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História Somebody To You - O Caso de Juvia Lockser. - Nem ligo mais...


Escrita por: CarolHust

Notas do Autor


Heeeeeyyy!
Agora essa fanfic virou algo que só é atualizado a cada duas semanas, mas ok, né... Não é preguiça não, duvido que tenha muita gente com tanta coisa para fazer que nem eu. (tive milhoes de trabalhos gigantes do colégio para entregar!). Enfim, eu não tenho respondido mas tenho lido e um dia respondo ;D.
E esse mangá!!!! Eu fiquei berrando pela casa depois do reencontro deles dois. Minha mãe fica sempre: "o que foi, filha?", e quando eu respondo e digo que estou feliz ela sempre diz "fico feliz que isso te faz feliz então, né?" kkkkkkkk.
Outra coisa.... eu esqueci de escrever um detalhe no capítulo passado, mas já o inseri aqui (isso sempre acontece). Vocês nunca vão saber o que foi.... hehe
Gostaria de agradecer a todos os comentários, vocês foram mais lindos do que nunca no último capítulo e... T-T SoTY é de vcs. Só isso que tenho para falar.
Obrigada a Ruby-, prodow1, Steph4, MisakiiHaru, milinhaca123, Srta_Leah, FanFairy Tail, Juh-chan31, Aileerk, Dany_otaku, GirlStrange, Uyara-Chan e CoisinhaFeliz por favoritarem! Bem-vindos ;).


AVISO IMPORTANTE!!!!!!
(não sei quantas pessoas leem isso, mas esse provavelmente é um dos mais importantes).
Como já deve estar dando para perceber, a história está "chegando ao fim". Só que... Tchan tchan!!!! Eu vou viajar no meio do ano, tipo aquelas viagens de quinze anos em excursão, só que para a Europa. Ela vai começar no dia 19 do mês que vem e dura 24 dias, o que infelizmente significa que vai ter uma pausa programada a fic. Por isso, eu vou tentar me organizar aqui para terminar pelo menos a história principal até lá, mas saibam que terão extras! Acho que era isso...

Boa leitura! ;)

Capítulo 35 - O Caso de Juvia Lockser. - Nem ligo mais...


                Quando podemos dizer que chegamos a um fim? Que já basta, já está na hora do mocinho e a mocinha ficarem juntos, as cortinas se fecharem e tudo terminar com um clichê “felizes para sempre”? A questão, na verdade, é que isso não é da nossa escolha. O prolongamento, a chatice de se desgastar com um novo conflito, novas brigas, novos receios, não eram possivelmente evitados.

                Logo que eu cheguei de Crocus, fui recebida por Lucy, Natsu, Mira e Laxus (que, por mais que eu soubesse que gostava de mim, provavelmente tinha sido convencido a vir ao aeroporto). A loira, em um ato não muito bem pensado, pulou em cima de mim com os braços abertos, o que causou um constrangimento por parte de nós duas. Ainda assim, e com um sorriso envergonhado, retribui a tentativa de um gesto de carinho. Natsu me deu um abraço de urso e Mirajane sorriu para mim, “orgulhosa”, enquanto Laxus me dava tapinhas nas costas. Os dois últimos, estranhamente, pareciam um casal de jovens pais. Gajeel me esperava no meu quarto, no Casarão, juntamente com Levy, com a prévia do artigo a ser publicado que Jason nos enviara.

                Aproveitei a curiosidade de todos para explicar e reexplicar tudo o que ainda não tinha sido completamente entendido. Para os que não sabiam de muito, para aqueles que já tinham ouvido a história e para Ur, que ficara meio de fora, sabendo que o que eu tinha tramado havia dado certo, mas sem saber exatamente o que.  Ao surgirem questões como a da “ligação do dia anterior à competição”, lhes expliquei que aquela tinha sido a participação de Gajeel, e quando me perguntaram qual seria o meu plano caso a Phantom tivesse escolhido partir para a violência e eles não tivessem aparecido, eu não soube responder. “Você confiaria em Jason para lhe ajudar?”. Eu gostava de pensar que sim, que ele me salvaria. Ao menos para evitar que a imaginação me levasse aos piores lugares possíveis, onde tudo poderia ter ocorrido.

                Choque, sorrisos e lágrimas.

                Espaço vazio. Tempo para recarregar as energias.

