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História Somente Meu (ABO) - O que os olhos não vêem…


Escrita por: MoonCake-

Notas do Autor


Oii, tudo bem?
Está sem a capa porque meu celular decidiu que não 🤡
Esse capítulo é só uma continuidade - precisei dividi-lo em dois - então paramos aqui, e é bom que vai deixar vontade pro próximo
Sei que não está a coisa mais interessante do mundo, mas essa parte precisa aparecer então vamos lá, prometo que trago o outro semana que vem 🙏
Desculpem os erros, até porque eu fiquei com preguiça, e já estou atrasada pra sair então não corrigi muito bem 🤡
Boa leitura 📖 ❤️

Capítulo 10 - O que os olhos não vêem…


   — Como foi? — Namjoon questionou assim que o Kim mais novo saiu do quarto, sem sequer dar espaço para o mesmo respirar, parecia um amigo adolescente curioso. 

   — Melhor do que eu imaginava — coçou a nuca numa mistura de vergonha e reflexão. — E ao mesmo tempo mais assustador do que eu imaginava — deixou um riso escapar. 

   — Você está inteiro e vivo, então, suponho que não foi atacado, certo? — perguntou se afastando um pouco do menor, caminhando até a cozinha, mas a casa não era gigantesca, ainda poderiam conversar tranquilamente mesmo em cômodos diferentes. 

   — Não, eu só me surpreendi com quem era — falou tranquilo indo em direção ao pequeno corredor ali. — Mas eu gostei — sorriu mesmo que estivesse de costas para o outro, embora ainda não tivesse tido uma resposta por sua mensagem, estava feliz e se convencendo de que logo Jungkook apareceria. — Vou me lavar — sem dar espaço para Namjoon responder ou fazer mais perguntas, simplesmente saiu andando rumo ao banheiro. 

   •*•

   — Mamãe, ele pegou meu celular — Jungkook disse para a mais velha que estava na cozinha terminando o jantar. Como estava sem muito o que fazer, decidiu se sentar à mesa, fazendo companhia enquanto a mulher trabalhava no almoço, às vezes ela mesmo gostava de preparar as refeições em sua casa, principalmente aos domingos. 

   — Bem, ele te deu um horário, querido, e você se atrasou — disse simples ainda dando atenção para seja lá o que for que estava cortando. 

   — Mas foram só alguns minutos — exclamou se debruçando sobre a mesa, num belo drama. A maior apenas sorriu, e ele viu que não obteria resposta e nem sequer uma ajuda. — Mãe... — chamou fazendo com que a mulher o olhasse por alguns segundos, o incentivando a falar. — Existe alguém, alguém específico que possa sentir meu cheiro? — perguntou um pouco receoso, sabia que esse assunto era delicado para todos da família. 

   — Bem... — largou a faca sobre a tábua de madeira, e com calma enxugou as mãos no avental que vestia, caminhando em direção ao filho. — Seu pai é o que mais sente seu cheiro, você sabe — disse acariciando os fios negros do garoto, sentando-se ao seu lado. 

   — Eu sei disso — falou cabisbaixo, mas ainda sim aproveitando o carinho da progenitora. — Mas... existe algum jeito de alguém fora da família sentir? — brincou com os dedos enquanto falava. — Digo, sentir normalmente — encarou a mais velha com seus olhos castanhos, que quase dobraram de tamanho enquanto almejava uma resposta. 

   — Olha, teve o incidente recente, então… — parou de falar, estava pensando na melhor maneira para formular uma resposta boa para o filho. — Vamos marcar uma consulta, sim? — tentaria acalmar o filho e ao mesmo tempo queria tirar suas próprias dúvidas. 

   •

   •

   •

   Uma das vantagens de ser de uma família rica e conhecida, com um médico particular, era que a qualquer momento teriam o atendimento, até mesmo num domingo. Justamente por esse motivo, a mulher e o filho estavam sentados ao lado de fora esperando para que o garoto fosse atendido. 

