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História Sombras do passado - Capítulo I


Escrita por: CarolMillsHood

Notas do Autor


Olá Resilientes 🏹👑

Eu peguei gosto por escrever (ou reescrever) histórias rsrs. Uma das coisas que mais instigam a minha imaginação e me fazem questionar mais em relação à OUAT é o Missing Year. O que diabos aconteceu nele que nunca ficamos sabendo? E principalmente: como foi a relação de Regina e Robin nessa época antes de recuperarem suas memórias em Storybrooke? Bom, é isso que eu pretendo contar em Sombras do passado. Mesmo tendo episódios com alguns dos fatos, o vácuo é enorme e permite a imaginação de fluir livremente. Eu espero trazer diversão e emoção pra vocês e que meu ponto de vista sobre o que poderia ter acontecido seja algo que agrade. OutlawQueen merecia muito mais em todos os sentidos e essa parte da história deles é algo que também nos foi tirado. Neste primeiro capítulo não tive como fugir do episódio 3x13, então muitos dos diálogos originais estão aqui, mas também procurei já inserir a personalidade da minha escrita e da minha visão dessa primeira impressão de sentimentos entre eles, que vai ditar o rumo da história. Como ela é de minha autoria, mesmo contendo alguns fatos originais da série, vou me permitir alterar coisas se assim for necessário. Agradeço desde já por lerem e por todo carinho e apoio. E lá vamos nós!

Um suave bater de asas.
Carol Mills Hood 🍎

Capítulo 1 - Capítulo I


Fanfic / Fanfiction Sombras do passado - Capítulo I

Voltar para a Floresta Encantada tendo que deixar seu filho para trás foi a dor mais excruciante que Regina já sentiu em sua vida, mais ainda do que esmagar o coração de seu próprio pai. Henry era sua vida e agora não havia mais nenhuma razão para ela continuar vivendo. Por mais que as coisas tivessem melhorado muito entre ela e todos, isso não tornava sua vida suportável. Sem Henry ela não conseguiria continuar. Foi quando a idéia da Maldição do Sono surgiu em sua mente, só que todos os seus ingredientes estavam no Castelo e, para sua enorme surpresa ele havia sido invadido. Com Branca em seu pescoço o tempo todo, ela jamais conseguiria reunir esses ingredientes sem levantar suspeitas, sua única chance era voltar para o Castelo. Após uma breve reunião com seus antigos inimigos e agora aliados (ela não estava totalmente convencida sobre isso), a traça de biblioteca Belle, chegou a conclusão de que quem habitava o Castelo era a Bruxa Má do Oeste, vinda de Oz. Ela não a conhecia, mas isso não fazia a menor diferença: a mataria assim que a encontrasse, afinal ninguém toma o que é dela. Tirando os incidentes com aquelas aberrações voadoras (uma, inclusive, quase machucou uma criança adorável), as coisas pareciam bem calmas entre todos, exceto com ela. Aquele ladrão... Ele à salvou do ataque da besta alada sem se importar com quem ela era. Muitos outros deixariam que o monstro à levasse, considerando seu passado impiedoso, mas ele não.

"Com certeza foi por causa de Branca. Ele jamais me salvaria se eu estivesse sozinha" pensou ela. Enquanto se instalavam no acampamento esperando o anoitecer para que ela entrasse furtivamente pelos túneis subterrâneos do Castelo, Regina o observava discretamente. Ele cheirava à floresta (não havia se decidido sobre isso ser bom ou ruim ainda) e não estava acompanhado de nenhuma mulher, então onde será que estava a mãe do garoto? Era um excelente pai, soube disso em poucos minutos somente pelo olhar do pequeno direcionado à ele. Era aquele olhar cheio de amor e confiança, igual ao que Henry lhe dava quando era mais novo, quando a existência dele dependia dela. Ela amava aquilo com todas as suas forças. Os pequenos gestos como: chamá-la quando precisava de algo, quando se acidentava e bastava um beijo seu para que a dor sarasse ou, o favorito dela, quando ele se aninhava em seu colo para ver tevê ou ouvi-la contar uma história e, de repente, ele se aconchegar em seu peito e dormir agarrado à ela. Uma lágrima solitária desce por seu rosto de expressão triste. Ela involuntariamente se abraça, como se buscasse poder sentir o calor e amor de seu filho, seu pequeno príncipe, mas em vão. Fecha os olhos com força, tentando suprimir a dor em seu coração e, nessa hora, ela teve a certeza de que o mais certo para acabar com seu sofrimento seria dormir eternamente.

