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História Somos instantes. - Deslocada


Escrita por: naaazanetti_

Notas do Autor


Primeiramente quero pedir desculpas por me atrasar para postar hoje! Também quero pedir desculpas por demorar para responder os comentários.
Tenham paciência comigo porque eu sou tão lerda quanto a Lauren, é sério! asodopasjdoasjd
Obrigada pelos comentários e pelos favoritos!
Amo vocês! <333333

Capítulo 30 - Deslocada


O natal foi melhor do que eu imaginava. Eu comi tanto, o dobro do que eu estou acostumada. Agora o ‘eu’ virou o ‘nós’, porque me assustei com a quantidade de alimento que eu ingeri. Se eu não tinha engordado ainda, naquele momento engordei uns três quilos.

Troquei e ganhei muitos presentes. Alice dormiu aqui em casa porque acabou bebendo mais do que deveria. Eu a coloquei no quarto ao lado do meu, que é para os hospedes. Mas ela não parava de balbuciar palavras aleatórias e não me deixava dormir. Tive que dar um banho nela para ver se acalmava.

Deu certo.

Ela finalmente caiu no sono ás quatro e meia da manha e, eu buscaria o James no aeroporto as nove. Tudo bem, eu ainda conseguiria dormir mais um pouco.

Voltei para a minha cama e esperei para ver se o sono vinha, mas ele sumiu de repente. A ansiedade tomava conta de mim. – Eu queria acordar logo sendo que nem havia dormido. Eu queria ir buscar o James muito bem disfarçada para que ninguém pudesse me reconhecer. Queria que os fotógrafos não estivessem lá, queria que ninguém pudesse ficar sabendo...

Porque eu não queria que ele soubesse.

Eu sabia que uma ida do James até a casa dos meus tios já me entregaria para o David. Significava que eu havia feito minha escolha. Assim seria o modo em que ele interpretaria.

Olhei no relógio. Cinco horas.

Eu bufei de raiva e virei de lado para poder dormir.

Adormeci, mas acordei cinco e meia com a Alice gritando.

Meu Deus, bêbado é um saco.

Ela me lembrou James no apartamento do David...

- Lauren, pare com isso. Por que tudo o que você faz tem que relacionar o David? – Falei sozinha enquanto me levantava da cama e ia para o quarto da Alice.

Assim que entrei percebi que ela estava sentada na cama.

- Eu estou falando sozinha, vá embora. – Ela balbuciou bêbada. – Não... Eu tenho que ir embora.

- Você não está falando, está gritando. – Eu fui até ela, empurrei-a na cama e a cobri. – Desde quando você bebe tanto assim? – Perguntei mesmo sabendo que ela não ia responder. Mas ela me surpreendeu.

- Desde quando eu transei com aquele garoto que eu estava, se lembra? – Ela disse meio bêbada. – Acredita que no outro dia ele terminou comigo? – Ela começou a gemer. – Fiquei muito mal, mas eu estou bem melhor agora.

Eu percebi que não fui só egoísta com o David, com o James... Minha melhor amiga estava precisando de mim e eu estava cega demais com meus próprios problemas.

Eu passei a mão pelo rosto dela.

- Você não precisa beber por causa de homem, Alice. – Falei baixinho.

- Não estou bêbada por causa dele hoje. – Ela disse de olhos fechados. – Estou me preparando.

- Se preparando para que?

- A partir de amanha vou colocar o meu plano de trazer você de volta, se lembra? – Ela bocejou. – Vou ter que levar a sério e não vou poder sair. E do jeito que você está, meu Deus, vou ter que ficar até o dia dois sem ir para festas. Vou ter que me concentrar em você e, eu juro que todas as minhas energias serão gastas. Você está pior do que aquela... lá.. Larissa? Não. Alicia. Aquela lá... Carissia. Nice...

Eu franzi o cenho.

- Como assim? Pior do que a Clarisse?

Eu interpretei como um insulto.

- É, Clarisse! ... Ela tentou te matar porque ama o David e queria estar com ele. – Ela respirou fundo, quase dormindo. – E você ama o David, mas não luta pelo amor dele. Acho que quem merece á clinica é você.

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Eu saí bufando de raiva do quarto dela. Eram seis e meia da manha.

Seis e meia.

Que se dane!

Quem precisa dormir? Eu não quero dormir. Eu estava chorando.