   — Jeon Jungkook — o médico apareceu com um sorriso na porta, estava aliviado por ver o garoto ali. Iria mesmo ligar para marcar um checkup com o menino, mas por coincidência a mãe do mesmo fez isso. — Como se sente, Jungkook? — perguntou encarando o ômega como se ele fosse a coisa mais preciosa e interessante de mundo, mas poxa, ele realmente é, não é qualquer um que morre e volta a vida! Tirando o fato de que a condição do jovem - falta de cheiro e sintomas do cio - nunca fora vista por si antes. Preciosidade em dobro. 

   — Me sinto bem, obrigado — respondeu se sentando ao lado de sua mãe. — Eu não vim aqui por doença — concluiu simples. 

   — Nenhuma consequência pela planta ingerida? — viu o moreno balançar a cabeça negativamente. — Isso é fantástico, simplesmente fantástico! — anunciou sorrindo grande, ainda não acreditava em toda essa história maluca, e se não tivesse presenciado a cena, acharia que esse acontecimento, é a maior loucura já dita, e internaria qualquer um que dissesse algo parecido. — Mas se não é doença, e nem consequências do acontecimento da semana passada, em que posso ajudá-los? — perguntou encarando a mulher que até então apenas acompanhava a conversa. 

   — Na verdade, temos algumas perguntas sobre a condição de Jungkook — a mulher segurou melhor a bolsa em seu colo, enquanto falava. — A primeira delas e a que mais me intriga, é que ele teve seu cio — por um segundo olhou para o filho - que desviou o olhar envergonhado - mas logo encarou Angiar novamente. — E ficou desmaiado por dois dias na semana passada — o médico anotou alguma coisa em seu bloco de notas. — Isso nunca aconteceu antes, e o senhor mesmo disse que nunca aconteceria — terminou esperando pela explicação. 

   — De fato isso é estranho — o mais velho brincava com a caneta em mãos. — O desmaio durante o cio ocorre quando os desejos são negligenciados, mas Jeon nunca teve os sintomas, acreditei que não correria esse risco — Jungkook abaixou a cabeça. — Ele desmaiou do nada? Assim, sem mais nem menos? Sem nenhum outro sintoma? — perguntou sentindo que o ômega escondia algo. 

   — Quando entrei no quarto ele estava deitado em sua cama — a mulher começou a falar tentando se lembrar do que acontecera. — A princípio, achei que estava dormindo — encarou o médico que incentivou para que ela continuasse. — Mas quando me aproximei ele estava suando muito, achei estranho e pensei que ele pudesse estar com febre. Tentei acorda-lo, mas sem sucesso. 

   — A senhora deveria ter me ligado — o médico interrompeu a história. — Ele tinha acabado de ser drogado com uma planta que não sabemos exatamente do que é capaz — disse sério. 

   — Eu sei, mas quando eu estava me preparando para chamá-lo, percebi que, pela primeira vez, seu cheiro estava um pouco mais forte — sorriu encarando Jungkook que finalmente levantou o olhar para encarar a mais velha, ela não tinha lhe dito isso. — É claro que eu ainda tinha que estar perto para senti-lo, mas eu finalmente senti! Dessa vez não estava fraquinho, antes era como uma vaga lembrança, mas nesse dia realmente estava mais concentrado — exclamou. 

   — V-você sentiu? E... — Jungkook finalmente falou. — É... meu cheiro é bom? — perguntou com os olhos brilhando esperando pela resposta, afinal, ele próprio nunca sentiu seu cheiro. 

   — Seu cheiro é maravilhoso, meu bem! — apertou a bochecha do filho. — Mas enfim — disse voltando a encarar o médico. — Depois disso eu deduzi que era um desmaio por conta do cio, eu não deveria ter dado meu próprio diagnóstico — disse um tanto quanto envergonhada. — Mas eu estava sempre indo checar como ele estava — se justificou. 

   — O importante é que não foi nada grave, é até comum para pessoas que escolhem passar os cios sozinhas — o beta escreveu algo numa folha de receita médica. — Compre esse remédio, vamos fazer alguns exames mas se isso acontecer de novo, é melhor que Jungkook esteja tomando esses comprimidos. O desmaio durante o cio neglicenciado é comum, mas pode trazer problemas pela falta de nutrientes e desidratação. Ele precisa tomar isso durante todo um mês antes de seu próximo cio, e vai ficar tudo bem — a mais velha ouviu atentamente cada palavra. 

