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História Somebody is loving you - 4


Escrita por: Kiriaki

Notas do Autor


Olá gente cheirosa ♥

Capítulo 4 - 4


    Durante todos os dias daquela semana, Jin apareceu no hospital. Costumava chegar depois do meio dia, quando saía correndo da faculdade sem nem ao menos almoçar. Era difícil se concentrar nas aulas quando em sua mente só se passava pensamentos referentes a Namjoon, coisas como: se ele estava bem, havia se alimentado ou sentia dor. Jin nem ao menos se esforçava para pensar ou parar de pensar, por mais que estivesse olhando para a tela de seu computador no meio daquela sala lotada de alunos, a imagem do loiro com seu sorriso de covinhas brotava em sua mente e o fazia rir internamente. Ele chegava naquele quarto branco, encontrava Namjoon assistindo tv e sorria sabendo que levaria bronca por não ter almoçado ainda, então deixava suas coisas na poltrona e ia até a cantina comprar algo para se alimentar. Os dois conversaram a tarde toda sobre diversos assuntos comuns e perceberam que se conheciam melhor a cada dia que passava, a naturalidade fazia com que qualquer um que passasse por ali achasse que eram amigos de longa data, rindo com um trocadilho qualquer e Namjoon se acostumou com aquela rotina de recuperação. Mas naquela sexta-feira, Jin não apareceu.

 

    

    O loiro havia acordado cedo com a enfermeira entrando no quarto. A moça administrou seus remédios, lhe servindo o café da manhã e Namjoon sorriu enquanto devorada o pão torrado com geléia e café com leite. Ele estava realmente feliz, pois no dia anterior havia conversado com a médica responsável pelo seu caso: estava melhorando, o coágulo estava cedendo e se desmanchando aos poucos e o loiro não via a hora de contar para Jin. Só de pensar no moreno um pequeno sorriso brotava em seu rosto, Namjoon nunca imaginou que um dia fosse cuidado daquele jeito, nem ao menos pensou que poderia fazer um amigo de verdade.

Por ter nascido em um bairro pobre e perigoso, cresceu sabendo que não poderia confiar em ninguém, era proibido de sair com pequenos da sua idade e quando criança não conseguia entender a rivalidade que os adultos tinham dentro do tráfico; o pai de qualquer coleguinha poderia simplesmente ser um dos homens que ameaçara sua família ou ainda pior.

Ter Jin, um estranho, em sua vida havia mudado seu atual estado de solidão e aquilo o animava de certa forma. Ali ele percebeu que só não parecia se incomodar em ser sozinho porque havia se acostumado, mas que já não sabia como seria caso voltasse para aquele estado e aquilo o fez pensar. No fundo ele tinha medo; medo de voltar a ser ignorado, de voltar a morar naquele lugar horroroso, trabalhando horas seguidas para receber o pouco que nem era suficiente para o alimentar; medo de entrar naquele quarto velho todo santo dia e só ter a companhia de seu próprio reflexo no pequeno espelho preso à parede. Afinal, o que ele queria? Era óbvio que quando estivesse bom tudo voltaria como antes. Era impossível que Jin continuasse querendo vê-lo, que quisesse o visitar naquele buraco onde vivia. Seria pedir demais que o moreno tornasse sua vida colorida e o deixasse feliz, por um momento se lembrou do sonho que teve na noite anterior, o mesmo que já sonhara tantas e tantas vezes. Se recusou a pensar naquilo, respirando fundo e se concentrando em coisas boas.

Era cerca de meio dia e o loiro se sentia melhor. Os pensamentos ruins pareciam ter sido tirados de sua cabeça e ele assistia um filme de ação que passava na pequena tv do quarto. A porta se abriu lentamente e dali surgiu a graciosa enfermeira que o atendia sempre.

– Espero que esteja com fome – disse ela, carregando a bandeja. Puxou o suporte sobre a cama, deixando-a ali – você está tendo uma melhora rápida, está até visualmente mais saudável – disse ela, retirando a tampa da bandeja e deixando que o aroma leve de tempero tomasse conta das narinas do outro, que lobo observou a refeição a sua frente – posso jurar que seu rosto deu até uma engordadinha e que você até está sorrindo com mais frequência – brincou – agora coma logo. A moça saiu do quarto, deixando Namjoon começar a se alimentar enquanto continuava assistindo o filme.


