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História Sonserinos Também Amam - Sonserinos Também Amam


Escrita por: Aryalie

Notas do Autor


Aqui estou, como prometido.

É uma sensação muito boa conseguir postar nos dias certos. Um prazer indescritível. xD

Capítulo 15 - Sonserinos Também Amam


Draco

 

                    Finalmente vi a resposta para todos os meus problemas, literalmente um passo à frente. Era tudo o que poderia fazer para proteger aqueles que eu amo. Aqueles que restaram, ao menos. Para proteger Mione. Sim, qualquer coisa seria melhor do que ser o motivo de seu sofrimento.

                   Vendo por esse lado, era ainda melhor que ela se apaixonasse pelo Weasley. Não queria que ela fosse infeliz. Queria que tudo pudesse voltar ao normal. Sabia que com isso estaria também acabando com meu próprio sofrimento e com minha angústia. A ameaça de Greyback ecoava em minha cabeça, e eu nunca sentira tanto medo.

                  Meus pés brincavam pelo o parapeito da janela. Eu não senti medo, apenas paz. Aquilo nunca parecera tão certo. A qualquer momento tudo aquilo cessaria. Daria tudo certo. Para todos.

               Ouvi passos as minhas costas, e por um segundo pensei que poderia ser Hermione. Eu queria que fosse Mione. Talvez ela pudesse me ajudar. Eu me sentiria ainda melhor se ela estivesse ali. Saber que ela ficaria em paz... Mas eu sabia que ela nunca diria aquelas palavras.

       —Vamos, você sabe o que fazer. — a voz de Harry ecoou dolorosamente em minha cabeça —Não há outra alternativa. Você não percebe que está arruinando a vida de todos a sua volta?

         Permaneci onde estava. Meus pés estavam a poucos passos da borda, mas eu sabia que não conseguiria fazer isso se estivesse sentindo raiva. Sabia que era algo a se realizar apenas quando estivesse me sentindo pleno. O melhor possível nas devidas circunstâncias.

         Mas o que eu sentia era uma culpa tão grande e pesada em meus ombros, que parecia me empurrar para o chão. Eu só queria poder terminar com aquilo logo. Não poderia esperar muito mais.

         —Saia daqui, Potter. — mandei.

        —Quer uma mãozinha, Malfoy? — ele se aproximou com um olhar maldoso brilhando em seus olhos verdes. Suas mãos se estendiam perigosamente em minha direção.

        —Não!! —uma voz feminina gritou com urgência. Um vulto laranja surgiu correndo, e mal tive tempo de reconhece-la.

        Harry se aproximou e me empurrou, mas eu estava segurando firme nas paredes, e tudo que ele fez foi me desequilibrar um pouco. Olhei para baixo e senti medo pela primeira vez. Senti vertigem e senti que poderia cair a qualquer momento. O pânico me invadiu e minhas mãos buscaram em desespero algo firme em que poderia me segurar.

        No momento em que me empurrou, pude ver meu desespero refletido nos olhos de Harry Potter. Talvez arrependimento. Ele não parecia satisfeito por ter feito aquilo.

        Então encontrei uma mão quente e macia. Gina correu até mim e me puxou para dentro novamente. Ela me abraçou com força e eu não sabia como reagir. Harry ficou boquiaberto, tão surpreso quanto eu, e talvez até um pouco mais. Minha respiração estava ofegante, e meu peito subia e descia, dolorido.

       Potter deu um passo para o lado, dando espeço para Gina e eu, que desabei no chão, ofegante e com o coração batendo forte demais.

       —Eu te amo! —ela disse, chorando em meu ombro, molhando minha camisa, com os cachos ruivos se embaraçando de encontro com meu peito.

       Sem saber ao certo o que fazer, afaguei seu cabelo, sentindo minhas próprias lágrimas começarem a escorrer. Mas senti que algo ainda estava terrivelmente errado.

     Afastei Gina com cuidado para não ofendê-la, mas não consiguia pensar no que dizer. Harry parecia prestes a explodir, e Gina tem uma expressão confusa. Eu mesmo não saberia ler o que Harry sentia. Ao me ver seguro e nos braços de Gina, toda a sua raiva parecia estar voltando.

