Sehun saiu do banheiro enxugando os cabelos com uma toalha pequena enquanto a maior estava enrolada em sua cintura, encarou JongIn que estava sentado na cama já com um pequeno curativo feito por KyungSoo no canto dos lábios e na bochecha que apenas estava vermelha, mas o ômega insistiu em colocar um pouco de pomada e tapar.
— Cadê o Soo? — Sehun perguntou.
— Foi esquentar a comida. — JongIn murmurou se levantando. — Troque de roupa. — O alfa beijou a testa do irmão. — Você fez um ótimo trabalho nessa negociação, não poderia estar mais orgulhoso, te espero na cozinha para o jantar.
O alfa mais novo encarou o irmão e depois foi se trocar, desceu e jantou com os maridos naquele silêncio horrível, assim que terminaram KyungSoo foi lavar a louça mesmo sob os protestos de JongIn, depois que terminou o ômega se juntou aos alfas no sofá da sala.
— E então, estou esperando. — Sehun cruzou os braços.
— Depois daquilo tudo com o tal Yongnam, fomos até a casa dos m-
— Vamos começar na ordem, meu amor. — KyungSoo disse atrapalhando JongIn. — Sehun, o seu irmão passou mal e fomos parar no hospital porque ele tem gastrite nervosa e devido varias coisas acabou piorando.
— Porra JongIn, desde quando isso? — Sehun perguntou.
— Quase um ano. — o mais velho respondeu e Sehun bufou.
— JongIn, você as vezes não parece ser meu irmão, cara. — Sehun disse. — Mas está tudo bem agora, o médico deu uma orientação?
— Sim, ele está fazendo uma dieta, correndo também e tirando uns dias de folga, por isso Hunnie, você vai ter que tomar conta da empresa por mais algum tempo. — Kyungsoo disse e JongIn sorriu sem graça.
— Pela melhora do JongIn, eu trabalho sem problemas, HimChan vai me ajuda, o Daehyun também, ainda tem o Chen. — Sehun disse e sorriu. — Vou deixar tudo em ordem.
— Fico feliz em ouvir isso, bebê. — KyungSoo sorriu e segurou a mão de JongIn. — Agora continue amor.
— Então, depois que aconteceu aquela coisa toda com o Yongnam, eu disse para o Soo que precisaríamos ir até a casa dos meus pais porque querendo ou não, você sabe que nosso pai ainda é o dono de tudo mesmo que eu esteja comandando, a empresa só passa para o meu nome oficialmente ano que vem. — JongIn disse e Sehun assentiu. — Quando chegamos nossa mãe não foi a melhor pessoa do mundo com o KyungSoo e isso já me irritou, fui falar com o nosso pai sobre você tomar conta desses dias e ele se manter presente lá ao menos nesse período que eu estou fora.
— Com certeza ele pirou. — Sehun riu e viu a cara do irmão. — Espera v-
— Ele não se opôs com o fato de você tomar conta, até achou ótimo e que você aprenderia mais e mostraria do que é capaz na empresa. — o alfa suspirou. — Mas quando ele perguntou porque eu iria ficar dias fora, as coisas mudaram.
— Foi ele que te bateu? — Sehun perguntou incrédulo. — Mentira JongIn, diz que foi uma briga de rua, nosso pai nunca levantou a mão para nós dois, Taeho pode ser um sério, mas ele nunca fez isso.
— Quando eu expliquei sobre a minha situação, ele por um momento entendeu até do nada dizer que a culpa era do KyungSoo e que maldita hora a em que nossa mãe fez uma promessa com a senhora Do. — JongIn disse e KyungSoo passou as mãos no rosto cansado. — Eu respondi, ele não gostou e apontou vários erros em nosso casamento, foi quando ele citou que KyungSoo não era um bom esposo porque agia como qualquer um, eu acabei mandando ele calar a boca e ele me bateu.
— Quem ele pensa que é? Ele não pode agir assim! — Sehun se levantou. — Nunca e com ninguém, mesmo que KyungSoo fosse ou não prometido a nós ou o caralho a quatro, ele não pode falar de nenhuma pessoa dessa maneira.
— Sehun se acalma. — KyungSoo pediu.
— Eu vou lá agora falar com ele! — O alfa disse e KyungSoo se levantou junto com JongIn. — Ah, mas ele pensa que pode agir assim? Pode ser meu pai, ter me criado, mas ele não vai faltar com respeito com o meu marido e com o próprio filho.
— Não adianta, Sehun. Só vamos esquecer isso, ok? — JongIn disse segurando no ombro do irmão. — O melhor hoje é esquecer, amanhã quem sabe podemos conversar com calma.
