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História Somos só amigos? (imagine Bakugou e leitora-sn) - Inseguranças


Escrita por: GihLerda

Notas do Autor


oi eu finalmente voltei
queria me desculpar por ter demorado tanto pra postar esse capitulo, aconteceu muita coisa nesse meio tempo e eu nao queria escrever mais. Terminei meu namoro, repeti na prova prática de carro pela segunda vez, depois disso foi meu aniversario, lançou heartstopper e eu maratonei o final de semana toda... enfim, muitas coisas. Passei por uma desilusão amorosa e não queria escrever uma história de amor pq me dava gatilho kkkkkk, mas agora ja ta tudo certo <3
esse capitulo ta grande pq é uma parte do anime q nao importa mt pra fic entao tentei escrever tudo nesse capitulo pra no proximo irmos direto ao ponto.
espero que gostem <3 feliz dia das maes
desculpa qualquer erro e desculpa pela demora

Capítulo 32 - Inseguranças


O banheiro feminino estava uma bagunça. Era nossa primeira manhã nos dormitórios, algumas meninas se arrumavam, outras escovavam os dentes, outras se trocavam, e aparentemente todas resolveram usar o banheiro coletivo de uma vez. Todas devem ter pensado que seria divertido nos prepararmos juntas para a aula, mas essa bagunça me provou o contrário. 

Decido terminar minhas necessidades depois, quando o congestionamento passar. Vou até a cozinha, na área comum, pego leite e manteiga na geladeira e preparo meu típico café da manhã: café com leite e pão com manteiga.  

Caminho até às mesas e vejo Bakugou emburrado sentado em uma e Kirishima rabugento sentado em outra. Os dois exalavam ódio e estava na cara que algo tinha acontecido. Revirei meus olhos impaciente e me sentei numa mesa separada dos dois. 

Os garotos me encararam e depois se encararam, provavelmente pensando quem viria primeiro encher o meu saco, mas como se tivessem lido meu pensamento, eles apenas trocaram olhares mortais e voltaram a tomar seus cafés da manhã. 

Minutos depois, Mina se aproximou da minha mesa e sentou-se na minha frente com uma tigela de frutas picadas e começou a comer. 

— O que deu nesses dois? — ela perguntou confusa se referindo aos meninos  

— Longa história — respondi sem ânimo — são dois idiotas  

— O Bakugou também? — ela arqueou as sobrancelhas, surpresa quando xingue os dois da mesma maneira — pensei que você gostasse dele 

— Cala a boca — lancei um olhar furioso para a mesma e sussurrei as palavras. Ninguém sabe que eu gosto dele, nem ela, nem ele, nem ninguém. Eu nem cheguei a contar para ela o que aconteceu recentemente — eu não gosto dele. Não desse jeito — me corrigi rapidamente  

— Sei — ela sorriu de canto — e você não vai me contar o que aconteceu nos 7 minutos no céu? Ou melhor, meia hora no céu — ela riu com malícia no mesmo momento em que eu quase me engasguei com a bebida 

Aconteceu tanta coisa ontem que eu até tinha me esquecido disso. 

— Não aconteceu nada — menti e desviei o olhar me impedindo de encará-la nos olhos  

— Então aconteceu?!! — ela se levantou, empurrando bruscamente sua cadeira para trás e batendo as mãos na mesa, chamando a atenção das pessoas que estavam em volta  

Escondi meu rosto em minhas mãos por conta dos olhares que ela estava atraindo. Não respondi sua pergunta, apenas levantei e levei minha louça para a pia. Mina me seguiu todo segundo, desde quando eu fui escovar meus dentes, até o momento que estávamos caminhando para o prédio da escola. Ela não calou sua boca nem por um segundo sequer, me enchendo de perguntas e dúvidas, que eu não gostaria de responder. 

— O gato comeu sua língua por acaso?! — ela estava prestes a perder a paciência 

— Me deixa em paz — revirei meus olhos e continuei a caminhada para o colégio 

— Esse mistério todo já me deu uma resposta — Mina afirmou — rolou algo entre vocês! 

— Ta — soltei um longo suspiro, finalmente me rendendo as suas perguntas e suposições — de início, ele tava puto porque eu beijei o Kirishima, e com razão, eu devia ter negado o desafio 

— É — ela desviou o olhar, provavelmente incomodada com o beijo também, afinal, ela gosta dele — de qualquer forma, foi só um beijo, o que aconteceu depois? — ela pergunta ansiosa 

— Ficamos, mas isso você imaginava — digo sem ânimo e ela tem seu pequeno surto típico. Não entrei em detalhes sobre tudo que aconteceu, só isso já era o suficiente para ela ficar satisfeita — quando saímos do banheiro, o Kiri achou que tivesse a liberdade para dar em cima de mim, ele deve ter entendido que eu estava “na dele” só porque o beijei no desafio, e depois disso, ele e Bakugou brigaram — suspirei novamente  

— Não acredito que eles brigaram por você, isso é tão infantil — ela expressa indignação com a situação — por que o Kirishima não te esquece?! — ela bufou com as mãos no rosto, jogando sua cabeça para trás 

Eu concordo com ela, é uma briga infantil, apesar de no fundo eu ficar feliz por Bakugou brigar com alguém por mim, a parte triste é esse alguém ser Kirishima, nosso melhor amigo. Por outro lado, eu também não vejo a hora de Kirishima seguir em frente, somos só amigos e nunca mais seremos algo além disso, sem contar que ele combina com a Mina, os dois formariam um lindo casal e eu ficaria feliz por eles. 

