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História Soprattutto - Cinquantotto


Escrita por: bearcute

Notas do Autor


Olá amores, que demora né? Então,eu passei essas duas semanas bem mal na verdade, numa crise bem pesada do tipo não consegui escrever quase nada e ainda me sentia triste juntando com as coisas da faculdade, deu nessa demora.

as coisas não vão melhorar daqui pra frente em relação a minha demora, ainda mais porque agora eu tenho um trabalho de campo que foi passado pelo meu professor e preciso fazer não só ele como um trabalho escrito com mais de 10 páginas mais um relatório e tudo isso em um mês e meio se fomos contar certinho, para alguns é muito tempo, mas não é bem assim porque é um trabalho realmente difícil pra mim que não sei interagir muito bem.

Espero que gostem do capítulo, perdão por não ter respondido os comentários e a gente se vê se tudo der certo, no sábado ou domingo que vem.

Capítulo 58 - Cinquantotto


― Você está com quase cinco semanas de gravidez quase entrando no segundo mês, não posso lhe dar os dias certos porque preciso fazer exames mais minuciosos, porém como pediu urgência, é só isso que posso lhe responder. ― O médico disse e Kyungsoo assentiu. ― Precisamos ter uma conversa séria e eu queria que seus maridos estivessem presentes.

 

― Por enquanto não será possível. ― murmurou. ― O senhor pode me explicar o que quiser.

 

― Você é amigo dele? ― o médico perguntou a Yongguk que estava sentado ao lado de Kyungsoo, porém se falar um ai sequer.

 

― Sou.

 

― Pois bem, coloque na cabeça desse ômega porque eu tenho quase certeza que ele mesmo não vai conseguir sozinho, por isso queria falar com os maridos dele. ― suspirou o médico. ― Ele precisa se alimentar, comer alimentos que sejam ricos em vitamina b6 que é encontrada na maioria das vezes em alimentos integrais como torrada, arroz, tem também em carnes e frangos grelhados, nada de sair comendo coisas com mil quilos de óleo.

 

― Entendi. ― Kyungsoo murmurou.

 

― Alimentos ricos em ácido fólico, seriam iogurtes, sucos de frutas, lentilhas, mamão. ―  o médico pegou um papel e escreveu algo entregando a Yongguk. ―  Aqui tem o nome de um nutricionista, seria bom ele acompanhar.

 

―  Eu tenho um nutricionista, ele está viajando, mas deve voltar nos próximos dias. ―  Kyungsoo disse e o médico o encarou sério.

 

―  Kyungsoo eu tenho muito apreço pelo senhor, estou há meses o ajudando da maneira que posso para que engravide, agora que conseguiu eu estou feliz em ver sua vitória, porém eu estou ao ponto de brigar com o senhor, o senhor está pálido e nem parece um homem forte e isso faz mal para um bebê, o que o senhor come por enquanto se transforma em energias  que passam para o bebê. ―  explicou. ―  Eu espero que esse nutricionista pegue no seu pé em relação a comida, os primeiros meses são os mais delicados, você precisa se alimentar corretamente para que o feto se desenvolva com mais afinco.

 

― Eu sei, eu vou me alimentar.

 

― Se o seu amigo não vir antes de duas semanas que é quando teremos uma nova consulta, espero que procure o nutricionista que indiquei. ― o médico disse. ―  E outra, eu não quero lhe fazer medo, mas sim lhe alertar, você está no inicio da gestação, qualquer estresse maior ou batida forte em sua barriga pode ocasionar um abordo espontâneo e o senhor que passou um bom tempo tentando e tem o seu organismo ainda abatido por tantos remédios para segurar o cio, vai ser difícil conseguir engravidar novamente, por isso tome cuidado.

 

― Ele vai tomar, pode ter certeza que se for preciso amarrar ele na cama dele, eu consigo isso. ―  Yongguk disse.

