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História Somebody To You - O Caso de Lucy Heartfilia. - Isso é o suficiente?


Escrita por: CarolHust

Notas do Autor


Genteeee! Vou ser breve, ok?
Estou morrendo de sono.
Eu sei que eu meio que (ou totalmente) sumi, mas através de uma conta básica explico isso. Aulas+deveres-tempo= uma pessoa cheia de coisas para fazer e quase sem entrar na internet. Sério, eu só estou dormindo e fazendo dever, o pouco tempo que tenho não deu para responder tudo. MAS, eu vou responder tudo. Só não sei quando (amanha tenho um bando de deveres para fazer e por isso tive de correr hoje).
Ia postar o capítulo (filho) único de Lisanna hoje, mas fica para a próxima.
Ah, estou muito feliz que o horário de verão acabou. Odeio ele kkkk. Deveriam colocar ou no Brasil todo ou em lugar nenhum. Quando tentaram por aqui, n deu muito certo. Eu acordava e ainda era noite.
Gostaria de agradecer a todos que comentaram (eu li tudo!) e especialmente a lucyHeartfilia8, Misakii_Gruvia e a dylanobrien (hehehe, adorei seu nome) por favoritarem a história.




Boa leituraaaa ;)

Capítulo 30 - O Caso de Lucy Heartfilia. - Isso é o suficiente?


Fanfic / Fanfiction Somebody To You - O Caso de Lucy Heartfilia. - Isso é o suficiente?

                “ – Milady, sinto muito, mas terei de partir nessa madrugada.

                −Não! Espere, Walter. – a dama o segurou pelo colarinho. – Ao menos mais uma vez...

                Antes que os dois se dessem conta, seus lábios se uniram em um beijo apaixonado e molhado. A respiração quente de ambos contrastava com o ar seco e gelado do inverno. Walter apertou a senhorita pela cintura e a puxou para mais perto.

                Eles se conheciam a tempo demais. Amavam-se a tempo demais. Já era o momento para aquilo.

                − Eu só queria que você soubesse...”.

                − Que eu sou um sério caso de perversão. – eu murmurei, saindo do meu tédio, ao observar a tela do computador no qual eu digitava até segundos atrás.

                A cena não fazia o menor contexto no enredo da história: guerra, problemas familiares, um servo e uma jovem garota que ainda se odiavam até a parte em que eu havia parado de escrever, na noite anterior. Geralmente, eu escrevia apenas durante a noite, mas naquele dia abrira uma exceção.

                Observei o quarto ao meu redor e corei ao notar os desenhos de bonecos palitos se beijando, espalhados pelo meu caderno aberto e escrivaninha. Aquilo era constrangedor e revelador ao mesmo tempo.

Eu sabia o que vinha provocando pensamentos e anseios como aquele. Depois de experimentar o contato com Natsu, não consegui parar de pensar naquilo.

 

                                                                                              ...

 

 

Com a chegada dos últimos jogos que antecederiam as nacionais, o time de basquete e a equipe de torcida estavam com bem menos tempo livre. Isso significava, é claro, que não ocorriam muitos encontros “acidentais” entre eu e Natsu.

                Não que eu estivesse tentando que provocá-los.

                Era óbvio que eu queria que eles ocorressem, seria ridículo negar isso. Ainda assim, não saberia como agir se estivesse com ele. Isso tudo por que (eu tinha plena consciência disso) conversar com ele apenas complicaria ainda mais a nossa situação. A todo o momento em que o via, tinha de me relembrar que para que algum resultado existisse, eu teria de me manter “fria”. E esperar que ele viesse até mim.

                Só que isso estava demorando muito.

                A “frieza” vinha de ambos os lados, e toda vez que eu o observava de canto de olho para descobrir se ele estava me olhando ou não, ele simplesmente:

Não estava fazendo nada semelhante ao que eu imaginava.

Desviava o olhar imediatamente para o local mais sem sentido possível.

Isso me incomodava ao ponto de ter que ligar para Gray perguntando se eu tinha ouvido direito mesmo e se ele realmente iria me fazer a tal da “provação” ou não. Ao que o moreno respondia com um riso mal disfarçado e uma afirmação.

Só acho que você deveria ter um pouco de medo. – ele falou do outro lado da linha, enquanto eu rolava pela minha cama.