Até minha melhor amiga...

Não era questão de lutar pelo amor dele. Ele também jogou nos dois para o alto quando ele acreditou nela não em mim. E eu cansei de sofrer. Cansei. Era questão de também... sentir felicidade quando estou com o James.

Ele me faz bem, muito bem.

Ela disse que quem merecia a clinica era eu. Pegou pesado, muito pesado. Eu não estava a fim de falar com ela tão cedo. – Jogar a verdade na minha cara era uma coisa, mas me comparar com a Clarisse era outra.

Pela primeira vez na casa dos meus tios eu me senti deslocada; Eu não fazia parte daquele lugar, nem daquela cama, nem daquela cidade. Mas... eu também não pertencia a Londres e muitos menos sabia se o meu destino seria Madrid ou Paris.

Eu ainda não tinha lugar no mundo.

Eu já sabia que estava confusa e perdida. Mas, só não sabia que até aqui com a minha melhor amiga eu me sentiria deslocada.

Mas ás sete horas da manha eu entendi que realmente ela tinha razão. Eu não lutei e nem ia lutar por ele. Eu estava sem forças, ele também. Nós precisávamos de férias e precisávamos ficar longe um do outro.

Mas a parte da Clarisse...

Isso eu não ia esquecer. 

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Eu cai no sono e acordei as nove com o corpo exausto, cansado. Mas, eu sabia que tinha que ir buscar o James. Meus tios estavam tomando café juntos com meus pais. Dei um rápido aceno e fiquei a uma certa distancia da mesa.

- Pai? Posso pegar o seu carro?

- Você? Gravida, sozinha, no Rio...

- Pai.

- Pode. Mas, onde você vai?

- Preciso... Comprar um remédio para a Alice. – Falei disfarçando. – Ela ainda esta dormindo lá em cima, se ela acordar e eu ainda não estiver chegado, mande-a me esperar aqui. Tudo bem?

Meu pais ficaram me encarando como se soubessem que era mentira.

Peguei a chave e sai rumo até o aeroporto. Coloquei óculos escuros e desci do carro. Lá estavam eles, com suas câmeras vindo em minha direção. Bufei de raiva.

Eles não tinham um horário de descanso, não?

Passei por eles e entrei, esperei o James aparecer e depois de vinte minutos ele apareceu no meu campo de visão.  Estava de jeans, camiseta preta sem nenhum desenho, sapatênis e óculos escuros.

Ele sorriu de lado, me deixando um pouco abobada. Eu não fazia ideia de que já sentia falta daquele sorriso.

Pronto.

Os fotógrafos tiravam fotos dele vindo em minha direção. Engoli em seco e percebi que estava tremula.  Quando ele chegou perto de mim, nós nos abraçamos. Ficamos assim por uns vinte segundos o que, de certa forma, rendeu flashes de todos os ângulos do nosso abraço.

Saímos dali o mais rápido possível.

No caminho, nós falamos sobre o clima, sobre o verão, sobre o sol, sobre minha familia, sobre o Natal, sobre a filha dele...

Era tão fácil conversar com o James. Era tão fácil me dar bem com ele.

- Eu esqueci de te avisar, vou ficar em um hotel. – Ele me disse.

- O que? Achei que você fosse...

- Não. Eu quero ficar num hotel... Perto de você, é claro. – Ele olhou nos meus olhos. – Senti a sua falta.

Ele parecia... Diferente.

- Tem um ótimo perto da casa dos meus tios, pode ser lá? – Perguntei. Ele assentiu. – E... eu também senti a sua falta.

Ele sorriu um pouco e olhou para baixo. Alguma coisa estava estranha com ele.

- Aconteceu alguma coisa? – Perguntei. – Você está assim desde quando foi se despedir de mim em Londres...

Ele não respondeu. Ao invés disso encarou a rua.

Quando nós chegamos, ele foi conversar com a recepcionista, depois pegou a chave e finalmente fomos até a suíte dele. Nós entramos, ele fechou a porta atrás de si. Tirou o tênis e a... Camiseta. Se sentou na cama olhando para o celular, parecia estar escrevendo uma mensagem.

Eu fiquei impaciente.

- James. Que droga! Pare de mexer nesse celular e me diga o que esta acontecendo.

Ele ficou em pé rapidamente.

- Eu vou dizer. – Ele falou baixinho. – E estou inseguro, Lauren.

