje é o meu aniversário. 


D ― Podemos ir pra alguma sala.  


U ― Na verdade eu estou indo ao vestiário... Espera. {A minha ficha cai} ― Você... Vai comigo? {Arqueio as sobrancelhas} 


D ― Vem! {Ela segura o meu braço e me arrasta. Nós seguimos em direção ao campo de futebol} 


Entramos no vestiário e Dulce senta em um banco. 


D ― Agora é só esperarmos um tempinho. Os imbecis não vão ficar te esperando pra sempre lá fora. {Aponta para o espaço vazio ao seu lado no banco, convidando-me para me sentar}


Quase sem acreditar que estou sozinho no mesmo ambiente que Dulce, sento ao lado dela, tentando disfarçar o meu constrangimento diante de sua presença. 


D ― Feliz aniversário, Christopher! {Ela sorri}


U ― Obrigado, Dulce. {Ah, como é bom escutar o nome dela saindo da minha boca!} ― E obrigado por me fazer companhia aqui. Pensei que você estivesse com o D.J. 


D ― Eu estava conversando com umas amigas. E eu não quero falar com o Derrick hoje. 


U ― Vocês brigaram? {Tento não parecer um curioso} 


D ― Recebi isso. {Ela abre a mochila e tira um caderno de dentro da mesma} ― Olha. {Me entrega um pedaço de papel, onde há uma mensagem escrita com letra de computador} ― Pode ler.


"Dulce María, se você quiser saber quem o seu namoradinho é de verdade, vá até o vestiário do campo de futebol na próxima quinta-feira, pouco antes do sinal da 1ª aula tocar. Veja com os seus próprios olhos. Espero que a sua cabeça não doa muito quando descobrir o que o D.J faz pelas suas costas. Infelizmente não existe remédio para dor de chifre que eu possa te indicar. Mas se quiser continuar sendo enganada, o problema é seu. Quem avisa amigo é."


U ― Você também recebeu um bilhete anônimo.


D ― Também? {Arqueia as sobrancelhas} 


U ― Eu recebi um ontem. Alguém me alertou sobre o banho de ovos e farinha que eu ia levar hoje na hora da saída. 


D ― Tem ideia de quem te mandou o bilhete? 


U ― Não. E você? Tem ideia de quem te mandou este? {Devolvo-lhe o papel} 


D ― Não, mas aposto que é a amante do Derrick. Talvez ela esteja querendo que eu dê um flagrante neles só pra eu terminar o namoro e o caminho ficar livre pra ela. 


U ― Já decidiu se vai mesmo ao vestiário na quinta-feira?  


D ― Só se você for comigo, Christopher. Não quero ir sozinha. {Morde o lábio inferior e me imagino beijando a sua boca} 


U ― Tudo bem. {Espanto os meus pensamentos impróprios} ― Eu te acompanho. {Nós trocamos sorrisos} 


Que maluquice! Eu recebi dois bilhetes anônimos e Dulce recebeu um. Seria possível que a mesma pessoa tenha escrito os bilhetes? Ou será que tudo não passa de uma incrível coincidência? Bom, eu acho que os bilhetes que recebi foram escritos pela mesma pessoa. Pela minha admiradora secreta. 



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