   — Mamãe, será que eu posso falar com o doutor Angiar sozinho por um minuto? — Jungkook falou, um pouco baixo, mas fora escutado pelos dois presentes, recebendo o olhar confuso de sua progenitora. 

   — C-claro, pode sim — disse se pondo de pé ainda atordoada. Jungkook era seu bebê, e não querer sua companhia nas consultas médicas significava que ele estava crescendo. — Obrigada, doutor, vou esperar do lado de fora — se despediu do beta que apenas acenou para si.  

   (Jungkook Pov.) 

   — O que quer me dizer, Jungkook? — assim que minha mãe saiu da sala, Angiar dirigiu sua total atenção para mim. 

   — S-são duas coisas na verdade — digo torcendo meus próprios dedos escondidos sob a mesa. — Bem... eu — engoli em seco, sinto minhas bochechas queimando e com certeza estou mais vermelho que um pimentão. — Eu tive os sintomas — ele me encarava como se me incentivasse a continuar, e isso só me deixou mais nervoso. — O-os sintomas do cio — mordi o lábio inferior e desviei o olhar, envergonhado demais para encara-lo nos olhos. 

   — Então você teve seu primeiro cio?! — parecia espantado. Sabia que não era o primeiro, mas eu entendi bem o que ele quis dizer. — Isso é ótimo! Talvez possamos realizar uns exames e entender melhor isso — disse animado digitando algo em seu computador. — Será que isso é reação à planta? — parecia perdido em seus próprios pensamentos, não estava falando comigo. — Se for, um tratamento com isso talvez faça as coisas mudarem pra você! — finalmente voltou a me encarar, e eu apenas o encarei confuso. — Mas vamos por partes — inspirou e expirou como se quisesse se acalmar. — Você não namora, certo? 

   — N-não — respondi de cabeça baixa, eu realmente não queria ter esse tipo de conversa, e sei que a tendência é só piorar. 

   — Bem, como eu disse à sua mãe, esse remédio vai te ajudar a não perder tantos nutrientes e desidratar, mas se você tem os desejos... — ele deu uma pausa curta, tudo o que eu queria era tapar os ouvidos como uma criança, apenas para não continuar com esse assunto. — Você pode tentar se saciar, com a ajuda de alguém seria o ideal — minha expressão era de quase choro. Que vergonha!Mas você pode fazer isso sozinho também, não vai saciar também mas é uma opção — concluiu e eu nem soube o que dizer, apenas acenei positivamente com a cabeça. — De qualquer forma, hoje mesmo faremos alguns exames, quero descobrir o que está acontecendo — disse se levantando, aparentemente indo em direção à porta. 

   — D-doutor, tem mais uma coisa — o lembrei e ele parou no lugar. 

   — Oh! Sim, claro, me diga — me olhou pacientemente esperando que eu falasse. 

   — Tem um — comecei e já senti meu coração acelerar apenas por pensar nele. — Tem um alfa... bem, ele pode sentir meu cheiro — falei e ele arqueou uma de suas sobrancelhas. — Ele sente normalmente, ele descreveu pra mim — me levantei. — E ele não é da minha família — concluí e ele me olhou mais confuso ainda. 

   — Calma, isso é informação demais até para mim, que sou seu médico — disse levando a destra até a própria têmpora. — Ele sente seu cheiro, como o de qualquer outro ômega ou alfa? — perguntou e eu me limitei a apenas assentir. — Você tem contato com ele? Ele é seu amigo? — novamente confirmei com a cabeça. — Eu vou marcar um horário para vocês dois, semana que vem, eu realmente preciso ver isso — disse e sequer me deu a opção de resposta, apenas seguiu em direção à porta, ainda um pouco confuso. — Senhora Min, vamos apenas coletar algumas amostras e fazer um checkup rápido, logo o Jungkook estará liberado — disse para minha mãe, que concordou. Em seguida me chamou, direcionando-me para outra sala. Vai ser uma longa tarde. 

   •

   •

   •

   Já se passava das seis da tarde quando entrei em casa, minha mãe vinha logo atrás de mim se arrastando tanto quanto eu, ambos estávamos cansados depois de quatro horas na clínica.  

