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História Sombras da Vida - Capítulo 17


Escrita por: NatiChase

Notas do Autor


Boa tarde!!!

Olha quem está de volta, depois de algumas semanas... É, as semanas de provas estão uma loucura total, mas consegui um tempinho hoje, entre meus estudos para escrever esse capítulo mega especial para vocês.
Bom, quando eu sumir assim, acreditem, estou estudando muito e provavelmente, sem tempo, mas, peço que tenham paciência e que saibam que a Fic será atualizada, sempre que possível.

Aproveitem!!

Capítulo 17 - Capítulo 17


Perseu me proporcionou o melhor fim de semana da minha vida, conhecer seu lugar preferido, fora como se ele estivesse me dando a chance de fazer parte do melhor dele, e foi exatamente assim que me senti.

Não estávamos namorando, oficialmente, mas eu me sentia assim, talvez ele não precisasse enfim, fazer um pedido oficial, talvez tudo isso que estivéssemos vivendo, fosse para ser vivido exatamente dessa forma.

Eu realmente não me importava, desde que Luke morrera e que eu começara a superar, compreendi que o melhor é viver a vida, sem ficar presa a detalhes, talvez, olhando um pouco para a vida de Piper eu conseguisse compreender bem o que significa a palavra superar, mas talvez, no fundo, eu ainda conseguisse me sentir confusa, sobre tudo o que estava acontecendo, talvez estivéssemos indo rápido demais, como talvez, pudéssemos estar exatamente dentro do tempo que deveríamos estar.

Mal notei quando meu celular começou a esgoelar, peguei-o e vi que Thalia me ligava.

- Fala. – respondi.

- Graças a Deus, Annabeth! – falou exasperada. – Onde você estava, criatura?

- Por aí. – respondi. – O que aconteceu?

- Eu desmascarei a Reyna, Annie. – uma pausa se fez, eu não conseguia pensar em absolutamente nada. – Annie?

- Hã? – foi a coisa mais inteligente que consegui dizer.

- Você está bem? – perguntou Thalia, sorri.

- Sim, estou. – respondi. – Como conseguiu, Thalia?

- As fitas de gravação da Starbucks. – falou, Thalia parecia entusiasmada. – Elas provam que a pessoa naquele dia, não era a Piper, mas sim uma atriz contratada pela Reyna.

- E como chegou a essa conclusão?

- A fita revela o momento que a atriz e o ator chegam na cafeteria, o momento em que a Reyna chega, o momento em que eles executam o ato, o momento que o Jason “flagra” e o momento em que a Reyna paga os atores pela atuação.

- Uau. – falei. – Você já mostrou isso ao Jason?

- Sim, mostrei a todos da família. – respondeu. – Domingo teve almoço de família na casa de meu pai e eu aproveitei o momento para desmascarar a Reyna na frente de todo mundo. – suspirou. – Depois de Jason terminar com ela, contei a ele que ele tem um filho com Piper e que o garoto já tem cinco anos e se chama Gabriel.

- Thalia!!

- Qual é, Annabeth? – falou. – Não toquei no seu nome, disse que eu descobri no meio de toda a minha investigação.

- Mesmo assim, a Piper vai ficar uma fera.

- Ela não tem esse direito, o filho também é dele, ele tem direito em saber. – falou. – E essa é a oportunidade perfeita para que ele tente consertar as coisas com ela.

- Ela tem direito, sim! – rebati. – Ele não quis ouvi-la, duvido muito que ela dê alguma outra chance para ele, ele mesmo, não quis nem a ouvir.

- Vai com esse teu pessimismo para lá, credo.

- Não é pessimismo, Thalia, é a verdade. – rebati. – Piper não é otária, ela pode sentir algo pelo seu irmão, ainda, mas tenho certeza que não será fácil.

Thalia suspirou.

- Tem razão.

- É claro que tenho.

Thalia riu e fez um barulho intrigante, logo em seguida.

- Percy não apareceu no almoço esse domingo, você sabe o porquê?

Tenho certeza que fiquei vermelha de vergonha, pois senti meu rosto pegar fogo.

- Hmm, nós fomos para Montauk. – respondi.

- Uau, já estão viajando juntos? – perguntou debochadamente. – Estão namorando, oficialmente, Annie?

- Não exatamente.

- Como assim? São só amigos, então?

- Não, definitivamente não somos só amigos.

- O que está rolando, então?

- Nós estamos ficando. – respondi sem pensar, mas que era a verdade, até então. – Perseu não me fez nenhum pedido oficial de namoro.

- Ele não fez? Como assim? – perguntou Thalia surpresa. – Achei que quando ele tivesse a oportunidade, ele faria o quanto antes, o que ele está esperando?

