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História Somos instantes. - Tortura


Escrita por: naaazanetti_

Notas do Autor


Oi pessoal! Espero que vocês gostem desse capítulo... Acho que foi o mais difícil que eu escrevi até agora.
Espero que vocês gostem e comentem! Obrigada pelos favoritos e pelos comentários!
Amo vocês <333

Capítulo 18 - Tortura


- Não ouse dizer nenhuma palavra. – Ele disse entre os dentes, se encostando ao armário atrás dele, respirando fundo e de olhos fechados. – Vá embora, Lauren.

- David, você não vai acreditar nela... – Eu comecei a dizer, mas ele me interrompeu.

- Vá embora! – Ele falou rudemente.

Eu não acreditava no que estava acontecendo. Ele estava acreditando nela.

Como eu não me mexi, ele veio em minha direção. Eu o bloquei.

- Ela vai mentir para você! Ela gosta de você e ela não quer que a gente fique junto! – Eu falei mais alto. – Por favor, James, você não pode acr...

Droga. Eu fechei os olhos com força. Burra! Burra! David que estava olhando para baixo prestando atenção em tudo o que eu dizia, olhou para cima assim que ouviu minhas ultimas palavras, me encarou.

Eu joguei fora a minha chance de explicar.

- James? – Ele perguntou olhando dentro dos meus olhos. – Você me chamou de James, Lauren? – Eu voltei a fechar os olhos com força. Não podia ser verdade. Não podia. A voz dele soava em meus ouvidos. – Como você quer que eu acredite em você agora?

David passou por mim e foi em direção á Clarisse. Segurou ela calmamente pelos ombros e a ajudou levantar do sofá.

Eu coloquei a mão sobre o meu rosto. Eu o chamei de James por estar pensando em tudo o que ela ia inventar e agora... até eu tinha colaborado para que ele acreditasse nela.

Mas ele não poderia acreditar nela, não podia!

- Conte-me Clarisse, conte tudo o que você sabe. – Ele pediu para ela.

Ela tentou controlar o soluço. Ela era uma ótima atriz.

Meu coração estava acelerado, eu sabia que ela ia começar a inventar muitas coisas sobre mim, coisas que eu não fiz. Mas eu não estava chorando, eu estava com raiva demais do David de mim mesma e da Clarisse para chorar.

Enquanto Clarisse tentava se controlar, Maria tocou rapidamente a minha mão e subiu as escadas com Vivi atrás dela. Elas tentaram passar uma olhar para me dar forças, mas eu simplesmente não tinha forças.

- Uma vez eu fui até o apartamento dela para te procurar, eu não sabia que você estava treinando naquele dia. – Ela limpou os olhos. – E lá estavam eles se beijando. – Ela choramingou. – Ai, David. Eu não queria te contar porque você á ama tanto, não queria que você sofresse. Mas, eu gosto de você e eu não suportei a ideia de vê-la fazendo isso com você. Eu ia te contar, mas ela viu que eu tinha visto a cena e me obrigou a não te contar. Ela me persuadiu para não falar nada para você. E eu tinha tanto medo que ela pudesse dizer algo para você, para que você me mandasse embora. – Ela chorou mais algumas lagrimas de mentira.

Eu estava incrédula demais para chorar que soltei um riso. David continuou segurando os ombros da Clarisse com delicadeza.

- Eu não vou mandar você embora, Clarisse. – David olhou para mim de relance, eu engoli em seco com medo dos olhos dele. – O que mais, Clarisse?

- Teve uma outra vez... Ah, David. Não consigo te contar isso. – Ela chorou e ele segurou o rosto dela com as duas mãos, como faz comigo. A cena me doeu tanto que lagrimas encheram os meus olhos, a ficha estava caindo. Eu fechei a cara e engoli o choro, ele não merecia minhas lagrimas depois do que aconteceu. – Eu os vi nus. A porta estava aberta e eles estavam na sala...

David soltou o ombro da Clarisse como se tivesse levado um choque. Eu engoli em seco.

Por que eu não falava e nem me mexia? Minhas pernas estavam bambas e minha cabeça girava, eu estava começando a ficar enjoada.

- Clarisse, você pode subir? Por favor? Isso é suficiente... – David pediu a ele com calma. – Ainda bem que você está aqui. – Disse David virando para olhar para mim. – Assim me poupa tempo de pisar no seu apartamento.

Clarisse passou por mim olhando para ao chão.

Voltei a olhar para o David.

Eu não conhecia aquele David. Não conhecia aquelas expressões e eu estava com medo. Muito medo.

- David... – Eu estava tremula. – Me escute, eu...

- Não. – Ele pediu falando mais alto que eu. – Da ultima vez que escutou fui eu. Eu escutei você falando todas aquelas bobagens. – Ele riu, irônico. – Você me fez cair direitinho. Eu acreditei em tudo aquilo que você disse, você sabe me persuadir Lauren. – Ele ficou sério. – Só que agora é a minha vez de falar.

E eu realmente fiquei quieta o ouvindo falar. Ou melhor, cuspir as palavras.