Robin a observava de longe. Assim que colocou os olhos nela, quando a salvou do macaco voador, ele sabia de quem se tratava, mas quando ela olhou para ele, tudo que ele sabia sobre ela e sua fama caíram por água abaixo. Quando seus olhos se encontraram por aquele breve momento, Robin enxergou uma mulher fechada e fria, mas de uma beleza única e uma delicadeza de traços diabólicos. Sua língua era tão afiada quanto sua personalidade, mas isso só o instigou ainda mais. Haviam barreiras entre aquela mulher e o mundo, ele podia perceber. Mas sua surpresa maior foi quando ela nem pensou duas vezes em salvar seu filho do segundo ataque e, seu queixo caiu quando ela simplesmente transformou o monstro num brinquedo para alegrá-lo. Ela passou da frieza ao aconchego em questão de segundos, e o sorriso destinado a Roland fez seu coração parar de bater por uns instantes e seu filho continuar falando da moça bonita que o salvou pelo resto do dia até finalmente pegar no sono. Agora, olhando de longe para ela, seu coração se compadeceu quando reparou numa lágrima que descia delicadamente pelo rosto triste. Ela parecia solitária, mesmo no meio de todos. O jeito como abraçava o próprio corpo mostrando uma postura defensiva e, porque não dizer, assustada, o fazia querer ajudá-la. Ela parecia perdida de si mesma. Isso foi só mais um motivo para que Robin se convessesse de que não a deixaria entrar sozinha naquele castelo de forma alguma.

Ele a seguia de longe, tentando ser o mais discreto possível, mas quando a viu erguer uma pedra gigantesca que estava em seu caminho, um passo em falso o denunciou quando quebrou um galho, e quando seus olhos se cruzaram e ele pôde ver a raiva saltando dos castanhos misteriosos, soltou um suspiro e aceitou seu destino de comprar uma briga com ela.

"Não..."

"Não o quê?" Pergunta ele enquanto se aproxima.

"Você não está aqui" diz Regina revirando os olhos.

"Ah eu estou sim e vou junto com você. Eu posso ajudar" responde ele.

"Eu não pedi ajuda"

"Não significa que não precise. Aquele macaco voador não estava atrás do meu filho, ele estava atrás de você"

"E como você chegou à essa conclusão?"

"Eu moro nessa floresta à anos e já vi muitos caçadores perseguirem suas presas. Aquele monstro estava atrás de você, Roland só teve o infortúnio de estar no meio do caminho"

"E...?" pergunta ela.

"E você já foi atacada duas vezes hoje. Essa bruxa quer você morta" Regina solta uma risada desdenhosa.

"E daí? Você acha que pode impedi-la de me machucar?"

"Talvez sim, talvez não... Mas eu posso tentar. Apesar do fato de nenhum de nós gostar dessa situação, eu estou em dívida com você" diz ele e Regina o olha sem entender:

"Em dívida comigo? Por quê?" Robin se aproxima um pouco mais, sentindo-se um pouco mais seguro.

"Aquele mostro não veio pegar Roland, mas poderia tê-lo machucado ou pior..." Ele não consegue terminar a frase mas seu olhar de dor mostra todo seu medo para ela e Regina se compadece "Você o salvou" termina ele. Regina suaviza sua expressão antes de dizer com ar provocativo:

"Quem diria que ladrões têm honra?" Ele não deixa barato.