− Medo?

Isso. Sabe, se o Natsu já é naturalmente exagerado, imagine o que ele pode fazer agora? Grafitar o prédio do colégio com um poema?

Por mais que eu soubesse que a possibilidade apresentada por ele era uma brincadeira, me preocupei.

− N-não, Natsu não faria isso...

Tem certeza?

Eu acho que você tem muito mais com o que se preocupar, Número Dois. – caçoei dele.

Pude ouvi-lo bufando, irritado.

Espero que ele chegue na sua rua gritando uma daquelas músicas melosas no meio da madrugada. E traga uns dois cavalos brancos alugados.

Antes que eu pudesse revidar, ele desligou.

Será que a minha ideia tinha sido tão boa assim?

                Isso foi algo que encheu minha cabeça durante dias. Um misto de insegurança e o tal do medo me preocupavam, e podia dividir tais sentimentos com poucas pessoas. Porém, como disse, tinha muito que fazer. O último jogo das estaduais tinha chegado.

Não era nenhuma novidade a Sabertooth ter se classificado. Ou estar jogando contra o nosso colégio. No um ano e alguns meses que eu tinha morado ali, fora impossível não me inteirar a respeito dos “oponentes clássicos do colégio”. Especialmente porque, desde que o segundo ano atual começara a jogar, essa relação de rivalidade se acirrou.

Sting Eucliffe era o capitão do time oposto. Conhecido por sua beleza e talento, ele fora vizinho de Natsu durante a infância, e o rosado tinha o ensinado a jogar. Isso, entre outras coisas, criou nele uma necessidade de em algum momento superar Natsu. No ano anterior, não tivera sucesso, mas parecia estar voltando com mais força do que nunca.

− Olá Lucy! – uma líder de torcida do outro time veio em minha direção.

Yukino Aguria, aquela que comandava a torcida da Saber, tinha cabelos brancos e presos em marias-chiquinhas. Ela era a namorada de Sting, e, segundo a história transmitida de boca em boca, tinha passado um bom tempo perseguindo o garoto (que não gostava de compromisso) até conseguir o que queria. A consequência fora um casal fofo e um ícone para todas as garotas que se consideravam em uma situação amorosa complicada.

Ela era extremamente delicada e simpática, e desde que nos conhecêramos desenvolvemos uma espécie de amizade. Não nos víamos sempre, mas, quando isso acorria, retomávamos a conversa do último encontro como se esse não tivesse ocorrido há bastante tempo.

− E você, como vai? Tem alguma noção de quem vai vencer? – eu indaguei-a.

− Acho que não. Mas isso é assunto deles.

− Eu acho que isso é medo... − cantarolei.

Naquele momento, os garotos estavam treinando arremessos do centro da quadra, e Natsu tinha acabado de jogar a bola. Ele notou-me o olhando, enxugou o suor com a barra do uniforme e foi para o fim da fila. Ignorando totalmente a garota ao meu lado, eu continuei o observando. O cabelo espetado, a postura torta, o modo como ele claramente notava o meu olhar vidrado.

O rosado espiou discretamente por cima do ombro, como que se para ter certeza se eu ainda o encarava. Ao me ver, parou onde estava, levando alguns segundos até que levantasse a cabeça completamente e olhasse nos meus olhos.

A expressão dele se mantinha séria, centrada e intensa. Seus olhos não se desviavam, e me analisou mais do que já tinha feito em um ano. Não mirou o meu corpo, mas sim meu rosto, o que me deixou quente. Eu nunca tinha visto Natsu com aquele olhar. Nunca ele parecera tão determinado e... Maduro.

Assim que um colega o cutucou para indicar que era, novamente, sua vez de arremessar, ele exibiu seu sorriso infantil habitual, correu e marcou.

− Como vai o seu problema?

Yukino sussurrou, irônica. Ela sabia muito bem no que eu estava pensando.

− Acho que nem eu sei o que vai ocorrer de agora para frente.

 

                                                                                                              ...

 

“Fairy Tail 72 x Sabertooth 69”.

O resultado do jogo brilhava em neon no marcador. O público urrava em reação à vitória. Nós, de certo modo envolvidas, só tínhamos como comemorar pulando e gritando junto.

