NA CASA DA FAMÍLIA BRAGA....
Irma estava preocupada com a demora de notícias da filha, começando a anda de um lado para o outro na sala a onde também seu marido Trindade estava.
— Irma, dá pra parar de ficar andando de um lado para o outro? Já estou ficando tonto! – disse ele incomodado.
— Ora Trindade... Estou preocupada com Lena! Nenhuma das duas, me retornaram, ao menos para falar se nossa menina chegou bem – disse ela passando a mão testa.
— Calma Irma! Lena mesma falou, que quando ela chegasse iria te ligar!
— Eu sei... – revirando os olhos – Está bem! Vou esperar! Mas se ela não me ligar! Eu, que vou ligar pra ela.
Ela por sua vez, vai procurar algo para fazer na cozinha, como cozinha, até que seu filho chega na hora.
— Ora mãe... Porque essa preocupação toda? – pergunta Joventino – É por causa da Lena que não ligou pra senhora?
— É, é... – disse a morena, limpando a mesa – Já era para Regina ou Maria Pia terem me ligado.
— Calma mãe, não vai demorar muito para elas te ligarem – ele tenta tranquiliza-la – Acalma esse seu coração Dona Irma – a abraça.
— Ta certo... – ela o olha rindo – Mas se demorar, eu vou ligar.
— Tudo bem... – sorri – Mãe, a Lena é corajosa... Vai ver que ela vai se acostumar rápido com a cidade... A senhora vai ver – dando-lhe um beijo em seu rosto.
Irma rir para o filho, mas não esconde a preocupação que tem com a menina, ainda mais que está agora nas mãos das tias, para se distrair, ela trata de colocar a janta para ambos.
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RIO DE JANEIRO...
Ao chegar em casa, a morena e a loira estacionam os carros na garagem, enquanto os pais e a empregada da loira, estão todos em casa, escutam o barulho dos carros, ambos vão para a sala, menos Madalena, que por sua vez, estava fazendo comida.
— Vou preparar algo para ela comer... – sorri – Ela deve está com fome...
Nesse momento as duas mulheres saem, enquanto a menina sai atrás, se deslumbra com a casa chique que a loira mora, dando para perceber que o imóvel não era pequeno, mas sim grande, dívida com alguns cômodos desregulados, dava para perceber por conta dos telhados, que eram maiores que os outro, na fachada tinha uma faixa com pedras desreguladas, de um tom marrom, as paredes por fora eram da cor nude, contendo entre elas duas janelas medias com persianas cobrindo a parte de dentro, no chão a grama verde, com alguns vasos grandes, que decoravam o local, entrada com mármores brancas, ao lado havia uma varanda que dava a visão para um parque a onde possivelmente as pessoas iam para passear, correr e aproveitar o final de semana com a família, ainda na varanda da frente havia uma porta de vidro enorme, sendo que ao lado tinha algumas cadeiras para quando fossem bater papo ou relaxassem lendo um bom livro, um pouco distante dali tinha uma rede verde atada, tudo era lindo, fazendo com que Lena desse um singelo sorriso. Depois de admirar o lugar, Regina e Maria Pia haviam ido pegar as malas da menina e saem, indo em direção a entrada da casa, a porta era enorme e era giratória, a menina nunca havia visto uma porta assim, após abrir a porta, direcionando a vista para os pais dela, que olhavam tentando ver menina, mas ela estava atrás de sua filha e de sua irmã, que era uma das proprietárias da casa, que entra logo atrás da loira, a chamando, Lena adentrou desconfiada, sendo apresentada a família.
— Lena! Esses meus pais Athayde e Lígia! – a loira sinaliza com o dedo.
— Oi! Prazer em conhecer vocês! – a menina sorri timidamente.
— Enquanto vocês se apresentam, vou lá na cozinha beber uma água – disse Regina sorrindo, passado pelo casal.
Ambos se cumprimentam com abraços.