"Quem diria que a Rainha Má gosta de crianças?!" Responde ele e ela não consegue se conter e sorri, mas logo retoma sua postura fria.

"Não fique no meu caminho"

"Eu jamais sonharia com isso" diz Robin fazendo uma breve reverência.

Eles caminham em silêncio por cerca de mais vinte minutos até chegarem a entrada de um túnel bem escondido entre algumas rochas. Quem passasse por ali jamais perceberia que havia uma entrada secreta para o Castelo.

"Onde estamos indo?" Questiona Robin.

"Tem uma chama no pátio do castelo que aumenta o poder do feitiço de proteção. Enquanto essa chama queimar, o escudo permanece em volta do Castelo". Explica ela.

"Então nós só precisamos apagá-la"

"EU preciso apagá-la! VOCÊ precisa ficar fora do meu caminho" responde Regina, lhe direcionando um olhar frio e mortal, ao qual Robin sustenta até o final. Ele era abusado, pensou ela.

Muito abusado.

Chegando à determinado lugar, Regina reconhece as armadilhas que colocou para evitar que houvessem furtos ou invasões através daqueles túneis. Ela bloqueia a passagem, impedindo Robin de pisar em uma delas.

"Pise entre os quadrados" instrui a Rainha e só então Robin percebe do que se trata.

"Ah...agora eu percebo. Que bela surpresinha, Majestade" diz ele de forma debochada.

"São para manter pessoas como VOCÊ longe" ela faz questão de dar ênfase na palavra - você - quando se dirige à ele.

"Pessoas como eu?" Se faz de desentendido.

"Ladrões"

"Ah, sim... Mas nem todos os ladrões são maus, sabia?" Desafia ele. Regina ri e ele se sente estranhamente tocado com o som de sua risada espontânea, mesmo sabendo que uma patada viria com certeza à seguir.

"Você fica se gabando por aí que rouba dos ricos para dar aos pobres como se isso amenizasse o erro. Eu já fiz muitas coisas ruins na minha vida mas pelo menos eu as assumo" diz ela.

"Eu também assumo meus erros, Majestade. Espero que você não tenha me arrastado para uma armadilha. Roland já perdeu a mãe...eu odiaria que ele perdesse o pai também"

Aí está. Ela morreu. Regina se sensibiliza com ele, mas sua língua afiada é mais rápida:

"Eu não te arrastei para nada. Se tem medo então deveria ter ficado com os outros" diz ela de maneira seca. Robin engole seco e nada responde. Os dois continuam caminhando em silêncio pelo túnel por mais algum tempo. Regina dá graças à Deus por Robin não conseguir ouvir as engrenagens do seu cérebro curioso trabalhando sem parar. Sua curiosidade por fim vence sua postura orgulhosa e, quando ela percebe, já é tarde demais e as palavras simplesmente lhe escapam:

"O que aconteceu com a mãe de Roland?" Ela se amaldiçoa assim que as palavras saem de sua boca e espera ser ignorada mas, para sua surpresa, Robin não exita em compartilhar com ela sua história.

"Depois que nosso filho nasceu eu passei a fazer alguns trabalhos extras. Em um deles eu me descuide e os coloquei em perigo. A morte dela foi minha culpa..." Diz ele e o coração de Regina se aperta por saber exatamente como é a dor de se sentir responsável pela morte de alguém que se ama. Robin continua: "Como eu havia dito, eu assumo meus erros" termina ele e aquilo a acerta como um soco no estômago.

Nenhum dos dois falou mais nada depois disso. Assim que se aproximaram da entrada, Regina estagnou em choque por ver que a porta de entrada que ela havia selado com magia de sangue estava aberta. Ignorando as opções de Robin de que talvez ela tenha a esquecido aberta (o que ela tem absoluta certeza de que não aconteceu), os dois entram na cripta que, para alívio de Regina, permanece intacta.

