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História S.O.S Coração - A decisão


Escrita por: Misa_Dragneel

Notas do Autor


Boa leitura :)

Capítulo 5 - A decisão


Fanfic / Fanfiction S.O.S Coração - A decisão

Crocus, capital de Fiore/ Residência Nalu/ Segunda-feira, 16:30 da tarde, horário local.

Lucy

Estava sentada no sofá ainda de pijama, tomando sorvete e assistindo um filme de ação. Hoje era minha folga, o que por sinal é algo muito bom, considerando minha noite sem dormir e a falta de autocontrole sobre minhas lágrimas. Fora o fato que a única coisa que segurava no estômago era sorvete e água, mas não era ruim, afinal estava sem apetite algum.

O fato de saber que Natsu estava com outra mulher, me destruiu. Eu poderia muito bem culpá-lo e dizer que o mesmo não sentia nada por mim a muito tempo, mas no fundo eu sei que aquilo não era verdade. Eu fui a pessoa que destruiu nossa relação, assim como também magoei profundamente a pessoa que me amava. Estava tão focada em um sonho profissional que não notei que nosso amor estava se desgastando após todas as minhas rejeições, ignorância e ausência. Consegui realizar meu grande sonho, mas levou a única pessoa que sempre me priorizava.

Quando Natsu pediu o tempo, imaginava que ele não duraria um dia longe, mas está conseguindo. Conseguindo aos poucos me deixar e seguir em frente, enquanto eu me sentia perdida. Perdida sem suas respostas sinceras. Perdida sem sua confiança e

sua força. Perdida o modo como me beijava sem motivo e sorria para mim quando achava que eu não estava olhando. Não quero ficar perdida sem ele; quero ser forte. Quero que meus dias sejam iguais, independentemente de estar sozinha ou não.

— Porra de vida. — Sussurro começando a chorar repassando na mente todas as vezes em que ele chegava em casa e a primeira coisa que o mesmo fazia era ir me abraçar, cuidar de mim, mas eu fui idiota em ser grossa e rejeita-lo na maioria dessas vezes, até o mesmo parar definitivamente de tentar receber algo. Eu tinha o mundo na mão, e o joguei fora como se não importasse. 

Mas nada justifica uma traição.

Meus pensamentos foram cortados pelo toque suave da campainha. De começo, fingir que não havia ninguém em casa, porém a pessoa insistiu o suficiente para arrancar-me do sofá, limpo meu rosto e logo abro a porta tendo a bela visão de uma baixinha de fios azulados e curtos, sorriso cativante e olhos castanhos. 

— Lu-chan! — Ela grita pulando no meu pescoço em um abraço forte, mas não o torna mais próximo por conta da barriga enorme que a mesma tinha no momento. — Estava morrendo de saudade de você. — Choramingou. 

Mesmo em estado de choque, retribui o abraço com carinho, e logo minha amiga se afastou. Mas franziu o cenho ao ver minhas vestes e o rosto inchado.

— Lu-chan, o que aconteceu com você? Porque estava chorando? Porque está de pijama? — Ela pergunta sem haver uma pausa, deixando-me um pouco tonta. Era energia demais para que pudesse absorver tão rápido.

— Eh, aconteceram algumas coisas que me deixaram abatida, não precisa se preocupar. — Respondo calma, mas Levy conseguia notar pelo meu olhar que o assunto deveria ganhar atenção. — O que faz aqui?

— Vim passar o dia com você, amou? — Ela rebate, animada. Sorrir dando um passo para o lado para que a mesma entrasse, e foi o que ela fez. 

— Estou surpresa, para falar a verdade. — Confesso sentando ao seu lado no sofá. — Achei que você não queria me ver.

— Não é só porque você focou na sua vida que eu deixei de ser sua amiga. — Ela sorriu doce olhando para mim. — É normal.

Faço bico.

— Não acho que seja. — Cruzo os braços. — achei que eu iria conseguir, Levy-chan. — Sussurro.

— De ter sua vida como planejou? — Ela ri, mas o seu sorriso some quando a mesma me ver com os olhos marejados. — Vai me contar o que está acontecendo?