 

― Não será assim tão necessário, e também faça alguns exercícios leves como pequenas corridas ou yoga, na próxima consulta vamos falar mais sobre isso.

 

Kyungsoo assentiu pegando a receita que o médico deu com algumas vitaminas e remédios leves que ajudam nos enjoos e saiu da sala com Yongguk ao seu lado.

 

― Não fala nada, eu vou contar e vai ser hoje. ― Kyungsoo disse e Yongguk suspirou. ― Mas eu vou passar um tempo com meus irmãos.

 

― O que? Por quê? ― perguntou confuso.

 

― Acho que a mãe dos dois vai ficar lá em casa. ― Kyungsoo riu sem humor nenhum. ― Engraçado isso, ouvi uma conversa do JongIn e pelo que parece ela vai ficar lá porque está em casa sozinha e aquele drama desnecessário.

 

― E depois de tudo aquilo eles vão deixar Jieun lá?

 

― Ela é mãe e eu não posso competir com isso, ainda mais agora que o Taeho ainda continua no hospital. ― suspirou. ― Engraçado que depois eu ainda sou o errado e falo besteira.

 

― Você falou besteira e sabe disso.

 

― Mas olha o que eles estão fazendo agora!

 

― Você não está totalmente certo e eu não acho que ir para a casa dos seus irmão vá ajudar em algo.

 

― O cio do Sehun está chegando e com certeza ele não lembra, eu não quero estar em casa.

 

― Mas...

 

― Eu quero que o JongIn esteja com ele e que... você entendeu. ― sorriu pequeno. ― Vai ser uma forma de fazer com que o JongIn pela primeira vez se deixe levar pelo que sente e fique mais próximo do Sehun assim.

 

― E você?

 

― Eu vou estar na casa dos meus irmãos pensando em como agir nos próximos meses.

 

-x-

 

Kyungsoo chegou em casa já quase pelas oito horas da noite, depois que saiu do hospital com Yongguk, foi jantar com o alfa depois que Himchan saiu do trabalho, conversaram sobre as coisas e Himchan ficou mais aliviado em saber que Kyungsoo contaria tudo, mas não achou muito bom o ômega ir para a casa dos irmãos, porém não falou nada, Kyungsoo sabia o que estava fazendo.

 

― Chegou tarde. ― JongIn disse quando viu o ômega se aproximar da escada.

 

― Achei que não estaria em casa. ― Kyungsoo encarou o marido. ― Onde está Sehun?

 

― Na cozinha.

 

― Quero os dois na sala, vou tomar um banho e precisamos ter uma conversa. ― Kyungsoo disse subindo as escadas.

 

JongIn suspirou e levantou do sofá indo até a cozinha;

 

― Kyungsoo chegou e quer conversar.

 

― E essa seria a hora que você liga para a Jieun e diz que ela não pode ficar aqui. ― Sehun disse jogando a maçã que havia terminado de comer. ― Eu ainda não acredito que você fez isso, depois de tudo aquilo, puta que pariu, chamar ela pra cá seria como se eu agora sorrisse e fosse correndo ver o Taeho como se ele não tivesse feito nada.

 

― Ela precisa do nosso apoio!

 

― Eu não queria acreditar nisso tão fielmente, mas o Jongdae estava certo quando disse que você ainda depende da família. ― Sehun bufou. ― JongIn, chega de viver pelos dois, parece que você tem que pagar os anos em que eles te criaram sendo que não, eles não fizeram mais do que a obrigação deles como pais e você precisa aceitar isso e não fazer as coisas para eles e por eles como se fosse uma forma de pagamento, até porque você nunca os deu trabalho.

 

― Você não entende, Sehun.