 

As horas passavam, mas ninguém cruzava pela porta branca, a mente de Namjoon o pregava peças e lhe enchia de preocupações. Cenas inventadas passavam por sua cabeça e pareciam piorar com o tempo; era como se sonhasse acordado com os motivos que poderiam ter feito Jin não aparecer. E que motivos horríveis apareciam em sua mente, mais do o simples medo da solidão. Era o medo da perda e a agitação tomou seu corpo: o maxilar trincou; não era tão fácil respirar quando podia sentir um nó em sua garganta; ele ofegava baixinho enquanto as mãos tremiam e a cada vez que alguém passava rapidamente na frente daquele quarto, aparecendo rapidamente pelo pequeno quadro de vidro, sentia aquela ansiedade toda o afetando cada vez mais. Tudo o que ele queria era que Jin atravessasse aquela maldita porta.


 

Faltava apenas cinco minutos para que o sinal batesse e ele mal podia esperar. Mais uma aula absolutamente insuportável e que lhe dava sono, sexta-feira era o dia das piores aulas, se preparava para guardar suas coisas, até que ouviu a voz lhe chamando:

– Jin, preciso de sua ajuda – a voz do professor soou e ele segurou sua vontade de revirar os olhos, permanecendo no mesmo lugar enquanto os outros alunos já começavam a sair. – preciso que você me ajude em uma aula de reforço, os garotos do segundo ano estão com dúvidas e você sempre foi o meu melhor melhor aluno – Jin fingiu seu total desinteresse no assunto, concordando com a cabeça.

– Claro – disse simpático – quando?

– Agora. Tenho uma sala cheia esperando. Me desculpe não avisar antes, quando fui ligar para você acabei ligando sem querer para seu pai e ele disse que você não tinha nenhum compromisso importante, acho que ele não se lembrou de te avisar – mas era claro que não. O moreno nem ao menos havia visto o pai na noite anterior – enfim, vamos? – o mais jovem assentiu, se levantando e seguindo o professor até uma sala com cerca de quarenta alunos. Ele não era bom em lecionar, ainda mais com os pensamentos longes.

Foi difícil dar aula enquanto sua mente só pensava em uma pessoa. Não chegara a sentir culpa por não ter ido ver Namjoon sem avisar, era mais como uma necessidade, uma quebra da rotina que o deixava feliz – de certa forma – como se precisasse ver aquele sorriso bonito todos os dias; ouvir a voz baixa e doce falando sobre assuntos bobos. Jin imaginava como seria depois e pensava se Namjoon ainda iria querê-lo por perto depois de tudo e seu coração apertava ao pensar em tudo o que queria fazer para ajudar o outro.

Ele não poderia deixar tudo como estava. Se recusava a simplesmente ignorar, a sumir depois que o loiro estivesse melhor. Só conseguia pensar no quanto correria para arrumar um bom trabalho para o outro, ele tinha contatos, era amigo de filhos de empresários importantes e não seria algo tão difícil, além do mais, não se importaria em ajudar com dinheiro nos primeiros meses, o que ele mais queria era que o outro conseguisse um lugar digno para morar.

A tal aula durou alguns períodos e quando Jin finalmente se sentiu livre para ir visitar o outro, ouviu alguém o chamando:

– Hey! Não foge não, engraçadinho – a voz de Hoseok soou alta naquele corredor – acabei de sair do meu reforço, matemática infernal – reclamava dramaticamente, fazendo o outro rir – eu tô com fome e você vai vir lanchar comigo – ditou, agarrando o braço do amigo e o fazendo mudar o caminho.

– Mas eu estava indo ver o Namjoon – disse, tentando parar o outro, que o ignorou.

– Ahh Namjoon – fez uma voz engraçada – ele é tão legal e tem um sorriso fofinho – tentava imitar Jin, quando falara sobre o loiro em uma ligação onde teve que explicar tudo ao amigo. Ele revirou os olhos – você pode ver seu novo melhor amigo depois que a gente comer.

– Ele não é meu novo melhor amigo, eu atropelei o cara – tentou se defender.

– A gente vai conversar sobre isso.