   — Eu vou tomar um banho — falei me arrastando para o andar de cim. 

   — Tudo bem, desça para o jantar assim que acabar — anunciou também seguindo para o próprio quarto. 

   Meus braços doem de um jeito quase insuportável, não posso nem pensar em levantá-los. Minha mão contém uma marca roxa, graças às diversas vezes em que o enfermeiro não achou minha veia. Até mesmo meu pescoço foi furado. E a droga do exame para coletar o ilíquido cefalorraquidiano quase me matou, ainda posso sentir a dor em meu corpo. 

   Depois de encher a banheira, entro na mesma e assim que a água quente se choca contra meu corpo é como se todos os meus músculos relaxassem de uma só vez. Refletir sobre toda a minha vida agora parece não ser a melhor das ideias, meu irmão está lá e sequer tem dias de visita, e o que eu mais queria era poder falar com ele, talvez, como estávamos nos dando bem, ele pudesse me ajudar com conselhos. 

   (Yoongi Pov.) 

   — Você não recebeu visitas hoje de novo? — Baekhyun surge do nada, sentando ao meu lado no refeitório. 

   É incrível a capacidade desse ômega, tudo o que estou tentando fazer é ficar aqui de boa e esperar que os seis meses passem logo, minha intenção era não falar com ninguém, me manter afastado e excluído de tudo e todos, mas ele simplesmente não sai do meu pé. 

   — Bem... você pode ficar com a metade do bolo que minha mãe trouxe — disse baixo, pela primeira vez eu vi receio em uma atitude sua. — É de chocolate, todo mundo gosta de chocolate — sorriu e me estendeu um pedaço grande do bolo. 

   Nas noites de visitas, deixam que comamos o que recebemos de nossas famílias. Eu estava apenas com a comida servida no refeitório, já que aparentemente fui esquecido nesse inferno. Embora emburrado por ser esquecido aqui, a atitude de Baekhyun me animou e de certa forma me consolou. 

   — Obrigado, Baek — falei deixando um sorriso mínimo estampado em meu rosto, e o ômega me olhou quase assustado. — O que foi? — questionei ao ver sua reação. 

   — Você me chamou de Baek, e não de Byun como sempre faz — seus olhos quase brilhavam de tanta alegria. Eu por outro lado apenas revirei os olhos. Maluco

   Permaneci ao lado do moreno por um bom tempo, por mais incrível que pareça, a companhia dele já não é mais tão irritante, ele me venceu pela insistência. 

   O refeitório está cheio, as comidas são as mais diversas variedades, e todos falam alto enquanto se divertem. Pela primeira vez os funcionários metidos a sargentos estavam quietos apenas observando. 

   Não pude deixar de notar Baekhyun mais distraído que o normal, encarando quase que fixamente o outro lado do refeitório. Tratei de tentar olhar na mesma direção que o ômega, pra ver o que ele tanto olhava, e me deparei com um - julgando pela aparência já que têm muitos cheiros misturados aqui - alfa que o encarava na mesma intensidade. 

   — Você gosta dele? — me inclinei em sua direção para perguntar próximo ao seu ouvido. Rapidamente ele me olhou. 

   — Não sei, ele é bonito, não é? — o olhei franzindo o cenho. — Tudo bem, talvez eu tenha algum interesse, mas os funcionários não podem se envolver com os delinquentes — riu de sua própria definição sobre si. 

   — Talvez, se você conversar com jeitinho ele quebre algumas regras por você — lhe dei uma cotovelada leve, apenas para o empurrar para o lado, e acabamos rindo. 

   Ele não respondeu nada, apenas voltou a olhar para o homem que não tirou os olhos de Baek. Ele era alto, se destacava entre os outros, seus cabelos negros caiam sobre sua testa e deixavam seu olhar um tanto quanto intimidador. Trajava o uniforme como todos os outros funcionários. Tudo bem, não irá ferir minha virilidade, ele é bonito. 

   Enquanto Byun reparava no outro eu ainda estava sorrindo quando reparei que nunca o vi de lado, e reparei numa cicatriz em sua clavícula, quase não dava pra se perceber de longe, mas olhando de perto, era grossa, e não parecia ser pequena, seja o que for, foi um ferimento grave. 