 

― Eu não entendo mesmo! ― rebateu. ― Eu sei que você por ser filho dos dois fica mais comovido e tudo mais, porém eu não sou filho legitimo do Taeho, e eu deveria estar fazendo tudo por eles e para eles como forma de pagamento até porque ele me tratou como filho, mas eu não faço isso porque eu sei que eu estou onde estou por mim mesmo e eu não devo a eles a minha vida e obediência suprema, mas sim o meu respeito, coisa que eles já perderam. Entenda JongIn, eu sou mais novo, eu nunca fui como você cheio de coisas para fazer, mas mesmo assim eu sou filho deles, porém nós temos uma vida agora, uma vida longe deles.

 

― Ela vai ficar aqui só por duas semanas. ― JongIn sussurrou.

 

― Tanto faz, vou falar com ela por educação porque eu ainda não engoli aquilo. JongIn, ela pode ser nossa mãe, mas Kyungsoo é o nosso marido, essa aqui é a nossa casa, temos outra vida, somos outras pessoas... Não somos os bebês da Jieun e eu espero que você entenda isso, e eu também espero começar a parar de ficar dependente das suas decisões, porque por mais que eu fale, eu vou acatar o que você decidir, porque eu sempre faço isso.

 

― Meninos. ― Kyungsoo chamou na sala.

 

Os alfas saíram da cozinha e foram para a sala, ficaram confusos ao ver uma mala pequena ao lado do sofá, Kyungsoo apontou para o sofá e os alfas sentaram enquanto o ômega se mantinha em pé.

 

― Sei que temos muitas coisas para conversar, mas eu não quero ter dor de cabeça agora, na verdade eu não posso e eu nem preciso disso. ― passou as mãos pelo rosto. ― Eu sei que Jieun vem passar um tempo aqui e eu não quero ficar no mesmo lugar que ela, não depois do que ela fez pra mim no hospital.

 

― O que ela fez? ― Sehun perguntou.

 

― Falou várias merdas, mas como sempre na frente do JongIn ela agiu normalmente. ― Kyungsoo suspirou. ― Eu quero que me prometam uma coisa, só isso ok?

 

― Kyungsoo, você vai ficar aqui, é a sua casa. ― JongIn disse. ― Eu ligo para a minha mãe e-

 

― Não, ela vai te convencer a ficar e você vai aceitar, eu te conheço JongIn e eu sei a dependência que você tem dela. ― murmurou. ― Eu vou para a casa dos meus irmãos, já falei com eles e vou ficar lá por alguns dias.

 

― Você tá fugindo da conversa? ― Sehun perguntou e o ômega riu.

 

― Não, na verdade eu não fugi de nada, vocês que não vieram atrás, porque eu sempre fui atrás. ― disse e sentou na ponta da mesinha de centro, um pouco de costas para os maridos. ― Sehun, JongIn, depois de meses conversando sobre isso e eu imaginando que poderia fazer uma festa, fazer aqueles bolinhos revelação ou sei lá para poder dar a surpresa... agora eu estou aqui no meio de uma crise nesse casamento e dando uma noticia que poderia ser comemorada de uma maneira mais feliz.

 

― Kyungsoo... ― JongIn chamou um pouco confuso. ― Do que você está falando?

 

― Eu estou grávido. ― jogou sem ter coragem de encarar os maridos. ― Um mês e alguns dias.

 

Como Kyungsoo esperou os maridos ficaram quietos, antes ele sabia que os dois fariam uma festa e ele mesmo estaria comemorando como sonhava antes do cio, mas no meio daquilo tudo era meio difícil, um casamento um crise, sentimentos confusos e não ditos e muito menos demonstrados, família se metendo, confusões...

 

― C-Como você soube? Faz dias que sabe? ― JongIn foi o primeiro a levantar e se ajoelhar perto das pernas do ômega. ― Você foi ao médico?

 

― Descobri hoje. ― respondeu. ― E fui no médico hoje mesmo, tenho uma consulta daqui a duas semanas.

 

― Não, não e não! ― Sehun levantou gritando. ― Você não vai sair daqui, não vai mesmo!

 

― Sehun.

