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História Sorte ou azar - Nada será como antes


Escrita por: Bdream

Notas do Autor


Olá,
Esse capítulo e o anterior são um overview das personagens, são pontos importantes da vida delas.

Capítulo 3 - Nada será como antes


POV Piper

Confesso que estava confusa se o que mais me prendia ao livro era o enredo ou o perfume impregnado nele, quem será dono de uma fragrância tão deliciosa? E de um gosto para livros tão bom? Bom se eu ficar pensando de novo nisso acho que nunca termino de ler.

O final de semana chegou e minha mãe veio com um papo de que agora que o Brad estava fora de jogo eu deveria começar a pensar no próximo namorado e que esse teria que ser o cara certo, pois assim conseguiria um relacionamento de verdade, enquanto ela despejava toda essa ladainha no meu ouvido eu só pensava em como eu queria poder realmente ir atrás do que me interessa e isso nada tem a ver com mais um babaca na minha vida, falando o quanto sou linda, o quanto eu faço dele um cara de sorte, enquanto eu divagava entre a rebelião interna ao meu favor, Carol parecia impaciente me perguntando algo:

- Piper qual seu problema!? _ viver à sua maneira eu berrei em minha mente. – Responda você me acompanhara ao desfile da nova coleção da Eleanor Waldorf, sim ou não?

- Desculpe mamãe, irei lhe acompanhar! _ Desisti da rebelião por hora, confesso que adoro o trabalho de Eleanor, ela sim foi foda.

Chegando ao desfile todas as peruas de NY e mais algumas estavam presentes e isso incluía minha ex-sogra, que veio ao meu encontro com cara de poucos amigos:

- Mocinha que bom encontra-la precisamos conversar! _ PQP era só o que eu pensava! – Pode me explicar o que aconteceu entre você e o Brad? Ele chegou a pé em casa, todo machucado eu pergunto a ele o que ocorreu e ele diz que se desentendeu com você, porque você bateu o meu filho, e ainda o coagiu, pois eu disse que entraria com um processo por agressão ele praticamente implorou para que eu não fosse falar com você._ Bom meus olhos só não saltaram das órbitas porque toda minha força eu usava apertando minhas mão para controlar a raiva que eu sentia daquele imbecil – Piper ao invés de ficar com essa cara de espanto porque não me explica o que ocorreu?_ Se ela quer uma explicação ela terá! E da melhor maneira Chapman.

- Bom Sra. Moore, os machucados no Brad infelizmente não foram de minha autoria. _ eu dizia isso com um sorriso espetacular nos lábios. - Eles são obra do noivo da garota com que Brad andava transando, que até onde sei é recepcionista de algum hotel. _ a cara dela era de espanto e eu estava plena. - Aliás parabéns!

- Por Deus, o que você quer dizer com parabéns!?

- Bom a senhora será avó uma vez que a moça da qual falei espera um filho do Brad, por isso o noivo badass dela quase quebrou o rostinho do imbecil do seu filho. _ Ela ainda estava imóvel, por um momento fiquei preocupada, mas passou rapidamente.- Rachel eu sei que você não tem culpa do seu filho fazer, mas irei pedir educadamente que ele nunca venha me procurar, que me respeite e respeite minha família, se eu souber que ele anda falando que os hematomas no rostinho cretino dele são minha culpa, vou precisar contatar os advogados do meu pai para que resolvam essa questão!_ Xeque mate, ninguém nunca queria enfrentar a banca de advogados de Willian Chapman vulgo papai Bill.

- Piper peço desculpas, não poderia imaginar tal fato, mas agora algumas coisas se encaixam. _ demorou alguns minutos para ela se recuperar, mas finalizou a conversa e já saiu com o celular em mãos. É Brad está com mais problemas do que ele sonha!

Como já era de se esperar segundos depois de Rachel se afastar minha mãe estava ao meu lado.

- Vejo que aprendeu muito bem a se defender! _ Eita porra, um elogio que não tenha vindo da minha aparência.

- Foi preciso acredita que o cretino do Brad falou que o estrago no seu rosto fui eu quem provoquei!