Mina também me contou a confusão que deu depois de eu ter sido trancada no banheiro. Sero e Kaminari resolveram ir para o quarto deles para fumar a erva que trouxeram. Ela e Kirishima acabaram indo atrás deles para se certificarem de que nada daria errado. No fim, Kaminari começou a passar mal enquanto Sero só ria da situação. Mina disse que foi um caos lidar com aqueles dois, ainda bem que eu não estava por perto. 

Depois de cerca de 5 minutos, chegamos ao prédio principal e subimos as escadas para a sala de aula. A parte boa de morarmos nos dormitórios é que agora fica mais difícil eu me atrasar para aula, já que eu praticamente moro dentro da escola. 

Aizawa apareceu alguns minutos depois e nos explicou que teremos a prova para tirarmos licença provisória de heróis. A sala entrou em êxtase com essa notícia, pois, desta forma finalmente poderemos agir como heróis ao lado dos profissionais. Esse seria o primeiro passo para nos tornarmos grandes heróis no futuro, por isso, preciso dar tudo de mim na prova, não quero ficar para trás de ninguém. 

Antes que pudéssemos criar mais expectativas, Aizawa disse que precisaríamos criar técnicas secretas para usar contra outros alunos, já que todo mundo nos conhece graças ao festival de esportes, ou seja, conhecem nossos golpes e pontos fracos, por isso precisamos de algo novo para pegá-los de surpresa. 

Vestimos nossos uniformes e fomos encaminhados para o ginásio beta de treinamento. O local estava totalmente preparado para os alunos, o professor Cimentus foi o responsável por construí-lo adequadamente para as individualidades de cada um. 

Nós também podíamos solicitar atualizações nos nossos trajes, de acordo com o conhecimento que adquirimos sobre nossas individualidades. Eu estava satisfeita com meu uniforme, portanto não solicitei nenhuma alteração, afinal, meu traje não precisa de nada que contribua com minha individualidade. 

Agora era hora de eu decidir qual seria minha técnica secreta. Minha individualidade é simples, não tem muita coisa que eu possa fazer com ela, o que me deixa forte são minhas habilidades físicas, o teleporte só me ajuda a confundir o oponente e a ficar mais rápida. Eu poderia treinar golpes de luta... não, isso é muito básico, não tem nada de secreto nisso. Talvez se eu ficar mais forte, eu possa ganhar mais facilmente dos meus “inimigos”, mesmo que isso também não seja uma técnica secreta. 

Alguns alunos já haviam entrado no campo de treinamento e já estavam criando novos golpes secretos. No mesmo momento em que eu estava pensando sobre isso, observei alguns alunos nos ares, como Uraraka que podia ficar sem sua gravidade, Bakugou que usava suas explosões como impulso, Sero que prendia suas fitas no alto e pulava como o Tarzan, e também a Tsuyu que pulava alto e se segurava com sua língua. Todos tinham a mesma coisa em comum: pareciam estar voando. No mesmo segundo, uma lâmpada se acendeu em minha cabeça. Eu quero voar. Tenho certeza que esse é o sonho de toda criança, voar pelos ares livremente sem se preocupar com nada, e é isso que eu farei agora.  

— Professor Aizawa — me aproximei do mesmo, buscando uma opinião sobre minha ideia — eu gostaria de voar... essa é minha técnica secreta 

— Certo — ele sorriu satisfeito  

— Preciso de dicas de como fazer isso — cocei a nunca timidamente 

— Deixe-me pensar — ele levou sua mão até seu queixo, como quem estava em busca de uma maneira de eu fazer isso — talvez se você se teletransportar rapidamente para o mesmo lugar, praticamente, mudando poucos milímetros de início, até que isso passe para nanômetros, e depois parecerá que você estará levitando no ar. Em outras palavras, você precisa fazer como um beija-flor, ele bate as asas cerca de 80 vezes por segundo, por isso temos a impressão de que ele está parado no ar; você precisa fazer a mesma coisa, se teleportar tantas vezes que dê a impressão de que você está levitando. Tente isso perto do solo primeiro, saindo alguns centímetros da terra firme, assim, se você cair, não se machucará 

— Certo, obrigada pela ajuda, professor — abaixei meu corpo em reverência e depois segui meu caminho para um canto e comecei a colocar em prática suas dicas 

A técnica era difícil de ser feita, sempre que eu tentava me teleportar novamente para fora do solo, meus pés voltavam para o chão. Eu precisava de uma velocidade bem maior para que isso não acontecesse. 