- O que? Inseguro com o que?

- A respeito de você. – Ele relaxou seus músculos do braço. Eu fiquei olhando para o seu tórax nu.

- A... Respeito de mim? Por que?

Pare de ser uma criança apaixonada e preste atenção no que ele fala e não no corpo dele, Lauren.

Hormônios, controlem-se.

Ele andou para lá e para cá, em passos lerdos. Passou a mão pelo cabelo e suspirou. Depois ele parou e me encarou.

- Porque não é só você que está confusa, Lauren. Tanto eu quanto o David estamos como você. Nós não sabemos com quem você vai decidir ficar no dia dois. Só... Eu sei que você ama ele e ele te ama. E é por isso que eu vim agora, para que eu pudesse passar mais tempo com você. Para que se você desistir de mim, eu possa pelo menos ter esse tempo aqui, hoje com você. – Ele começou a andar na minha direção e eu dei alguns passos para trás. O efeito do tronco dele estar nu me deixava um tanto quanto vulnerável. Encostei na porta atrás de mim, James se encostou em mim, colocando sua mão em meu rosto. – E eu deixei minha filha lá na Colômbia. Era tudo mentira, ela não foi viajar... É que eu não posso saber que ao menos tive a chance de estar com você, que ao menos tive a chance de ficar ao teu lado por alguns dias sem ninguém atrapalhar... Eu amo você, Lauren.

Eu fiquei quietinha. Como se ele fosse um gigante que gritava em meus ouvidos, mas ele falou baixinho. Meu cérebro que ecoou as palavras lá dentro.

Eu amo você, Lauren. Eu amo você, Lauren. Eu amo você, Lauren. Eu amo você, Lauren. Eu amo você, Lauren. Eu amo você, Lauren. Eu amo você, Lauren. Eu amo você, Lauren. Eu amo você, Lauren. Eu amo você, Lauren.

Fechei os olhos.

- James, eu... – Ele estava muito, muito próximo de mim. – Você disse isso como se já soubesse que eu desistira de você. Mas... Isso não é verdade. Ir morar com você ainda está... – Eu tinha certeza disso, não tinha? – Em primeiro lugar.

- Então, você se decidiu, Lauren? É isso? – Perguntou ele perdendo o tremor do corpo, relaxando todo o corpo e o rosto. Sorrindo. Chegando mais perto de mim. Ele fechou os olhos, eu fechei os olhos.

- Lauren, eu vou entender isso como um sim... – Ele falou quando colando sua boca na minha.

Eu não queria pensar. Eu queria beijar.

Então eu o beijei.

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Só que ele não me beijou com calma como no começo. Ele me beijou como se estivesse a ponto de me perder.

Ele me pegou no colo e eu passei a minha perna pela cintura dele. Ele agarrou minhas costas e ficou segurando nelas com cuidado, apesar dos arranhões não estarem doendo tanto e já estarem quase indolores. Então nós dois nos desencostamos da parede e ele me deitou em sua enorme cama de casal do quarto. Ficou em cima de mim. E eu estava de vestido.

Vestido.

Finalmente toquei aqueles peitorais, aqueles braços, o tórax. Puxei o cabelo dele, me derreti inteira quando ele beijou meu pescoço. Senti o cheiro de seu pescoço. Ele encontrou em minha boca novamente. Me pegou no colo de novo e se sentou na cama, eu sentei no colo dele.

Suas mãos exploravam todos os milímetros das minhas costas, as minhas exploravam seus braços. Ele colocou sua mão por baixo do meu vestido e passou a mão pelas minhas costas, pelo fecho do meu sutiã. Segurou meu vestido e parou de me beijar por uns segundos, olhou em meus olhos.

Então tirou o meu vestido.

Ele olhou toda a extensão do meu colo, tocou meus ombros. – Eu ainda estava de sutiã, mas eu conseguia ver a vontade de tira-lo nos olhos dele.

- Lauren, eu amo você. – Ele disse novamente e fez uma cara de dor. Seus olhos estavam vermelhos.

Eu voltei a beija-lo e aquelas palavras voltaram a soar em minha mente.

E ao contrario da minha primeira vez com o David. Eu não consegui dizer ‘eu também’.


Notas Finais


E aí? O que vocês acharam da Alice desse ter dito isso? ashdiashdioasd
E o James?
Comentem, comentem!


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