- Calma, Thalia. – respondi. – Eu realmente não me importo com isso.

- Certeza, Annie? – perguntou curiosa. – Eu te conheço, parece óbvio que é algo pelo qual você se importa muito.

- Certeza, Thalia. – bufei. – Vamos deixar esse assunto para lá?

- Ihh, parece que alguém está chateada.

- Eu não estou chateada! – rebati. – Eu gosto dele, gosto mesmo, seria bom se estivéssemos namorando oficialmente? Seria, mas talvez para ele não seja, então eu decidi não ligar para isso.

- Então você liga! – Thalia faltou gritar no meu ouvido. – Precisa contar isso a ele, Percy pode ser mais lerdo do que qualquer outra coisa.

- Eu não vou contar nada a ninguém. – rebati. – Agora preciso ir, tenho sessão com a Piper.

- Ihh, estressadinha, não está mais aqui, quem falou. – Thalia parecia na defensiva. – Tchau, Annie.

- Tchau.

>>>>>> 

- Annabeth, eu estive pensando. – falou Perseu enquanto entravámos no carro.

- O que?

- Você acha que seria muito cedo, para eu ir com você pra São Francisco? – perguntou, a cara que ele estava fazendo, parecia de um bebê foca recém-nascido, eu ri, mas logo me lembrei do que conversara mais cedo com a Thalia.

- Não sei, o que você acha? – perguntei, olhando nos olhos dele, ele sorriu.

- Nunca é cedo demais para conhecer a sogra e a avó da namorada, não acha? – parei de pensar no momento em que ele me chamara de namorada, mas, por fim, ele não havia me feito um pedido oficial, como poderia me chamar de namorada? – Annabeth?

- Ah, oi... Então acho que tudo bem, Perseu. – respondi. – Mas...

- Mas? – me incentivou.

- Melhor deixar quieto. – respondi, Perseu pareceu confuso.

- Tem certeza?

- Sim. – respondi. – Agora vamos, senão vamos nos atrasar.

Ele assentiu e ligou o carro, o caminho todo foi silencioso, minha viagem para São Francisco estava programada para sexta-feira, estava feliz por Perseu me considerar namorada dele e por querer conhecer minha família, mas, a falta do pedido oficial, ainda me deixava estranha.

Estávamos seguindo para o hospital ao som de uma de nossas bandas favoritas, mas eu não conseguia acompanhar nenhuma das canções, minha atenção estava completamente voltada para a movimentação da rua, só notei que estávamos no Hospital, quando Perseu estacionou o carro e o desligou, encerrando assim, a música que tocava no rádio.

Ele se virou para mim e apoiou uma de suas mãos sobre uma de minhas bochechas, me puxou para si e selou nossos lábios.

Assim que nos afastamos, ele fixou seus olhos nos meus e sorriu, depois com a mão ainda sobre minha bochecha, acariciou meu rosto.

- Eu não sei o que está se passando, dentro da sua cabeça, mas eu quero que saiba que pode confiar em mim, Annabeth. – falou e eu sentia sinceridade em suas palavras. – Eu estou com você, não apenas por estar completamente apaixonado por você, mas porque, antes de tudo, você é minha amiga.

- Obrigada. – foi o que respondi, antes de abrir a porta e sair, Perseu pareceu triste com minha resposta, num primeiro momento, mas logo, retomou a postura de sempre, chegou ao meu lado e entrelaçou seus dedos nos meus.

Quando chegamos no corredor do consultório da Dra. McLean, pudemos ouvir do elevador, uma discussão, quando chegamos a recepção, a discussão parecia ser bem mais alta, olhei preocupada para Hazel, que parecia tão confusa quanto eu, soltei a mão de Perseu e me aproximei da porta, tomando todo o cuidado possível para não atrapalhar o que estava acontecendo e claro, por mais feio que fosse, eu não queria ser pega também.

- Por favor, Jason!! Saia do meu consultório! – gritou Piper.

- Então é verdade? Eu tenho um filho? Por que nunca me contou, Pipes?

- Não me chame assim!!! – ouvi Piper bufar. – Queria saber quem foi que lhe contou sobre o Gabriel? Eu mato, se descubro!

- Já lhe disse, Thalia estava investigando sobre o que Reyna havia feito. – suspirou. – E descobriu sobre o nosso filho.

- Ele não é seu filho, Jason. – gritou. – Gabriel, é meu filho e enteado do Will.

- Você fez ele sozinha, foi? – perguntou e ar de deboche, consegui visualizar o tapa que ele estava prestes a levar. Mas acredito que Piper apenas revirou os olhos.

- Você, seu infeliz! Nunca quis me escutar, nunca quis saber o que realmente havia acontecido, cego pela sua amiga, acreditou piamente, que eu teria coragem em te trair. – ouvi um soluço, Piper estava chorando. – Você não tem nenhum direito sobre o meu filho, eu o criei sozinha por esses cinco anos.