Antes que eu voltasse a treinar fora do chão, busquei me habituar com a máxima velocidade que eu era capaz de me teleportar. 

A semana foi repleta disso. As aulas teóricas diminuíram e ficamos quase o dia inteiro neste ginásio. Sobre Bakugou e Kirishima, não estávamos conversando direito, eu estava tão focada na minha evolução que deixei esse problema para resolver depois, então eu só fingi que nada havia acontecido. Em compensação, os dois nem se olhavam nos olhos, fizeram birra por todo esse tempo e eu não faço ideia quando eles terão maturidade para resolverem essa intriga. 

De qualquer maneira, aos poucos eu melhorei minha velocidade e depois treinei a capacidade de me teletransportar a milímetros de distância, para dar o efeito de que eu realmente estava voando. E com isso, eu tentava a cada dia, mais longe do chão. 

Toda minha evolução levou cerca de 10 dias, sendo que a prova seria daqui a 3 dias. 

Hoje eu finalmente estava pronta para o último estágio do treinamento. Eu subi até o ponto mais alto das construções do Cimentus e respirei fundo, me preparando para encarar a nível máximo. 

Me teleportei para fora do “penhasco” e usei a minha individualidade rapidamente e milimetricamente. Surpreendentemente, estava dando certo, eu consegui voar como eu havia pensado, parecia até que eu estava levitando ou voando como um beija-flor, como Aizawa havia dito. 

Uma onda de felicidade percorre meu corpo e um sorriso vitorioso surge em meu rosto. Desvio meu olhar para o professor Aizawa para dizer que eu finalmente consegui, mas antes que eu pudesse dizer algo, olhei para o chão e percebi o quão longe ele estava de mim, instantaneamente, meu medo de altura se manifestou e meu coração disparou rapidamente. 

Com o nervosismo, perdi o controle dos teleportes e comecei a cair graças a gravidade.  

Soltei um grito desesperado por ajuda que chamou atenção de todos em volta e pude ver algumas pessoas correndo para baixo de mim para tentarem, de alguma forma, me salvar. 

Mas antes que eu me aproximasse mais do chão, escutei uma explosão e logo em seguida fui envolvida por braços. O impacto de nossos corpos nos empurrou para o lado e o garoto nos virou no ar, me deixando em cima de seu corpo, assim, quando caímos, a queda foi amortecida por ele estar em baixo de mim e o fato de sermos empurrados para o lado, diminuiu a força com que bateríamos no chão. 

Levantei minha cabeça com dificuldade de seu peito, e por mais que eu já suspeitasse de quem era, agora tive a certeza de que era Bakugou que havia me salvado.  

— Você está bem? — ele tirou seus braços de minhas costas e levantou sua cabeça do chão rapidamente. Sua voz era de preocupação e euforia. 

— Sim — digo com a voz trêmula por conta do susto — obrigada por me salvar — sorri enquanto me levantava de cima do loiro  

— Eu disse que sempre iria te proteger — ele sussurrou e sorriu de canto aliviado levantando-se do chão — toma mais cuidado da próxima vez, idiota — ele provocou e eu ri com seu comentário 

Instantaneamente, uma multidão se formou em volta de nós dois. Alunos e professores nos cercavam, preocupados. Aizawa atravessou todos e se agachou ao meu lado. 

— Você se machucou? — ele colocou a mão no meu ombro, tentando se certificar de que estava tudo bem  

— Não, foi só um susto — eu sorri envergonhada de todos aqueles olhares em cima de mim — Bakugou foi rápido e conseguiu me segurar  

O professor suspirou aliviado e levantou para falar com o loiro. 

— Você está bem? — ele voltou sua preocupação para Bakugou 

— Sim — o garoto bufou e deu de costas para Aizawa, sendo teimoso e orgulhoso como sempre  

Observei Kirishima e Mina se aproximarem de mim, após alguns alunos se aliviarem e se afastarem. O ruivo estendeu o braço para mim e me ofereceu sua mão como ajuda para levantar. Sem pensar, inclinei meu braço para ele, mas antes que nossas mãos de tocassem, hesitei em continuar o movimento. Eu ainda estava brava com ele e ele nem sequer me pediu desculpa. 

— Tudo bem — neguei sua ajuda e apoiei minhas mãos no chão, me empurrando para cima e ficando de pé sozinha. Mina me abraçou e disse que estava aliviada por eu não ter me machucado. 

Me afastei dos dois e caminhei até Bakugou. 

— Eu quero tentar de novo — digo com convicção e ele me encara confuso  

— Então tente — ele responde desinteressado 

— Quero a sua ajuda — revelei sem mistérios 

O mesmo me encarou de cenho franzido, mas deu de ombros e me seguiu até o ponto mais alto das construções de Cimentus, onde eu estava antes de cair. 