 

― Ele não vai, JongIn. ― Sehun disse andando pela sala. ― Não tem condições dele ir, eu não quero meu marido longe de mim carregando o nosso bebê, o sonho que nós tivemos, eu quero cuidar dele e foda-se a sua mãe!

 

― Que é sua mãe também!

 

― Mas olha a situação que vamos viver por causa dela! Ficar longe do nosso marido agora gravido porque ela vem passar um tempo aqui. ― Sehun disse e JongIn encostou a cabeça nas coxas de Kyungsoo. ― Kyung, você não vai, ok?

 

― Eu vou, eu quero ir. ― o ômega disse. ― Luhan também está gravido e vai ser bom ficar com ele, se sua mãe for ficar mesmo apenas duas semanas, eu volto depois isso não quer dizer que vamos ficar sem nos falar, mas precisamos disso.

 

― Você quer mesmo ir? ― Sehun perguntou e Kyungsoo assentiu. ― Ok, vamos, eu te levo até lá.

 

― Eu vou com vocês. ― JongIn disse.

 

― Não, você vai ligar pra sua mãe e dizer que ela pode vir logo, quanto antes melhor pra ela sumir depois. ― Sehun disse pegando a mala do ômega. ― Vou esperar lá fora.

 

― Eu sei que é sua mãe, eu não estou com raiva disso, não tanta assim. ― Kyungsoo disse olhando para JongIn. ― Converse com ela JongIn, assuma o que você quer, para de esconder, não foi uma ou duas vezes que eu falei com você sobre isso e sempre me ignorou, por favor, diga o que quer fazer e como fazer, faça o que você quer e aja como quer.

 

O ômega levantou quando JongIn se afastou, suspirou pegando sua mochila e saindo de casa, JongIn por sua vez bateu a mão na mesa com raiva, não sabia se era pela situação ou raiva de si mesmo.

 

[...]

 

― Por que eu acho que você não está bem com isso?

 

― Sehun, eu disse que não quero conversar agora, o médico disse que eu não posso me estressar. ― o ômega disse. ― Mas eu não estou mesmo, sei que deveria ficar com vocês em casa, mas eu não quero aguentar a Jieun, e por favor, não digam a ela sobre a gravidez.

 

― Não vou dizer. ― ele murmurou olhando para a rua. ― O bebê está bem? Já tá formadinho?

 

― Ainda não, ele é bem pequeno ainda. ― Kyungsoo riu. ― O médico disse que é como uma bolinha ainda.

 

― Isso vai acabar, tá? Eu quero que isso acabe e que nós tenhamos o nosso casamento de volta.

 

― Ele não vai ser o mesmo Sehun, talvez ele melhore ou não, mas acho que essa crise toda querendo ou não está sendo boa. ― deu de ombros. ― Muita coisa que a gente veio segurando e tudo veio á tona.

 

― Eu quero te pedir desculpas.

 

― Pelo que?

 

― Por qualquer coisa que eu tenha feito.

 

― Você não existe, Sehun. ― Kyungsoo riu. ― Eu quem peço desculpas, não só a você como também ao JongIn, teve coisas que eu disse que foram de mais em um momento de nervosismo.

 

― Agora eu entendo porque o seu humor tão ácido. ― murmurou.

 

― Converse com o seu irmão, vai ser um tempo bom para vocês, sabe? ― sorriu o ômega. ― Não jogue mil pedras nele, apenas escute e converse, você sabe como o JongIn é, quanto mais a gente fala, menos ele realmente faz.

 

― Você vai ficar bem? ― Sehun perguntou estacionando o carro em frente à casa dos irmãos do ômega, não era assim tão longe era no mesmo bairro.

 

― Vou, qualquer coisa eu ligo. ― Kyungsoo disse abrindo a porta do carro, Sehun apertou para que o porta-malas abrisse, o ômega foi até lá puxando sua mala. ― Até mais, Sehun.