— Mocinha! Te peguei no colo quando você era pequena! – disse o pai da loira, colocando as mãos na cabeça da menina.
— Era tão pequena, que pensávamos que você não iria sobreviver! Mas você está aqui! Linda e forte! Igual a sua mãe! – a dondoca sorri abraçando a menina.
Zelda aparece na vista da menina, ela havia feito um feitiço para que ninguém notasse de jeito nenhum a sua presença, principalmente por sua energia, revirando os olhos e achando um saco o que eles estavam falando, enquanto Lena os olha sem entender muita coisa. Já a filha do casal começa a mexer no celular, estava achando um tedio aquilo tudo e Regina se direciona para a cozinha, tratando logo de cumprimenta Mada, que estava terminando de fazer a janta.
— Oi, oi Madazinha.. – sorri a morena abrindo a geladeira.
— Oi minha filha... – sorri para ela – A menina já está ae? – pergunta Mada.
— Já sim... Ela está na sala com o Athayde e a Ligia – disse ela colocando um pouco de água em um copo.
— Ela vai ficar aqui ou com você? – pergunta Mada sorrindo.
— Não sei... Ainda vamos decidir porquê?
— Porque a Mariazinha pediu para que eu arrumasse o quarto de hospedes para a menina.
— Ata... Mas qualquer coisa nos te avisamos tá? – sorriu a morena – Obrigada Madazinha... – a abraçou.
Regina sai, se escorando na entrada da cozinha, sorvendo um gole de água, enquanto os observava atenciosamente.
— É... Minha mãe sempre fala bem de vocês – ela se senta no sofá timidamente.
— É ? O que ela falava de nós? – retruca a dondoca.
Maria Pia interrompe a conversa.
— Mãe... Depois vocês conversam! - cutuca a mãe.
— Tudo bem – ela olha seriamente para a filha, voltando os olhos na menina – Mas tarde nos nus falámos, pequena.
Maria Pia sai, indo até a cozinha, Regina não tirava os olhos da loira, pois ela não queria que ela humilhasse a menina, a loira foi a onde Mada estava ocupada, limpando as coisas.
— Mada, vamos aqui na sala! – ela pega na mão da empregada.
— O que foi filha? – ela retruca – A Regina disse que a menina está lá na sala ae com vocês – sussurra.
— Quero te apresenta-la – a puxando – Vamos.
— Deixa eu terminar aqui.
— Nada disso! Vamos! Você sabe que é parte da família! – ela pausa – Vamos Mada...
— É Mada, vai lá, depois você volta – sorri a morena.
Regina continua a observar, enquanto Maria Pia leva Mada para a sala, a onde Lena estava.
— Lena, essa é a minha Mada! – apresenta a loira.
— Que lindinha... Prazer! – a empregada fala com um sorriso no rosto.
— Oi... – a menina levanta, sorrindo – Prazer...
— Mada, ela que vai morar com a gente – disse ela ouvindo o murmuro da Regina – Ou com a Regina... Por enquanto – a loira se senta.
— Você irar passar um tempo aqui em casa ne! – a empregada fica olhando para Lena.
— Sim! É o que tudo indica... – a menina sorri, continuando – Mas não vou incomodar, podem ficar tranquilos, qualquer coisa eu vou para a casa da tia Regina – sorri para a morena.
Regina sorri levantando o copo de água para boca, mas sabia que teria que cuidar da menina mesmo assim, por conta da Maria Pia que não era muito chegado a amizades ou algo do tipo.
— Imagina... – ela pega na mão da menina – Pelo menos você vai me fazer companhia!
— Vai ser legal – Lena rir – Está bem!
Maria Pia revira os olhos de ciúmes e Regina nota isso, só esperaria tudo se acalmar para ir conversar com ela.
— Maria Pia... Oh, estarei de olho em você querida! – sussurra a dondoca baixo no ouvido da filha.