O ginásio estava ficando vazio, a maioria dos alunos já estavam voltando para os dormitórios. Aizawa nos liberou 10 minutos a mais para eu tentar finalizar minha técnica secreta. 

Respirei fundo, encarando o chão que estava há metros de distância. O medo percorreu meu corpo novamente e eu hesitei, me afastando da borda do precipício. 

— Não dá, não consigo encarar a altura — balancei minha cabeça com as mãos em meu rosto, envergonhada da minha fobia  

— Eu já te disse que não precisa ter medo de altura — ele se aproximou e depositou sua mão em meu ombro — se você cair, eu vou te salvar — sua voz saiu baixa com a revelação. Como sempre, era difícil para ele dizer coisas vindo do coração. 

Encarei-o rapidamente com os olhos arregalados. Não é a primeira vez que ele diz isso, mas confesso que sempre que ele diz coisas delicadas desse jeito, meu coração chega a errar as batidas. 

Seu olhar me passava confiança e coragem. Com suas palavras, e aproximei da borda novamente, fechei meus olhos, e apliquei todo meu treino novamente. Passei do limite do concreto e me teleportei para o vazio em minha frente. 

Quando percebi que não estava caindo, abri meus olhos e pude vê-lo ao meu lado, em cima da construção, me encarando com orgulho em seu rosto. Criei coragem para encarar o chão e lembrei de sua frase. 

Eu sempre vou te salvar. 

Com isso, não tive medo de cair e ver o pior acontecer. Eu tinha a certeza de que ele sempre estaria ao meu lado para me salvar, por isso consegui criar coragem para me manter nos ares. Deste modo, me manti sem os pés no chão por mais um tempo. Objetivo concluído, eu havia criado minha técnica secreta. 

Teleportei novamente há alguns centímetros acima de Bakugou, em sua diagonal, me deixando cair com a força de gravidade em cima do mesmo. A distância foi exata para que eu caísse em seu pescoço, o agarrando e iniciando um abraço apertado. Antes que eu encostasse totalmente no chão, ele me agarrou e nos girou no ar para que não caíssemos para trás por conta do impacto. 

— Eu consegui! Eu finalmente consegui! — giramos em um abraço até que estivéssemos equilíbrio para nos manter de pé  

Me afastei dele, com um sorriso radiante e emocionante, e pude ver a satisfação estampada em seu rosto. Dava para ver que ele estava tão feliz quanto eu, por mais que ele tenha tentado esconder esse sentimento. 

Quando voltamos ao chão, observei Kirishima nos encarando entristecido e desviando o olhar quando ele percebeu que eu havia notado. Por mais que eu sinta pena de vê-lo assim, eu não posso fazer nada por ele. Eu gosto de Bakugou, e não vou me privar de interagir com ele por conta dos sentimentos de Kirishima. Não que eu queira magoá-lo, mas apenas não posso correspondê-lo, e quanto mais rápido ele puder superar esse amor, melhor para nós dois. 

Bakugou também notou o olhar de Kirishima sobre nós dois. O loiro reagiu convencido, como se estivesse ganhado uma rixa entre os dois. 

— Vocês ainda estão brigados? — perguntei me referindo ao ruivo  

— Eu ainda tô puto com ele — ele respondeu enquanto caminhava até a saída do ginásio  

— Vocês deveriam conversar e se resolver — admito enquanto o sigo  

— Não vou perdoar o que ele fez com você — ele bufou enquanto abria a grande porta em nossa frente — aquilo foi assédio 

Pensando bem, o que ele fez foi bem parecido com assédio mesmo. Eu estava tentando me enganar para não pensar sobre isso, mas não tenho como fugir da verdade. Ele é meu melhor amigo, eu sei que ele nunca faria nada disso, apesar de ele ter feito. 

— Talvez ele tenha tido a liberdade de agir daquela maneira por ele já ter tido esse tipo de intimidade comigo, então quando eu o beijei, ele deve ter pensado que eu sentia o mesmo que ele — dei de ombros fechando a porta e seguindo o caminho para o dormitório. 

Após minha fala, reparei na inquietação de Bakugou. Ele expressou irritação quando eu falei sobre Kirishima e nossa relação. Ele está com ciúmes de novo?  

De certa forma, eu admito que sinto uma pontada de felicidade quando o vejo agir assim, significa que ele se importa comigo e que não quer me ver com outra pessoa.  

