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História Sonserinos Também Amam - Patas e Garras


Escrita por: Aryalie

Notas do Autor


Eu volteeeeei!

Sim, eu sei que o dia certo é sábado, mas já tenho alguns capítulos prontos e decido postar duas vezes essa semana. Não se acostumem, hein? xD

Capítulo 12 - Patas e Garras


Draco

 

             Chego ao topo de um monte, e já posso ver Hogwarts ao longe. Não tenho muita certeza do que estou fazendo ou do que eu farei, mas voltar para Hogwarts parece ser o mais certo a se fazer no momento. Não tenho certeza se me aceitarão de volta depois de ter fugido, mas era o lar que me restava.

            Tiro de dentro de meu casaco uma lembrança que eu pegara em minha casa antes de sair de lá novamente. É a foto do casamento de meus pais. Minha mãe sorri e acena. Ela parece estar realmente muito feliz. Meu pai, inicialmente, parece estar sério; mas se olhasse bem de perto eu podia ver um sorrisinho de canto em seus lábios.

         A verdade é que meu pai sempre teve um certo grau de dificuldade em demonstrar seus sentimentos. Mas isso não significa que ele não os tenha. Acreditem ou não, o amor dos Malfoy pela família sempre foi imenso. Talvez pareçamos arrogantes, mas é apenas o orgulho que temos de nossa família e de nossos ancestrais.

     E cá estou eu: um Malfoy sem família.

     Ouço a respiração ofegante de Pansy Parkinson subindo o morro. Ela não era muito atlética, e eu não estava com vontade de ajuda-la. Eu tinha plena consciência dos sentimentos dela por mim, e cada toque de Parkinson parecia errado. Não era ela quem estava em meus pensamentos. Não era ela a garota que eu queria. E não havia nada mais a fazer a respeito disso.

     Nossa entrada em Hogwarts foi autorizada. Dumbledore, para minha surpresa, não se importou muito com minha fuga. Ele apenas me convidou para um chá mais tarde, para que eu pudesse contar tudo que acontecera comigo neste período.

     Então fui notificado das últimas notícias: Hogsmeade fora atacada por lobisomens enviados por Greyback. Dezenas de bruxos foram transformados em lobisomens, um verdadeiro desastre. Tudo acontecera muito rápido, e não houvera tempo para uma intervenção por parte do ministério da magia. Eu não conseguia evitar me sentir culpado. Tudo o que Fenrir Greyback queria era me atingir. Por que machucar inocentes, então?

     —E Hermione? Onde ela está? — pergunto ansioso, recebendo um olhar preocupado de Dumbledore.

     —Sinto informar que a Srta. Granger está na enfermaria, sob os cuidados de Madame Pomfrey.

 

                                                      ...

 

                Hermione dormia. A pele perfeita estava pálida, e seu cabelo castanho claro estava espalhado no travesseiro, realçando sua beleza. As pálpebras fechadas tremulavam, os cílios longos e negros faziam cócegas em seu rosto, como perninhas de besouro. Seu corpo estava coberto por um lençol fino, mas eu sabia que por baixo seu corpo estaria envolto por faixas.

                 Estávamos sozinhos ali, e eu não poderia me sentir mais culpado. Por tudo, na realidade. Talvez se eu não tivesse ido atrás de meus pais, se eu não tivesse fugido, ela ainda estaria bem. Tenho certeza de que teria conseguido lançar um feitiço antes de o lobo atingi-la. Eu não conseguia pensar em alguém que poderia protege-la melhor do que eu. E agora meus pais provavelmente estavam mortos, e toda a fuga fora por nada. Apenas para me sentir ainda pior. Eu quase conseguiria sentir a respiração de Greyback em minha nuca, como uma ameaça constante. Ele faria de tudo para destruir minha vida.

                 Tudo por meu pai não ter permanecido do lado de Voldemort até o final. Algo que eu tenho certeza de que ela não voltaria atrás.