Com um arremesso de Natsu nos últimos segundos, garantimos a vitória tanto desejada. Isso tinha, é claro, transformado ele no herói do jogo, e o fez ser carregado nos ombros dos outros jogadores como recompensa.

Por mais presunçosa que a sensação poderia ser, eu acreditava que ele tinha passado a maioria do jogo me observando de soslaio. Isso me deixou mais motivada, ao mesmo tempo em que ansiosa. Não significava nada, no entanto, visto que me sentia de tal modo pelos motivos mais fúteis.

Depois dos times se cumprimentarem, o vencedor ser anunciado oficialmente e muitas fotos serem retiradas, a maioria das líderes de torcida foi falar com os jogadores enquanto eu terminava de guardar os pom poms na mochila e a arrumar o resto dos materiais.

Sting acenou para mim de longe, e fui até ele e Yukino, na entrada para a arquibancada principal. Eles mantinham os braços dados e ela o confortava.

                − Não acredito que perdi outra vez. – o loiro suspirou pesadamente, mas mantinha um brilho de excitação no olhar. – Quem sabe...

                − Próximo ano? – questionei-o.

                − Isso. – ele exibiu um sorriso de canto. – Da próxima vez... Vou estar melhor. Não é, Yuki...

                A garota estava concentrada em algo diferente, com o cenho franzido.

                − Lucy, não era para o time da sua escola já ter saído da quadra ou algo assim?

                − Eles não saíram?

                Virei-me para ver o que ela estranhava. Normalmente, os garotos já deveriam estar no vestiário ou saído do local, mas o time inteiro estava enfileirado, jogador ao lado de jogador, no meio da quadra. Natsu, que não estava ali em um primeiro momento, surgiu com um megafone em mãos.

                − Só para constar, eu não tenho a menor noção do que vai acontecer aqui. – informei ao casal, que só concordou.

                − Aham. – Natsu testou o aparelho, que emitiu um ruído agudo do nada. – Desculpem-me, desculpem-me. Enfim, acho que todos estão se perguntando o que estamos fazendo aqui, não é?

                Exatamente.

                O rosado era o único fora da organização, circulando livremente pela frente da grade da arquibancada. Assim como nós, todos os que estavam se encaminhando para a saída pararam onde estavam.

                − Durante todo esse ano, viemos recebendo bastante apoio de todos vocês. Claro, nós conseguimos chegar até aqui porque somos bons, mas gostaríamos de agradecer a todos que poderão ou não estar conosco nas nacionais. Vocês nos motivam a continuar, e queremos continuar a agradá-los e trazer orgulho a todos.

                Natsu sorria durante toda a fala. Eu, assim como todos os que o conheciam dentro daquela plateia, estava boquiaberta. Aquele texto não parecia com algo que ele diria.

                − Tão bonitinho... – Yukino começou a dizer.

                − Eu decorei certinho, treinador? – Natsu perguntou, e Guildarts deu um tapa na própria cara enquanto a plateia caia na gargalhada. − Continuando, tem mais algo que eu gostaria de falar a respeito.

                O tom dele, assim como a expressão confusa de todos aqueles que não pertenciam ao time, me deixou apreensiva. A sensação só piorou quando ele exibiu, mais uma vez, a expressão intensa de mais cedo por alguns segundos. “Será que...”.

                Olhei para Gray, que, alguns metros acima, mantinha uma expressão presunçosa. Isso foi mais do que o suficiente fazer-me voltar meu olhar para Natsu o mais rápido que eu conseguisse.

                − Lucy, eu gostaria de te perguntar... – o rosado começou, finalmente me encarando, e meu coração acelerou.

                Esperando pelo que viria depois.

                E que não veio.

                O silêncio constrangedor se instaurou no local, coisa que surpreendeu até o organizador daquilo. Os expectadores se encaravam em dúvida.

                − Quantas vezes vamos ter que ensaiar isso?! – Natsu, sem querer, gritou a frase pelo megafone. – Desculpem-me.  Mas a-agora...

                Ele vacilou. Não lembrava a última vez que o vira tão nervoso.

                O garoto foi ordenando que os jogadores, entre titulares e alguns reservas, fossem tirando as camisas na ordem da fila. No peito de cada um deles, estava estampada determinada letra em vermelho. Primeiro um “N”, depois um “O”, até que uma palavra foi formada. Ou melhor, uma pergunta.