 

― Por que eu sinto que isso não é o melhor remédio para as coisas? ― Sehun perguntou alto o suficiente para que o ômega escutasse fora do carro.

 

― Porque não é, mas é necessário. ― Kyungsoo disse antes de se virar e andar até a casa dos irmãos.

 

-x-

 

Dias depois.

 

JongIn havia conversado com Sehun, colocaram aos poucos alguns pingos nos is e JongIn finalmente abriu o coração para o irmão dizendo o porquê de sempre priorizar mais a família, ele se sentia responsável já que tudo sempre foi colocado em suas costas, disse que sentia como se devesse sempre estar ali pelos pais porque era o que sempre eles diziam enquanto ele crescia, Sehun ficou um pouco irritado com isso, mas no fim entendeu o irmão e que ele por ser mais apegado obedecia os pais. Os dois entraram em um acordo de esperar mais três dias e depois irem buscar Kyungsoo, que diferente do que havia dito, não estava mantendo nenhum contato nesses últimos dias.

 

Sehun aproveitou que JongIn voltou a trabalhar pela parte da manhã e ele só ia pela tarde, já que o mais velho havia saído o mais novo viu que a mãe estava na sala e se aproximou sentando ao dela no sofá, Jieun sorriu para o filho que sorriu de volta, mas não de uma maneira tão verdadeira assim.

 

― Vamos ser claros aqui, Jieun, uma coisa rápida porque eu não sou um menino de 10 anos, pelo contrario eu tenho uma boa idade. ― disse cruzando os braços e virando para mãe. ― Qual o seu problema realmente com o Kyungsoo? É o fato dele ser livre diferente da senhora?

 

― Ah meu filho, vamos parar com isso. ― ela suspirou. ― Você e JongIn estão tão bem, não precisam daquele ômega.

 

― Ômega que a senhora amava, mas foi só casar que a senhora odiou.

 

― Um ômega que atrasa seus cios, não tem filhos e que prefere trabalhar do que cuidar da família e casa, não merece meus sentimentos. ― ela disse simplesmente. ― Eu quero o melhor para vocês, um ômega parceiro e não importa se ele é a alma gêmea de vocês dois, podem conviver sem ele, não é obrigado.

 

― É... Você conhece a mãe quando você casa. ― Sehun disse mais para si mesmo do que para a ômega. ― Sabe mãe, eu espero que quando a Taeho saia daquele hospital de uma vez, a senhora fique lá servindo de empregada pra ele e nos deixe em paz.

 

― Eu amo seu pai, não sou empregada dele.

 

― Kyungsoo me ama, ama o JongIn. Kyungsoo não é nosso empregado, ele é um homem ômega que tem uma faculdade e um trabalho digno do tamanho e merecimento dele e não vai ser a senhora com a merda do seu pensamento que vai fazer ele parar, seja estando com a gente ou não. ― Sehun disse e se levantou. ― A senhora tem mais dois dias aqui, depois pode voltar pra sua casa e eu espero que a gente só se veja em datas comemorativas, porque mãe, essa é a minha casa e a minha família e não me faça ter que agir da mesma maneira que eu sou com o Taeho, porque pode ter certeza que não vai ser sacrifício algum.

 

― Você é meu filho, você não pode deixar sua mãe e ficar com o marido que nem te ama como eu sua mãe te colocou no mundo, ama!

 

― Ah, e pare de ficar enchendo a cabeça do JongIn, tentando colocar que ele deve ter obedecer porque você é mãe e sempre fez tudo para ele, pare de usar a merda do emocional de mãe pra cima dele, é baixo, é sujo, é desumano. ― Sehun disse saindo da sala e subindo as escadas para o quarto.

 

[...]

 

― Sai daqui Chanyeol! ― Kyungsoo empurrou o cunhado rindo. ― Você é um chato, hyung!

 

― Olha ele me chamando de Hyung de novo, meu deus que estranho. ― Chanyeol abraçou o ômega que acabou cedendo e agarrando a blusa do cunhado. ― Você não tá bem, não é?

