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História Somos instantes. - Antes tarde do que nunca


Escrita por: naaazanetti_

Notas do Autor


Olá pessoal, acabei de postar um capítulo á mais. O outro capítulo de hoje, dia 09/08 saíra normalmente, ou de tarde ou de noite. Tudo bem por vocês?
Gostaria de agradecer por vocês serem leitores tão persistentes e não desistirem mesmo quando cansados do comportamento dos personagens. Infelizmente, foi exatamente desse jeito que a trama foi desenvolvida na minha cabeça. Peço desculpas para aqueles que estão estressados e impacientes comigo. Também peço sinceridade quando não gostarem, e sintam-se livres para fazerem suas criticas, porque são formas de eu poder melhorar, tanto a escrita quanto o desenrolar dos capítulos.
Desculpem pelos erros gramaticais e pelos transtornos. Eu realmente espero não decepciona-los.
Uma grande beijo e um superabraço para cada um de vocês.
Obrigada pelos favoritos e pelos comentários (que eu AMO responder)!
Vocês são incríveis! <33

Capítulo 31 - Antes tarde do que nunca


Então eu parei. Sai do colo dele, peguei meu vestido que estava no chão.

- Eu... Não... O bebe. Eu tenho medo, ainda, de machucar o... Bebe. – Era uma meia verdade. – Desculpe.

James se levantou sorrindo.

- Não tem que se preocupar em pedir desculpas. – Ele veio até mim e colocou suas mãos em minha nuca. – Nós teremos todo o tempo do mundo.

Eu engoli em seco e sorri.

- Preciso ir para a minha casa. Depois eu volto aqui, tá? – Falei sorrindo fraco. Ele assentiu e me beijou.

Eu estava colocando meu vestido enquanto James entrou no banheiro, porque ia tomar banho.

Ouvi o celular dele vibrar.

Uma mensagem.

Eu nem precisei desbloquear para ler. As palavras aparecerem na tela.

 

Ela é muito sortuda por você ama-la. Muito.

Victória.

Quem era Victória?

Eu saí de lá rapidamente – depois te der me vestido, é claro – e fui direto para o meu carro.

Enquanto dirigia, eu comecei a chorar. – Céus, eu estava tão chorona!

Comecei a chorar porque agi por impulso, mais uma vez. Mas, por um lado, fiquei feliz por não ter chegado ao... Final. Mas, mesmo assim, ele tinha interpretado isso como um sim.

E agora? O que exatamente eu ia fazer?

E aquela mensagem? A tal da Victória estava dizendo que eu era sortuda... Certamente ela gostaria de estar no meu lugar.

Fiquei com a consciência mais pesada ainda. Com certeza, a Victória merecia estar no meu lugar. 

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Eu tentei disfarçar minha cara de choro entrando em casa com meus óculos escuros. Meus pais e meus tios estavam na sala conversando.

- Comprou o remédio? – Perguntou meu pai.

- Comprei. – Falei colocando a chave onde ela estava e virei, correndo para os degraus.

- Cadê?

- O remédio? Está no meu bolso. – Respondi lá de cima.

- Lauren, você nem tem bolso. – Respondeu meu pai lá de baixo. 

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Alice ainda estava dormindo, eu fui para o meu quarto e deitei na minha cama novamente.

Eu estava tão confusa. A viagem no Brasil, com o James aqui no Rio não estava ajudando em nada.

Na verdade, acabei de piorar as coisas.

Eu ia começar a pensar e ia cair no choro novamente. Então resolvi levantar. Fiquei andando para lá e para cá.

Fui para a internet.

“James Rodriguez desembarca no Brasil para ficar com Lauren antes de voltar a jogar no Real Madrid, no dia dois.”

“Pelo visto, o escolhido da psicóloga brasileira foi o colombiano James Rodriguez.”

“Lauren deve ter tomado a sua decisão; James Rodriguez vem ao Brasil passar uns dias com a moça. Eles foram vistos entrando em um hotel e, de acordo, com testemunha, eles passaram algumas horas fechados no quarto do jogador.”

“James Rodriguez está no Brasil, mas embarcara para Madrid no próximo dia dois. Lauren poderá ir com ele.”

