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História Soluço: O PRÍNCIPE DOS DRAGÕES. - O vôo e a decisão.


Escrita por: GMDCASTRO

Capítulo 30 - O vôo e a decisão.


POV. ASTRID

Já faz quase uma semana agora. Observava os dragões voando enquanto sorria. Era realmente muito bonito aqui, mas não podia ajudar e também sinto um pouco de saudades de casa. Olho para minha direita, onde Soluço estava encostado no Banguela. Ele tinha um pequeno caderno em sua mão.

— O que você está desenhando? – perguntei tentando obter uma olhada, mas ele muda o caderno para fora da minha vista.

— Apenas uma ideia – ele disse e eu fiz beicinho para o mesmo.

— Posso ver? – pergunto enquanto me aproximava do caderno, mas ele segurou-o para fora do meu alcance.

— Não! – ele disse um pouco alto arregalando os olhos ligeiramente. Os dragões olharam com curiosidade antes do Banguela e Rhuan soltarem uma risada zombeteira, o que lhe valeu um ligeiro brilho antes de Soluço limpar a sua garganta e falou num tom mais calmo – Ah... não... é uma surpresa...

Olho para ele, mas me sento enquanto estendia a minha mão para Tempestade. Podia jurar que ele estava corado por um momento.

— Você está sempre desenhando nesse caderno – falo – O que é que você desenhar afinal?

— Ideias, principalmente – ele disse recostando-se a si mesmo. Soluço colocou o caderno afastado em um bolso – Às vezes dragões ou o que acontece para ver e encontrar algo belo – me inclinei a minha cabeça.

— Posso ver alguns dele? – pergunto – Não é o que você estava apenas trabalhando, desde que claramente não quer que eu veja – Soluço olhou para mim por um pouco antes de puxar o caderno novamente com um suspiro. Rapidamente pego-o.

Começo abrir e vejo um esboço dos dragões em voo, sorrir.

— Você é bom – digo enquanto admirava o desenho.

— Sério? – ele perguntou levantando uma sobrancelha e assente.

— Que tipos de projetos? – perguntei, Soluço folheou uma página mostrando o layout de uma asa de Zíper Arrepiante.

— Novos membros para dragões – ele disse – Tem que ter cuidado realmente para obter uma textura e peso certo. Caso contrário, o membro vai fazer mal do que bem.

— Bom, ver como você está em torno dos dragões, tanta coisa que eu tenho certeza que você conhece melhor do que ninguém – digo olhando para o Soluço, enquanto mesmo vira outra página – Isso é Tempestade?

No desenho, a Nadder parecia estar procurando algo no chão, sorrir para o desenho. Parecia que tinha capturado a natureza curiosa de Tempestade perfeitamente. A página seguinte tinha um Pesadelo Monstruoso enquanto ele estava em chamas e voando, me engasgo.

— Isso deve ser incrível ver na vida real.

— Isso é – Soluço disse com um sorriso – Todos os dragões têm algo especial sobre eles.

Inclino-me contra ele com um sorriso suave formando em meus lábios.

— Eu espero que eu possa ver mais dessas coisas especiais – falo e logo penso, pensamentos de Berk longe da minha mente de novo enquanto estendia a mão para virar a página. Soluço estava distraído.

Assim que viro a página, fico surpresa e acho que o Soluço percebeu, pois rapidamente fechou o caderno.

— Você me desenhou? – pergunto – Por que?

Foi um dos momentos que eu estava vínculo com a Tempestade, acariciando o dragão com um leve sorriso no rosto. A iluminação parecia colocar um halo pequeno em torno de nós duas no desenho. Soluço tinha tomado claramente um grande cuidado na elaboração como ele tinha muito mais detalhes do que os outros.

Soluço olhou para o lado um pouco nervoso.

— Queria lembrar – ele disse quase demasiado calmo para eu ouvir.

— Por que você precisa se lembrar? – pergunto – Ou até querer para que o assunto?

— Eu não posso mantê-la aqui – fala Soluço com um suspiro quando ele colocou seu caderno para fora novamente e puxou as pernas para perto – Você e minha mãe tem que voltar em algum momento – ele evitou a minha segunda pergunta.

Olhei para o chão.