Andaram até o centro do campus da universidade, onde uma pequena lanchonete atendia os alunos. Devido ao horário estava vazia, Hoseok escolheu uma mesa de canto,onde uma brisa gostosa batia e quando o rapaz da lanchonete apareceu, pediram sanduíches leves e uma jarra de suco de laranja.

– E como seu novo amiguinho está lá no hospital? – perguntou Hoseok enquanto olhava para o celular.

– Ele me disse que a médica passaria lá ontem a noite para dizer se ele está melhorando ou não. Preciso ir pra lá – respondeu com pesar.

– Como um cara desconhecido se tornou tão especial pra você, Jin? Logo você, que sempre manteve amizades rasas com as pessoas, sem entrar muito na vida pessoal delas? Me lembro até hoje como foi difícil te fazer confiar em mim – disse sorrindo, enquanto o amigo pensava.

– Nem sei, Hobi. Eu te disse que com ele foi tudo diferente, tudo errado, sabe? Acho que é meu extinto de proteção – brincou, enquanto o rapaz simpático deixava os pedidos na mesa. Hoseok simplesmente atacou o prato e com as mãos sujas e a boca cheia, continuava a falar.

– Então amanhã eu vou lá com você – disse simplista, deixando Jin surpreso – nossa que cara é essa? Eu sei que não gosto de hospitais, mas tenho que julgar esse cara, você não pode se envolver com más influências – o outro ergueu uma das sobrancelhas, soltando o ar de forma sarcástica.

– Mais má influência do que Yoongi quando você o conheceu? – jogou, fazendo o outro corar.

– Ok, eu não tenho culpa que gosto do perigo – respondeu enquanto mordia o canudo do suco – mas você me entendeu. E amanhã eu não vou fazer nada mesmo, Yoongi precisa estudar pra uma prova super difícil e eu não quero atrapalhar.

– Então beleza, só não me faz passar vergonha pelo amor de Deus! – avisou, fazendo o outro reclamar.

– Eu não faço essas coisas, palhaço.

Os dois conversaram por um tempo, era incrível como sempre tinham assunto mesmo que se falassem praticamente todos os dias. A amizade era forte e cheia de confiança, onde os dois se viam como apoio para absolutamente qualquer coisa. Depois de algum tempo se deram conta do horário.

– Socorro olha a hora – Hoseok alarmou – meu mozão vai me matar?

– Mozão? – caçoou.

– Calado. Preciso ir, depois nos falamos. – disse afobado, se levantando da mesa rapidamente.

Jin se levantou junto, já era fim de tarde, então resolveu passar em sua casa antes de ir para o hospital. Carregava vários livros, o corpo estava dolorido e suado, e como não tinha nada para fazer no dia seguinte não teria problemas ficar até mais tarde ou até mesmo passar a noite no hospital. Ele gostava de passar as noites fazendo companhia para Namjoon, acabavam conversando até tarde e o moreno sempre ia para a cantina, trazendo doces escondidos para o outro que ria da boba travessura. No caminho de casa começou a pensar em como se deram bem em tão pouco tempo, os gostos eram semelhantes em vários aspectos e a cada dia sentia vontade de saber mais sobre o outro, apresentar a ele coisas novas e mais tudo o que pudesse oferecer.

A casa estava vazia novamente e o silêncio o deixou tranquilo. Ele gostava de ficar sozinho em casa, pois passava o dia todo no meio de muitas pessoas e barulho. Subiu as escadas cansado, o corpo doía e desejou uma massagem. Seu quarto era espaçoso, porém mantinha poucas coisas: a cama de casal em frente a porta da sacada, que era coberta por uma fina cortina branca; um criado-mudo com alguns livros e um abajur pequeno; sua mesa de estudos e trabalhos, ao lado de sua estante de livros e o guarda roupas de cor escura, na mesma parede da porta de entrada. A bolsa pesada vou jogada na cama e os sapatos abandonados em um canto, as roupas foram parar na cadeira em frente ao computador e o corpo seguiu para o pequeno banheiro que se abria na porta perto da cama. As luzes se acenderam e no espelho o reflexo cansado apareceu; a semana havia sido exaustiva e ele nem conseguira dormir muito bem. O corpo parecia mais magro devida a má alimentação e ele suspirou, passando as mãos nos fios escuros que precisavam de um novo corte. O pequeno ofurô foi ligado; não tinha o costume de usá-lo com frequência, mas achou que merecia um pouco de luxo naquele dia. Sais de banho com perfume de pêssego foram jogados na água quente e soltou um pequeno arfar de satisfação quando o corpo entrou em contato com a água. Pareceu relaxar maravilhosamente enquanto tentava se esticar o máximo possível dentro daquele espaço, as mãos massageavam a nuca, posteriormente passeando por seu peito, só conseguia pensar em como o fim de semana lhe era bem oferecido para descansar, toda a vontade de sair e beber havia sido retirada dele depois daquele acontecimento e por um momento sentiu-se até bem em poder usar seu tempo de outra forma.