                O que eu poderia fazer agora?

 

                                     Hermione

 

     Ouço passos. Eles se aproximam de mim. Não posso ver, está tudo muito escuro, mas eu sei que aquele ruído mínimo é produzido pelas patas macias de centenas de lobos. Lobos de pelos longos e dentes mais longos ainda, afiados como adagas. Eles me querem. Querem arrancar minha carne de meus ossos. Querem vestir um manto feito com minha pele. Querem brindar a vitória com o meu sangue.

               Eles correm, e eu não posso me mexer. Assisto a matilha faminta correndo em minha direção com uma velocidade impressionante. Sei que em segundos sentirei as presas dilacerando meus braços e pernas. Não tem como fugir.

              “Onde foi parar minha varinha?” eu penso, deseperada.

              Preciso me concentrar. Deve haver uma maneira.    

             “Vamos lá, Hermione, pense! De que adianta todas aquelas notas? Você nunca consegue se virar sozinha!”

             E então é tarde demais. Eles já me alcançaram. Já abriram as bocas famintas, já saltaram para o bote.

             E como em todos os pesadelos, segundos antes de dentes afiados perfurarem minha garganta, meus olhos se abrem, e todo o meu corpo parece tremer. Sento-me muito rápido, tentando normalizar minha respiração.

              —Draco Malfoy?! —exclamo involuntariamente.

               Ele está sentado ao meu lado, e posso ver em seu rosto as marcas de lágrimas recentes. Seus olhos estão levemente avermelhados, e seu cabelo quase sempre perfeitamente penteado, está uma bagunça. Mas eu não consigo parar de pensar em como estou feliz por ele estar em Hogwarts. Ele voltou! Eu sabia que voltaria. Tive tanto medo de nunca mais vê-lo novamente...

              —Mione!

              Sem mais palavras ou explicações detalhadas, sem desculpas, sem discutir o motivo de estarmos fazendo aquilo, nos envolvemos no que seria facilmente o melhor abraço de toda a minha vida. Não há nada a dizer, apenas sentir. E apenas sentindo seu toque, sei que ele pensa o mesmo que eu.

               —Por onde esteve? — pergunto para quebrar o silêncio constrangedor depois de me desvencilhar de seus braços. —Aconteceu algo muito ruim, não foi? —tento deduzir por sua expressão.

             —Fui para casa, e meus pais não estavam lá. Greyback estava. Ele me recebeu com mais ameaças, e eu não sei mais o que eu poderia fazer. Por minha causa os lobos atacaram Hogsmeade... Atacaram você. Se Rony não estivesse lá e não...

             —Mas Rony estava, e deu tudo certo. —eu o interrompo —O lobisomem não teve tempo de me morder, tudo o que fez foi fincar suas garras em mim, e já foi doloroso o suficiente. Acho que hoje a tarde já posso voltar para o meu dormitório. Não se culpe, Draco. Mas não vá embora de novo sem me avisar. Pensei que fossemos uma dupla.

              Ele parece pensativo.

              —Sim, Dumbledore queria que fossemos uma dupla, mas não acho que faça mais sentido... O vira-tempo quebrou, e ele era a única coisa que te envolvia nisso tudo. É muito perigoso.

             —Mas eu quero fazer parte disso. Quero te ajudar. —eu digo. Não quero que Draco precise lidar com tudo sozinho. Sei que ele precisa de mim.

               —Preciso pensar. — ele diz, desviando o olhar de mim. — Te vejo mais tarde.

                Com isso ele se levanta e sai da enfermaria. Sinto um aperto no peito estranho, e sei que não tem nada a ver com as garras dos lobos.


Notas Finais


Ei! Para vocês que sempre me perguntam e ficam cobrando quando será o primeiro beijo, agora é oficial: No capítulo quinze ocorrerá o primeiro beijo, além de algumas outras descobertas e reviravoltas! xD


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