— Sobre... o namoro de vocês — ele quebrou o silêncio minutos depois — o quão longe vocês foram? — sua voz saiu com dificuldade, como se ele tivesse tido que criar muita coragem para perguntar isso 

— Em qual sentido? — fico surpresa com sua pergunta íntima, tentando entender se era mesmo isso que ele queria saber 

— Você sabe — ele continua caminhando sem me encarar 

— Credo — lanço um olhar de nojo, colocando minha língua para fora enquanto penso em fazer qualquer coisa com Kirishima — nunca passou de beijos, e olhe lá, nós éramos novos para qualquer coisa, sem contar que o namoro nem sequer durou... no fundo eu nunca gostei dele dessa maneira 

— Entendi — sua voz saiu menos tensa, como se um peso tivesse sido tirado de seu peito 

— E você? Quem foi a garota que teve o privilégio da sua primeira vez? — pergunto na mesma intensidade, sem pensar direito na frase 

— O quê? — ele me encara confuso com as sobrancelhas arqueadas — pensei que você soubesse 

— Não, eu te conheci depois disso, provavelmente nem sei quem é a garota — continuei tentando manter a normalidade, como se fosse uma pergunta que não me incomodasse, mas na verdade, estou morrendo de ciúmes e inveja do que pode ter acontecido antes dele me conhecer 

— O quê? — ele parecia estar se fazendo de bobo, como se eu estivesse falando outra língua 

— ‘O que’ o quê? Se não quiser responder, tudo bem, só não finja de desentendido — perco a paciência e desvio meu olhar para a estrada  

— Você é idiota? — ele ri 

— Ta bom, não precisa me ofender só por que fiz essa pergunta, já entendi que foi uma pergunta besta que eu não deveria ter feito — bufei cruzando meus braços 

— Acho que a privilegiada foi você — ele responde finalmente e eu paro de andar no mesmo segundo, ainda tentando processar o que ele disse. 

— O quê? — descruzo meus braços, relaxando os músculos do meu ombro, e o encaro com os olhos arregalados 

— O quê? — ele parecia um pouco envergonhado com tudo isso 

— No meu aniversário, a gente jogou “eu nunca” e você disse que já tinha feito... isso com alguém — revelo finalmente os meus pensamentos, para que ele entenda toda essa confusão 

— Ah — ele olhou para cima, levando sua mão até seu queixo, como se estivesse tentando se lembrar de algo — eu tinha até esquecido disso — ele levou sua mão até a parte de trás de seu pescoço, apertando-o com timidez — Enfim, eu menti — ele sorriu me deixando mais confusa — eu pensei que todo mundo lá já tinha feito aquilo... todo mundo menos o Kaminari, claro. De qualquer forma, na mesma hora descobri que eu estava errado, mas já era tarde demais para desmentir, então não falei nada 

— Espera, então... — um sorriso involuntário se formou em meus lábios e eu escondi meu rosto em minhas mãos, tentando disfarçar a felicidade extrema que estava sentindo — desculpa — eu digo ainda cobrindo meu rosto — eu passei todo esse tempo pensando que eu era só mais uma na sua vida 

— Acho que essas coisas não são feitas com qualquer um — ele murmura 

— Então eu sou importante para você? — eu me aproximei dele animadamente, deixando nossos rostos há poucos centímetros de distância 

— Dá o fora — ele colocou sua mão no meu rosto e me empurrou calmamente para trás. Ele tentou disfarçar, mas eu pude observar suas maçãs do rosto levemente avermelhadas.  

É raro vê-lo corando assim, mas é sempre tão bonitinho. Ele raramente se envergonha, por isso quando o faz, é importante aproveitar e guardar o momento para sempre. 

— Enfim, acho que agora você entendeu por que o Kirishima me irritou — ele desviou o olhar novamente e continuou caminhando em linha reta — é desconfortável ver seu ex-namorado dando em cima de você na minha frente — ele interrompe sua fala automaticamente — quero dizer, que se foda, o problema foi você ter dito que não queria e ele continuar insistindo — ele se corrige rapidamente, apesar de eu saber que o primeiro motivo também é verdade 

— Hmmm — murmurei com um sorriso convencido — esqueci que você é ciumento — me aproximei do mesmo novamente, na intenção de provocá-lo 

— Cala a boca, garota — ele deu de costas e começou a andar mais rápido, tentando me deixar para trás 

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O grande dia da prova de licença provisória havia chegado. Eu me sentia preparada, treinei o suficiente para isso e estou confiante de que vou conseguir, e mesmo com essa sensação, eu ainda estava levemente nervosa. Não conhecemos os outros alunos e nem suas individualidades, mas por outro lado, eles nos conhecem muito bem. 

Assim que descemos do ônibus, o professor Aizawa deu um pequeno discurso, dizendo que esse era nosso momento de evolução, como crianças que estão parando de engatinhar e começando a correr. Antes que ele finalizasse suas falas, um garoto alto, usando uma espécie de boina, se misturou conosco e participou do grito de “plus ultra”. Era um garoto totalmente entusiasmado e seu uniforme revelava que ele estudava a Shiketsu, um grande colégio de elite de heróis que compete com a UA. O garoto disse que estava honrado e ansioso por disputar a prova junto conosco, tudo isso com um grande exagero na voz. Após ele se afastar, Aizawa nos explicou que esse era Yoarashi Inasa, um garoto que recebeu as melhores notas entre os alunos aceitos por recomendação, mas mesmo assim recusou a vaga na UA. 