Athayde e Lígia reparam no jeito de Maria Pia, que sai de perto da mãe dela mudando de assunto.
— Esta boa a conversa, mas a Mada tem muito o que fazer né Mada! – cutuca ela.
Mada nem liga para o que a Maria Pia fala, porque ela sabia que a loira estava com ciúmes dela. Enquanto Regina revirava os olhos, indo sentar em uma das cadeiras, na sala de janta, Lena nota, ficando corada rapidamente.
— Olha! Vocês não vão me notar aqui – ela fala olhando para eles, continuando – Não sou de ficar perturbando ninguém!
— Graças a Deus! – sussurra a loira.
— Para Maria Pia! – Mada sussurra para ela – Temos que conversar! Mas não agora!
Mada sai, olhando seria para Maria Pia, indo em direção a menina. Regina sinaliza para Mada, que tirasse Lena de lá, e assim fez.
— Você deve estar com fome certo? – fala sorridente.
— Sim... E muita!
As duas vão para a cozinha, ao ver que eles estavam sozinhos la Regina se levanta, indo em direção a Maria Pia, que estava com seus pais na sala.
— Maria Pia... Que po... – ela se segura para não falar palavrão – Foi essa? – pergunta a morena respirando fundo – Olha os bons modos garota...
— Solta meu braço tia... Eu nunca quis que ela viesse pra cá... – a loira é interrompida pela mãe.
— Deixa a menina Regina... – disse a dondoca revirando os olhos.
— Deixa nada... – disse a morena – A menina mal chega aqui e a Maria Pia fica com essas frescuras... – ela a olha sério.
— E...? – debocha – Agora que ela chegou não terei paz... – disse a loira enjoada.
— Não te falei... Isso se chama ciúmes Regina... – disse o pai da loira – Isso já vai passar, é questão de tempo...
Ambos discutem la na sala, no outro como, na cozinha a menina estava com a empregada, elas também ouviram algumas coisas, durante a refeição Lena viu Zelda aparecer na porta da entrada observando e revirando os olhos, parecia que ela estava escutando toda a conversa deles, enquanto a menina permanece calada, a olhando.
— Sei... – a encara – Mas se isso continuar, levarei ela para minha casa... – ela solta o braço da loira.
— Por mim... – ela balança os ombros – Já vai tarde...
— Maria Pia... Já deu, a menina vai ouvir... – disse o pai da menina a repreendendo.
— Olha Maria Pia... Se eu ouvir alguma reclamação dela ou de quem for... Você já sabe... – ela solta o braço da loira – Qualquer coisa me avisem ok... – ela olha para ambos.
— Pode deixar... Nós não deixaremos a loira aqui brigar com ela... – sorri Athayde.
— Pai... – a loira o olha incrédula.
— Cala a boca Mariazinha... – a mãe da loira já estava irritada.
— Antes de ir... – ela pega sua bolsa – Vou lá na cozinha, entregar o celular para a Lena...
— Olha... – a loira rir – Comprou um celular pra caipira? – pergunta sarcasticamente.
— Maria Pia... Eu nem vou perder minha paciência com quem não vale a pena, ne meu amor – disse a morena jogando um beijo para a sobrinha.
A loira revira os olhos, enquanto Regina a olha chateada pela forma que tratou a menina, virando-se vai até a cozinha, nesse exato momento Zelda some rapidamente, quando a morena entra para se despedir da menina, que estava merendando.
— Lena.. – a morena se inclina na entrada da cozinha – Madazinha... – sorri – Já vou ta?
— Oi minha filha... – sorri para a morena.
— Oi tia... – ela rir – Mas já? – ela fica insegura.
— Já... Mas olha, qualquer coisa, você me liga ok? – disse ela ficando da altura da menina.
— Mas... – a menina fica sem graça – Eu não tenho celular tia... – ficando corada.