E tudo recomeça.

                Quando Gray desceu como que em um desespero assassino escada abaixo, eu já tinha me esquecido (ou tentado) de como reagir a seus momentos explosivos. Minha resposta foi correr atrás do moreno, alcançando-o em sua marcha rápida antes que ele chegasse à cozinha. À sua mãe. Não tinha a menor ideia do porque minhas palavras pareciam ter ativado uma bomba relógio, e isso era uma das coisas que me incomodavam.

                “Eu não sabia quase nada sobre Gray.”, foi do que me toquei ao assisti-lo retirar o jornal das mãos de Ur e jogá-lo com violência sobre a mesa. Antes que a mulher pudesse reagir, expressando os questionamentos que eu podia perceber que tinha, ele já se deu ao trabalho de explicar:

                ‒ Você tem nadado?

                Ur respondeu com um suspiro pesado, nem precisando olhar para mim para entender o que ocorrera e já prevendo a confusão. Talvez ela sempre tivesse imaginado que seria assim a reação dele.

                ‒­ Eu tenho treinado. Ainda não anunciei ou pretendo voltar a nadar longas distâncias. Mas sim, estou tentando voltar ao...

                ‒ Você tem noção do que isso representa? A sua perna... É muito arriscado. E além do mais, por que você pediu ajuda a Juvia?! ‒ ele apontou para mim, até então calada ao lado da porta.

                ‒ Eu influenciei...

                ‒ Achei que nós tínhamos algo em comum. Ela podia me ajudar.

                Ur me interrompeu, e imaginei eu a minha resposta à pergunta de Gray provavelmente não iria melhorar muito a situação. Ela levantou-se da cadeira onde estava, estendeu a perna esquerda e, movimentando os dedos, dobrou e esticou o joelho diversas vezes, lentamente.

                ‒ Eu tenho melhorado...

                ‒ Você acha que ela está gostando disso? De assistir você lutando para recuperar movimentos que depois não vão te salvar quando você mais precisar?!

                Quando comecei a balbuciar a segunda tentativa de intromissão no diálogo, notei que aquilo não se tratava de mim, era uma discussão de mãe e filho. Meu nome sendo citado poderia não ser nada mais do que um modo de Gray expressar sua frustração por não concordar com a iniciativa de Ur.

                ‒ Eu acho melhor tentar voltar a nadar do que me conformar com como estou. Como é que eu vou ensinar natação se eu não entro sozinha em uma piscina há anos?! Eu vou treinar e vou melhorar, para então vou competir, mesmo que não profissionalmente. Não posso me prender ao fato de que...

                ‒ Ao fato de que você nunca vai nadar como antes? ‒ ele ironizou. ‒ Nunca vai ser “normal” novamente e nunca vai poder relembrar das suas vitórias sem pedir toda noite que o acidente nunca tivesse ocorrido?!

                ‒ Gray Fullbuster! ‒ o tom da mais velha foi amedrontador. ‒ Pare com isso!

                Eu não sei como, mas a situação parecera se inverter. Por mais cretino que Gray pudesse parecer, pelo que dizia e o modo desrespeitoso com o qual tratava a mãe adotiva, sua expressão de desespero faziam dele o que parecia “perdido” ali. Um bicho assustado. Sabia que estava perdendo uma parte crucial daquela história.

                Não consegui descobrir muito mais, já que Ur me solicitou que permitisse a eles uma “conversa particular”, coisa que não poderia negar. O que quer que fosse, eu teria de esperar para saber.

                Não sei o que Ur falou para ele ou o que discutiram, a história por trás daquilo. Mas, depois daquele dia e por um longo período, ele mudou. Gray se fechou, de um modo como que tudo o que conseguisse pensar sobre fossem memórias de um passado distante.

 

                                                                                              ...

 

                Cerca de um mês depois, a situação não mudara muito. O sermão de Ur, do qual todos no Casarão ficaram sabendo, fez com que a relação mãe e filho “esfriasse” um pouco. Gray ficava muito tempo em silêncio, quando estava em casa, e suas respostas a qualquer que fossem minhas perguntas eram curtas e rápidas. O garoto, no entanto, não parecia ter uma raiva direcionada a alguém especificamente, ele estava simplesmente melancólico. E nem Natsu, pilhas de “comida porcaria” e uma maratona de videogames e filmes de luta conseguiam animá-lo.