Se ele foi aceito por recomendação... significa que ele é melhor que o Todoroki e a Yaomomo juntos. 

Um calafrio percorreu toda minha espinha e minha pele se arrepiou, me deixando hesitante. Todo o nervosismo que eu havia evitado, está retornando agora. Eu não esperava competir com pessoas tão fortes assim. 

— Ei — Bakugou me tirou de meus devaneios com um toque de sua mão no meu ombro — vai dar certo — ele aparentemente reparou na sensação que eu tive após descobrir que esse cara é mais forte que o mais forte da nossa turma 

— Tudo bem — eu sorri e assenti positivamente tentando deixar as preocupações de lado 

Logo depois, uma mulher de cabelos verdes se aproximou da nossa turma chamando atenção do nosso professor. 

Ela se parecia muito com a heroína do riso. 

Espera... ela é a própria Ms. Joke! 

E está pedindo para se casar com o Aizawa... Não sei se eles combinam como um casal, eles são totalmente opostos. 

Sua turma de alunos veio logo atrás dela. Eles eram do colégio Ketsubutsu, não era tão famosos quanto o Shiketsu, mas ainda tem alunos muito fortes. 

— Eu sou Shindo! — um garoto alto, de cabelos enrolados e morenos, estava cumprimentando a todos com uma energia solidária — deve ter sido difícil todos os apuros que passaram esse ano na UA — ele segurava nas mãos de Midoriya, Denki, Jirou — mesmo assim vocês ainda querem ser heróis, né? Que maravilha — desta vez foi a minha mão que ele segurou, como um cavalheiro, e apesar de ser atos terem a intenção de serem gentis, seu olhar dizia ao contrário. Um arrepio percorreu meu corpo novamente e eu senti uma sensação ruim quando ele falou comigo — e também tem o Bakugou, o centro do acidente de Kamino, você tem um coração forte — o garoto partiu sua atenção para o loiro em meu lado — hoje espero dar o meu melhor enquanto aprendo com você! — ele estendeu a mão para o Bakugou mas o mesmo a afastou 

— Pare de fingir — Bakugou resmungou diretamente — o que você diz não combina com o olhar em seu rosto 

Os outros alunos acharam agressivo o jeito que ele agiu, mas eu entendi o porquê disso, pois eu também senti essa mentira vindo dele. Eles com certeza querem nos destruir rapidamente, e toda essa cordialidade não passa de uma farsa. 

Depois de muitas interrupções, finalmente entramos no local da prova, após vestirmos nossos uniformes. O chefe da prova estava com uma voz de sono bem pior que a de Aizawa. Ele nos explicou como iria funcionar a primeira parte, sendo que apenas 100 alunos passariam para a segunda fase. 

— 100 alunos? — eu digo baixinho para Bakugou — tem mais de 1500 pessoas aqui, disseram que pelo menos metade passaria — eu abaixo minha cabeça com as mãos nas laterais dela — eu nunca vou conseguir 

— Relaxa, você ainda nem sabe o que teremos que fazer na prova — ele tenta me acalmar de alguma maneira — vai dar certo, estamos juntos nessa — ele apoia sua mão em meu ombro e sorri, me passando confiança e me tranquilizando de leve 

O organizador continua as explicações. Ele revelou que a primeira prova seria o seguinte: cada aluno terá 3 alvos com sensores que poderão ser colocados em qualquer lugar do corpo, contanto que não fiquem escondidos. Também teremos 6 esferas que usaremos para atingir os alvos das outras pessoas, e quando os três sensores acenderem uma luz vermelha, significa que estamos eliminados, se elas ficarem verdes, passamos para a próxima fase, e para passarmos, precisamos eliminar 2 participantes usando nossas esferas. 

Quando o homem terminou de explicar, as paredes se abriram revelando o local de prova em nosso redor, e assim que o sinal fosse dado, poderíamos começar a prova. 

Alguns colegas de turma discutiam sobre a classe permanecer junta na prova, pois assim poderíamos nos ajudar. Era uma boa ideia, mas rapidamente observei Bakugou correndo para longe da turma e decidido seguir um caminho solo. Eu não pude deixá-lo agir sozinho e logo me teleportei para o seu lado e continuei correndo ao seu lado, acompanhando-o. 

— O que tá fazendo aqui?! — ele perguntou surpreso e confuso enquanto permanecia com seus passos largos e rápidos  

— Eu vou com você! — digo enquanto corro na mesma velocidade que ele  

— Você devia ficar com a turma, é mais seguro — ele revelou com uma leve preocupação na voz — eu me afastei porque não preciso de ajuda de um bando de lixos — ele bufou  

— Se você não precisa da ajuda deles, então eu também não preciso — concluí um pouco irritada com a hipótese de ele pensar que eu precise de ajuda para passar na prova — de qualquer forma, estamos juntos nessa, né? Foi você quem disse — eu o encarei e sorri gentilmente  

Ouvimos o sinal que indicava o início da prova. Instantaneamente foi possível ver centenas de pessoas indo para cima de um pequeno grupo. A nossa turma.  

