1. Spirit Fanfics >
  2. Sonhos Selvagens - Mad Archer >
  3. Toda vez que o sol nasce

História Sonhos Selvagens - Mad Archer - Toda vez que o sol nasce


Escrita por: Witchlynn

Notas do Autor


Heey, uma grande olá hétero para todxs vocês.

Aaaaaa queria agradecer a todos os comentários e favoritos, eu amei receber-los. ♥

Sem mais, boa leitura! ♥

Capítulo 2 - Toda vez que o sol nasce


Fanfic / Fanfiction Sonhos Selvagens - Mad Archer - Toda vez que o sol nasce

Capítulo 2 – Toda vez que o sol nasce

Tudo começou há oito verões.... Eu tinha 17 anos. Estava na festa a fantasia dos irmãos Boyd. E...

“Te senti em minhas pernas antes mesmo de te conhecer

E quando estive ao seu lado, pela primeira vez,

Eu te disse

Te sinto no meu coração, e nem mesmo te conheço”.

- Identidades por favor? – Um cara loiro, gigante, com roupas de neve barrou a entrada. Segundos depois, ele desfez os braços cruzados, assim como sua feição séria. – Estou brincando, qual é, não tem essa na festa do... Kristoff-Bjorgman! – Gritou seu nome como se fosse algo inteiramente importante e acenou para que seu amigo a frente pudesse abrir a trava magnética.

- Pode entrar meninas. – Philip Boyd, o organizador da “festa a fantasia aleatórias na piscina” falou fazendo uma reverência e também jus a sua fantasia de príncipe.

- Fala-Sério! – De longe, precisamente, da outra ponta da piscina, Alice revirava os olhos tomando um coquetel de frutas.  Entediada na borda, sugava o canudinho, suspendendo a barra de seu vestido vermelho. Habituada a ver líderes de torcida caracterizadas de princesa, acabou se surpreendendo ao ver uma fantasia incomum surgir entre elas.

Alice engoliu em seco, sentindo arrepios percorrerem sua espinha.

A garota que -parecia estranhamente deslocada das outras-, trajava roupas medievais por baixo de uma capa marrom de couro sintético, tinha cabelo trançado até a ponta e arcos flechas pendurados nas costas.

Se aquelas águas fossem cristalinas quem sabe Alice pudesse ver no reflexo, suas pupilas dilatadas.

Depois de um tempo a encarando de longe, começou a tocar uma música eletrônica chamada “Clarity”, Alice então, resolveu criar coragem de ir até lá. Porém quando tirou os pés da piscina, alguém foi mais rápido.  

- Oi. – Philip apareceu com duas bebidas em mãos.

- Oi.  – A garota responde sem muito entusiasmo.

- Aceita uma margarita?

- Porque não? – Aceita a bebida, sem dar muita atenção a Philip. Parecia procurar algo em meio à multidão.

- Está gostando da festa?

- É isso aí.

- O quê?

- Eu não sei. A música está um pouco alta, então eu não pude ouvi-lo.

- Então você apenas riu e disse “é isso aí”?

A garota bebericou a margarita e ainda sem olhá-lo repetiu.

- É isso aí.

- Acho que nunca te vi. – Ele continua, desta vez encurtando a distância. – Aonde estava escondida todo esse tempo?

- Turma C. – ela limita-se a dizer, dando dois passos para trás, Philip tinha cheiro de cigarros, coisa que odiara.

- Você parece um anjo – Galanteou, mordendo seu lábio inferior. – Só que sem asas. – Soltou uma piscadela.

“É sério? Não dava para ser mais original? ” – Alice se perguntava mentalmente.

- Ou seja... uma pessoa normal? – Rebateu sem ânimo na voz.

Ele para por alguns instantes analisando toda sua seriedade e logo após solta uma gargalhada forçada.

- Descontraída, gostei. – Ele força outra risada. – O que acha de mudarmos isso? Podemos ir lá para cima e nos conhecer melhor.

Ela suspirou, claramente desconfortável.

- Quem sabe outra hora? Acho que vi uns rostos conhecidos. – Responde tentando se esquivar. Mas quando se move para ir, Philip prende o seu pulso.

- A festa começou agora. Seus amiguinhos podem esperar. – Antes que pudesse se aproximar mais, foi impedindo por um balde de nuggets mirados e acertados prontamente em sua nuca. – Que porra foi essa?! – Vira-se procurando na multidão o culpado.

O grito chama atenção de todos na festa, o dj para o som e Philip estreita os olhos para uma pessoa meio à multidão de adolescentes.

- Culpada. – Alice percebe o foco e levanta seus braços.

- Qual o seu problema? A gente estava se divertindo.

- Bem, esta é uma frase bem enganadora. Eu nunca soube que fazer mulheres de objeto era divertido. – Debochou.

Os dois fecharam os punhos em sincronia e se encaram com raiva.

- Ashley. – Philip apelou pela irmã.

Logo, uma loira fantasiada de cinderela vem desfilando.

- Ora, sua petulante. – Esbraveja tomando as dores. Mas antes que possa chegar até Alice, é empurrada na piscina. – Meu coque sofisticado! – Choramingou levando as mãos à cabeça ensopada. – Vai ficar aí parado Philip? – Rosnou para o irmão. – Me ajuda aqui.

Alice aproveitou a ocasião para fugir, haviam brinquedos de ar comprimido espalhados pelo jardim e foi uma das torres de um castelo inflável que escalou.

- Não pode ficar aí para sempre, Tilly Jones. – Gritou submersa – Eu vou pegar você – disse para a garota que Philip deu em cima. – E sua amiguinha insolente. 

- Amiga é uma palavra forte.

(...)