— Calma o caralho, você viu o que ele falou do KyungSoo? O nosso marido, JongIn! — Sehun disse.
— Sehun, você não vai fazer nada. — KyungSoo disse firme.
— Vou sim, e nem você vai me impedir. — Sehun disse falando firme deixando o seu lado alfa tomar conta. — Eu vou lá agora!
— Você não vai! — KyungSoo não abaixou a cabeça. — Pare com isso, é coisa de pessoa irresponsável.
— Cala a boca, eu vou lá e ponto final.
— Então vai porra! Vai apanhar do seu pai também, vai dar na cara dele então como um belo alfa imbecil que usa a força ao invés da cabeça, vai! — KyungSoo disse JongIn que estava um pouco tonto pelo remédio pediu para o ômega se acalma enquanto tentava fazer Sehun sentar. — Vai logo, vai agir como um brutamontes, se fode lá se quiser!
— Não fale assim comigo. — Sehun disse encarando o ômega, o alfa estava nervoso os olhos vermelhos, mas KyungSoo não abaixou a cabeça e nem abaixaria.
— Eu falo assim com você, falo e com a boca cheia! — KyungSoo se aproximou do alfa e quase falhou na respiração prestes a deixar claro o seu medo, mas não o fez. — Eu sou o seu marido, além disso eu amo você assim como amo seu irmão, nunca mais levante a voz para mim porque eu não sou qualquer ômega que você namorou na adolescência, eu sou a porra do seu marido e você me deve respeito e cuidado! Agora preste bem atenção Sehun, você está reclamando do seu pai, mas está me tratando como ele queria que eu fosse tratado, um ômega que abaixa a cabeça e obedece com o rabo entre as pernas.
— KyungSoo, por favor. — JongIn pediu tentando não sentir dor, estava começando a se estressar também, não com o seu ômega, mas com a situação que foi formada. Ele poderia acabar passando mal e indo parar no hospital de novo. — Sehun, se acalma agora e se senta!
— Eu sou o seu marido e eu te amo, por isso não grite comigo como se eu fosse um cachorro que precisa ser adestrado! — KyungSoo disse e saiu da sala.
— Senta nessa porra agora! — JongIn gritou, seu estomago estava doendo e sua cabeça rodando. — Agora, Sehun!
O mais novo sentou fechando os olhos e apertando com força os seus joelhos tentando se acalmar.
— Você não vai para canto nenhum, vai ficar aqui pensando e depois vai subir e pedir desculpas para o KyungSoo, e desculpas realmente. — o mais velho suspirou. — Eu vou tomar meu remédio e tentar dormir porque senão é bem capaz que eu pare no hospital e fique internado.
Sehun não falou nada e JongIn apenas se aproximou do alfa, passou as mãos nos cabelos dele e beijou.
— Eu entendo sua raiva, a minha também foi grande, mas reveja o que você acabou de fazer, sei que é mais novo e não consegue se controlar. O amor pelo KyungSoo é grande em nós dois, mas você precisa aprender a se segurar e não magoar o nosso bem mais precioso, o que eu aprendi com esses dois dias foi que escutar o KyungSoo é a melhor coisa que vamos fazer em toda a vida. — O alfa disse saindo da sala e deixando o irmão pensando.
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Jackson entrou em casa e deixou sua bolsa no sofá, foi na cozinha e não encontrou o marido ficou um pouco confuso, mas foi em direção ao quarto e quando abriu quase teve um ataque cardíaco, Bambam estava sentado na ponta da cama vestido com roupas pretas.
— Halloween ainda não chegou, eu acho. — Jackson disse e Bambam sorriu. — Bammie, tá tudo bem?
— Comigo tá ótimo, com a sua cara eu tenho minhas duvidas. — disse. — Vamos conversar senhor Jackson Wang. Quem é Jia?
— Quem? — Jackson riu nervoso.
— Eu não sei caralho, por isso eu estou perguntando quem ela é.
— Não sei amor.
— Ah claro que cabeça a minha. — Bambam riu. — O sobrenome dela é Meng, Meng Jia.
— Não conheço, amor. — Jackson riu.
— Ah claro, esqueci outra coisa. — Bambam se levantou e Jackson se afastou. — Tá com medo de mim, amor? Que horror.
— Claro que não.
— Você disse que não a conhece, mas eu tenho certeza que depois que eu falar que você tem a porra de um noivado marcado com essa garota faz 9 meses e eu não sei, você talvez vá lembrar, não é Jackson Wang? — Bambam encarou o alfa. — Por isso temos que ir na China, para firmar o noivado de verdade.