                Lyon pedia para que eu não ligasse, que tudo era besteira do garoto. Pelo seu semblante e expressão, percebi, no entanto, que o que quer que estivesse acontecendo ali o incomodava também. Toda a família Milkovich parecia estar sabendo o que se passava. Freed, Chelia e Cana, no entanto, estavam tão desinformados quanto eu, e ficávamos confusos e em silêncio toda vez que Gray entrava em um cômodo e o clima parecia gelar. Até os irmãos estavam afastados. A imagem da nossa “casa” começou a desmoronar em minha mente.

                ‒ Isso tem a ver com o acidente de Ur, não é? ‒ eu indaguei a Ultear enquanto a assistia cozinhar.

                Pude ver sua expressão mudando de um sorriso para uma de insegurança.

                ‒ Juvia, você sabe o quanto eu gostaria de puder falar com você sobre isso, mas não acho que tenha o direito. Eu... ‒ ela se virou para mim, largando a faca e os legumes, que cortava na pia, e veio se sentar à mesa. ‒ Tudo o que posso dizer é que minha mãe não queria que as coisas acontecessem assim. Não que seja culpa sua, mas ela queria ter certeza de que Gray estaria “preparado” antes de falar qualquer coisa. Sabe como é, ela queria “checar o terreno”.

                Bufei, com raiva de mim mesma por ter deixado que a situação de desconforto se instalasse na casa e me sentindo imponente.

                ‒ Não há nada que eu possa fazer para ajudar? Gray-sama parece... Tão distante. E é estranho vê-lo evitando Ur.

                ‒ Acho que qualquer coisa que você queira saber a respeito, para ao menos voltar a se aproximar dele, tem que vir da parte de Gray. ‒ ela deu de ombros.

                Minha expressão de relutância e antecipação não pôde ser disfarçada. Tinha medo de piorar tudo, fazer com que ele apenas se irritasse mais. Porém, havia um ponto importante: se eu não tentasse fazer as coisas se moverem, talvez nada andasse para frente.

                ‒ Ok. Eu... Vou tentar.

                Ela sorriu de leve para mim, meio triste, tentando me motivar.

                ‒ Tomara que consiga. E... Juvia?

                ‒ Oi. ‒ respondi.

‒ Só não deixe ele te tratar mal.

 

                                                                              ...

 

Bati na porta do quarto de Gray diversas vezes antes de obter qualquer tipo de resposta. Pela fresta abaixo dela, eu podia notar que as luzes estavam desligadas, o que fez com que eu desistisse de insistir após algumas tentativas. Já estava no meio do corredor, com a intenção de voltar para a cozinha, quando ouvi uma voz chamar meu nome:

‒ Juvia? ‒ Gray colocara apenas o tronco para fora do quarto.

Ele estava com os olhos semicerrados, como que evitando a claridade das lâmpadas do corredor. Provavelmente estivera dormindo, como eu deduzira. Ao ver-me me aproximar, ele abriu a porta e deixou-me entrar, sem se importar em colocar uma camisa para cobrir o corpo desnudo. Seria minimamente estranho ele tentar fazê-lo, na verdade, já que eu o via mais de sunga do que com qualquer outro tipo de roupa. Ainda assim, me encolhi ao passar por debaixo do braço que ele mantinha apoiado em um dos lados da porta, para não acabar trombando nele.

‒ O que foi? O jantar está pronto?

No centro do cômodo, vasculhei cada canto do local procurando uma área na qual eu me sentiria confortável em me sentar, sem achar que estava invadindo o espaço dele. Na situação em que eu estava, precaução nunca era demais. Ao notar que não acharia esse lugar, acabei gesticulando coisas sem sentido, em pé, até o momento em que ele caminhou até mim e segurou minhas duas mãos, prendendo-as entre as suas. Ele me encarava seriamente, esperando sua resposta.

‒ Eu preciso que você me ouça antes de negar qualquer coisa, ok? ‒ eu pedi e ele assentiu, apesar de já ter uma expressão estranha na face. ‒ Eu... Gostaria que você me contasse a respeito do que está acontecendo entre você e Ur...? 