Aparentemente isso era chamado de “aniquilação da UA”, como eu ouvi alguns gritando. 

Merda, eles estão ferrados... 

Acho que no fundo foi bom eu ter me afastado. 

Me esforcei para acompanhar Bakugou que corria cada vez mais para longe. Eu tentava pensar em algum plano que ele pudesse topar junto comigo. Isso é difícil, já que ele provavelmente fará o que quiser sem me escutar. 

Enquanto eu me perdia em meus pensamentos, escutei os alto-falantes com a voz do examinador da prova dizendo que uma pessoa havia passado e que 120 pessoas haviam sido eliminadas. 

— Alguém sozinho eliminou 120 concorrentes?! Em menos de dois minutos de prova?! — um arrepio percorreu todo meu corpo no momento em que ouvi o aviso. Meu coração se acelerou e o mínimo de esperança que existia em mim, estava indo embora depois de descobrir o quão forte os outros são — eu nunca vou conseguir passar nessa prova — murmurei cabisbaixa e parei de correr atrás do loiro 

Alguns segundos depois, Bakugou parou e se tocou que eu não estava mais ao seu lado. Ele hesitou, mas voltou para trás, vindo em minha direção. 

— Olha, não dá mais tempo de desistir, muito menos de ficar parada aí se lamentando — ele apoiou a mão no meu ombro — você treinou para isso, então... só faz o que você sabe. Ser negada na prova de licença provisória não é o fim do mundo 

— Não foi muito motivador — continuei encarando o chão enquanto pensava em sair logo daquela arena e fugir da prova para evitar a humilhação 

Ele suspirou e encarou o céu. 

— Você tem um plano, né? — o loiro perguntou depois de alguns segundos em silêncio, como se estivesse pensando no que falar 

— Você também deve ter um, podemos seguir o seu — murmurei novamente 

— Vou seguir o seu — o encarei rapidamente, impressionada com o que ouvi. Nunca imaginei que ele aceitaria seguir o plano de alguém que não fosse dele mesmo 

Sorri vitoriosa e comecei a contar a minha estratégia. 

Um tempo depois observamos nossos alvos mudarem de cor para verde, o que significava que havíamos passado de fase. Juntamos nossas mãos em um toque de “high five” em comemoração à nossa vitória em conjunto e felicidade e orgulho tomaram conta de meu corpo após eu cair na real de que passamos graças à um plano meu. Permaneci alguns segundos com o sorriso intacto e encarando seus olhos vermelhos. Eu poderia beijá-lo agora sem nem hesitar. No lugar disso, me aproximei novamente e envolvi meus braços em seu pescoço, abraçando-o com emoção. Ele pareceu envergonhado pelo ato, mas correspondeu com os braços endurecidos e logo me soltou. Olhei em volta e pude perceber alguns olhares em cima de nós, o que me revelava o motivo dele ter hesitado em me abraçar, nós realmente nunca ficamos tão próximos desta maneira na frente de outras pessoas. 

De qualquer forma, seguimos o caminho indicado para a espera da próxima fase e entramos em uma sala junto dos outros alunos que haviam passado. Da nossa sala, havia apenas o Todoroki. Eu espero que todos consigam logo, falta apenas 40 pessoas para a prova se encerrar e 17 da nossa sala ainda estão lá. 

Me sentei em um banco ao lado de Bakugou que havia pego dois copos de água para bebermos. Eu ainda não estava acreditando que ele aceitou agir com a minha estratégia. Era um plano simples, que passaríamos despercebidos, mas que conseguiríamos passar para a próxima fase. Me espanta que ele aceitou algo que não o fizesse brilhar e se aparecer para todos. Quero dizer, o plano foi observarmos pessoas que estavam sozinhas ou em pequeno grupo, então se eu me teleportasse para trás de uma delas e agarrasse os braços, poderíamos apertar os alvos delas sem problemas, pois seria tão rápido que elas não teriam nem tempo de reagir. E foi exatamente isso que aconteceu. Observamos alguns alunos até temos certeza de que a individualidade deles não seria um ponto fraco para nós, e depois disso realizamos o plano em menos de cinco minutos, foi tão rápido que eles não conseguiram reagir, muito menos entender o que estava acontecendo. Eu só não entendi por que o Bakugou topou isso, ele costuma querer ser o centro das atenções e gosta de mostrar que é o melhor, mas com minha estratégia, ele nem sequer lutou com alguém. Ele teria feito isso só para eu me sentir melhor? Não... eu duvido, ele não se importa tanto assim. 

O tempo passou e por sorte todos os alunos da nossa sala conseguiram chegar na próxima fase por pouco. 

A dinâmica da próxima prova foi explicada. Seriam resgates em todos os tipos de desastres, a parte boa disso é que tivemos um incrível treinamento de resgate na USJ então provavelmente não teremos problemas com isso. 

