As crises continuam, cada vez mais fortes e assustadoras, minhas mãos tremem mesmo eu tentando controlar, parece que elas não me pertencem mais.
Ele me controla, cada parte do meu corpo, não me alimento direito à mais de uma semana.
Não me permito levantar da cama, nem ao menos abrir os olhos, estou definhando, apodrecendo, cada dia mais.
Seringas estão espalhadas pelo chão do quarto, o sonífero é meu prato preferido, depois de um tempo você nem sente mais dor, ela entra como uma luva.
Ele me observa, agora por exemplo, o som da sua respiração me assombra, o silêncio é ensurdecedor, é enlouquecedor.
E quando me perguntaram quem é Deus, eu respondi que não o conhecia; mas na verdade eu não queria mais bater de frente com ele, não queria que ele visse o que eu me tonei, essa coisa que eu me tornei, horrorosa e escura.
Apesar de saber que ele já sabia, eu não suportaria, com esses meus olhos cheios de culpa e pecado, encará-lo.
Ele não me permite mais te ver
Mas Deus, sinto sua falta
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