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História Sooyoung's Cinnamon Rolls! - Uma Receita Única


Escrita por: newvelvet e airolg

Notas do Autor


Oioi! venho aqui com minha segunda fanfic do projeto. é uma joyri que acabou como uma friendship!au. espero que gostem <3

Capítulo 1 - Uma Receita Única



— Droga! — Yerim resmungou ao perceber que havia derrubado mais farinha no chão. Já era a terceira vez que, distraída pelo estresse, batia o cotovelo em um dos copos de plástico recheados de farinha que seriam usados em sua invenção revolucionária. A sorte da garota era que sua mãe estava ocupada trabalhando em sua velha padaria e ela com certeza não veria aquilo.

Aliás, Yerim havia acabado de sair da mesma, brava com sua mãe que lhe havia dito que com suas habilidades na cozinha nunca herdaria sua tão famosa padaria.

Este era seu sonho, herdar a padaria de sua mãe.

Não parecia ser um grande sonho para seus colegas de classe que a zombavam quando lhe perguntavam seu sonho, mas, se essas mesmas crianças tivessem visto a paixão e habilidades da confeiteira, com certeza mudariam de ideia.

A padaria não era famosa — e, claro, com produtos caros 'pra dedéu — a toa. É uma tradição da família Kim a perfeição de suas diversas criações.

Yerim deixou os ingredientes e a farinha jogada no chão, indo em direção ao forno que começou a apitar incessantemente, avisando que a primeira fornada de sua nova invenção estava pronta.

O cheiro de canela invadiu as narinas da garota, que ao senti-lo, soube que sua primeira fornada de bolinhos de canela havia dado certo.

Além do cheiro maravilhoso, os bolinhos proporcionaram uma explosão de sabores que Yerim nunca havia sentido em nenhum bolinho de canela antes. E, claro, além de tudo isso, estavam visualmente bonitos.

— É isso! — comemorou. Seu gato, que estava a observando fazia um tempo da porta da cozinha, encarava a menina com um olhar feio, como se só quisesse paz para poder ir até seu potinho de comida que se localizava depois da bagunça feita por Yerim. — Qual nome devo dar para essa obra prima? — perguntou, olhando para o gato e pegando seu caderno — Observação importante: o caderno é de gatinhos amarelos, assim como o gatinho que a observava da porta.

Yerim ponderou por alguns segundos, batendo a caneta  caderno sujo de farinha, e chegando em um nome não tão criativo assim.

“Yerim's cinnamon rolls!”  

Anotava o nome com uma alegria que seu gato julgava ser pura idiotice e fechou o caderno.

Yerim teve de confessar que só pensou nesse nome por dois motivos, que são: 1) Em inglês fica mais bonito; 2) Era essencial ter sua assinatura no nome do novo prato da padaria.

Sorrindo feito uma besta para a forma ainda recheada de bolinhos, Kim foi distraída pelo barulho da campainha que não parava de tocar. Se assustou com a possibilidade de ser sua mãe, já imaginando o cenário de seu assassinato se sua mãe visse a bagunça que estava na cozinha.

— Já vai! — gritou. Teria que limpar toda aquela sujeira e esconder os bolinhos em segundos.

— Porque a demora? Sou eu, Yerim! — Ao ouvir a voz e reconhecer ser Sooyoung, sua vizinha e melhor amiga, seu coração, que batia incessantemente com a possibilidade de ser sua mãe, se acalmou e Kim pôde jogar tudo que estava recolhendo no chão novamente.

— Oi! — disse, animada ao abrir a porta. Sooyoung a encarava, estranhando a animação da outra. — Entra que eu tenho uma coisa 'pra te mostrar!

Yerim literalmente arrastou a amiga até a cozinha para mostrar sua receita. Embora Sooyoung fosse a filha da confeiteira da padaria do outro lado da rua — mais conhecida como a maior rival de sua mãe — Yerim sempre mostrava suas criações para a dos cabelos róseos, já que não era como se alguém quisesse roubar suas receitas que na maioria das vezes não dão certo.

— Aqui, prova. — estendeu o bolinho para Sooyoung, que se encontrava envergonhada com a animação repentina da loira.