- Olha a linguagem Piper! _ pronto voltou!

- Que seja mãe, mas esse é o único adjetivo que se enquadra em quase educado que posso dar a ele, os outros são bem piores! (risos)

- Filha os homens são assim, meio desorientados, as vezes temos que fingir não ver certas coisas para poder viver em paz com eles, mas concordo que filho de uma mera recepcionista não tem como relevar! _ Jesus ela voltou pior!

- Mãe podia ser filho da rainha da Inglaterra que eu não iria aceitar, ele me traiu, ele me enganou, se namorando foi assim imagina se eu casasse com ele, sem contar que ele me tratava como troféu.

- Mas é que você é tão linda minha filha, qualquer homem tem a sorte de estar ao seu lado.

- E quando eu terei a sorte de ter ao meu lado um homem que seja bom, amoroso, que veja além da minha aparência, que queira realmente uma vida comigo e não apenas fotos, status e sexo!?_ minha ira estava transbordando de meus olhos.

- Piper controle-se, por favor, vá se recompor! _ Claro ninguém quer alguém com sentimentos não é!

Sai sem nem olhar para trás e andei o mais rápido para uma das varandas, a procura de ar fresco para tentar voltar pelo menos ao meu normal, quando no meio do caminho havia um ser e bom como eu estava cega de raiva e por minhas lágrimas acabei esbarrando nele e derrubando o vinho que ele carregava:

- Desculpe, eu não te vi! _ eu disse me desculpando rapidamente.

- Não foi nada, você não me parece muito bem, precisa de alguma ajuda? _ Moço não tem nada bem aqui!

- É apenas um cisco no meu olho! _ a pior desculpa de todas.

- Olha então é sério o caso, por que se um cisco fez isso com você, é algum cisco radioativo! _ E então uma risada sincera escapou entre minhas lágrimas.

- Vamos lá, eu te acompanho até a varanda, para evitar mais camisas de seda manchadas de vinho! _ Ele era divertido e educado.

- Obrigada, a proposito eu me chamo Piper e mais uma vez desculpa pela camisa!

- Não se preocupe Piper, eu me chamo Larry e essa camisa é da coleção passada! _ ele fez uma cara de repulsa ao confessar.

Depois de um tempo conversando com ele, eu fui me acalmando e logo iria começar o desfile. Ele parecendo ver meu desespero a ter que voltar para o lado de minha mãe perguntou se eu gostaria de sentar com ele, eu disse que seria um prazer, mas o desfile estava completamente lotado, então ele sugeriu que a mãe dele fosse se sentar ao lado da minha e eu com ele, aceitei de bom grado.

Durante o desfile Larry soltava alguns comentários sobre as peças, e ao que parecia ele entendia muito de moda e estava totalmente solto, depois de um tempo eu percebi que naquele jeito todo dele dizia muito e que erámos dois seres fugindo das grades das aparências.

O desfile terminou e iniciou uma comemoração que obvio era mantida no champanhe e caviar. A conversa com Larry fluía desde as peças apresentadas até em assuntos mais intensos, entre cumprimentos aos conhecidos, nós mais vez fomos para a varanda, agora como anoitecia estava iluminada por luzes sutis. Quando estávamos conversando sobre os lugares que conhecemos ele simplesmente pegou na minha cintura e me beijou, me pegou totalmente de surpresa, foi um beijo casto sem língua, ele me soltou e eu perguntei:

- Então vai me explicar o que foi esse beijo uma vez que você é gay? _ perguntei sem cerimônia e com toda descrição do mundo.

- Desculpa! É que minha mãe fica meio que vigiando, você se importa de conversar em outro lugar? _ Ele dizia as palavras com tanto pesar que realmente me senti mal.

- Claro, só vou avisar a minha mãe que irei sair com você!

Avisei Carol de forma sucinta e rápida sem dar margens para perguntas, antes de sair fomos parabenizar Eleanor por sua coleção e partimos para dar uma volta.

Paramos em um café ali perto e Larry parecia carregar o universo nas costas.