    Quando a água foi perdendo sua temperatura o corpo se levantou e buscou uma toalha. Não se preocupou em usar o secador nos cabelos, não queria perder mais tempo. Já era início da noite e o ímpeto de visitar Namjoon voltou a si. Se vestiu de forma simples, seus jeans surrados preferidos, os sapatos mais confortáveis que achou e o agasalho devido ao pequeno vento que soprava.

    O caminho nunca pareceu tão longo, era como se aumentasse junto com a vontade de ver o outro. Começou a pensar em todo aquele desespero dentro de si, seria possível que não conseguisse mais passar nem um dia sequer sem a presença de Namjoon? A verdade era que ele  parecia deixá-lo ainda mais vivo. Os pensamentos se perderam quando o carro foi estacionado, saiu apressado, encontrando no caminho a mesma enfermeira que sempre cuidava de Namjoon.

    – Pensei que não viria hoje – disse ela, sorridente como sempre.

    – O importante é chegar, né? – brincou, indo para a recepção para pegar seu cartão de acompanhante.

    Sorriu de leve quando entrou naquele quarto. A tv estava ligada num volume baixo e o corpo naquela cama estava escondido em meio a cobertores. Namjoon cochilava calmamente, a cabeça virada um pouco para o lado e o braço, de pulso enfaixado, escapando pela beirada do edredom. Jin pareceu se perder naquela visão, notou o jeito que seus cabelos, totalmente bagunçados, mostravam as raízes escuras contrastando com o loiro do resto da extensão; como sua expressão era doce de um jeito que uma de suas covinhas estava a mostra e os lábios grossos e bonitos se exibiam naquele rosto de pele lisa e bronzeada. Por mais que não quisesse acordá-lo, seus pés o guiaram até perto da cama.

    Como há alguns dias, a mão se ergueu levemente e os dedos finos tocaram o rosto alheio. As falanges deslizaram pela bochecha, contornando levemente a covinha. Um pouco hesitante, os dígitos seguiram o caminho os lábios alheios, contornando-os levemente e sentindo sua maciez. O carinho voltou a pele como inicialmente e logo Jin notou que o loiro sorria.

    – Pensei que não viria – disse baixinho, ainda de olhos fechados enquanto aproveitada o carinho.

    – Me desculpe – pediu o outro, ainda acariciando sua face – o dia foi puxado, mas eu prometi que viria todos os dias, não prometi?

    – E cumpriu – respondeu ele, respirando lentamente – está tudo bem. E como foi o dia? – perguntou interessado e Jin sorriu.

    – Meu professor me pediu para dar aulas de reforço e depois Hoseok me alugou. Estava tão cansado que fui pra casa tomar um banho e vim pra cá.

    – Você é bom em resumir as coisas – brincou, abrindo os olhos. Por um momento Jin quase corou com a intensidade daquele olhar. A mão abandonou o rosto alheio e se contentou em brincar com a coberta que cobria aquele corpo.

    – E o que a médica disse? – se lembrou de perguntar, já se sentindo aliviado com o sorriso que recebera.

    – Estou melhorando, o coágulo esta diminuindo.

    – Isso é realmente ótimo. Eu odiaria te deixar sequelas – admitiu envergonhado.

    – Não fala desse jeito… – bufou.

    – Ok, não está mais aqui quem falou – gargalhou – passou o dia bem? Sentiu alguma dor? – seu extinto de proteção aflorou e o outro negou com a cabeça.

    – Foi tudo bem, só meio solitário.

    E como Jin odiava aquela palavra. Nada que provinha de solidão era bom e naquele momento prometeu que faria tudo que pudesse para não deixar Namjoon sozinho novamente.