Sinceramente, eu não queria contar o lado mais profundo dessa história. Contei apenas o básico para Juvia, que Natsu havia decidido dar um tempo, e a azulada aceitou a ideia e propôs uma distração, sem querer saber muito. Mas Levy era diferente, ela literalmente iria querer saber tudo, para que se possível, pudesse me aconselhar de forma sensata, como já fez muitas vezes. 


"— Vocês estão loucos! — Repreende Levy enquanto eu estava sentada na cama. — Fugir pro Sul de Crocus? Porque? Onde vocês vão morar? Como vão viver? E o estudo de vocês? 

— A gente vai dá um jeito, Levy. — respondo firme, fazendo a azulada sorri incrédula. 

— Morar juntos não é como brincar de casinha, ainda nessas circunstâncias! — Ela acrescenta irritada — Lucy….

Meus pais prometeram minha mão a outra pessoa, Levy-chan. — Sussurro com a voz embargada. — Tudo isso porque o meu pai não aceita meu relacionamento com o Natsu. 

— Na verdade, você já estava prometida. — o rosado corrige entrando no quarto para pegar minhas coisas. — E eu cheguei estragando os planos dele. — Ele sorriu de canto para Levy. — agora a família da Lucy me odeia. — Observo ele, que estava mais determinado do que imaginava. — Só temos essa vida para viver, baixinha. Não iremos dispensá-la para viver os planos de outras pessoas. 

Sabia do que Natsu estava falando, afinal, a vida dele não era muito diferente da minha. A diferença era que o rosado era decidido, tinha sede pela vida e transformava algo difícil em um simples problema a ser resolvido. 

Ele me ensinou a viver. Até mesmo na sua pior fase.

Levy fica um tempo pensando, talvez refletido nas palavras de Natsu. Logo a mesma sorriu, negando com a cabeça. 

— Agora é nítido, você é louco e contagiou a Lu-chan.  — Ela diz, me fazendo rir. — Mas é ele que faz você feliz.

Assenti levantando da cama e a abracei com carinho. Logo ouço passos calmos entrando no quarto, e sabia muito bem quem era. 

— Qualquer coisa, é só ligar, okay? — Gray diz rouco. — Eu abasteci o carro, levei na revisão mais cedo, então tudo okay pra viagem.— O mesmo me olhava com intensidade, logo sorri fraco desviando o olhar para Natsu. — Amores assim só acontecem uma vez na vida, então aproveitem.

O moreno bate no ombro de Natsu, logo pega uma mochila e ambos saem do quarto indo até o carro, no mesmo instante em que Levy bate na minha testa. 

— Aí! 

— Não sejam idiotas um com o outro.— Ela deseja, me fazendo rir.

— Ficaremos bem, Levy-chan."


Após essa lembrança boa de quando Natsu e eu fugimos de Crocus, eu disse a Levy tudo que estava acontecendo na minha vida. A verdade é que, eles nunca saíram do nosso lado, nem do meu e do de Natsu, nossos amigos verdadeiros sempre estiveram aqui, nos apoiando como pessoa e como casal. Mesmo de longe construindo a vida deles. 

— A culpa foi sua, mas dá pra consertar. — Ela murmura olhando para mim. Nego com a cabeça limpando a bochecha molhada.

— Ele está com outra. — Sussurro, ocorre uma pausa e logo sinto um tapa na testa.

— Aí! 

— Não existe outra, Lucy! — faço bico esfregando a testa enquanto a mesma me repreende. — Por acaso você viu ele com outra?

— Eu fui no batalhão onde ele trabalha, e um cara do plantão da tarde disse que ele havia ido embora com uma garota bonita.

— aí você deduziu que ele estava com outra? — A azulada questiona. — Lu-chan, talvez esse cara de plantão conheça o Natsu por ser Tenente, mas não conhece a família dele. você já parou para pensar que essa tal garota pode ser a Wendy? Ou uma amiga que pediu carona? Ou até mesmo a sua irmã Mavis que apareceu por lá para levá-la para casa porque o Zeref estava ocupado?  

Engulo pensando na possibilidade de ser uma delas. Nego com a cabeça e coloco as mãos nas bochechas quentes.

— E se for de fato uma ficante? 

Levy franzi o cenho rindo, dando de ombros.

— Aí você só vai descobrir se conversar com ele. 

— Não acho que ele queira falar comigo.

Ela desvia olhar para a TV.