— É estranho – digo pegando a sua atenção – Eu sinto falta de Berk, mas eu também não quero sair daqui. É muito tranquilo e relaxante, eu não sei como poderia resolver voltar para estar em Berk, pois... – olho para ele – Soluço, não posso matar um dragão agora que conheço sobre eles – ele sorriu.

— Um para baixo e o resto do mundo para ir – Soluço brincou e ganhou uma pequena risada de mim – Você pode ficar, se realmente quer.

Um sorriso triste substituiu o alegre.

— Não, eu não posso – falo – Este lugar é realmente bonito, paraíso mesmo. Mas, se eu não voltar... Berk nunca será capaz de mudar seus pontos de vista sobre dragões – Soluço olhou para os dragões – Talvez você pudesse ir comigo e... – ele me interrompe.

— Ir para Berk?! Aonde ninguém jamais se importou comigo, onde todos me criticavam, ignoravam ou me maltratam apenas por não ser igual a eles, ignorante e fortes como eles. NÃO! Eu não vou voltar para lá! – ele se levanta e começa a se afastar, mas eu o sigo.

— Soluço, isso não é verdade! – digo – Sua mãe, o Bocão, a sua irmã Skyller, seu pai e eu. Nós se importamos com você!

Soluço rir.

— Meu pai?! Não, ele nunca se importou comigo! Ele me abandonou quando mais precisei dele! – ele abaixa cabeça – Ele nunca me amou, nunca! Sempre me evitou. De todas as dores que passei durante nesses anos, a pior foi dele e não quero volta para Berk! – ele disse me olhando.

— Mas, Soluço...

— Se eles veem os meus olhos, eles vão não apenas me expulsa da aldeia, Astrid – continua – Sendo filho de Stoico ou não, eles vão me matar, Stoico pode até ser o único a balançar o machado.

— Mas, a gente pode dá um jeito nisso – falo tentando fazê-lo mudar de ideia – Não vou deixar ninguém fazer isso com você! – não sabia o que estou fazendo, mas senti a necessidade de protege-lo, mesmo que ele realmente não precisa de proteção – A gente pode colocar alguma nos seus olhos e manter o capuz, posso dizer que você é cego e...

— Os dragões precisam de mim aqui – diz ele fazendo-me olhar para as criaturas que haviam crescido com ele – E eu preciso deles. Astrid, eu adoraria nada mais do que tudo ir com você para Berk e acredite em mim.

Olho para Tempestade, estávamos apenas começando a se tornar amigas mas agora...

Ficamos em silencio por um tempo, não sabia o que fazer. Valka tentou fazer o Soluço mudar de ideia, mas sem sucesso. Ele ainda não acredita que o pai dele o amava. Como vou fazer para que ele mudasse a ideia?

NARRADOR

Astrid e Soluço ficaram quietos, cada um com seu pensamento até que um deles fala.

— Você quer voar comigo? – Soluço disse suavemente como ele olhou para ela, que sorriu.

Soluço queria empurrar os pensamentos de Berk para longe por enquanto. Astrid também estava disposta não querendo pensar sobre isso.

— Eu adoraria – ela disse. Soluço sorriu, finalmente, como ele chamou o Banguela e subiu em cima. Ele estendeu a mão, que Astrid pegou e estabeleceu-se atrás dele.

Rhuan estava brincando com a Valka, até que ambos viram o que estava acontecendo. Valka sorriu, ela esperava que Astrid conseguisse convencê-lo. Rhuan só olha e depois voltar à brincar.

— Aguente! – dito isso e logo decolam, Astrid colocou os braços ao redor de Soluço. Foi melhor do que está sendo levada nas garras de dragão.

Astrid viu como eles voaram ao redor do Santuário por um tempo antes que eles passassem pela abertura do topo da caverna.

— O quão rápido ele pode ir? – ela perguntou como Soluço sorriu.

Ela segura mais apertado enquanto subiam para o alto. Banguela apontou para baixo e eles mergulharam. Astrid podia sentir seu coração batendo e ver o chão correndo para eles. Perguntou-se apenas quando eles iriam puxar para cima.

Sua resposta não demorou muito até que eles apenas mal tocaram as copas das arvores. O vento fazendo os troncos fortes dobrarem, como eles esculpiram um caminho através deles.