 

― Ele precisa ficar perto dos maridos, dá mais energia para ele e o bebê. ― Luhan disse sentado na bancada da cozinha comendo um pote de sorvete, diferente do irmão, Luhan estava com dois meses e meio foi uma surpresa saber que o bebê veio fora de um cio, Baekhyun nunca riu tanto na vida dizendo que o sêmen do Chanyeol era maravilhoso cheio de milagre.

 

― Você não quer voltar pra casa? ― Chanyeol perguntou acariciando os cabelos do ômega.

 

― Não, é melhor aguentar isso do que ter que aguentar a Jieun. ― murmurou. ― E você tá aqui, Chanyeol, ao menos me ajuda mesmo não sendo o pai do bebê.

 

― A gente divide ele com você assim fica tudo em família mesmo. ― Baekhyun disse entrando na cozinha e puxando o pote de sorvete da mão de Luhan. ― Não pode comer doce demais, esse já é o segundo no dia, vai comer algo salgado pra equilibrar.

 

― Não sei como vou aguentar esses meses, é um pior que o outro, Kyung! ― Luhan apontou para os maridos e Kyungsoo riu se afastando de Chanyeol que correu para pegar Luhan no colo. ― EU SEI DESCER DAQUI PARA COM ISSO!

 

― Mas vai que você cai.

 

― Eu não vou cair do balcão, Chanyeol! ― Luhan pulou do balcão e Chanyeol quase sentiu o coração parar. ― Agora me deixem em paz.

 

Kyungsoo encostado no canto da cozinha riu alto, mas também pensou nos maridos e como seria se estivesse passando essas primeiras coisas com os dois alfas.

 

― Quem está no lugar do Luhan? ― Baekhyun perguntou ao irmão mais novo e Chanyeol saiu da sala indo atrás de Luhan.

 

― HimChan, como Sehun e JongIn fazem o mesmo trabalho agora porém em horários diferentes, ele cuida de tudo durante o dia, mas está ganhando um bônus por isso.

 

― Como você sabe? Eu sei que não tem falado com seus maridos. ― Baekhyun pegou uma colher para Kyungsoo comer sorvete junto.

 

― Eu falo com o HimChan e Youngjae me contou também.

 

― Você já falou com o Zitao?

 

― Não, nem com ele e com o Jinyoung, os dois vão me fazer correr de volta pra casa, ninguém entende que eu preciso disso e os dois também. ― suspirou. ― O cio do Sehun tá chegando e ele nem deve lembrar.

 

― Você está gravido e ainda é o começo da gestação, o médico do Luhan disse que ele não pode ajudar o Chanyeol em nenhum cio nem agora gestando e nem depois de ter, segundo ele é preciso mais um ano de recuperação pra poder ele voltar a dormir com o Chanyeol em um cio. ― Baekhyun explicou.

 

― Eu sei que agora não posso, mas mesmo que pudesse não iria ajudar.

 

― Você quer que ele pegue o JongIn? ― Baekhyun riu. ― JongIn tem a maior cara de macho alfa que não liberaria, Chanyeol uma vez quis fazer a gente riu tanto, mas rolou.

 

― Baekhyun! ― gritou Chanyeol da sala.

 

― Você não reclamou quando eu estava dentro de você e nem quando o Luhan estava! ― o ômega gritou de voltar e Kyungsoo riu.

 

― Por mais que eu sinta falta dos meus alfas, eu gosto de ficar com vocês. ― Kyungsoo disse pegando um pouco do sorvete.

 

― Já disse que a gente divide o Chanyeol, o tal Jesus multiplicou os pães e peixinhos, o que seria emprestar o pau do Chanyeol para mais um buraco não é mesmo?

 

― Pelo amor, Baekhyun! ― Kyungsoo gritou batendo no braço do irmão. ― E é verdade isso de você estar indo na igreja?