   — Do que é essa cicatriz? — perguntei encarando o lugar quase que fixamente. 

   Sem dizer uma palavra ele me olhou assustado, cobriu o lugar com sua mão esquerda e de maneira desengonçada se levantou, tropeçando nos próprios pés saiu correndo por entre os outros jovens ali. Eu estava preparado para me levantar e ir atrás dele quando um dos funcionários tocou meu ombro. 

   — Min Yoongi, seu pai está no telefone — ditou e eu revirei os olhos. 

   — A consciência pesou e agora ele quer falar comigo — murmurei para mim mesmo enquanto acompanhava o mais velho até seu escritório. — Fala — soei o mais grosso possível assim que entrei na conversa. 

   — Yoongi, como está? As coisas estão bem por aí?perguntou tão sínico que me fez sentir raiva. 

   — Não! Não está nada bem, odeio esse lugar e vocês sequer vêm me visitar! — vi o guarda se retirar da sala, ao menos percebeu que preciso de privacidade, para poder ficar com raiva em paz. 

   — É que as coisas estão corridas por aqui, além do mais, não queria que seu irmão te encontrasse ainda, o melhor é mais um tempo afastadonão pude evitar, ao ouvir uma coisa tão absurda, acabei por soltar um rosnado baixo, mas que não deixou de ser escutado por meu progenitor. — Pelo visto você não está aprendendo respeito algum aí! Você verá o Jungkook quando melhorar! Por enquanto ele continuará achando que não pode te visitar! — usou seu tom mais bravo, e em seguida desligou, sem sequer se despedir. Se ele acha que vai me deixar afastado assim, está mais do que enganado!  

  (Jungkook Pov.) 

   Escutei cada palavra da conversa do meu pai. Um ponto positivo de ser defeituoso e não ter cheiro. Estava indo ao quarto dos meus pais, mas parei na porta assim que ouvi o nome do meu irmão, e por não ter o cheiro entregando que estou aqui, foi fácil escutar tudo. 

   Meu pai mentiu pra mim, disse que não tinha visitas apenas para me afastar e punir meu irmão. A raiva que sinto faz meu corpo tremer, como ele pôde esconder isso sendo que eu estava mal pela ausência do Yoongi? Estava preparado para entrar no quarto e gritar com ele, quando ouvi minha mãe falando:

   — Não acha que está sendo injusto com o Jungkook? Sabe, ele gosta do Yoongi, e privá-lo de ver o irmão, apenas para castigar o Yoongi é um pouco demais — ela falou baixinho, sua voz sempre fora como um calmante instantâneo. 

   — O que os olhos não vêem, o coração não sente, o Jungkook não sabe que tem visitas aos domingos, ele não pode sofrer por estar sendo privado de algo que não existe — disse e não ouvi minha mãe retrucar, isso queria dizer que a discussão estava encerrada. 

   Me virei e caminhei de volta ao meu quarto para não correr o risco de ser pego bisbilhotando. Fechei a porta e me deitei na cama, era só esperar mais um pouco, até que eles fossem dormir.

   •

   •

   •

   Já era dez da noite, ambos já estavam dormindo, durante a noite, apenas dois seguranças fazem a ronda na casa, foi fácil passar por eles - me esgueirando pelos arbustos do quintal - novamente o ponto positivo de não ter meu cheiro me dedurando. 

   Sim. É simples assim sair da minha casa, não precisei de muito esforço e já estava na calçada, do lado de fora. Eu nunca saí antes pois respeitava meus pais - pensava que estavam sempre querendo meu bem - e também por medo, não que eu não esteja agora. Porém, com uma blusa de moletom preta com capuz, e uma máscara hospitalar no rosto, ninguém vai me reconhecer como filho de Jeon Dyong. 

   Sem pensar duas vezes comecei a caminhar me afastando, sem remorso por estar enganando meus progenitores, afinal…

   O que os olhos não vêem… 


Notas Finais


Eu sei, está fraco, sem ação, mas é que eu precisava fazer isso, e não poderia deixar tudo junto ou ficaria gigante 😮‍💨
Até o próximo ❤️


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