- Mas isso não significa que ele também não seja meu filho! – rebateu. – Eu te amo, Pipes, sempre te amei, eu... eu sinto muito, eu fui um fraco, idiota, idiota por não querer te ouvir, por ter lhe deixado grávida, me perdoa, por favor.

Ouvi Piper rir, ela ria de uma forma assustadora e debochada, confesso que senti um frio gélido percorrer minha espinha.

- Primeiro, pare de me chamar de Pipes! Não temos mais nada a ver um com o outro, Jason. – fungou. – Se você me amasse mesmo, você teria me ouvido, teria entendido o que estava acontecendo e sim, você foi o maior idiota que eu conheci em toda a minha vida, não me arrependo do Gabriel, mas me arrependo de um dia, ter sido apaixonada por você.

Escutei uma pessoa fungar, além de Piper, era Jason.

- Eu não me arrependo, Piper. – falou entre um soluço e outro. – Você foi a melhor coisa que me aconteceu, mas eu te entendo, eu não valorizei e perdi, por favor, só me deixe fazer parte da vida dele, recuperar o tempo que perdi.

- Vou pensar. – respondeu de forma fria. – O que você pensou que eu faria, Jason? Que eu voltasse correndo para você? Depois de tudo o que você me fez passar?

- Eu pensei que talvez, você ainda me amasse. – suspirou e soluçou. – Pensei que talvez, pudesse te recuperar e recuperar todo o tempo perdido com o Gabriel.

- Pensou errado, eu me caso com o Will no fim desse mês, é ele quem eu amo. – respondeu, Piper parecia muito mais fria agora. – Quanto ao Gabriel, prometo que pensarei e em breve te darei uma resposta.

- Tudo bem. – respondeu Jason, parecia completamente triste. – Até breve, Piper.

Ela não respondeu, me afastei da porta o mais rápido que pude, mas vi os olhos azuis de Jason, assim que ele abriu a porta, eles estavam completamente nublados e lágrimas escorriam por seu rosto, ele olhou de mim para Perseu e de Perseu para Hazel e saiu em disparada em direção ao elevador, cutuquei Perseu, que olhou espantado para mim.

- Acho melhor você ir atrás dele, Perseu. – o moreno apenas assentiu e seguiu atrás do louro, olhei para Hazel. – Vou entrar, ok?

A morena apenas assentiu, me aproximei da porta e bati de leve nela, apenas escutei um leve murmúrio vindo de dentro da sala, provavelmente Piper me convidara para entrar.

Na hora que vi o estado dela, minha única reação foi correr em sua direção e abraçá-la, Piper recepcionou o abraço de uma forma, da qual nunca vi, ela me abraçou tão forte que pensei que minhas costelas seriam esmagadas, logo, senti as lágrimas molhando meu ombro, a morena soluçava tão alto, que pensei que ela estivesse sentindo dor, o que realmente estava, aliás, a pior dor de um ser humano, é a dor do coração, quando ele está triste, machucado, continuei ali, dando apoio aquela pessoa que se tornou uma amiga pra mim.

Quando ela estava mais calma, separou-se de mim e olhou em meus olhos, notei que seus olhos estavam entre uma mistura de verde e castanho, não sabia ao certo que definição dar àqueles olhos, só sabia que estavam completamente tristes.

- O que houve? – perguntei, como se não tivesse ouvido absolutamente nada.

- Jason esteve aqui, Annabeth. – respondeu soluçando. – E com ele, trouxe tudo aquilo novamente.

Fiquei quieta, não sabia o que falar, em toda minha vida, só havia tido uma experiência no amor, hoje, estava experimentando uma nova sensação com Perseu, Piper notou que eu ficara quieta.

- Me desculpe por isso, tudo bem? – pediu.

- Que isso, Piper. – respondi. – Todo mundo tem seus dias ruins, eu te entendo e, pode contar comigo, estarei sempre aqui.

Piper sorriu, levantou e seguiu até sua mesa, abriu a primeira gaveta e de lá, tirou um envelope, seguiu em minha direção e me entregou, sorrindo.

- Esse é meu convite de casamento. – falou sorrindo. – Leve o Perseu com você.

Assenti.

- Bom, agora senhorita Chase, deite-se no divã. – falou, nem parecia que Piper estava triste pelo que acabara de acontecer. – Vamos começar sua sessão.

Sorri, Piper realmente sabia como esconder o que sentia, talvez fosse uma tática de sua profissão, ou talvez fosse uma maneira que ela encontrara, para continuar em frente, sem pensar naquilo que a afligia.


Notas Finais


Estou decepcionada...


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