 

― É legal, tá que as pessoas não são todas legais, mas escutar as coisas e fazer aquelas tais orações é legal, me dá uma paz, mas eu não preciso estar ali e viver dizendo que amo aquilo, eu gosto e sei lá. ― Baekhyun deu de ombros. ― E eu tenho que trabalhar agora.

 

― Baek, onde está a mãe do Chanyeol?

 

― Eu queria que ela estivesse ardendo no fogo do inferno com o capeta espetando a bunda dela, mas eu sei que está na casa dela, liga uma vez na semana e só. Melhor assim.

 

― Jieun poderia seguir isso...

 

― Uma hora ela aprende, a gente precisa aprender que nem todas as mães são iguais e que a nossa pode ser de boa com tudo, mas há outras no mundo que só um tipo de graça divina na veia.

 

 

-x-

 

― O senhor vai ter alta nessa semana ainda. ― Yongnam disse para Taeho e JongIn. ―Depois é só seguir os comandos que lhe dei e uma vez por mês vir ao meu encontro.

 

― Algo mais? ― JongIn perguntou e o médico negou. ― Obrigado.

 

― Mande um abraço ao Kyungsoo por mim, diga que estou feliz pela notícia que recebi. ― Yongnam disse e JongIn respirou fundo para não cair nas palavras do alfa.

 

― Sobre o que ele estava falando? ― Taeho perguntou quando o médico saiu da sala.

 

― Nada.

 

― O ômega te trai na cara dura e você age como se fosse a coisa mais normal do mundo.

 

― Cala a boca, pai, por favor.

 

― Você poderia traí-lo e fazer isso na frente dele, agora ele não tem o di-

 

― Eu não quero gritar com o senhor ou ser responsável por uma recaída sua. ― Jongin o cortou. ― Mas que fique claro uma coisa, ao sair desse hospital eu e o senhor seremos apenas chefe e empregado até o meio do ano onde que por lei as empresas serão todas passadas para o meu nome.

 

― O que você quer dizer com isso? Eu sou seu pai, eu e sua mãe fizemos tudo por você e Sehun, demos do bom e do melhor e é assim que você nos agradecer? O tanto que vivemos por vocês, tivemos fome mas não deixamos você passarem por isso, sempre f-

 

― Chega com isso. ― JongIn bufou. ― Chega desse drama todo que tem feito há anos comigo, eu não vou mais escutar, eu não quero mais escutar. O que eu disse é verdade, quando o senhor sair daqui seremos apenas chefe e empregado, não serei mais o seu filho porque nesses últimos meses o senhor tem me tratado como tudo, menos como seu filho e isso também cai para Sehun.

 

― Tudo isso por um ômega, se eu soubesse q-

 

― Não iria fazer nada porque querendo ou não um dia nós iriamos o encontrar, somos almas gêmeas e não tem como separar para sempre, mas hoje eu posso me separar do senhor e da minha mãe, porque há meses vocês dois têm feito do meu casamento um inferno. ― JongIn se afastou da cama. ― Eu sou seu filho, eu sei que devo muita coisa ao senhor por tudo que fez, mas isso não se paga deixando minha felicidade de lado, isso tudo se paga com ações bonitas para você e minha mãe, mas isso vocês não querem, vocês querem ter como sempre o controle da minha vida, e eu pela primeira vez percebi o quão cansado eu estou e o quanto de coisas eu perdi e estou perdendo por causa disso.

 

JongIn saiu da sala e encontrou Yongnam no corredor, se aproximou do alfa que sorriu.

 

― Você não presta, cara. ― JongIn disse e Yongnam riu.

 

― É, quem sabe, mas espero que você agora preste. ― ele disse sério. ― E realmente dê meu recado a Kyungsoo, eu posso sempre estar querendo ele e dar uma investidas fora de hora, mas não quero o mal dele e fico feliz que ele esteja bem, mas preste atenção, não perca a merda da chance que você e seu irmãozinho estão tendo de novo, porque se perderem, eu vou fazer o que eu realmente tenho vontade.