Yerim observava cada expressão que a amiga fazia, querendo ter um spoiler da opinião da mesma antes que ela falasse de vez.

— É bom! Como fez? — indagou depois de comer todo o bolinho — que, na verdade, era só para comer um pedacinho —, curiosa para saber o segredo daquilo que parecia ser só um bolinho comum. Como resposta, Yerim estendeu o caderno de gatinhos aberto na página da receita do famoso “Yerim's cinnamon rolls!” — escrito de caneta em gel com cheirinho de maracujá artificial.

— É simples, não? — repetia, animada.

— Sim… — Ao contrário da confeiteira, Sooyoung não parecia muito feliz com a invenção, mas não é como se Yerim tivesse percebido.

— Então, o que você queria? — largou o caderno com a amiga e começou a recolher as tralhas que abandonou no chão.

— É…

— É…? — perguntou Yerim, não entendendo a menina.

— Minha mãe pediu um pouco de farinha emprestada. Você pode me dar um pouco?

— Claro, só não conta pra minha mãe. — Era sempre assim. Yerim não podia nem ao menos ajudar um pouquinho a amiga que sua mãe já a xingava de tudo quanto é nome. Tudo isso por conta da mãe de Sooyoung, a dona da padaria do outro lado da rua.

Não que as duas fossem arqui-inimigas — pelo menos não na visão das filhas —, mas quem constrói uma padaria pertinho da padaria mais famosa de Seul? Claramente só quem acha que pode vencer a senhora Kim — e não conseguia.

— Já vai ir? — perguntou a loira ao ver que Sooyoung estava levantando após pegar a farinha.

— Sim. Se minha mãe me ver aqui eu viro notícia. — riu. — Tchau!

Yerim então riu, acenando para a amiga e continuou limpando a bagunça feita.

[...]

— Oi! — Assim que saiu da escola no outro dia, Yerim foi direto para a padaria com seu caderninho mostrar a receita para sua mãe, mas não teve uma resposta tão boa assim, sendo encarada com uma feição fria. — O que foi?

— Não viu a nova da padaria da sua amiga? — a mulher respondeu. De imediato, foi até a saída ver sobre o que sua mãe estava falando.

Chegando lá, foi possível ver diversas placas, tanto na frente do estabelecimento, quanto na esquina da rua — pra vocês terem ideia do desespero para superar a padaria da senhora Kim.

O que chamou a atenção de Yerim foi o amontoado de pessoas na fila. Aquela seria a movimentação comum nos horários de refeição de sua padaria, mas estavam todos ali, impedindo que a menina lesse as placas direito.

A solução que viu foi se enfiar no amontoado de pessoas — que reclamaram pra caramba — para pelo menos poder entender aquilo tudo.

E, sinceramente, Yerim preferia não ter entendido.

Todas as placas diziam “Sooyoung's Cinnamon rolls, invenção da filha da grande senhora Kim!”

Rapidamente Yerim tirou seu caderninho da bolsa, não podendo acreditar no que via. Claro, não é como se ela esperasse outra coisa: a página que tinha escrito sua receita não estava lá. Sooyoung a pegou — chegou a conclusão.

Realmente não podia entender o porquê de Sooyoung ter feito aquilo.

Relembrando de alguns dias atrás, se lembrou do dia em que havia contado que estava tentando criar uma nova receita para Sooyoung. Ela era a única além de sua mãe que Yerim contava sobre essas coisas.

Ignorando as pessoas reclamando na fila, passou pelo amontoado com um belo bicão na cara, tentando segurar o choro. Afinal, não é como se fossem acreditar — e nem ao menos ligar —  que a receita é sua.

Abriu a porta da loja de sua mãe, ainda cabisbaixa e foi direto para o balcão, onde sua mãe estava à espera de clientes — coisa que não iria aparecer hoje por lá.

Não aguentando mais ver Yerim parada na frente do balcão com aquela cara cara chorosa e silenciosa que durou mais de um minuto, a mãe perguntou:

— O que foi? — a simples pergunta foi o suficiente para a Kim desabar de tristeza e apoiar seu rosto no balcão.