— É... Eu sei... – ela sorri tirando uma sacola da sua bolsa – Pegue... Comprei para você... – rir – Sei que lá vocês não usavam, então decidir te dar um.
Zelda aparece rapidamente, e ver o presente que a menina ganhou e sinaliza com o dedo para não fazer uma desfeita, pois a ruiva sabia como era o jeito da menina, a repreendendo por de trás da morena.
— Mas tia... – a menina fica incrédula – Não... Não precisava... – ela fica corada – Isso deve ter sido caro.
— Que nada... – ela olha para Mada – Vamos Lena... – ela olha para a menina, fazendo bico – Aceita vai... – a morena rir.
— Não posso... – ela sorri para a tia – Sei que a senhora comprou pra mim, mas... Não quero incomodar.
— Que isso Lena... Vamos minha filha, aceite... – sorri Mada olhando para ela – Se a Regina quis te dar, é porque você precisava ne?
— Isso mesmo Mada... – disse a morena a olhando nos olhos – Quero que aceite isso como seu primeiro presente, de chegada ao Rio de Janeiro... – sorri para a menina.
— Aham... – ela olha para ambas – Mas... – ela fica sem tender.
— O que foi minha filha? – pergunta Mada.
— Você não gostou Lena? – pergunta Regina.
— Não... Não é isso... – ela olha para ambas – É que eu não sei mexer...
— Não tem problema... Posso te ensinar, quando você for lá pra minha casa, que tal? – a morena sorri para a menina.
— Está bem... – a menina abraça a tia.
Mada acha encantadora a relação de Regina com Lena, estava certo que Regina cativava por onde passava, mas assim de repente, está certo que ambas são tia e sobrinha, mas parece que se conheciam a muito tempo, pensa Mada, que volta aos afazeres na cozinha. A tia da menina sente algo, uma energia boa, ao mesmo tempo uma sensação de perigo a vista, ficando pensativa, por alguns segundos, sentindo em seguida uma calmaria, parecia que Lena avia lhe proporcionado um dia de paz, que não teve por alguns anos, fazendo com que ela pensasse do nada em um colar, que estava em sua bolsas a alguns anos.
— Lena... Antes de ir – ela abre a bolsa, pegando um colar – Tenho mais uma coisa para te dar... – o mostrando para a menina.
Era uma solitária, toda de aço, com uma pequena pedra de ametista no meio, que brilhava conforme refletia a luz.
— Que lindo... – ela olha para a tia – De quem era?
— Da minha mãe... – a morena fica sentida – E... Agora é seu – ficando com a voz um pouco tremula.
— O meu pai disso, que eu pareço um pouco com ela... – ela sorri.
— Eu também acho... – retribui o sorriso.
Lena se vira, enquanto Regina coloca o colar em seu pescoço, virando-se para a tia novamente.
— Você ficou tão linda – sorri a morena.
— Obrigada tia... – ela a olha, passando a mão no colar.
Ambas sorriram, enquanto isso, Maria Pia estava na sala com os seus pais, até que se assusta.
— Meu Deus! Tenho que ligar para os pais de Lena – quase deixa o celular cair de sua mão.
Ela pega o celular e telefona.
— Alô... Tia Irma – ela olha para a cozinha.
"Oi Maria Pia!" – disse Irma atendendo o telefone – "A Lena chegou bem?"
— Sim tia, eu mesma a busquei no aeroporto! Pode ficar tranquila!
" Ainda bem! Fiquei preocupada aqui "
— Agora a senhora pode ficar despreocupada! Ela está bem aqui em casa.
"E onde ela está?"
— Ela está na cozinha lanchando! Quer falar com ela?
"Não, não! Mas tarde falo com ela! Vou ter que desligar ta querida!"
— Tudo bem tia! Até mais tarde! Beijos.
"Beijos..." – ela desliga o telefone.
Irma se tranquiliza, indo dormir, enquanto Maria Pia se joga no sofá, relaxando.
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