"Esse lugar me parece importante. Do que se trata?"

Será possível que ele não pode calar a boca?

"Uma cripta, não está óbvio?" Responde ela sem um pingo de paciência.

"Eu quis dizer a quem pertence" explica ele. Regina dá a volta pelo sarcófago de mármore antes de responder, sem buscar contato com ele.

"À minha mãe...assim como você, eu também perdi pessoas com as quais eu me importava. Muito mais do que eu gostaria de admitir..." Diz ela cabisbaixa.

"Incluindo uma criança?"

Ela vai arrancar a língua dele.

"O que você sabe sobre isso?" Pergunta ela e pela primeira vez ela busca seu olhar. Quando seus olhos se encontram tudo que Robin enxerga é dor.

"Eu vi o jeito que segurou Roland... você tem toque de mãe" diz ele e isso amolece Regina.

"Sim, eu tenho..." Responde ela e antes que ele faça mais algum comentário absurdo ela continua "ele não está morto, se é isso que está pensando. Ele apenas está...perdido para mim para sempre..." Robin se entristece por ela. Os olhos castanhos misteriosos tão cheios de fúria agora só possuem dor, tristeza e lágrimas não caídas. Ele gostaria de abraçá-la.

"O que está pensando, Robin? É a Rainha Má, pelo amor de Deus!" Pensa Robin, assustado com a possibilidade absurda de querer abraça-la. Ele resolve mudar de assunto.

"Essa bruxa me parece ser mais poderosa do que pensávamos. Você não acha melhor reconsiderar o plano e voltar ao acampamento?" Tenta ele.

"Eu não me importo com o quão poderosa essa bruxa possa ser. Eu preciso continuar com esse plano" finaliza ela não deixando margens para mais perguntas. Isso deixa Robin desconfiado, mas ele a segue mesmo assim. Quando chegam aos aposentos da Rainha, ela pede, com toda sua falta de educação e indelicadeza, que ele vigie a porta. Mesmo fazendo o que foi pedido, ele a segue com o olhar e fica perturbado ao vê-la abrir uma maleta preta e começar a combinar líquidos estranhos.

Magia. Ele odeia magia.

Robin se aproxima e saca seu arco e flecha, apontando em direção à ela:

"O que é isso?" Pergunta ele mas Regina não levanta o olhar e continua fazendo suas alquimias.

"Nada que seja da sua conta" responde ela.

"Eu não vou perguntar de novo. O que é isso?" Diz ele com a voz firme, o que chama a atenção de Regina que levanta o olhar e fica possessa quando o vê apontando sua arma para ela.

"COMO SE ATREVE A ME AMEAÇAR NO MEU PRÓPRIO CASTELO?" grita com ele e levanta uma de suas mãos, sufocando-o sem nem precisar tocá-lo. Robin vai ficando vermelho pela falta de ar mas não sai de sua posição, mantendo sua mira.

"Você pode me sufocar até a morte mas eu irei soltar essa flecha e acredite em mim: eu nunca erro" diz ele.

Merda.

Merda.

Merda.

Por quê ela permitiu que ele a acompanhasse mesmo? Nem ela sabia dizer. Regina o solta e volta para sua poção.

"É uma maldição do sono. Eu finalmente aprendi a fazê-la sozinha"

"É a que usou em Branca de Neve? Era para isso que você queria vir até o Castelo e continuar com o plano? Vai usar na Bruxa?" Pergunta ele, ainda massageando seu pescoço devido ao trauma anterior.

"Usar na Bruxa? Eu não me importo com ela..." Diz ela finalizando a poção e retirando um grampo muito afiado de seu penteado impecável, mergulhando sua ponta no líquido escuro.

"Se não na Bruxa então em quem pretende usar?"

"Não se preocupe, ladrão. Não vai ser em alguém que irão sentir falta..." E assim que ela diz isso, Robin entende tudo.