— Sooyoung roubou minha receita!

— Ela o quê? — respondeu com um tom de indignação.

— Aquela receita era minha! Eu mostrei ela pra Sooyoung ontem e ela pegou a receita do meu caderninho sem eu ver! — Yerim chorava como uma criança em seu primeiro dia de aula na creche.

— Cuida do balcão, eu já volto. — respondeu. A filha mal pôde impedir que a mãe saísse furiosa do estabelecimento por conta da velocidade da mulher. Quis ir atrás, mas a tristeza era tanta que resolveu ficar cuidando do balcão, já que ninguém viria mesmo.


[...]


— Com licença. — A Senhora Kim se enfiava no amontoado igual Yerim havia feito.

— Com licença você! Quem acha que és para se intrometer assim nesse local com tantas pessoas querendo um bolinho para saciar a fome? —  Kim só soube rir daquele texto formal que aquela outra senhora recitou. Nada iria a parar agora.

Entrando no estabelecimento, notou a estranheza no olhar da Senhora Park, chegando perto do balcão.

— O que queres? — a rival perguntou.

— Quero falar com a ladrazinha da sua filha.

— Ladrazinha? Não seria a sua?

— Não é a minha que rouba a receita de outra e só muda o nome! — gritou. — É isso mesmo. Esse bolinho “inédito” é invenção da minha filha e deveria estar na minha padaria! — ironizou, ainda gritando para que chamasse a atenção de todos. — Preciso falar com Sooyoung.

— Ela está no curso agora. — respondeu sem demonstrar medo das acusações falsas que a outra fazia.

— Agora poderia sair do caminho? Não sei se percebeu, mas tem alguém querendo comprar um bolinho “roubado” atrás de você. — sorriu irônica. Senhora Kim também sorriu de volta, pois sabia que aquilo não iria ficar assim.

Saiu do estabelecimento, ainda gritando sobre a farsa dos Sooyoung's cinnamon rolls e até ameaçou chutar uma das placas, mas não sairia ilesa disso.

— Para de chorar, garota! Nós vamos dar um jeito nisso. — gritou para Yerim ao chegar no estabelecimento e ainda ver a menina chorando no balcão.

— Tinha ficado tão bom… — chorava — Eu estava com esperanças de poder vender dessa vez…

Foi possível ouvir um suspiro vindo da Senhora Kim, que, por um milagre, confortou a filha.

— O que você pretende fazer que chegou tão confiante aqui? — Yerim perguntou ao se acalmar um pouco.

— Nem eu sei.

[...]

No dia seguinte, Yerim chegou ainda cabisbaixa na escola, mas não é como se alguém houvesse percebido.

Não era novidade que a loira não tinha muitos amigos na escola. Sua única amiga era Sooyoung, que logo terminaria a escola e a havia traído recentemente.

Em conclusão, Yerim estava sozinha no intervalo de hoje, comendo seu pão com geleia que não tinha mais tanta graça depois dos acontecimentos recentes.

Qualquer um que visse a paisagem da mais nova mastigando aquele pão com aquele bico e cara séria, teria medo de se aproximar.

— Por que não me procurou? — por incrível que pareça, Sooyoung teve a capacidade de perguntar isso assim que chegou. Nunca teve vergonha na cara mesmo. Não recebendo uma resposta, se sentou ao lado da garota, que continuou encarando o chão, só mastigando aquele pedaço de massa com frutas trituradas com açúcar. — O que foi?

— Não tem noção do que pode ter acontecido? — respondeu.

— O quê? Eu juro que não sei!

— Seus bolinhos de canela fizeram sucesso, né? Parabéns. — Assim que respondeu, levantou do lugar em que estava, não querendo ouvir uma resposta.

O arrependimento já previsto e bateu forte em Sooyoung. Havia acabado com a tentativa de realização do sonho de Yerim.

[...]


Dias depois, nada mudou muito.

Yerim continuava sozinha e tentava levar alguns lanches diferentes para ver se tinha algum apetite.

Além da frustração com a melhor amiga, tinha que aguentar sua mãe criando planos malucos para desmascarar os bolinhos de Sooyoung, mas Yerim não queria aquilo. Sabia que a amiga também queria ajudar sua mãe na padaria.