Minha insegurança pela situação e certeza de que a abordagem não era das mais ideais fizeram com que o pedido soasse mais como uma pergunta indecisa. Gray, então já sentado no canto de sua cama, franziu as sobrancelhas como se questionasse: “...Com licença? Você não acha que isso não é de sua conta não?”.

‒ M-me desculpa! Não era exatamente isso o que eu queria dizer! ‒ me precavi antes da situação se tornar irreversível. ‒ Eu só acho que...

‒ Eu entendo a sua intenção, Juvia. ‒ ele me interrompeu em um tom que dizia exatamente o contrário. ‒ Mas eu acho que esse assunto é algo...

‒ Pessoal, eu sei. ‒ revirei os olhos, já impaciente por essa ser a única resposta que eu recebia toda vez que tentava me envolver com seus problemas. ‒ Mas, Gray-sama, não foi você que disse que na Fairy Tail todos se ajudam? Quero dizer, eu não sei o que aconteceu para você ficar assim, para Ur ter... Você sabe. Mas acho que as coisas não vão se ajeitar se a gente não tentar ver isso de outro modo. Eu quero tentar ajudar Ur, ajudar você.

A gente? Eu aprecio seu desejo, Juvia, mas eu gostaria que você deixasse isso para lá. Mesmo na Fairy Tail, as pessoas têm seus conflitos privados.

Ele já tinha se levantado, ficando postado à minha frente. Eu sentia a tensão no ar e a briga prestes a começar, mas eu tinha vontade demais de falar algumas coisas na cara dele para ficar pensando nas consequências. Ouvindo seu tom cínico, me esqueci dos pensamentos que tivera antes de vir ao seu quarto. Era realmente incrível como ele podia ser tão gentil em alguns momentos, para então se tornar tão... Duro em outros. Insensível.

‒ Mas poderiam não ter! ‒ eu cutuquei sei peitoral com meu dedo indicador. ‒ Seria tão bom se tudo se resolvesse, sabia? Você ao menos sabe que sua mãe quase não sorri mais só por causa do modo como você está agindo? Que ela parou de treinar para ver se você voltava “ao normal”?!

Ele não respondeu, e aproveitei para atacar mais uma vez:

‒ Você tem essa tendência horrível: quando se trata dos problemas dos outros, dos meus problemas, você é tão legal que faz todo mundo querer se abrir, mas quando é com você, parece que você se envolve nesse casulo aí ignora todo mundo! Você não chegou a perguntar se eu queria que você se intrometesse no dia da competição, lembra? Mas eu não reclamei também porque sabia que a equipe, todos nela, estavam querendo o meu bem e souberam como ajudar! Eu posso saber como te ajudar, mas para isso você precisa ao menos tentar se abrir um pouco! As pessoas não deviam ser tão frias assim!

Eu estava ofegante, assim como provavelmente corada, ao terminar minha fala. E o que parecia que iria liberar minha raiva na verdade só aumentou-a quando não recebi nenhuma resposta imediata, pedido de desculpas ou ao menos uma expressão de choque diante do dito. Gray se mantinha totalmente apático, ainda me encarando, e indicou a porta com uma das mãos.

‒ Eu acho que você não entendeu, mas eu não quero sua ajuda. Sinto muito se te incomodei ao me intrometer, também não farei mais isso. Agora, será que...

‒ Você está sendo ridículo. Se não quer me ver de outro modo, tudo bem. Mas se tratar seus amigos assim toda vez que alguém se interessar pelo seu passado, você vai acabar sozinho! Eu deixei que você quebrasse as minhas barreiras, então por que...

Nós não estamos trabalhando com proporções, Juvia! ‒ ele finalmente se exaltou.

Os braços do garoto se entendiam enquanto ele berrava, e eu podia ver as lágrimas se juntando nos cantos dos seus olhos.

                ‒ Assim como as pessoas não tem sentimentos iguais, uma não precisa pensar sobre a outra do mesmo modo... ‒ ele proferiu a indireta como um insulto. ‒ Eu não preciso deixar que você se intrometa só porque você deixou que eu me intrometesse.

                Engoli o bolo que se formou em minha garganta ao ouvi-lo falar. É, eu estava irada e não iria deixa-lo ver-me chorar. Não naquele momento. Mas nem tive tempo de responder ou fugir.