"É sobre o seu filho, não é? Não posso deixar que faça isso. Eu sei como se sente, Regina... Quando eu perdi minha esposa eu achei que não havia mais motivos para viver, mas eu encontrei um: meu filho" diz ele na esperança de fazê-la mudar de idéia, mas é em vão. Ela se levanta e se dirige à ele em passos firmes.

"É isso que nos diferencia. Eu já perdi Henry... já perdi a única coisa com a qual eu me importava..." Diz ela já com os olhos cheios de lágrimas que ela se recusa a deixar cair. E por que raios ela estava discutindo isso com um ladrão?

"Isso não significa que você não possa encontrar outro motivo...todos temos uma segunda chance, Regina, basta abrir os olhos para ver"

"Pena que os meus estarão fechados..." Diz ela e vai se dirigindo à porta.

"Então é isso? Você simplesmente vai desistir?" Tenta Robin mais uma vez. Regina respira fundo.

Desistir.

Porque as pessoas só a enxergavam quando ela estava prestes a desistir? Ninguém nunca enxergou o quanto ela lutou antes disso. Mas é sempre assim com ela, não seria diferente agora. Ela se vira para ele e diz:

"Isso não é o fim, é um meio termo. Essa maldição pode ser quebrada pelo verdadeiro amor da minha vida e pela única razão pela qual eu desejaria acordar: meu filho" responde ela e isso o quebra.

"Regina, por favor me ouça..."

"Não se preocupe, eu vou cumprir minha palavra e desarmar o escudo para que Branca e David possam sair vitoriosos disso tudo. Mas depois... Depois eu vou dormir..." conclui ela e sai andando, deixando Robin preso ao chão e se sentindo péssimo por ser incapaz de impedi-la.

A Rainha se dirige à passos rápidos até o pátio. Após retirar o feitiço de proteção, Regina se acomoda em um banco e estava prestes à picar seu dedo e dormir profundamente quando foi interrompida pela Bruxa, que agora ela sabia se chamar Zelena. A breve conversa delas foi bem desagradável e trouxe algumas revelações com as quais ela não tinha o mínimo interesse de lidar agora. Zelena dizia ser sua meia irmã por parte de Cora e que também havia sido treinada por Rumple. Aparentemente o problema era Regina ter tido "tudo" e ainda por cima ter sido escolhida para lançar a maldição. Ela não sabia se Zelena era verde por pura inveja ou se havia outra explicação para aquilo. Quem em sã consciência poderia invejá-la pela sua vida? Só uma louca que não sabia nada sobre ela ou o que significou ser criada por Cora e ter sua vida destruída.

Regina retorna para seus aposentos com os olhos faiscando de excitação. Mal pode esconder o sorriso assassino que enfeita seu rosto iluminado pelo simples fato de ter uma nova pessoa para odiar. Aquela bruxa verde e nojenta não sabe com quem está lidando e mesmo que a história dela de que eram irmãs fosse verdadeira, ela não engoliria. Cora nunca havia mensionado sobre uma outra filha, uma meia irmã..que se dane, pensou ela. Ela vai morrer e isso é um fato. Quando ela entra em seus aposentos, se depara com o ladrão enxerido que havia insistido em acompanhá-la pelos túneis subterrâneos do Castelo ainda preso pelo seu feitiço. Esse era outro. Quem ele pensava que era para tentar impedi-la de fazer o que ela sabe ser o melhor para ela? Mais um para querer podá-la? Ela poderia matá-lo com um estalar de dedos, mas o homem a salvou da aberração de asas e ainda por cima tinha um filho adorável que já era órfão de mãe, somente isso salvava seu pescoço. Assim que o viu, Regina o liberta do feitiço com um insignificante movimento da mão.

"Você desistiu" diz Robin, e talvez ela devesse ter sido mais esperta e tirado sua voz já que o atrevimento dele não o fazia ser capaz de ficar com aquela boca fechada. Mas ela estava muito eufórica para isso.