— Bambam, deixa eu te contar d-
— Agora você quer me contar? Agora? Agora quando eu descobri que meu alfa está de noivado com uma outra pessoa a pedido da mãe? Porque para ela eu não sou um bom ômega e a tal Jia é uma ômega que te daria futuro? — Bambam riu. — A sua mãe que nem te criou vem do nada querendo passar de boa moça.
— Eu e ela não vamos casar, v-
— Claro que não vão, você é casado comigo! Não pode ter outra pessoa, não pode casar a não ser que me mate! Ela só poderia fazer parte da nossa vida se tivesse casado conosco no dia em que firmamos a união, fora isso é errado e é considerado ilegal você se casar com ela enquanto é casado comigo. — Bambam cruzou os braços. — Mas sua tia me contou tudo, segundo sua mãe você iria se separar de mim e casar com a Jia e se quisesse também casaria comigo agora sob a lei nós três casariamos.
— Eu quero ir para a China por dois motivos, acabar com a merda desse noivado que minha mãe inventou, e como você disse ela não me criou, e então ela não pode decidir nada.
— Se ela tivesse te criado ela poderia? Um puta homem feito e obedeceria a mãe. — Bambam sorriu. — Você só se lasca Jackson.
— Ela não poderia, mas escuta! Eu quero ir para a China por causa do noivado, deixa claro que somos casados e que eu não vou fazer isso, e também...
— Também? Vai me dizer que tem outra pessoa e que ela tá gravida?
— Sim.
— Como é que é?
— Tem um amiga dos meus tios que quer dar o filho para a adoção, eu disse que queríamos a criança, por isso precisamos ao menos morar três meses na China para ajudar na documentação da adoção. — Jackson disse e Bambam ficou mudo. — Bambam?
— Eu quero dar ainda mais na sua cara, corre, sai da minha frente! — Bambam disse e Jackson correu. — Um filho, eu vou ter um filho e nem sabia. — Bambam riu passando a mão no rosto. — Jackson, você até para fazer coisas boas acaba fazendo merda.
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Sehun suspirou mais uma vez e levantou indo para o quarto de hospedes, sabia que KyungSoo iria pra lá quando estava irritado ou queria pensar. Ali segundo os três seria o futuro quarto de um dos filhos, porque eles já haviam estipulado que seriam apenas duas crianças, no máximo três. Sehun queria se bater, havia sido um grande idiota com KyungSoo e ainda fez seu irmão ficar pior, passou no quarto e viu JongIn dormindo, suspirou aliviado e seguiu para o quarto de hospedes.
— Não quero falar com você hoje, Sehun. — KyungSoo disse assim que o alfa abriu a porta, sentia a aproximação dos maridos. — Hoje não.
— Me desculpa, KyungSoo. — O alfa abaixou a cabeça. — Me perdoa, isso, não é nem caso de desculpas e sim de perdão.
— Você levantou a voz pra mim, você me mandou calar a boca, Sehun. — KyungSoo virou e olhou para o alfa, Sehun queria não ter levantado a cabeça, o rosto de KyungSoo estava vermelho, os olhos pequenos e inchados de tanto chorar. — Você nunca agiu assim, isso me deixou sem reação, não na hora, mas depois eu fiquei em choque, será que você vai me tratar assim de novo?
— Claro que não, eu só... Eu cheguei em casa cansado, foi muita coisa na minha cara e o fato do meu pai ter batido no JongIn e ter falado de você...
— Eu sei, a raiva, o ódio, mas... Precisava gritar comigo? — KyungSoo suspirou. — Eu não quero falar sobre isso, vá dormir.
— Me perdoa.
— Por enquanto não, meu ômega interior está sentindo muita dor porque o seu alfa gritou com ele sem motivos. — KyungSoo disse e Sehun suspirou. — Amanhã conversamos bebê, por favor.
— Eu te amo, me perdoa, por favor. — Sehun começou a chorar. — Por favor, Soo.
— Pode parecer besteira Sehun, mas você ter gritado comigo daquele jeito mexeu muito comigo, muito mesmo. — O ômega disse tentando não chorar. — Vai dormir.
Sehun tentou se aproximar de KyungSoo e o ômega se afastou, o alfa suspirou e pediu mais uma vez perdão e saiu do quarto.
— Eu desculpo, mas perdoar por enquanto não. — KyungSoo disse baixinho, mas o alfa conseguiu escutar antes de fechar a porta.
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