                ‒Na verdade, eu vou te contar um pouco, só para verse você se satisfaz. Aí você vai notar que não há nada a fazer, já que minha mãe é e sempre será “a nadadora que perdeu tudo” graças a um acidente que poderia nem ter acontecido não fosse...!

                ‒ Que barulheira é essa?! ‒ fomos interrompidos pela voz no corredor e o som da porta sendo aberta com violência.

                Lyon estava parado na entrada com uma expressão chocada. Realmente, a cena que ele presenciou não era das mais comuns: dois adolescentes gritando um com o outro, ambos quase chorando e o garoto se inclinado sobre mim de um modo que não era, mas poderia parecer, uma inclinação para a violência. Depois de alguns segundos perplexo, ele veio até mim e me arrancou de perto de Gray, lançando para o irmão uma expressão de desgosto.

                ‒ Não importa o motivo, você nunca deveria tratar alguém que se importa tanto com você desse jeito.

                Gray respondeu bufando, mas eu podia notar a consciência chegando à sua mente. O orgulho provavelmente não o permitiria pedir desculpas, no entanto. Assistiu-o se jogar na cama, passando as mãos freneticamente nos cabelos, enquanto eu era puxada para o corredor.

Lyon me arrastou até a saída do Casarão, até o parque perto dele, e eu não sabia até onde sua raiva teria nos levado se eu não tivesse segurado seu braço e pedido que parasse. Acabamos nos sentando na beira do passeio de pedestres.

‒ Me desculpe pelo meu irmão, eu sei que ele pode ser bem bruto e idiota. Se você quiser que eu fale com ele... Na verdade, se você quiser que eu segure ele para que você possa socá-lo, saiba que estou ao seu dispor.

Eu sorri de canto, tentando responder do melhor modo possível à tentativa de encorajamento de Lyon. No entanto, eu só conseguia pensar que, mesmo que ele não tivesse entrado no quarto naquele momento, Gray provavelmente não teria me dito nada. O modo como o moreno vinha se portando, no entanto, e especialmente sua última frase, me faziam pensar que talvez houvesse um motivo real e marcante para ele estar tão chateado. Aquilo não era apenas egoísmo de um adolescente em crise.

‒ O que aconteceu machucou muito Gray-sama, não foi?

‒ Juvia...

                Eu ter demonstrado ainda me preocupar com Gray pareceu ferir Lyon ainda mais, e eu ter falado sobre isso com ele me fazia me sentir péssima. Era como se eu esfregasse em sua cara o fato quase esquecido de que eu o tinha rejeitado e na verdade amava o seu irmão. Prometi a mim mesma recompensá-lo por isso depois, e o egoísmo momentâneo não considerou que talvez aquilo não fosse algo que pudesse ser “compensado” com presentes ou uma saída ao cinema.

                Lyon suspirou.

                ‒ Acho que Gray não iria querer que...

                ‒ Eu não estou nem aí para o que ele quer. ‒ enfatizei. ‒ Gray-sama só vai se ferir mais se continuar como está, e, se ele não quer que eu ajude, sinto muito. Que ele me odeie mais tarde, mas eu não posso deixar que isso continue como está.

                O garoto, que estava até então encarando o chão, fechou os olhos com força como que se ponderando o que deveria fazer. Se ele me contasse qualquer coisa, estaria indo de encontro com o desejo de Gray, mas parecia saber também que o outro estava precisando de um “empurrãozinho”. E nada melhor para isso do que uma garota irritada e apaixonada.

                ‒ Sim. Foi algo que... Foi grave o suficiente para que nós nunca reclamássemos muito com ele, apesar dele se comportar desse modo toda vez que nos referíamos ao que ocorreu.

                ‒ No acidente? ‒ perguntei.

                Ligando os pontos, eu já acreditava que tudo sempre estivera girando ao redor desse acontecimento. Isso já me fazia ter consciência de que talvez tivesse falado demais durante a discussão, mas era tarde para pensar nisso. No final, eu me desculparia quando as coisas tivessem se resolvido.

                ‒ Eu vou te dar apenas uma informação, e depois disso é tudo por sua conta, entendeu?

                Eu assenti, empolgada, com os olhos bem abertos.

                ‒ Você já ouviu falar da Praia do Deliora?


Notas Finais


Todo mundo com raiva de Gray-sama? Ou pena?
(ah, estou super animada pq comprei um chaveirinho dele hoje kkkkk)
Comentem!


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