                − N-A...M-O-R-O-?

                Podia ouvir todos balbuciarem o que estava escrito. Acredito que fiquei vermelha como um tomate. Ao mesmo tempo em que queria me esconder, queria ficar e ouvir mais.

                − Então... Isso é o suficiente? – ele sorria adoravelmente, abrindo os braços em questionamento.

                Ele balançava uma das pernas para frente e para trás, inquieto.

                Os olhos de todos se pousaram sobre mim. Provavelmente muitos começaram a falar da queda que eu tinha por ele desde o primeiro dia de aula, ou em quão vergonhosa a cena era.

                Pessoalmente, não liguei nem um pouco. Tentei esquecer o nervosismo enquanto, em silêncio, passava pelo meio da multidão. Ele tinha tentado agir como eu queria. E dissera – ou sugerira – aquilo que eu esperava fazia séculos.

                Gildarts, que não sabia de nada até então, abriu o portão para mim. O momento parecia-se tanto com aqueles de filmes românticos que eu me sentia obrigada a ter uma reação apropriada.

                Caminhei até ele lentamente, que, como sempre, estava em movimento constante. De um modo que mostrava o quão aquilo era importante para ele. Assim que o alcancei, segurei ambos os lados do seu rosto com as mãos e o acariciei.

                Antes de responder, fiquei na ponta dos pés e lhe dei um breve selinho. O primeiro após o dia em que eu me declarava. O primeiro em que ele apropriadamente me correspondia. Apenas o movimento e pressão de seus lábios, em resposta aos meus, fez com que eu me arrepiasse da cabeça aos pés.

                − Dessa vez, você foi incrível. – sussurrei. – E minha resposta é sim. Sim! – na segunda vez, repeti a fala com o megafone em mãos, para anunciar minha felicidade.

                Uma salva de palmas foi ouvida, reverberando pelo espaço, enquanto eu me virei para ele mais uma vez. Eu, definitivamente, conseguia amar tanto o lado infantil quanto intenso dele.

                Natsu parou na minha frente, a centímetros de distância, como se estivesse prestes a dizer ou fazer algo. Naquele momento, me lembrei de certas coisas importantes.

                − Ah, mas não fique achando que eu me esqueci de todo esse tempo em que você não percebia nada. Muito menos da sua queda... Você tinha mesmo uma queda por mim? E como você decidiu e teve a ideia de...?

                Antes que eu pudesse terminar a minha tagarelice, que surgia nos piores momentos, ele riu e colocou meus braços sobre seus ombros, levantou meu rosto para que eu olhasse para ele e segurou-me pelo quadril.

                − O que você...

                Não preciso dizer o que aconteceu depois.

                A vergonha, a felicidade e meus batimentos acelerados foram todos transmitidos através do nosso contato momentâneo. O beijo foi, do início ao final, profundo. De um modo que eu jamais imaginava que ele poderia ser. Lentamente, nos enroscávamos um no outro, até que um grito da habitual frase “arrumem um quarto” foi proclamado.

                Saímos da quadra de mãos dadas e fugimos da multidão, para certo lugar onde não poderiam nos encontrar. Larguei minhas coisas por lá mesmo. Quando ele me deixou em casa, já era noite. Era estranho como parecíamos totalmente diferentes e iguais ao mesmo tempo.

                Talvez, o que sempre tivesse faltado fosse aquele milésimo de segundo de determinação. Aquele impulso, meio que sem razão, que nos diz que é o momento para agir, que devemos tentar, direta ou indiretamente, antes de declarar derrota. Caso esse momento tivesse acorrido mais cedo ou mais tarde, gostava de pensar que o resultado seria o mesmo.

                Nunca tinha imaginado uma história romântica como a minha, mas as histórias imperfeitas podiam ser, de certo modo, tão boas quanto aquelas perfeitamente surreais.

                Talvez um dia escrevesse algo sobre aquilo. Sobre...

                A história de como eu saí da famosa friendzone.


Notas Finais


Natsu é um fofão também! kkkkk Nalu é muito fofo! @-@

Enfim, fim de No Air, fim de Just a Friend, agora só falta Lisanna, Jerza e Gruvia volta. (isso leva no máximo duas semanas).
Enfim (2), comentários!


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