“Nosso zagueiro perdeu. Colombiano está com a Lauren.”

Tudo bem. Eu não devia ir para a internet. Eu sabia que ele leria. Eu sabia. – Ler só piorou meu estado. Comecei a ficar inquieta.

Eu não ia falar com meu pai sobre isso, não agora. Eu também não podia ligar para a Maria, ela merecia férias até de mim. Também não podia falar com a minha mãe.

Alice.

Estava na hora de engolir o orgulho e falar com ela.

- Acorda! – Gritei, abrindo a porta do quarto dela. – Vamos! Você não me deixou dormir, então você também não vai. Vamos! Temos algo em comum que queremos conversar.

Ela cobriu a cabeça.

- O que?

- Eu. 

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Contei tudo á ela do que aconteceu, até da mensagem da Victória. Será que eu havia sentido ciúmes?

Ela estava sentada na cama tomando um suco de frutas que minha tia fez para ela. Eu estava sentada nos pés.

- Não está brava pelo o que eu te falei ontem? – Ela perguntou tomando um gole.

- Você se lembra do que me falou? – Perguntei incrédula.

- É lógico que eu me lembro. Não é porque eu estava bêbada que eu não sabia o que estava falando.

Eu fiquei em silêncios uns segundos.

- Eu fiquei brava, sim. Mas eu engoli o orgulho e vim aqui te pedir ajuda. E se você me ajudar, eu prometo que deixo você jogar toda a verdade na minha cara, por mais que doa.

- O que estava entalado na minha garganta sobre você, já saiu. Você desistiu dele, mas ninguém desiste do amor, sabe? E se for para sofrer por amor, a pessoa sofre e não se cansa. Só que você é orgulhosa, egoísta e mesquinha. O David errou? Errou feio. Você errou? Errou e continua errando. Você está gravida, Lauren. Você vai ser mãe de um filho do David e ainda cogita a ideia de ir embora com o James... – Ela deixou o copo do lado e se sentou encarando meus olhos. Pegou uma de minhas mãos. – Responda com toda a sinceridade do mundo: Por que exatamente está querendo ir embora com o James?

Eu engoli em seco e desviei o olhar.

- Vamos. – Ela disse. – Você é psicóloga. Procure lá dentro da sua alma essa resposta e depois me diga com quantas palavras você conseguir. Só me explique isso.

- Eu tenho medo. – Respondi depois de muito pensar.

- Do que exatamente? – Ela perguntou.

- Eu tenho medo de ser feliz. – Eu falei com os olhos aguados por chegar nessa conclusão. – Ele é a minha felicidade. Mas, eu tenho medo de sofrer de novo, de passar por tudo que eu passei, de acabar novamente, de ficar sem ele...

- Pare Lauren. Onde está o seu otimismo, hein? – Ela respirou fundo, e me encarou. - Você está sem ele agora, é por isso que você está tão confusa, tão perdida.

- E com o James não existe esse medo... – Falei mais para mim mesmo do que para a Alice.  

- Por que não exatamente?

Parei para pensar.

- Posso responder por você? – Perguntou Alice. Eu assenti. – Está pronta para ouvir?

- Estou. – Segurei firme a mão dela.

Ela suspirou.

- Eu sei que você deixou uma parte enorme de todo esse seu orgulho idiota para vir falar comigo, eu sei muito bem disso. Mas, estou feliz por você ter feito isso porque mostra que você já está melhorando. – Ela segurou minha mão com suas duas mãos. – Ok. Vamos lá. Você não gosta do James. Você não sente nada por ele. Vamos chama-lo de: Oportunidade de sair pela tangente. Você estava triste porque o David terminou com você e numa tentativa idiota de encontrar felicidade para a sua tristeza você foi se aconchegando no James. Ele é bonito? É. Mas você não tem medo de sofrer por ele porque você sabe que isso não vai acontecer, porque não é ele que você ama. Sem amor não há sofrimento. - Seus olhos estavam brilhantes. – Eu passei por uma desilusão amorosa, sim. Mas não parei de acreditar no amor. – Ela sorriu. – Mas enfim... Uma vez ouvi a seguinte frase: ‘Nenhuma relação é sol em todos os momentos, mas duas pessoas podem compartilhar um guarda-chuva e sobreviver a tempestade juntos.’ – Ela levantou a minha cabeça com suas mãos. – Lauren, você não pode ter medo de abrir mão do seu orgulho para ir atrás dele. Orgulho é negativo. Tanta coisa as pessoas perdem todos os dias por causa de orgulho.