- E aí vai me contar o que está pegando ou vai ficar aí guardando tudo até explodir?

- Falou a criatura que é atingida por ciscos radioativos! _ Ele era realmente engraçado.

- Me conta sua luta que eu te conto a minha depois. _ Ele concordou e disparou a falar.

- Bom meus pais não sabem que sou gay, mas me cobram atitudes, como uma namorada, ou o porquê preferi a equipe de natação a de rúgbi, porque prefiro acompanhar minha mãe a desfiles do que meu pai no golfe, e bom as desculpas são de que é mais “fácil” pegar mulher assim, que namorada eu só posso ter uma e desse jeito posso pegar quantas quiser, que na natação posso exibir meus músculos e que em desfiles sempre há garotas solteiras e obvio que as próprias modelos._ ele dizia tudo isso de forma enojada, e bom eu também estava, afinal ele se comportava como algo que era totalmente incompatível com ele, e ele continuou a desabafar. – E quando na verdade Piper eu não tenho namorada porque simplesmente eu não gosto de mulher, não para relacionamentos afetivos, e a natação eu realmente gosto e tem a parte de que grande parte dos caras da equipe curtem caras, mas não assumem, e bom os desfiles são minha paixão, moda é minha paixão, e fingir tudo isso é um grande fardo, que eu não sei mais como esconder. _ Uouuu que grande merda, somos dois passarinhos na gaiola das vaidades e aparências.

- Bom meu amigo, você não está mais sozinho! _ eu disse pegando sua mão.

- Vai me dizer que você tem uma namorada e por isso estava chorando? (risos)

- Não, seu tonto, pelo menos nunca me senti atraída por mulher nenhum, até hoje pelo menos! (risos). É que bom, eu quero ter uma vida, sua paixão é a moda, a minha é a gastronomia, mas bom minha mãe tem grandes planos para mim, serei a esposa de algum babacão endinheirado que irá me trair e eu terei que fingir que nada acontece. _ despejei também minhas dores.

- Ei qual é, nem todos os caras são assim, não generalize, não vire uma dessas pessoas que acham que todos iram te trair só porque um idiota não foi honesto com você! _ Mais uma vez ele me surpreende.

- Você tem razão, mas é que estou tão cansada dessa vida plastificada sabe, eu tenho que ser perfeita, compreensiva, estar sempre impecável, sorrir para tudo e viver como ela quer. Minha mãe não me pergunta o que eu quero, e sim impõe as vontades dela para mim.

- Hey Girl, ninguém é robô, e logo estaremos livres, o lado bom de fazer faculdade é que podemos escolher uma longe de casa. E outra aposto que você é linda até quando acorda de ressaca! E agradeça a mamy durona por isso, porque é evidente que você herdou a genética dela! _ explodimos em risos.

- Você está certo, logo poderemos voar para longe daqui.

O papo seguiu noite adentro, e fomos expulsos do café, Larry como bom amigo me levou até em casa, nos despedimos e trocamos nossos números e combinamos sair mais vezes.

Subi tomei meu banho demoradamente, relaxei ao máximo fiquei até a água da banheira esfriar, sai me enxuguei e coloquei pijama, assim que sai do meu banheiro levei um susto, minha mãe estava sentada na minha cama.

- Que susto mãe. O que faz aqui, achei que já estava dormindo.

- Estava te esperando, para saber como foi seu encontro com o Larry! _ O meu saco, eu acabei de sair de um banho relaxante, não vou me estressar a essa hora.

- Foi ótimo mãe, ele é perfeito, educado, agradável e super fofo. _ Pronto tudo que ela queria ouvir.

- Você sabe que a mãe dele comentou que ele está à procura de uma namorada, acho que vocês estão em uma busca em comum!

- A senhora não imagina o quanto! _ Droga falei sem pensar. E a cara de Carol era de que iria começar o inquérito, então fui mais rápida. – Bom nos demos muito hoje, mas não quero apressar nada e assustar o cara, afinal pelo que conversamos ele costuma fazer o estilo livre, que gosta de apreciar a liberdade antes de tomar qualquer atitude. _ Jesus de onde eu tirei isso!?