    – Amanhã você vai ter companhia – começou – Hoseok quer conhecer você.

    – Aquele seu amigo que foi com você aquela vez?

    – Você esta confundindo – sorriu – o que me acompanhou foi o Yoongi. Hoseok é o namorado dele e meu melhor amigo. Ele quase me bateu quando contei o acontecido, é pior que uma mãe. Está curioso e quer te conhecer. Garanto que ele é legal, mesmo sendo um pouquinho doido.

    Riram e conversaram por um tempo. Jin não conseguia se manter em um só lugar, o corpo doía e ele, sentado na poltrona, mudava de posição o tempo inteiro. Namjoon percebeu, porém decidiu não perguntar nada, sabia que a rotina do outro era um pouco agitada durante a semana, pelas conversas que tiveram. Um silêncio nada constrangedor se instalou, Namjoon brincava com o cobertor enquanto Jin parecia perdido em pensamentos, até que os olhares se encontraram e ambos riram.

    – Estou te imaginando de cabelos escuros – disse o moreno e o outro negou com a cabeça.

    – Não gosto muito, acho que loiro combina comigo. E para ser sincero, tingir o cabelo é o único luxo que posso me dar de vez em quando.

    Luxo… Mais uma vez Jin sentiu seu coração apertar com aquela simples frase, algo tão simples como tingir os cabelos era considerado luxo e parecia que a realidade batia novamente em sua porta. Tentou parar de pensar naquilo, voltando a fitar o loiro.

    – Fica realmente bonito assim – disse um tanto quanto tímido, fazendo as covinhas do outro se sobressairem com o sorriso doce.

    – Obrigado. E agora estou te imaginando loiro – admitiu e Jin negou com a cabeça.

    – Não sei não… Quem sabe um dia? Você poderia me ajudar nisso – soltou, desviando o olhar.

    – Claro.

    Conversaram por horas a fio sobre assuntos que nem sabiam quando haviam sido iniciados, juntos era como se quisessem falar sobre tudo, até os mais bobos assuntos e as palavras fluíam de forma doce e natural. A noite caía e com ela o cansaço de Jin chegava. Namjoon percebeu e sorriu devido ao bocejos que o outro dava no meio das frases.

    – Você precisa descansar, sabia? – disse o loiro – percebi que está cansado.

    – Por acaso o senhor está me mandando embora? – fingiu-se de ofendido.

    – Você sabe que não, eu gosto da sua companhia, mas eu também me preocupo com você – disse baixinho, despertando um sentimento desconhecido no peito de Jin, que sorriu.

    Se levantou lentamente, se aproximando daquela cama. O coração, por algum motivo, poderia sair pela boca a qualquer momento e as mãos buscaram o cobertor do outro, brincando com a barra.

    – Então eu vou. Realmente estou morto de sono e bem… Amanhã estarei aqui logo que acordar.

    Namjoon nem percebeu quando seus dedos tocaram uma das mãos do outro, fazendo um carinho sutil.

    – Durma bastante, ok? Não te aceito de pé antes do meio dia – ditou enquanto continuava com o carinho doce.

    – Tá bom, mãe – brincou Jin, aproveitando o toque gostoso que lhe dava um fraco arrepio.

    Antes de se afastar, o corpo se curvou lentamente. Não pensou em seu gesto ou em qualquer outra coisa, apenas aproximou seu rosto, podendo ouvir baixinho a respiração terna do outro. De forma meiga, os lábios tocaram a pele macia alheia, deixando um selo demorado na bochecha, agora quente, de Namjoon. Se afastou lentamente, como se ainda sentisse seus lábios formigando pelo toque e com um sorriso doce se despediu.

    – Boa noite – disse baixinho.

    – Boa noite – o outro respondeu um pouco perdido, visualizando o corpo alheio que andou em direção a porta, deixando-o sozinho no quarto.

    Os dígitos passearam por seu rosto como se ainda tivesse os lábios doces o tocando, o coração se aqueceu e não pode deixar de pensar que aquele fora o mais terno beijo que já havia ganhado. E pensou em quando poderia retribuí-lo.


Notas Finais


Esperando os comentários gostosinhos de vocês. Até mais ♥


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