- O problema começou quando você sorriu por trás daquele balcão de mármore. Tudo piorou quando conversei com você na casa do seu tio e lá no jogo, na Copa, eu não imaginava conseguir me sair bem sem você torcendo por mim. – Ele esfregou os olhos dele com força e o nariz dele estava vermelho. – Hoje eu pude enxergar que virei dependente de você. De tudo á respeito de você; seu cheiro, sua voz, seu sorriso, seu toque. Você. E eu só tive medo e medo perder você. Então eu fui empurrando com a barriga o James, afinal eu não podia culpa-lo e não podia culpar você por querer ser amiga dele. Eu realmente achei que estava errado depois daquele show inteiro de palavras que você fez para mim lá no seu apartamento. E eu realmente estava confiando em você de olhos fechados... Mas agora que eu ouvi você ameaçando á Clarisse, eu nem sei quem você é...

Eu semicerrei os olhos.

- Ameaçando? Eu não est...

- Não. Eu ainda não terminei. – Ele levantou o dedo. – Você não tem que dizer nada. – Ele esfregou os olhos novamente, com força para segurar as lagrimas. – Você sabe que é meu ponto fraco, meu vicio. Só que o que você não sabe é que eu consigo me livrar deles quando eu sei que eles não fazem bem para mim. – Eu ia protestar. Mas ele levantou ainda mais o dedo. – Então eu estou me livrando de você.

Eu não impedi que as lagrimas viessem dessa vez.

- Eu não acredito que você está fazendo isso, David. – Eu falei sem me importar se ele estava pedindo silencio ou não. – Eu não acredito que você esta acreditando nela!

- Como você quer que eu não acredite, Lauren? – Ele falou mais alto. – Eu ouvi você dizendo coisas para ela. Você me chamou de James! Lauren, você não tem como negar!

Eu coloquei a mão sobre o rosto. Aquilo não podia estar acontecendo.

- O que você esta fazendo com a gente, David? Eu chamei você porque... Não sei, droga! – Eu falei chorando.

- O que eu estou fazendo comigo; Me livrando de você. – Ele falou com lagrimas saindo dos olhos. – Minhas fãs tinham razão quando diziam que você não era uma boa pessoa para mim. Minha irmã tinha razão quando dizia para eu tomar cuidado com você. Todo mundo me avisou, mas eu estava viciado. Eu não me importava. Mas, Lauren, eu desapego de você agora. Eu me livro de você porque eu não quero esse tipo de coisa para mim. – Ele olhou para mim e virou de lado, pensando se ia falar ou não. Ele falou. Doeu como um tiro no meu peito. – Não quero nada de você, além de distancia. Não quero nada de você além de silencio. Nada. – Ele limpou os olhos. – E antes que você comece a pensar do seu jeito otimista que nós vamos voltar e isso vai passar... Isso nunca mais vai acontecer. Porque, eu perdi a confiança. Você perdeu a honra do lugar era só seu. E comigo é uma vez só, Lauren. Não importa o tamanho do meu amor por você... A dor que eu sinto agora cobre todos os sentimentos positivos á respeito de você. Eu só consigo me odiar por acreditar em você e eu só consigo sentir repulsa de você.

Eu chorava feito criança.  Eu resolvi parar de ouvir aquilo tudo.

- Você está terminando comigo mesmo? Então é isso?

- Não é só isso, Lauren. – Ele olhou no fundo dos meus olhos. – Não estou só terminando com você. Eu estou apagando você, excluindo você do meu futuro. Vai doer? Vai. Mas eu prefiro muito mais a dor do que você por perto.

Eu fechei os olhos com força, achando que assim eu poderia bloquear as palavras que ele me dizia, em vão. Tudo soava em minha mente como se fosse um pesadelo.

- Eu fico em crise de abstinência, passo por tratamento psicológico com qualquer outra pessoa. Mas nunca mais volto com você, falo de você, ou vou querer ver você.

- Você está exagerando, você...

- Eu não estou exagerando! É a mais pura verdade. Eu vou embora para Paris em dezembro, você até pode morar no mesmo apartamento que eu enquanto isso, mas eu não vou querer ver você e muito menos olhar para você. Não importa. – Ele me olhou derrotado. – Nada vai me fazer mudar de opinião. – Eu chorava tanto que mal conseguia respirar. – Espero que o James e você sejam muito felizes. Mesmo. – Ele enxugou os olhos e continuou com cara de bravo. – Agora, por favor, vá para o quarto onde você costumava dormir e pegue todas as suas coisas: Tudo o que você ainda não pegou e deixou espalhado. Quero que você tire a roupa de cama e dê para Maria lavar, também quero que ela mude a posição da cama. Não quero nada que lembre você.

Eu limpei meus olhos e engoli o choro. Eu podia morrer de chorar depois, mas ele tinha que ouvir o que eu tinha para dizer.

- Agora você vai me ouvir.

Ele revirou os olhos. Passou por mim e subiu as escadas, eu subi correndo atrás dele. Achei que ele ia para o quarto dele, mas ele foi para o meu quarto antigo.

