– Apreciando a vista Swan?
– E que vista Mills – me aproximei e selei nossos lábios – Preciso falar com você – disse me afastando e vi seu rosto com uma feição preocupada.
– Claro – ela deu um sorriso não muito confiante.
– Meu aniversário é em duas semanas, não é uma festa porque nunca gostei, mas mamãe vai fazer um jantar em casa para quem eu quiser, e, ham, bom, eu queria te convidar – disse com a voz sumindo aos poucos.
– É claro que eu vou minha loira – um sorriso largo estava presente em sua face, não disse nada apenas a abracei – Preciso terminar o jantar.
– Tudo bem, vou lá na sala com o Killian.
– Já disse olá para minha querida mamãe – Killian perguntou debochando quando apareci na sala.
– Já, seu ridículo – me sentei ao seu lado no sofá.
– Você me ama – ele mostrou a língua – Agora me conte tudo e não me esconda nada.
– Aí Kill, não sei nem por onde começar, mas está tudo indo tão bem, que eu tenho medo de ser um sonho e quando acordar estar vivendo aqueles dias novamente.
– Você não vai acordar Em, é real – ele apertou minha mão.
– Sua mãe está sendo incrível, eu nunca imaginei que ela conseguisse se transformar nesse pessoa.
– Ela está tentando, por ela, por nós, mas Emma você é o ponto principal na vida dela, se agora minha mãe está procurando por ajuda e se esforçando parar melhorar, é por sua causa, ela quer ser melhor para te merecer.
– Ela realmente gosta de mim não é?
– Ela te ama loira, eu posso ver nos olhos dela.
– Regina se tornou alguém que eu não consigo não ver em meu futuro – disse sorrindo e Killian me abraçou.
– Eu tenho que te agradecer Emma, você trouxe minha mãe de volta à vida, e eu serei eternamente grato a você.
– Não tem o que agradecer Kill, quero te fazer um convite, daqui a duas semanas é meu aniversário, jantar na mina casa no sábado.
– Eu tenho opção de recusar?
– Não!
– Eu imaginei, mas não iria recusar, quem recusa comida de graça? – eu ri desvencilhando de seus braços e sei um soquinho em seu ombro.
– Você não vale absolutamente nada.
– Eu sei, mãe senta aqui – foi quando percebi que Regina estava encostada no batente da porta.
– Não quero atrapalhar vocês.
– Vem morena – chamei e ela veio se sentar do meu lado.
– E mais uma vez o Killian aqui fica de vela.
– Presta atenção garoto – Regina disse de forma brincalhona.
– Vai no aniversário da Em mãe?
– É claro – Regina assim que disse deu um beijo em minha bochecha.
– Aí minha diabetes – Killian dramatizou levando uma mão a cabeça .
– Você não.
– Vale nada – ele me interrompeu – Você já disse isso, vejamos, um milhão de vezes talvez?
– Cheguei – escutamos a voz de Aurora atravessar a porta – Oi Emma – Aurora me cumprimentou e olhou para a forma que Regina estava comigo.
– Oi – eu disse a ela.
– O que é isso? – perguntou apontado para nós duas sentadas no sofá.
– É o que você está vendo Aurora – Regina olhou para mim e eu assenti sabendo o que ela iria falar em seguida – Emma e eu estamos juntas.
– Mas, mas, como?
– Da mesma forma que você e seu namorado? Que pergunta filha.
– Eu sei mãe, é chocante, mas se você está feliz com isso não sou eu que irei criar problemas – me surpreendi, achei que Aurora seria um problema.
– Obrigada querida – Regina disse e Aurora se sentou no outro sofá.
– Então quer dizer que os suspiros enquanto mamãe fazia o café da mãe tinham uma dona loira de olhos verdes? – Aurora disse e Killian gargalhou, enquanto eu via Regina ficar corada.
– Chega, vamos jantar já que todos estão aqui – Regina disse e se levantou apressada em direção a sala de jantar e mais uma vez seus filhos explodiram em uma gargalhada.
O jantar foi maravilhoso, Killian e Aurora ficaram pegando no meu pé e no de Regina o jantar inteiro. Aproveitei e chamei também Aurora para meu aniversário.
Eu estava me sentindo bem, me sentindo em casa.
– Certeza que você tem que ir? – Regina perguntou enquanto estacionava em frente a minha casa – Eu posso dar meia volta com o carro, e você dorme comigo.
– Tentador, muito tentador, mas eu preciso mesmo ir.
– Tá bom – vi um bico adorável se formar nos lábios de Regina, me aproximei e lhe dei um selinho.
– Desfaz o bico marrenta – assim que terminei a frase Regina me puxou aprofundando o beijo carregado de luxúria.
– Eu vou sentir a sua falta – ela disse com a testa colada a minha.
– Você vai me ver amanhã.
– Muito tempo.
– Vai passar rápido – lhe dei outro beijo e tomei coragem saindo do carro e indo em direção a porta.
Eu estava feliz, ela me fazia feliz.
***
– Chegou tarde ontem de novo – mamãe disse assim que coloquei meus pés na cozinha.
– Bom dia para a senhora também – disse e meu arrependi no instante seguinte quando vi a carranca que se formava em seu rosto.
– Não estou para brincadeiras Emma.
– Desculpa.
– Então me responda, ficou até aquela hora na casa daquela mulherzinha.
– Essa mulherzinha tem nome mamãe – eu disse já irritada com a implicância da minha mãe com Regina – E respondendo sua pergunta, sim, fiquei até aquela hora na casa dela.
– Você me respeite Emma Swan – nome inteiro, eu estava fodida – E vá falando a verdade, sei que estava com quem está se relacionando, eu não quero ver filha minha até tarde na rua e sem eu saber com quem, ou se esqueceu que ainda é menor de idade?
– Eu estava sim na casa da Regina, não acredita? Não posso fazer nada. Só por duas semanas mamãe, e aproveitando eu chamei Regina juntamente com Aurora e Killian então por favor, não faça uma cena no meu aniversário – dei as costas ouvindo minha mãe me chamando, não dei atenção, sei que não iria conseguir segurar minha língua caso voltasse.
– Bom dia Em – Ruby disse assim que passei o portão, na noite passada enviei uma mensagem a ela, pedindo que me encontrasse em casa para irmos até o clube, os treinos estavam tomando meu tempo, e aquele era o único momento que eu tinha para conversar com minha amiga.
– Bom dia loba, então em duas semanas jantar em casa.
– Pode deixar, que minha presença está confirmadíssima! Mas me conte, como anda com Regina? – Ruby estava ciente de tudo que estava acontecendo comigo e com Regina.
– As mil maravilhas, sério ela é perfeita.
– Eu vivi para ver Emma Swan rendida por alguém.
– Para de ser besta, mas ela me faz bem, eu sinto que pertenço a ela sabe, é difícil de explicar.
– E como está sua relação com sua mãe?
– Péssima, e para ajudar tem a implicância dela com a Regina, minha mãe irá surtar quando saber.
– Ela realmente vai.
Continuamos conversando até chegar ao clube, e ela seguiu em direção a escola e eu entrei, para o meu mundo.
– Bom dia linda – Regina disse vindo em minha direção e me dando um selinho.
– Bom dia morena, me abraça? – ela olhou com a sobrancelha arqueada – Só me abraça.
E assim ela fez.
O peso que eu estava sumiu, eu pude esquecer toda a conversa com minha mãe.
Eu pertencia a ela.
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