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História Sonho de Fã (vol. 1) - Nada Além da Verdade


Escrita por: destielife

Capítulo 2 - Nada Além da Verdade


Fanfic / Fanfiction Sonho de Fã (vol. 1) - Nada Além da Verdade

"Tolos", disse eu,

"vocês não sabem

Silêncio cresce como um câncer

Escute minhas palavras

que talvez eu possa te ensinar

Pegue em meus braços

e talvez eu possa te alcançar"

Mas minhas palavras caíram como gotas silenciosas de chuva

E ecoaram nos poços do silêncio.

— The sound of silence,

Disturbed


ANTERIORMENTE

Foi tudo tão rápido que nem percebi, quando subi as escadas correndo, um barulho, uma dor na perna, me virei. Eu tinha recebido um tiro, olhei para eles, minha visão ficou turva. Bobby Singer, Dean e Sam Winchester estavam na minha frente. E eles eram reais para caralho.


AGORA

aniversário da Emma

00:00


Todo mundo cantava sorridente "parabéns para você", era uma típica festa de aniversário em família. Emma sorriu. Ela não conseguia acreditar que todos estavam ali, seus pais, seus irmãos, parentes distantes, seus colegas da natação e seus dois melhores amigos.

A decoração definitivamente tinha sido feita pela sua mãe, estava simplesmente incrível, tudo em preto e vermelho, tinha posters das suas séries e filmes favoritos para todo o lado.

Sua irmã Jenny vinha em sua direção com o bolo nas mãos, sorrindo, colocou em cima da mesa junto com o resto dos doces.

— feliz aniversário, mana! — Emma sorriu e piscou para sua irmã.

— faça um desejo. — alguém do fundo gritou.

Ela ia começar a falar quando seu amigo, sorrindo, apertou sua mão.

— não pode dizer em voz alta, se não, não se realiza, lembra? — Sussurrou em seu ouvido.

Emma fechou os olhos com tanta força que quase podia sentir a dor vindo, então soprou, as velas se apagaram e todos bateram palmas.

— então, o que desejou? — sua irmã perguntou em seu ouvido.

— se eu disser, não se realiza.

•••

Emma abre o olhos e, por alguns segundos, desnorteada, admira o teto branco. Ao tentar se mexer sua perna doe, então tudo que aconteceu volta a sua mente.

Ela tinha mesmo conhecido Sam e Dean Winchester? claro que não! Não pira Emma!

O cheiro de hospital só piorava o enjôo que estava sentindo, até que ela começa a ouvir uma discussão que vinha do lado de fora da porta.

— eu vou entrar lá e...— Sam o interrompe. — você fez os testes Dean, ela é humana, então espere a garota acordar e poderemos todos esclarecer isso.

— tá bom, mas como ela sabia o nome do bobby? E sobre a faca da Ruby?

— estou tão frustrado e surpreso quanto você, Dean, mas não podemos ataca-la, ela não é um mostro.

— você não sabe disso. — Bobby tosse, interrompendo a discussão dos dois.

— Dean, Sam está certo, não podemos machuca-la, é só uma menina. — Sam sorri. — E Sam, Dean está certo, o que quer que tenha acontecido para fazer com que ela fosse parar bem na minha casa, não foi coincidência. Temos que descobrir o motivo.

Um barulho seguido de um grito agudo de dor foi ouvido e os três empurraram a porta avistando Emma caída no chão.

Sam a ajuda a se levantar e a se sentar novamente na cama.

— que porra é essa? — Sam se assusta um pouco com o linguajar da colegial, mas até entendia o fato dela estar brava, seu irmão era um idiota.

— olha, eu sinto muito pelo tiro que meu irmão deu em você, na verdade todos sentimos muito, — Sam vira olhando para Dean, que revira os olhos. — acho que só ficamos todos nervosos pelo seu conhecimento sobre nós.

— É, foi mal. — sucinto como sempre, pedir desculpas não era mesmo o forte do Winchester mais velho.

— isso é impossível, só pode ser uma pegadinha né? Porque não faz nenhum sentido... Vocês... Eu... — continua divagando com um olhar perdido, assustado.

— ela não fala nada com nada. — Dean sussurra para o Winchester mais novo. — vai ver ela só é doida mesmo.

— Ei, eu ouvi isso! — Emma exclama, com um olhar raivoso. Sam solta um pigarro e vai em direção a garota com um olhar confuso.

— olha...

— Emma.

— Emma, como eu disse, sentimos muito pelo tiro, só ficamos um pouco surpresos sobre o quanto sabia sobre a gente.

— incrível, incrível mesmo, olha eu tenho que agradecer a minha família, porque eu não sei como eles bolaram isso tudo, e eu quero um autógrafo de vocês depois, com certeza, onde é que estão as câmeras? Está tudo bem eu já descobri tudo.. — Emma continua falando enquanto os três caçadores apenas se entreolham sem entender nada, ela devia estar mesmo louca.