— Vocês perderam a confiança um no outro, fora a confusão sentimental dentro do peito, que tenho certeza que é em ambos. Só o amor não sustenta mais uma relação. Digo isso por experiência própria com o Gajeel.  — A azulada relaxa no sofá pegando meu sorvete.— Há um ano atrás, quando comecei a morar com Gajeel, eu fiz como você, Lu-chan. Me entreguei a rotina e esqueci do Gajeel, ele tentou mil vezes consertar as coisas sem ter atitudes drásticas, até que um dia ele terminou comigo. Mas voltou no dia seguinte, e uma semana depois eu voltei a repetir o mesmo processo. Até que ele cansou….— Ela faz uma pausa e me encara. — Passamos sete meses longe um do outro, até que eu fui atrás dele decidida a não errar nas mesmas coisas. Eu me refiz sozinha, organizei minha vida e o chamei de volta para meu lado. E aqui estamos, felizes e realizados.

Ela passa a mão na barriga sorrindo boba. O que era estranho, pois nunca imaginei Levy Mcgarden, minha melhor amiga desde o colegial, grávida.

— Quantos meses? — Pergunto direto.

— oito meses, é uma menina. — seus olhos brilham ao falar, me fazendo questionar como algo que a faz sentir mal toda manhã, irá acabar com seu corpo, trazer dores insuportáveis pode fazer seus olhos brilharem como fogos de artifício.

Era algo surreal para mim.

— Fico feliz, logo logo você dará a luz. — Falo sincera.

— É, mas agora o foco não é meu bebê. — Ela rebate. — Você não precisa tentar consertar as coisas agora, organiza sua vida por hora, cuida um pouco de si mesma, visita seus pais e depois vai atrás do seu homem. Pelas palavras dele quando saiu de casa, isso é tudo que ele quer que você faça. Quando tiver pronta, pede para ele voltar, o amor entre vocês ainda existe, só esfriou. E acredite, dá para viver mil histórias de amor com a mesma pessoa. 

Uma pitada de esperança surgiu no meu peito, fazendo a dor diminuir um pouco. Porém a angústia e o medo de perdê-lo ainda era presente. 

— Confia no Natsu, Lu-chan. Ele só não quer ser mais magoado pela pessoa que tanto ama. — Acrescenta. 

Uma luz surgiu na minha mente, e eu decidi o que realmente iria fazer daqui para frente. Abracei Levy com euforia, com uma felicidade que a tempos não sentia. 

— Você vai me quebrar! 

— Desculpa. — Peço soltando-a, deixando a mesma respirar enquanto levantava do sofá, pego meu celular na mesinha de centro e mando mensagem para um certo rosado. 

Sorrir ao clicar na seta de enviar, bloqueio o telefone, jogando-me novamente, só que dessa vez mais leve e confiante. Logo lembro de um fator importante. 

— Falou com a Erza? 

Ela negou com a cabeça tomando sorvete.

— Tenho acompanhado Gajeel nas turnês nacionais, então posso dizer que estava longe. — a azulada rir. — por isso a fiz marcar uma despedida de solteiro só para os amigos mais antigos e em casal. 

— Entendi, sabe quando ela chega? — Pergunto.

— Parece que ela chega no sábado com nova modelo.— Ela responde, enquanto eu arregalava os olhos ao deduzir uma coisa.

— Sua bandida, por isso você veio aqui. Era só pra me convencer a ir na despedida.

Levy gargalha. 

— Também, Lu-chan. Mas eu de fato vim passar um dia com você, estava com saudade da minha melhor amiga.

Sua frase me faz calar por alguns segundos. É quando meus olhos lacrimejam. 

— Ahhh, Levy-chan, assim eu choro.


Notas Finais


Olha quem apareceu dando a voadora necessária para trazer a esperança de volta. Mas será que o Natsu vai esperar pela Lucy? Será que o assunto da garota do batalhão foi realmente jogado pra debaixo do tapete? Qual será as palavras enviadas a Natsu? Qual sera a reação dele?
E essa lembrançaaaaa, ah mano. Eu surto! Mas então, notaram alguma diferença entre o Natsu do passado com o Natsu atual? Hummmmm, acho que não. Mas logo notaram.

Espero que tenham gostado do capítulo, comentem o que acharam. Até o próximo capítulo ❤️


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