      Nesse momento, passos rápidos sobem as escadas, e em um minuto Hermione está ali. Não consigo disfarçar minha expressão de felicidade. Na verdade, é quase uma euforia repentina. Eu estou vivo. Ainda estou vivo!

     Gina corre escadas abaixo, mas algo no olhar que ela me lança antes de descer as escadas faz com que um arrepio percorra minha espinha.

     Eu não precisei dizer nada, e Hermione já parecia ter entendido tudo o que ocorrera ali. Claro, aquela era Hermione. A garota mais esperta que eu já conhecera. Talvez a bruxa mais esperta do mundo! Mas ela parecia brava e triste ao mesmo tempo. Seus cabelos castanhos levemente despenteados. Sinto algo quente no peito.

                                                

                                        Sei que a amo.

 

Hermione

 

               —Imbecil! Como você poderia fazer uma coisa dessas?! — gritei para aquele Sonserino sem coração. — Não poderia ao menos ter se lembrado de mim? Em como eu ficaria ao receber a notícia? Seu egoísta! Você não presta, Draco Malfoy!

                Ele pareceu surpreso com minha fúria repentina, mas não consigui segurar todos os sentimentos que se confundiam dentro de mim.

                —Mas, Mione...

              —Nem comece com esse seu “Mas, Mione”! — eu o interrompi sem hesitar, mas ele insistiu.

              —Mas, Mione! Eu pensei em você o tempo todo! Eu faria isso por você, e não por mim. — ele disse, calmo.

              O que me afeta não são suas palavras, e sim o jeito como as profere. Como se minha simples presença o afetasse. Ele disse aquilo de forma sincera e tranquila, como se fosse algo fácil de entender. Como eu poderia entender algo assim?

            Uma lágrima grossa e quente escorreu por meu rosto, e Draco acabou com toda a distância que nos separava. Levantou sua mão e secou delicadamente minha única lágrima com seu polegar.

             —Eu não ficaria melhor sem você, Draco. Nunca. — eu declarei.

             Seus olhos claros pareciam cintilar por um instante, e então ele se debruçou sobre mim, aproximando seus lábios de minha orelha, onde fizeram cócegas ao dizer:

            —Eu acho que estou apaixonado, Hermione. Tentei te dizer milhares de vezes, mas sempre algo insistia em me atrapalhar.

            —Talvez não fosse o momento certo. — eu disse, na falta de algo melhor para dizer. Como eu não pude perceber antes? Estivera ali, logo na minha frente durante esse tempo todo.

            —É isso, Mione. Eu te amo. — ele disse e se afastou um pouco para me olhar nos olhos. Tentei pensar rápido no que responder. Ninguém nunca se declarara para mim de forma tão intensa e explícita assim. Eu deveria dizer que o amo de volta? Mas se eu dissesse, seria verdade?

           —Então é verdade? Sonserinos também amam? — perguntei de forma bem humorada.

              Não sei se ele encarou minha piada como uma resposta positiva, ou simplesmente não tinha mais tempo a perder, mas nesse momento, Draco Malfoy apoiou suas mãos em minha cintura e acabou com todo o espaço que separava nossos lábios, que há tanto tempo ansiavam um pelo outro, mesmo sem perceber.

              Seus lábios eram macios e gentis de encontro com os meus, e era muito bom sentir seu corpo quente tão próximo do meu, mas precisei acabar com aquilo. Dei um passo para trás, nos separando, e ele me encarou sem entender.

            —Você não...? — ele começou

            —Não é isso, Draco. Podemos falar sobre isso mais tarde, mas agora tenho um assunto importante. Não sei como não te disse antes!

           —Fale logo, então! — ele disse, enrubescendo.

           —Rony tomou a poção para recuperar sua memória. Gina ajudou Greyback a entrar no castelo. Rony foi avisar Dumbledore, e aurores logo chegarão em Hogwarts. Greyback deve estar por perto, e precisamos encontrar Gina Weasley antes que ela o convoque ou entenda o que está acontecendo! Ainda estamos em perigo.

             Draco segurou minha mão e me acompanhou escadas abaixo. Naquele momento eu tive certeza de que precisaríamos ficar juntos para resolver nossos problemas, e que se dependesse de mim, nossas mãos nunca mais se separariam.       


Notas Finais


Esse capítulo me lembrou um pouco Sonho de Uma Noite de Verão... hahah


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