Lagrimas jorravam dos meus olhos.

- Sobre o James... – Ela voltou a falar. – Você não sentiu ciúmes dele. Você sentiu que não era digna do espaço que ele tem no peito dele por você. Você reconheceu que qualquer outra mulher o merece e não você. Você o interpretou como um falso sentimento de felicidade. Você não o ama. Então ele podia terminar com você um dia e você ficaria triste por isso, mas não chegaria nem perto da dor em que você sentiu quando o David terminou com você. Lógico que se acontecesse alguma coisa com o James você se preocuparia, mas seria algo natural do ser humano, se preocupar, mas não necessariamente porque você gosta dele. Se acontecesse alguma coisa com o David, você piraria, Lauren. Porque é ele. É com ele o seu lugar. David é o seu único lugar no mundo. 

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Depois de finalmente parar de abraçar a Alice e dizer que eu nunca chegaria a lugar nenhum sem ela. Finalmente parei de chorar. Eu não a ajudei quando ela precisou, mas cá está ela, firme e forte – e um tanto quanto de ressaca – me colocando nos eixos.

Mas a verdade ainda me doía um pouco. Não gostar do James e só da companhia dele, me fazia ficar mal. Eu realmente fui egoísta e não pensei no sentimento dele por mim.

Nem parecia que eu tenho vinte e um anos, muito menos que me formei em psicologia...

Os momentos em que eu e o David passamos passavam pela minha cabeça. E eu estava morrendo de saudade, de vontade de vê-lo, de abraça-lo e de estar com ele. – Eu estava removendo aquela nuvem negra que estava em meu cérebro. Eu estava deixando o orgulho de lado e finalmente eu entendi que é por isso que eu estava tão mal.

Mas, eu ainda tinha que conversar com o James e ser sincera com ele.

- O que você acha que eu devo fazer agora? – Perguntei para a Alice.

Alguém bateu na porta antes que ela pudesse responder. Nós mandamos entrar.

Meu pai.

- Bom dia. Como está se sentindo hoje, Alice? – Perguntou ele segurando na porta.

- Estou melhor, obrigada por perguntar. – Ela respondeu.

- Tomou o remédio que a Lauren comprou? – Perguntou meu pai com as sobrancelhas franzidas.

Eu tinha me esquecido de dizer para a Alice que eu havia mentido para os meus pais. Ela ficou olhando com cara de interrogação para ele e depois olhou para mim. Eu tentei pigarrear e disfarçar. 

- Ah... Claro. Tomei. Por isso que estou melhor.

- Que bom. – Ele me encarou. – Será que podemos conversar daqui a pouco, Lauren? – Ele perguntou. Eu já sabia que ele queria saber o porquê eu menti.

- Ok. – Respondi. – Já te encontro lá embaixo.

Ele saiu, me deixando com a Alice. Ela pegou o meu celular e me entregou.

- Vamos ver se você consegue se superar. Liga para ele.

- Para quem?

- Para o David, é claro, Lauren.

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Ok. Eu estava tremula e nervosa.

Liguei da primeira vez e ele não atendeu. Eu entendi que ele podia estar longe do celular.

Liguei da segunda vez e ele também não atendeu.  – Eu não podia desistir. Então liguei para a Maria e pedi o numero do telefone da casa do David aqui no Brasil, explicando que eu estava querendo falar com ele. Ela ficou muito feliz, me deu conselhos, e depois me passou o numero. Eu já estava morrendo de ansiedade.

Liguei e uma mulher atendeu. Reconheci que era a voz da mãe do David.

- Ah... Regina? É a Lauren. Eu... Gostaria de falar com o David. – Fui direta.

Ela suspirou por trás da linha.