Banguela decidiu fazer os rodopios no ar, enquanto Astrid cada vez se segurava em Soluço. Ela olhou para Soluço, ele estava focado, mas radiante, ele amava isso. A curva acentuada para atirar sobre a água enviada pulverizar para fora em ambos os lados até que eles estavam apenas deslizando.

— Ok, isso é muito rápido – ela disse lentamente deixando-se em seu aperto.

— Você que perguntou – Soluço disse simplesmente – Eu disse a você, os Fúrias da Noite são os mais rápidos dos dragões.

— Um jogo perfeito para você, então – ela fala – Eu posso dizer-lhe que vocês dois realmente confiar um no outro. Talvez mesmo com suas vidas.

— Nós somos uma família – Soluço disse oferecendo uma tapinha no pescoço de Banguela.

Eles voaram para baixo perto da água. Soluço passou seu braço ao redor dela enquanto Astrid se inclinava para deixar a mão se arrastar ao longo da superfície da água.

— Quantos anos o Rhuan tem? – pergunta ela voltando a se sentar na posição vertical.

— Eu te disse antes – fala Soluço – Ele vai fazer 6 anos daqui a duas semanas.

— E há quanto tempo que se tornou pai? – ela perguntou com uma sobrancelha levantada.

Soluço pensou sobre isso.

— Desde que eu tinha 13 anos – ele deu de ombros – Assim que o encontrei, percebi que tínhamos algo em comum e desde então se tornou parte de mim.

— WoW! Eu não acho que você seria tão jovem – Astrid disse antes de pensar sobre isso um pouco – Mas, pelo que vi como o Rhuan ama você e como ele adora fala de você. Tenho que admitir que você se tornou um ótimo pai! – Soluço sorrir.

Astrid descansou a cabeça no ombro dele e inclinou-se para descansar contra a ele. Soluço percebeu.

— Sabia, que isso só é feito entre os dragões que são companheiros de vida? – ele disse sem olhar para ela.

— Oh... mesmo? – pergunta Astrid – Mas, você não se importaria né?

— Não, me importaria – disse olhando nos olhos dela, por um tempo até que o Banguela muda de percurso, fazendo Soluço a volta para posição.

Eles estavam indo para as nuvens, assim como o sol começou a se por, a luz desaparecendo e logo chega aurora boreal quando eles entraram nas nuvens. Astrid estende a sua mão para tocar nas nuvens, um sorriso surgi em seus lábios enquanto as formas suaves derretiam através de seus dedos.

Ela observou-o em silencio, não podia deixar de pensar nisso. Astrid balançou a cabeça dos pensamentos antes que ela pudesse ficar muito confusa e começa a duvidar de sua escolha para voltar pra Berk.

Então, novamente, Berk sem ele parecia solitário. Estar em qualquer lugar, sem Soluço parecia que ia fica aborrecida.

— Ambos você e o Rhuan devem ir – ela disse olhando para o céu, como as estrelas começaram a brilhar.

— Astrid, os dragões precisam de mim aqui – disse Soluço com um suspiro.

— Vendo você, vivo e bem irá percorrer um longo caminho para convencer Stoico que os dragões não são maus.

— Um homem não é uma aldeia – disse ele.

— Mas este homem é o chefe da aldeia – fala Astrid – Muitas poucas pessoas vão falar contra ele, se o mesmo disser para não matar ou prejudicar os dragões. Pode demorar um pouco mais para eles aceitarem totalmente os dragões, mas vai ser um começo.

Soluço ficou quieto pensando sobre isso.

— E... – ela continuou após um momento de silencio – Você ainda tem que me ensinar a voar... – Astrid queria dizer que ele estaria com ela, mas não teve coragem de dizê-lo.

Eles voaram de volta para o Santuário. Assim que pousaram, Soluço esperou que ela saísse antes.

— Olha se não quer fazer por você! Faça pela sua mãe, pelo Rhuan e... – ela não conseguia fala as próximas palavras.

Soluço inclina lentamente a cabeça de Astrid, fazendo os olhos dela se encontrarem com os dele.

— Por você... – ele sussurra e a mesma sente as suas bochechas arderem.

Os dois se aproximaram lentamente os seus rostos, um do outro. Aos poucos, Astrid fecha os olhos enquanto se aproximava mais. Estava preste a acontecer o beijo, se não fosse o Banguela fica no meio deles e lambe o Soluço, causando risadas entre eles.