Alice desceu pelos galhos de arvores e optou por dar a volta no quarteirão, assim, não corria o risco de passar frente a mansão dos irmãos Boyd. Chegando no prédio abandonado, o qual havia passado o dia, atravessou a janela do primeiro andar e entrou.

- Lar doce lar.

Em meio as suas coisas espalhadas, apanhou uma luneta e começou a admirar a lua. Estava distraída demais para notar que havia mais alguém ali.

- Parada, espiã. – Assustou-se com a voz atrás de si, virando-se abruptamente. – Quem é você? Quem te mandou?

 - O quê? Ninguém me mandou. – Respondeu. Tinha uma besta apontada para sua testa. – Isso é de verdade? – Com os braços arqueados, ela tocou na pontinha da flecha.

- São de prata. – Disse rapidamente. – Porque estava me vigiando garota da torre? Pensa que eu não vi você me encarando lá na festa.

- Garota da torre?                

 - Você ganhou esse apelido quando fugiu pela torre de ar. Sabe como são adolescente... – explicou antes de voltar com a posição de ataque. – Então?

- Primeiro lugar, eu não estava te vigiando. Eu só.... – Tomou folego sentindo seu rosto queimar. “Nossa, ficou tão na cara assim? ” Pensava. – Te achei bonita, só isso.

- Ah – desviou o olhar com timidez. – E o que faz no meu lugar de esconderijo?

- Seu lugar? Veja. – Apontou para as coisas no chão. – Eu cheguei primeiro. Nem sequer te conheço.

 - Então porque me defendeu?

- Nossa, você faz perguntas à beça. – Alice revirou os olhos, notando que ela não mudou a posição em nenhum momento. – Dá para baixar isso? Sei que não vai me atacar. Segundo, ele estava sendo um babaca. – Disse como se fosse óbvio. A garota ponderou, abriu a boca, mas nada saiu. – Sua vez. – Arqueou uma sobrancelha. – Porque empurrou a Ashley na piscina?

- Ela estava sendo uma babaca. – Rebateu no mesmo tom. Elas se olharam profundamente e sorriram. – Alice.

- Qual sua fantasia? – Alice perguntou a analisando dos pés à cabeça. – Digo, exatamente.

- Estou de Robin Hood. E sim eu sou uma garota.

Alice abriu um sorriso sugestivo.

- Nobin.

- O quê?

- Nova Robin Hood, Nobin.

- É, não me chame disso.

- Porque? É legal.

- Não é legal, okay? É diferente. Se a nova garota ouvir você me chamar disso, vou ser zoada por toda escola.

- Que nova garota?

- A que chegou há três dias. Quanto tempo está aqui?

- Alguns dias.

- Vai dormir aí? Sabe que não é uma torre, que pode descer a qualquer momento, não sabe? – Brincou. Alice nada respondeu, então ela girou seus tornozelos em direção a saída. – Eu tenho que ir.... Vai amanhecer logo, minha mãe deve estar louca!

- Espera.... – Alice parou na sua frente. – Fica para ver o nascer do sol. – pediu. Robin suspirou, ainda relutante. – Qual é?! Não vai querer acordá-la uma hora dessas, não é? – Robin sentiu uma mão quente tocar levemente no seu pulso esquerdo. – Por favor, Nobin.

A forma como Alice proferiu as palavras, juntamente com o contato inesperado fez a pele de Robin ruborizar. Ela sentiu seu coração acelerar e um formigamento surgir no seu ventre. Estavam atraídas uma pela outra e sabiam disso. 

- Okay. – Disse ela, dando um passo para trás. Tentava se recompor. – Mas só se parar de me chamar assim.  

Alice fez um sinal de boca fechada e afastou as cortinas envelhecidas.

- A vista é melhor desse lado. – Sentou-se num sofá improvisado. – Vem.

Robin obedeceu seu chamado e acomodou-se meio sem jeito.

O canto dos pássaros veio junto dos primeiros raios solares que invadiram a janela quebrada. E quando isto aconteceu, já se encontravam dispersas pelo estofado. Alice acabou confessando que fugiu para não ter que ir para outra escola. Como era último ano, sua mãe queria colocá-la num colégio interno. Obviamente não queria se mudar.

- O que pretende dizer para seus pais? – Robin pergunta. – Não pode ficar aqui para sempre. Sabe, uma hora vão interditar esse prédio.

- Eu não sei.... Que fugir, faltei a escola, aluguel um vestido de espatilho europeu, fui a uma festa a fantasia, agredi um garoto, me escondi numa torre, ganhei um apelido por isso e passei a noite com uma garota fantasiada de Robin Hood. – Alice responde fitando o amanhecer. – Mas quer saber, não importa o que eu diga ou faça. Toda vez que o sol nasce, eu estou em apuros.

 Robin silenciou sem saber o que dizer, ela deitou a cabeça na almofada e de repente enxergou um lápis colorido.

- Anda, estica seu braço. – Disse de momentâneo.

- O quê? – Tilly ergue seu corpo.

- Me dá sua mão. – Alice não entendeu muito mas esticou o braço nas pernas de Robin. Ela escreveu uma sequência de números.

- O que é isso?

- Meu telefone. Pode me ligar, vai precisar de alguém para confirmar sua história ou... – Aproximou seu rosto. Seus lábios estavam apenas alguns centímetros de distância, suas respirações agora falhas, já se cruzavam. Alice fechou os olhos, soltando um suspiro involuntário e então Robin a beijou. Um beijo apenas para sentir os lábios de Alice, como um primeiro toque. – Apenas.... – Ela afastou se levantando. – Pode me ligar.

- Talvez eu ligue.

Robin levantou o vidro da janela e antes de sair disse:

- Eu espero que sim.


Notas Finais


E então??
Bem, eu espero que tenham gostado, até a próxima!
bjs bjs ♥


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...