As paredes da sala se abriram novamente, como na primeira vez, revelando a paisagem desastrosa em nossa volta. As pessoas que temos que salvar são atores, portanto teremos que salvar cada um de uma maneira, de acordo com o seu problema. Acompanhei Bakugou novamente e fomos em direção à zona montanhosa, onde encontramos dois rostos conhecidos que haviam chegado primeiro. 

Mina e Kirishima também se surpreenderam com o fato de todos termos pensado em ir para o mesmo lugar coincidentemente. 

— O que ta fazendo aqui?! — Kirishima perguntou irritado para Bakugou, mas sem querer saber da resposta 

— Que merda, Emma, fomos logo pro lugar que esse merda estava — o loiro bufou e eu suspirei, revirando meus olhos. Eu não estou pronta pra mais uma discussão desses dois 

— Kirishima, podemos trabalhar todos juntos — Mina tentou amenizar a situação 

— Não vou trabalhar junto desse lixo — o ruivo deu de costas e começou a caminhar para outro lugar — vamos achar vítimas que valem mais pontos — ele disse para Mina que acabou seguindo-o após cochichar uma “desculpa” para mim 

— Nós ainda estamos aqui — uma das vítimas murmurou sem entender todo o ocorrido 

— Desculpa pela confusão, senhores — me desculpei e me teleportei para perto deles — conseguem se mover?  

— Sim, estamos um pouco machucados e assustados, mas acredito que podemos nos mover — o homem me revelou. Eles pareciam tranquilos e os ferimentos eram superficiais, eles provavelmente são vítimas de menos importância nesse resgate 

— Certo, preciso que mantenham a calma, eu vou tirá-los daqui — aconselhei — Bakugou, me ajuda aqui — pedi, mas não obtive resposta. Ele já estava de costas indo para outro lugar 

— Eles que se salvem sozinhos — ouvi sua voz irritada de longe — não disseram que conseguem se mover? Pois então que caminhem sozinhos até a área de enfermagem 

Revirei meus olhos com o que acabei de ouvir, mas não me deixei levar pela infantilidade. 

— Certo, eu consigo sozinha — afirmei num tom de voz baixo para mim mesma — senhores, preciso que me deem as mãos — pedi. Era um homem e uma mulher, eu conseguiria facilmente levá-los para a área indicada — minha individualidade é teletransporte, é assim que vamos sair daqui. Não se preocupem, é totalmente seguro e vocês estarão salvos em segundos. Vocês sentirão uma sensação estranha, como se estivessem em um vácuo, mas vai durar menos de um segundo 

Os dois concordaram e fizeram o que eu pedi. Em menos de 2 segundos estávamos na área segura. 

Repeti o mesmo processo mais umas dez vezes. Encontrei algumas vítimas um pouco mais feridas, algumas nervosas, apavoradas e algumas em lugares mais perigosos. Tentei agir da melhor maneira com cada uma delas. O resgate de todas foi um sucesso e foi bem rápido, levando em conta minha individualidade. 

O tempo acabou e já estávamos reunidos esperando os resultados. 

O telão revelou os nomes dos alunos que conseguiram a licença provisória. 

... 

Emma Tanaka 

O nome estava lá. 

Eu consegui a licença provisória. Agora posso atuar de igual para igual com os heróis profissionais. Felicidade tomou conta do meu corpo e eu não poderia estar mais orgulhosa. Minha vontade era de sair pulando e gritando por toda essa arena. A Emma de um ano atrás nunca imaginaria estar passando por isso.  

Depois de superar toda a adrenalina que corria pelo meu corpo, senti uma áurea sinistra vindo do meu lado. Desviei o olhar e vi a sinistra expressão no rosto de Bakugou. Olhei para o telão de novo e não achei o nome “Katsuki Bakugou”. Ele não passou? O melhor da sala não passou na prova de licença provisória?! Isso é mesmo possível? Só pode ter sido culpa minha... se ele tivesse seguido o plano dele, provavelmente teria passado. Ele atrairia olhares com todas as suas habilidades e com certeza teria ganhado pontos por isso. 

— Ei — me aproximei receosa do loiro — desculpa, se você tivesse usado sua estratégia, nada disso aconteceria 

Ele não me respondeu. Apenas continuou com sua expressão ameaçadora.  

Parando para pensar, a culpa disso não foi minha, senão eu também não teria passado. O problema disso é que ele ainda não entende o que é ser um herói de verdade. Ele só pensa nos holofotes e na fama. Ainda não entendeu que ser um herói é ajudar os outros também. Ele não passou porque agiu impulsivamente na segunda fase e não quis ajudar os civis. Se bem que no fundo, talvez ele mereça isso, quem sabe, desta forma ele entenda. 


Notas Finais


espero que tenham gostado <3 provavelmente nao vou demora tanto para postar os proximo capitulos


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