O médico interrompe o discurso que Emma estava fazendo chamando os três para fora do quarto, algo de muito sério parecia ter acontecido.

— o que houve doutor? — Bobby pergunta, preocupado.

— tem algo que eu preciso mostrar a vocês. — a tensão se mostrou presente a todo tempo, apesar de estarem preocupados sobre o excesso de informações que a garota sabia, eles não queriam que ela morresse ou algo do tipo, pelo menos não todos.

Entraram em uma sala toda branca que parecia ser o consultório do próprio médico, que foi comprovado segundos depois quando Sam avistou uma fotografia de uma família feliz em uma manhã de natal.

Se sentando, o médico pegou um envelope em sua gaveta e se levantou indo em direção aos três.

— ficamos preocupados com o que poderia ter feito uma garota tão nova a levar um tiro... — Sam interrompe.

— a gente acredita que ela pode ter sido assaltada sabe, apesar de nova, a Emma é uma garota bem durona, pode ter reagido sem pensar.

— claro, como eu estava dizendo, todos nós ficamos bastante preocupados, mas, isso pareceu pequeno quando, bem... Fizemos exames de tomografia e encontramos algo.

— o que foi doutor?

— vejam por si mesmos e tentem entender porque nem eu, nem ninguém da minha equipe conseguiu. — responde, entregando o envelope ao Winchester mais novo.

Ao abrir o envelope e pegar os exames eles viram vários símbolos diferentes e, que por incrível que pareça, eles não faziam nem ideia do que poderiam significar.

— está marcado nos ossos dela, não sabemos o que pode ter causado isso, ou se alguém fez isso com ela, apesar de parecer impossível. Vocês sabem o que significa? — pergunta incisivo.

— não, não fazemos ideia. — Dean estava ficando preocupado, isso estava ficando maior do que ele imaginava. Precisava falar com Castiel sobre isso, rápido.

Uma enfermeira abriu a porta, exasperada.

— a garota, ela fugiu.

— o que? — os três exclamaram.

Eles saíram da sala as pressas e foram direto para o quarto de Emma mas ela não estava lá e não havia nenhum vestígio dela.

— Para onde será que aquela maluca foi? — Dean sussurra.

— o estacionamento! — Sam murmura em reconhecimento. — ela está tentando fugir.

— é, mas ela vai aprender que ninguém foge de um Winchester.

Os dois foram em direção ao estacionamento, correndo contra o tempo o máximo que podiam, eles precisavam chegar lá logo antes que a pequena Emma conseguisse fugir.

Assim que a vê, Dean estanca.

— Sam, eu vou mata-la.

•••

— Eles parecem se importar bastante com a menina, diga, o que vocês são dela? — o médico pergunta, virando na direção de Bobby.

— bem, somos parentes distante do... Lado paterno da família, a menina veio passar uns dias com a gente, não podíamos imaginar que isso iria acontecer.

— sabe, vocês caçadores já souberam mentir melhor. — sorri malicioso, mostrando os olhos completamente pretos.

— mas que droga. — Bobby geme em desgosto e saca a faca da Ruby que, por sorte, havia ficado com ele.

O demônio tenta retirar a faca de sua mão mas Bobby revida e enfia a faca no braço dele, forçando sua mão, empurra o demônio contra a parede.

— calma, gafanhoto. — o demônio sorri para o caçador — eu não quero brigar.

— não me diga. — revida irônico.

— Só vim entregar um recado para os Winchesters e você como um bom garoto vai passar pra eles. — empurra Bobby e joga a faca pra longe. — a garota é nossa.

•••

Emma viu os três saírem juntos com o médico, então se levantou e tentou sair com mais calma para não repetir o desastre de cair novamente e dessa vez não ia ter nenhum Winchester bonitão para salva-la.

Não que ela realmente acreditasse nisso, era loucura demais para ser verdade, se os Winchesters existiam então quer dizer que tudo que ela viu, todo mal, existia na vida real e ela não podia pensar em nada pior do que fazer parte disso.

No banheiro, pega o saco com a suas roupas e os pertences que a enfermeira havia mandado lavar já que estava cheio de sangue e se trocou. Sai do quarto de cabeça baixa e vai andando devagar pelo corredor, ela ainda mancava pela dor do tiro então precisava ser cautelosa porque se alguém a pegasse ela não tinha como correr.

Anda em direção a saída e depois até a porta do estacionamento, ela não podia ir para casa a pé e seu celular tinha descarregado, ou seja, sem chance de chamar um táxi.

Será que se eu voltasse eles me deixariam usar o telefone? Não, muito arriscado.