- Eu quero tirar tudo de você daqui o quanto antes, então vou começar ajudar você. – Ele dizia arrancando a roupa de cama.

- David, você tem que acreditar em mim! – Eu gritei. Você acha que eu teria... Você acha que eu... Você acha que o amor que eu transmiti para você aquele dia foi de mentira? David, você realmente acredita na Clarisse?

Ele não respondeu. Eu cheguei perto dele e toquei no ombro dele, ele tirou minha mão como se ela pudesse dar choque.

- David, você não pode acabar com a gente.

- Você mesma fez isso. – Ele dizia tirando a fronha da cama.

Eu respirei fundo, eu já tinha tentado de tudo para que ele pudesse me pedir desculpas e dizer que acreditava em mim. Meu choro que já estava mais calmo, começou a querer subir pela garganta.

Era o fim. Nós estávamos terminando para sempre. E não era só porque ele não acreditava em mim, isso doía muito. Mas o que mais me machucava era que mesmo, se um dia – do meu jeito otimista, como ele disse – nós pudéssemos reatar, eu não conseguiria deixa-lo entrar no meu coração de novo. Eu estava fechando a porta para ele para sempre porque ele me machucou tanto. As palavras dele foram como facadas em meu peito, uma atrás da outra. Ele ter acreditado na Clarisse ao invés de mim, que – segundo ele – era o amor da vida dele.

Ele acreditou nela.

Nela. Não em mim.

Ele continuava tirando a roupa de cama, eu percebi que ele chorava baixinho. Eu respirei fundo e uni todas as forças que ainda me restava.

- David, só quero que você guarde bem essas palavras: Um dia, quando você descobrir que tudo isso é mentira, quando você notar que tudo isso não passa de mentiras que a Clarisse disse, você vai deitar a sua cabeça no travesseiro e vai sofrer o quanto eu estou sofrendo. Porque o mundo dá voltas e a verdade demora, mas aparece. Eu juro que você ainda vai descobrir que é mentira. Quando isso acontecer, não ouse me procurar, não ouse pedir desculpas.

Ele parou de mexer na cama e olhou para mim.

- Não vem com essa coisa de persuasão Lauren, eu acabei de perceber que isso faz parte da sua personalidade, dos seus comportamentos. Foi a única coisa boa que você me ensinou, observar comportamentos alheios e, agora, mais do que nunca, eu vou observar cada pessoa que passar pela minha vida porque eu não quero ser mais feito de idiota. E você já pode ir embora, não quero mais ver você. Vou pedir para Maria separar as suas coisas, ela levara até seu apartamento.

- Você não parou para pensar David. – Uma coisa que no começo eu achava absolutamente incrível nele. Espontâneo. – Você não esta pensando direito, David! Você nem sequer quer pensar um pouco? Você não é assim, David!

Ele jogou com força as roupas de cama no chão.

- Não venha me falar como eu sou e como eu não sou! Eu estou completamente destruído Lauren, eu não vou conseguir pensar mesmo. Mas saiba que assim que eu conseguir pensar direito ás únicas coisas que vão passar pela minha cabeça vai ser o quanto eu fui idiota, o quanto eu fui um babaca. Não ache que eu vou ficar arrependido porque eu nem sequer vou pensar em arrependimento. Eu ouvi tudo, Lauren. Eu não acredito em mais nada do que você disser. Nada. Então, pare de falar e vá embora.

- Onde está a sua confiança em mim? – Eu falei choramingando. – Por que você não escuta o que eu tenho á dizer?

Ele bufou de raiva.

- Quantas vezes eu devo permitir que você tente me persuadir? Você mentiu para mim, Lauren!

Eu perdi você. – Falei mais para mim mesmo do que para ele.

- Me perdeu? Você? – Ele disse irônico e espantado. – Você vai para o seu apartamento, vai ficar com outro jogador de futebol que te deseja, vai ser muito feliz com ele. Eu sou o derrotado e o perdedor do dia, Lauren. – Ele pareceu querer parar de falar, mas falou de repente. – De todas as mentiras que eu já ouvi, á que mais doeu foi quando você disse que me amava. Você acabou com a gente.

- Você acabou com a gente quando você acreditou na Clarisse não em mim.

- Lauren. – Ele fechou o rosto. – Você me chamou de James. Isso já é mais do que o suficiente.

- David, qualquer pessoa em momento de desespero poderia confundir os nomes!

Ele respirou fundo impaciente e passou por mim, saiu do quarto e foi para o quarto dele. Tentei correr, mas ele fechou a porta antes que eu pudesse entrar.

- Lauren, vá embora. – Ouvi ele falar lá de dentro. – Eu vou tomar um banho. E enquanto você estiver parada do lado de fora do meu quarto eu não vou sair. Eu fico o dia inteiro embaixo do chuveiro, mas não olho para sua cara novamente.


Notas Finais


Ah, que dor no coração. Pois é #tamojunto.
aoishdiaohd Espero que vocês tenham gostado!
comenteeeeeeem, comenteeeeem! Quero saber se o emocional de vocês ficou tão atacado como o meu! saodhaohdaoid <333


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