- Oi, Lauren. Ele não está, foi para o aeroporto.

- Aeroporto? Como assim? – Perguntei assustada. Alice que estava concentrada em seu suco, olhou para mim.

- É isso mesmo que você ouviu. Lauren...Eu realmente estive muito feliz por saber que eu vou ser avó, David contou apenas para mim. Mas, lembra quando eu disse que não era para você fazer nada que pudesse me fazer mudar minha concepção a respeito de você? Você a mudou da agua para o vinho, Lauren. E por mais que eu esteja feliz com a sua gravidez, não pude deixar de ficar decepcionada por saber que quem carrega o bebe do David na barriga é você. – Ela disse, zangada. – Passar bem, Lauren. 

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Eu já estava aos prantos assim que ela desligou na minha cara. Não somente pelas palavras dele, mas porque ele estava no aeroporto.

Ele estava indo embora!

Falei para a Alice de um modo desesperado e, em meio a lagrimas, eu a vi colocando sua roupa e pegando o celular dela, o meu e me puxando para fora do quarto. – Ela praticamente me conduzia. Passamos pelos meus tios e pelos meus pais. Consegui parar somente para pegar a chave do carro e correr para fora, deixando os meus pais preocupados.

- Ela já volta, precisamos socorrer... Um amigo. – Disse Alice me levando para dentro do carro. – Eu joguei a chave para ela, eu não tinha condições para dirigir.

Saímos com o carro cantando pneu enquanto ela dirigia em alta velocidade em direção ao aeroporto. Pegamos um trafico de carros parados numa rodovia.

Comecei a ficar muito mais nervosa do que estava.

- Ele não pode estar indo embora! Não pode! – Falei dando tapas nas minhas próprias coxas.

- Eu deixo você chorar agora, mas não pira. Vai dar tudo certo. Vamos conseguir chegar lá.

Não ajudou em nada. Eu estava com as palavras da Regina na minha cabeça, se ela havia falado comigo daquele jeito significava que ela sabia que eu “tinha feito a minha escolha” e o David também. Eu tinha ferido, mais uma vez, o filho dele. Ou seja, ele adiantou a viagem.

Esse pensamento só me fez ficar pior. Eu estava a ponto de sair do carro já que estávamos presas no transito.

- Meu Deus, quando você acorda o David dorme. Eu não sei quem é pior. – Disse Alice. Eu ignorei. 

Uma ideia passou pela minha cabeça e me fez gritar.

- Alice! Vou ligar para o aeroporto e perguntar á que horas saí o próximo voo para Paris.

- Ótima ideia! Liga logo!

Mesmo tremula peguei meu celular e procurei na agenda o numero do aeroporto. Quando estava na quarta chamada, uma voz enjoativa feminina me atendeu.

- Bom dia...

Péssimo dia.

- Moça, eu preciso saber á que horas saí o próximo voo para Paris.

- Sim, senhorita. Espere um minuto.

- Um minuto? Um minuto é muito tempo moça!

Ela me ignorou. Como ela podia estar calma? O David Luiz estava indo embora e ela estava calma?

Comecei a morder as unhas. O transito não andava.

- Filho, não fique nervoso junto com a mamãe, tá bom? – Passei minha mão pela minha barriga, ainda com o telefone no ouvido esperando enquanto a moça não voltava. – Vai dar tudo certo.

Ótimo. Meu otimismo estava voltando.

- Alô? – Disse a moça do outro lado.

- Que horas? – Perguntei aflita.

- Nosso próximo voo para Paris sairá em quinze minutos.

- Obrigada. – Desliguei tremula e quase sem ar.

Quinze minutos. QUINZE.

- Alice, quinze minutos. Quinze minutos.

O trajeto da casa dos meus tios ao aeroporto era quase de dez minutos, mas estávamos paradas no transito do Rio de Janeiro.

Cada tique-taque do meu relógio de pulso enquanto esperávamos era tortura para os meus ouvidos. 

 


Notas Finais


E aí está a Lauren, abrindo os olhos. O que vocês acharam? saiodhsaoid
Comentem! Quero saber se estão gostando ou não. Sejam sinceros! <33


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