 

― Que seria?

 

― Tirar Kyungsoo de vocês dois. ― disse. ― Mas eu espero que concertem isso tudo, nunca forçaria o Kyungsoo a alguma coisa, então eu prefiro esperar ele vir até mim, se ele não vier, vou entender que vocês conseguiram sair dessa crise, se ele vier... Pode ter certeza que eu não vou deixar ele voltar.

 

― Ele não vem até você.

 

― Conto com isso, ele ama vocês mesmo vocês sendo duas crianças. ― Yongnam disse e saiu andando pelo corredor.

 

O alfa pegou o celular e procurou o nome de Sehun abriu no aplicativo de mensagem e esperou ele responder.

 

JongIn: Estou indo até a casa dos irmãos do Kyungsoo, te espero lá, precisamos conversar de uma vez e resolver isso, eu não aguento mais.

 

Sehun: Vai ter que esperar uns três dias.

 

JongIn: Por quê?

 

Sehun: Eu estou entrando no cio.

 

JongIn: Estou indo te ajudar.

 

Sehun: Tem certeza disso? JongIn não vai ser apenas um boquete.

 

JongIn: Eu sei, já estou indo, querido.

 

Sehun: Isso vai mudar algo?

 

JongIn: Vai. Finalmente vamos estar fazendo algo que já deveríamos ter feito, eu te amo dessa maneira também Sehun, só tinha e ainda tenho um pouco de medo.

 

Sehun: Manda o medo da puta que pariu. Não demore.

 

JongIn guardou o celular no bolso e saiu correndo para fora do hospital. 


Notas Finais


▪ Existe uma coisa chamada troca, onde você dá a uma pessoa algo que ela lhe deu. A relação do JongIn com os pais é uma troca, os pais sempre falaram que fizeram tudo por ele e investiram nele e o minimo que ele poderia fazer era dar a obediência e cuidado a eles, que ele deveria dar em troca muito mais. E mesmo que achem que isso não existe, existe sim, há pais que acham que porque investiram no filho eles se acham no direito de mandar e guiar a vida dos filhos, e a maioria dos filhos acaba cedendo porque acha que é o certo. Vocês não sabem a quantidade de pessoas que sofrem com isso, é absurdo como os pais usam da influência sobre os filhos para mandar na vida deles.

▪ Kyungsoo não é errado de ficar longe dos maridos, é uma opção dele, ficar na casa traria uma bela raiva e isso faria muito mal ao bebê.

▪ Baekhyun não é um cara da igreja, um crente ou um convertido, não é nada disso e também de nenhuma maneira eu quero insultar a igreja ou bíblia aqui, eu apenas estou citando. Ele gosta de ir a igreja e participar, mas ele não quer viver disso, entendem? Ir a igreja não quer dizer que naquele mesmo dia você já ama tudo e sabe de cor e salteado todas as linhas da bíblia, ele gosta de ir e se sente bem em algumas coisas. Fim. Cada pessoa sabe ou se sente de uma maneira boa ou não em uma igreja ou em uma religião, eu não tô julgando nada, apenas colocando o meu lado sobre isso, no Baekhyun da fanfic.

▪ Yongnam nunca vai tentar nada com o Kyungsoo, ele não é um vilão, nem ele e nem os pais, os vilões dessa crise no casamento são os sentimentos de cada um deles, sentimentos escondidos e sentimentos até ditos demais. Um casamento precisa de um equilíbrio, quando muita coisa é escondida algo começa a ruir.

Até mais, obrigada pelos favs e comentários AMO MUITO VOCÊS E O CARINHO QUE VOCÊS TEM POR MIM E PELA FIC, lembrem-se do formulário nas notas do capítulo passado, a votação ainda está aberta.


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