Emma anda mais um pouco e vê algo que ela jamais imaginaria ver em sua curta vida: o impala 1967. Deus, aquela belezura era de verdade, ela estava paralisada, aquilo sim era um sonho. Ela vai em do direção carro e o admira por alguns segundos, tenta abri-lo mas estava todo trancado. Retira o casaco que estava usando, enrola na mão e murmura um "desculpa Dean" quebrando a janela do carro em seguida.

Sentada no lugar do motorista, começa a procurar as chaves por todo carro, mas parecia que o Winchester mais velho as tinha grudada em seu ser. Suspirando, desesperada para sair dali, uma ideia veio em sua cabeça, então ela tentou fazer uma ligação direta com os fios do Impala.

— vamos, não pode ser tão difícil, as pessoas fazem isso nos filmes o tempo todo. — murmura.

— ora, ora. — Dean grita de forma firme fazendo com que Emma se assuste e bata a cabeça.

— olá, Dean. — sorri amarelo. — como vai o seu dia? Bom, ruim?

— na verdade bem ruim, mas vai melhor quando eu acabar com você. — diz indo para cima da garota, mas Sam o segura.

— Pra que tanta agressividade? Onde está sua paz, seu amor ao próximo?

— Destruiu a janela do meu carro sua pirralha, a única coisa que sinto por você é raiva.

— é só uma janela, a baby vai ficar bem, quer dizer, não é o fim do mundo, até porque, ele já aconteceu não é mesmo? Ou quase, graças a vocês. — diz rapidamente, nervosa.

Dean paralisa com a fala da garota e Sam dá um suspiro, surpreso.

— diga de uma vez, como sabe tanto sobre nós?

— eu sou Deus.

— o que? — Sam questiona, mas antes que Emma pudesse pensar em uma resposta Bobby aparece correndo assustando à todos.

— Demônios... Hospital.... A garota... Embora... — tentou explicar mas estava sem fôlego, a idade tinha de fato chegado.

— o que é isso Bobby, tá precisando se exercitar, malhar o braço. — Dean sorri brincalhão.

— vá para o inferno. — respira fundo e se vira para o carro. — tem demônios por todo lado, consegui despista-los mas não vai durar muito, peguem a garota e saíam daqui, eu vou seguir vocês.

Sam confirma e entra no carro junto com os outros, se tinham demônios aqui, só podiam estar atrás da garota. Tinha coisa grande vindo, ele podia sentir.

— acha que os demônios estavam atrás dela?

— provavelmente, se ela sabe isso tudo sobre a gente, deve saber de muito mais.

— Talvez ela seja profeta como Chuck. — Dean resmunga. — o que quer que seja eu não gosto nem um pouco.

— Ei, eu estou bem aqui! — Emma exclama do banco de trás, fazendo Dean revirar os olhos.

— temos que falar com Castiel, se alguém vai saber se ela é profeta ou não esse alguém é ele.

— Espera, estamos falando do anjo do senhor, gentil e inocente, de olhos azuis, Castiel?

— parece que temos uma fã aqui. — Dean ironiza.

— Ah, não se preocupe, eu também gosto de vocês. — diz apertando as bochechas deles.

— você gosta da gente, que lindo, vamos todos nos abraçar em uma roda de amor e fraternidade enquanto toca Taylor Swift.

— Taylor Swift? — Sam e Emma questionam em uníssono, deixando o Winchester mais velho vermelho.

O silêncio reina pelo resto da viagem exceto por AC/DC que tocava no volume máximo, Emma batucava seus dedos na perna e balançava a cabeça levemente ao som da música. Assim que o carro é estacionado na garagem de Bobby, Sam a ajuda a sair do carro, sua perna ainda doía muito pelo tiro que Dean havia dado nela.

Se sentando no sofá Emma olha novamente para os três rostos que ela acompanhou na TV durante anos e que não podia acreditar que eram de fato reais. Ela estava surtando por dentro.

Emma Houston estava finalmente conhecendo Dean e Sam Winchester? Isso, ela não tinha decidido ainda.

— Então, que tal começar a falar. — pronuncia-se Bobby, segurando uma cerveja.

— Eu tenho que falar? Quer dizer, isso não pode ser real, esse mundo não pode ser real, vocês não podem ser reais.

— escuta garota, isso aqui é bem real, nós somos bem reais, o tiro que eu dei em você é bem real, então, há não ser que você queira ficar mancando da outra perna, é melhor começar a falar. — Dean termina de falar.

Emma engole em seco, com medo. Lembrando de todas as vezes que sorriu ao ver os irmãos intimidando alguém na série, como torceu por eles, como odiou os vilões. Só que agora, era a vez dela de pagar o preço.

— sabe, isso era bem mais divertido quando eu assistia vocês na televisão. — Ela exclama, dando um sorriso amarelo.

— na televisão? — Sam questiona, os rostos demonstrando completa surpresa e incredulidade.

pois é, vai ser uma longa noite.



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