- Certo, vocês combinaram de se encontrar de novo? _ mas o que!? Ela mordeu a isca!

- Sim, talvez vamos sair amanhã.

- Bom viu, foi só você que queria alguém ao seu lado que apareceu Larry Bloom. _ ela deu uma piscadela. – Boa noite, não esqueça de passar seu tônico para limpar sua pele meu amor!

Ainda meio estranha por criar falsas esperanças em Carol eu resolvi voltar ao meu livro cheiroso Larry havia me mandado mensagem, combinando assistir a algum musical amanhã de prontidão aceitei e depois de voltar a leitura dormi inebriada pelo perfume.

Domingos sempre são meio lesos, por isso o dia foi totalmente lento, comi algo leve, e voltei ao meu livro pelo resto do dia, até que Larry me chamou para ir assistir o tal musical, tomei meu banho me arrumei, simples, e ia saindo para espera-lo na portaria quando minha mãe me chama.

- Piper vai onde?

- Mãe estou indo assistir um musical com o Larry! _ a cara de satisfação dela foi instantânea.

- Você não tem um vestido mais melhor? Esse não está muito simples? _ Ooooo porra, porque ela não pode sorrir e desejar apenas boa noite?!

- Mãe na verdade ontem Larry me confessou que adora garotas com estilo simples, um Boho Chic, e bom a senhora sabe que eu adoro esse estilo! _ Disse de forma entusiasmada – Acho que ele chegou eu vou indo, de um beijo no papai. _ sai mais rápido possível.

Larry havia acabado de entrar na portaria quando o elevador se abriu, e logo partimos. O musical foi incrível e Larry mostrou se uma companhia além do agradável, entre nós não havia mascaras, nem necessidade de se esconder, após o termino do musical estamos famintos e fomos comer algo. Larry foi o caminho todo tagarelando que iria me levar para provar um segredo gastronômico de NY que um boy havia apresentado a ele. Chegamos ao Zorah Food, ele me contou a história toda do restaurante, que eles eram refugiados que conseguiram chegar até NY e batalharam para abrir o restaurante. Bom a comida não deixava a desejar em nada, era saborosa e totalmente caseira. Percebi que Larry estava um pouco desconfortável então perguntei:

- Ei que foi, está lembrando do boy que te trouxe aqui!? (risos)

- Não (risos), na verdade eu estou aqui tentando te contar algo horrível que eu fiz! _ nessa hora eu me preocupei afinal o que ele havia feito!?

- Então falo logo antes que eu tenha um ataque de ansiedade!

- Eu falei para meus pais que você era minha namorada! _ ele disse tudo tão rápido que achei que ele iria explodir!

- Eita porra! _ me sentei relaxando na cadeira e soltei o ar que nem sabia que segurava. – Certo não foi tão horrível, afinal eu meio que usei você para minha mãe me dar um ar, também. _ respirei fundo e falei_. Ao que parece eu aceitei ser sua namorada, sem nem saber que seria pedida em namoro! _ ambos explodimos em gargalhadas.

- Então você não vai me socar nem mandar o bando de advogados malvadões do seu pai me processar para me manter longe de você? _ mais gargalhadas.

- Não seu idiota, acho que esse será um jeito de conseguimos viver mais tranquilos enquanto não largamos o ninho. _ bati minha mão na dele. – Mas seguinte, não podemos melar nossos lances, porque esse namoro será totalmente fictício, e bom nem só de pão vive o homem, correto!?

- Minha querida esse namoro só existira para nossos pais, e só até conseguimos sair do ninho como você diz, seremos praticamente parceiros nessa missão borboleta! _ rimos alto pra caramba, porque todos nos olhavam.

- Isso muito gay, até para você Larry._ Caímos na gargalhada.

- Então ficamos combinados assim, vamos nos ajudar nessa caminhada rumo nossa liberdade! _ brindamos com nossos chás gelados e continuamos nossa conversa. Essa seria uma noite que iria entrar para a história.



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