"Você estava certo" responde ela "A maldição do sono não era a resposta. Como você disse, eu precisava achar um motivo para viver" Regina continua a fuçar em suas coisas na penteadeira enquanto fala e não pode ver o olhar aliviado e doce que ele lhe direciona nessa hora, muito menos o sorriso esperançoso em seu rosto.

"E você achou? O quê?" Continua questionando ele. A Rainha se vira para encará-lo e o olhar assassino dela acompanhado pelo sorriso diabólico o faz sair da expressão esperançosa para a desconfiada em questão de segundos:

"A única coisa que eu não tinha faz muito tempo" ela faz uma pausa e os pêlos dos braços de Robin se arrepiam apenas pela espera de sua conclusão "Alguém para destruir" completa ela e Robin engole seco. A Rainha se vira novamente e recomeça a mexer em sua penteadeira. O cérebro de Robin não acha prudente se aproximar dela, mas o mesmo não pode se dizer de suas pernas. Quando se dá conta, ele já está a centímetros dela. Parece que seu juízo o abandonou desde que se ele e seus homens se juntaram à comitiva Real.

"Regina...assassinato não é a resposta" diz ele e se amaldiçoa mentalmente um segundo depois. Regina se vira e o encara furiosa.

"Hoje ele é. E é Majestade, não me lembro de lhe dar permissão de me chamar pelo meu nome... ladrão" responde ela, mas ele não parece ofendido e nem recua, pelo contrário. Ela vê um singelo sorriso nascer em seus lábios acompanhados de um par de covinhas em suas bochechas. Ela não sabe porquê mas não consegue tirar os olhos delas.

"Robin of Locksley, ao seu dispor...ou Robin Hood, como muitos me chamam" diz ele com uma pequena reverência. Regina o olha por cima.

"Sua fama te precede, ladrão. E se sua memória lhe falha, você já havia se apresentado antes quando eu estava com Branca".

"Oh sim, eu me lembro bem, Majestade...mas parece que vossa realeza não, já que se refere à mim como ladrão e não usa meu nome" diz ele e seu sangue ferve.

Ela já disse que vai arrancar a língua dele?

"Você aprecia o dom da fala...Robin of Locksley?" Diz ela, fazendo questão de dizer muito pausadamente o nome dele em tom de desafio. Ao ouvir seu nome sendo pronunciado por ela, algo em Robin pareceu despertar, e não foi seu juízo.

"Com toda certeza, Vossa Majestade" ele responde, também fazendo questão de se referir à ela de forma bem pausada, mas não recua. Regina se aproxima ainda mais e seus intensos e ameaçadores olhos castanhos se encontram com um azul profundo e irritantemente calmo, mesmo com toda a tensão do momento entre eles. Ele é ousado...

"Então eu sugiro que segure essa sua língua insolente dentro da boca ou muito em breve a habilidade de falar será apenas uma lembrança para você" finaliza ela e, ao contrário do que ela esperava, não vê medo em seus olhos, ela vê desafio. E quando ele sorri para ela em resposta, Regina sente seu peito arder. Talvez ela não devesse ter reparado tanto nas covinhas...mas parece ser algo mais forte do que ela no momento. Sem responder nada, Robin se vira e vai saindo do quarto quando a ouve perguntar, sua voz um pouco exitante:

"Nós já nos conhecemos antes?" Ele se vira e a olha nos olhos tão profundamente que Regina chega a se sentir invadida, mas não desvia o olhar.

"Eu dúvido que eu me esqueceria se conhecesse alguém como você" responde ele e de repente ela sente suas bochechas corarem. Antes que possa voltar a pensar com clareza, ele já se foi, deixando para trás uma Rainha muito confusa e mais afetada do que gostaria de admitir.


Notas Finais


Ansiosa para saber sobre a primeira impressão de vocês e o que esperam sobre essa história. Obrigada por chegarem até aqui! Até breve!


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