— Ah, Banguela! Você sabe que isso não saí, sabe? – disse Soluço. Banguela ficou ao lado dele enquanto o mesmo fazia carinho – Desculpe.

— Não, tudo bem – fala Astrid que estava vermelha -  Pelo menos pensar sobre isso – ela virou-se e foi para caverna.

Soluço a observou antes de ir para o precipício, enquanto a Tempestade se aproximava do Banguela.

— “O que foi aquilo? ”— pergunta ela desconfiada.

— “O que? ”— pergunta ele se fazendo de desentendido.

— “Não mude de assunto! ”— disse a Tempestade.

— “Não sei do que você está falando? ”— diz ele – “Agora, se você não se importa vou dormir! Com licença! ”— ele saiu deixando a Tempestade irritada.

— “Ciumento! ”— bufou ela voltando a olhar para o Soluço e depois para sua amiga, Astrid, antes de voltar para seu canto e dormir.

Assim que o Soluço chega no precipício, ele se senta e olhar para o Rei Branco.

— “Devo ir? ”— ele perguntou.

— “Ir para onde? ”— A Besta Implacável perguntou mudando e olhando para Soluço.

— “Para Berk”— respondeu Soluço – “Com Astrid e minha mãe...”

— “O que o seu coração lhe diz? ”— o dragão perguntou.

— “Para ir”— ele disse antes de olhar para todos os dragões – “Mas, eu não posso deixá-los...”

— “Nós nos dávamos muito bem antes de você e Rhuan”— disse o Rei Branco com uma risada – “Vamos viver sem você”.

— “Mas e se mais dragões ficarem presos? ”— perguntou Soluço – “Ou feridos? ”

— “Vamos fazer como sempre fizemos, cuidando uns dos outros”— disse o dragão – “Você está disposto a ir, mas tem medo do que pode acontecer a seguir. Ou será que você precisa de nós muito mais do que nós precisamos de você? ”

Soluço olhou para as suas mãos.

— “Eu não sei”— ele disse – “Eu quero ir, ficar aqui simplesmente não parece... certo”— Soluço se confundiu.

Uma semana atrás, ele não podia pensar em estar em qualquer lugar, mas agora, ele não podia pensar em estar em qualquer lugar que não estivesse com a sua mãe e... Astrid. Mesmo que ele não poderia ter os dragões, Soluço queria estar com a Astrid. O Rei Branco sorriu.

— “Você gosta dela”— ele fala com uma pequena risada – “Ela era um assassino dragão, mas você quer estar com ela”.

— “Não gosto disso”— Soluço disse um pouco rápido demais – “Ela é uma amiga, isso é tudo”.

— “A amizade é como começa, querido príncipe”— o dragão disse curvando-se levemente a cabeça – “Ela faria um companheiro de vida muito bem para alguém como você”.

— “Primeiro Pula-Nuvem, depois Rhuan e agora você! ”— disse Soluço jogando as mãos no ar – “Por que é que vocês, todos parecem pensar que eu estou interessado nela assim? ”

— “Porque a evidencia é clara em seu rosto quando você vê-la”— disse o dragão – “E nesse seu caderno, eu nunca vi você tomar cuidados em um desenho antes, ou criar um projeto tão complexo”.

Soluço suspirou derrotado quando ele olhou de volta para a caverna, onde Astrid estava brincando com Rhuan enquanto a sua mãe ria.

— “Não posso estar...”

— “Que? ”

Soluço olhou para o dragão e sacudiu a cabeça. Ele colocou de volta enfiando os braços atrás da cabeça e olhando para o teto de gelo.

— “Você realmente acha que eu deveria ir? ”— ele perguntou.

— “Se isso não funcionar, você pode sempre voltar aqui”— o Rei Branco disse – “Enquanto eu viver, você pode chamar este lugar de casa”.

Soluço fechou os olhos respirando fundo antes de se levantar e ir para a caverna. Ele ficou logo na entrada, assistindo o trio por um momento antes que olharem para ele. O olhar interrogativo de Astrid era tudo que precisava. Ele sorriu.

— Parece que eu deveria arrumar as malas então – ele disse.

— Quer dizer, que... – Rhuan sorrir.

— Sim, vamos para Berk – Soluço olha para Astrid, que a mesma sorriu e correu para abraçá-lo.



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