Ah, e desde a última conversa que tiveram, Sooyoung só entrava em contato com Yerim por meio de bilhetes fofinhos de pedidos de desculpas, mas todos eram vistos na lixeira mais próxima um tempo depois.

— Yerim-ah! — ouviu uma voz a chamar quando já estava indo embora. Quando tirou os fones, reconheceu ser Sooyoung, o que a fez fechar a cara. — Aqui! — estendeu um envelope um tanto cheio em direção a mais nova.

Pegou o misterioso envelope e o abriu, sem dizer nada, e se surpreendeu ao ver dinheiro dentro.

— O que é isso?

— O dinheiro que recebi do seus bolinhos. Só mantenha em segredo da minha mãe. — piscou.

Yerim encarou o pacote, logo encarando a menina e suspirou, desapontada.

— Isso não vai me devolver os créditos da receita. — Praticamente jogou o envelope no colo de Sooyoung, colocando seus fones e voltando à saída da escola.

— Yerim-ah! O que eu faço então? — gritou um tanto indignada, mas não obteve resposta.

Suspirou. Por que aquela receita a importava tanto?  


[...]


Claro, nos próximos dias, Sooyoung não se atreveu a tentar dar o dinheiro novamente e nem pedir desculpas, mas fez algo.

Com o dinheiro “emprestado” — em aspas porque claramente não foi — da venda dos bolinhos mandou uma gráfica qualquer fazer um banner dos grandões dizendo: “Yerim's and Sooyoung's Cinnamon rolls! Venha provar!”

O porquê de Sooyoung colocar o nome dela sendo que ela nem havia feito nada?

Honestamente, nem ela sabia, mas sabia que se arrependeu profundamente de ter colocado quando recebeu o tal banner. Yerim não a perdoaria com aquilo, mas a grana é pouca para arrumar agora.

Estendeu o banner com a ajuda de um dos funcionários da padaria quando as cortinas estavam fechadas para que sua mãe não percebesse, e assim ligou para Yerim.

Sabia que Yerim não iria rejeitar sua chamada, já que, embora ela esteja chateada, tinha um coração mole.

— O que foi? — disse sem nenhuma emoção ao atender.

— Vem aqui na padaria.

— Não quero.

— Vem logo. Traz sua mãe também. — desligou, confiante de que Yerim não aguentaria de curiosidade.

Riu ao ver a mais nova puxando sua mãe para fora da padaria. Era óbvio que ela viria.

— O que você faz tanto aí fora? Não vai me ajudar? — A senhora Park apareceu na porta.

— Ah! Espera um pou…

— O que você quer? — foi interrompida pela voz da mãe de Yerim.

— O que está acontecendo aqui, Sooyoung? — perguntou a outra mãe, não entendendo a presença de suas rivais ali. Sooyoung não respondeu, estava olhando para Yerim, que estava admirada com o banner.

— Gostou? — perguntou, receosa. A atenção das duas mães se voltaram para Yerim, que estava prestes a chorar. Tentando entender o motivo do choro, olharam para cima, entendendo na hora.

— Claro que gostei! — Yerim partiu para cima da amiga, a abraçando tão forte, que a fez cair de bunda no chão.

— Só porque eu ia expor vocês na internet… — A Senhora Kim falou, recebendo um olhar torto da outra.

— Mas você não ficou brava de eu ter colocado meu nome? — Sooyoung perguntou assim que o abraço foi desfeito.

— Lógico que não! — Yerim ainda chorava. — Você foi a única que me incentivou durante tudo isso.

— Se é assim, agora somos parceiras? — estendeu o dedo mindinho em direção a mais nova.

— Parceiras.

[...]


— Você acha que seria uma boa sermos parceiras também? — sugeriu a mãe de Sooyoung, recebendo uma risada da outra.

— Não exagera.











Notas Finais


Agradeço a @Clyrx pela capa, ficou bem do jeitinho que eu queria. Tbm agradeço a @pearlipz que tirou um tempinho dela para betar mt obrigada mesmo uwu e obrigada por ler!


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