1. Spirit Fanfics >
  2. Soukoku AU: Pacific Wind >
  3. Capítulo II

História Soukoku AU: Pacific Wind - Capítulo II


Escrita por: DoubIeBlack e Biagawa

Notas do Autor


Aos detetives, mafiosos e marujos...
Desejamos-lhes uma boa leitura. 💗

Capítulo 2 - Capítulo II


Fanfic / Fanfiction Soukoku AU: Pacific Wind - Capítulo II

20 de novembro de 1677

Chuuya Nakahara - 22 anos

Osamu Dazai - 22 anos

 

Mais uma vez vencido pela bebida.

Havia acordado na proa do navio, sentindo cada músculo doer, como se tivesse corrido por várias e várias horas sem descanso. Estavam ancorados em uma cidade costeira qualquer para a reposição de mantimentos, mas o capitão não se lembrava de absolutamente nada da noite anterior. O sol já invadia boa parte do navio, de modo que começasse a incomodar os olhos de Chuuya.

Tinha alguns flashes de si mesmo andando pelas ruas da cidade, com uma garrafa na mão durante a madrugada. Mas não sabia explicar como havia parado na proa de seu próprio navio, nem as marcas arroxeadas em seu pescoço, como se tivesse de deitado com alguém que ele sequer se lembrava do rosto. Os episódios de amnésia, na concepção de Chuuya provocados pela bebida, se tornavam cada vez mais frequentes e misteriosos. E a cada novo "apagão", mais sentia as energias de seu corpo serem drenadas.

Mas ao invés de parar de beber, a primeira coisa que Chuuya fazia ao se levantar do chão era abrir a garrafa de vinho que encontrou mais próximo a si. Aquele dia em específico, 20 de novembro, era um dia “especial” demais para se manter sóbrio.

Quando a garrafa estava pela metade, Chuuya sentiu a necessidade de se debruçar contra a beira do navio para vomitar. Expelia todo o vinho para fora, mas não era capaz de fazê-lo em silêncio. Enquanto seu corpo se desgastava mais e mais, o barulho chamou a atenção de sua própria tripulação, e não demorou para que alguém se aproximasse de si.

Era um jovem rapaz que se revelava a sua frente. Era magro, pele pálida e sobrancelhas ralas. Cabelos negros, esbranquiçados nas pontas, e olhos acinzentados. Ele usava uma roupa levemente surrada, característica de um marujo, com um lenço branco em volta de seu pescoço.

Seu nome era Ryuunosuke Akutagawa.

— Ei, Chuuya. — O moreno chamava para ganhar a sua atenção. — Está bebendo demais. De novo.

Normalmente, o capitão responderia a aquela observação de forma grosseira, afinal, odiava que alguém opinasse sobre o fato de ele estar bebendo. No entanto, era Akutagawa ali, e ele era o único capaz de acalmar o ruivo. Akutagawa era, para Chuuya, como um irmão mais novo.

— Não é nada de mais. Só estou com sede. — Respondeu com a voz embriagada, vindo por tomar mais um gole da garrafa de vinho assim que saiu da beira do navio de onde estava apoiado. Em seguida, sentava-se novamente sobre o chão onde havia dormido.

No chão próximo a si havia mais de três garrafas vazias espalhadas, as quais Chuuya tinha bebido na noite anterior. Era como se quisesse anestesiar seus sentimentos através da bebida e apagar todas as lembranças que invadiam sua mente sempre que estava sóbrio.

Akutagawa suspirou, se aproximando para fazer com que o ruivo passasse um dos braços por cima de seu ombro.

— Vem, é melhor você se deitar um pouco, e em uma cama, de preferência. — E já que Chuuya não oferecia resistência, começou a conduzi-lo em direção ao seu quarto, na parte inferior o navio. Aquele era inicialmente o quarto do antigo capitão do navio, Ougai Mori, e que Dazai e Chuuya haviam se apropriado após a sua morte.

O capitão do navio andou a passos trêmulos, e se não tivesse sendo segurado por Akutagawa, provavelmente sequer conseguiria se manter em pé e teria caído em seu primeiro passo. Mas quando chegou em frente a porta entreaberta do quarto, o ruivo hesitou por alguns segundos, parando de frente para a mesma enquanto se segurava em Akutagawa.

Odiava olhar para aquele quarto e a cama de casal. Ela sempre o fazia se lembrar de Dazai, onde haviam passado boa parte de seus momentos românticos.

— Não quero... — Falou com a voz baixa, franzindo a testa e ainda oferecendo resistência para entrar no quarto.

— Capitão, precisa descansar. — Akutagawa insistia, puxando o ruivo para forçá-lo a entrar no quarto e ao menos se sentar na cama. Ali, retirou a garrafa das mãos dele, e depois, também tirou suas botas. Quando conseguiu convencer o mais velho a se deitar, Akutagawa então o cobriu com um cobertor, vindo por se sentar ao lado dele. — Nós vamos encontrá-lo, Chuuya.

O ruivo se colocou em silêncio, mostrando-se pensativo enquanto veio por abraçar um dos travesseiros, aproximando seu rosto do mesmo como se quisesse sentir o cheiro de Dazai ali, ainda que ele não estivesse presente depois daqueles 2 anos longe.

— Hoje foi o dia em que ele me pediu em casamento, Aku. — Confessou em um tom baixo, o que pegou o mais novo de surpresa, afinal, Chuuya raramente comentava sobre o que havia vivido com Dazai. — Aqui, nessa cama... e eu fui idiota o bastante pra aceitar...

— Hum. — Akutagawa tentou não demonstrar, mas saber aquilo realmente o deixou bastante triste. Se ele próprio já sentia a falta de seu mentor, sequer conseguia imaginar a dor que Chuuya tinha que lidar todos os dias. — Nós vamos encontrá-lo, e quando isso acontecer, você poderá socar a cara daquele desgraçado o quanto quiser. — Deu um curto tossido. — Mas não vai poder fazer isso se estiver bêbado quase todos os dias.

Aquilo fez Chuuya sorrir pela primeira vez, ao mesmo tempo em que voltou os olhos para o mais novo. — Tem razão. — Murmurou enquanto sentiu os olhos ficarem pesados, talvez pelo efeito da bebida ou pelo fato de nunca dormir direito. — Você realmente cresceu... Akutagawa... — Falou sonolento e sem resistir mais, acabou por se entregar a exaustão, vindo por adormecer novamente.

E já que em seus sonhos era única maneira de rever Dazai, aquela vez não seria diferente.

 

21 de julho de 1674

Chuuya Nakahara - 19 anos

Osamu Dazai - 19 anos

 

Depois que Dazai e Chuuya tinham transado pela primeira vez, assim como o ruivo havia previsto, tudo voltava a ser como era antes.

Osamu continuava a ser o mesmo de sempre, implicante e tirando Nakahara do sério sempre que tinha a oportunidade. Além disso, também falava e dava em cima de mulheres que ele achava bonitas, mesmo na frente de Chuuya.

A única diferença, talvez, era que o moreno havia criado o hábito de buscar pelo ruivo sempre que queria transar ou explorar sua sexualidade adolescente. Quando todos iam dormir, era comum Dazai pular sorrateiramente para a rede de Chuuya para tocá-lo, e trocar beijos com o parceiro.

Mas a vida de pirata não podia parar, e logo mais um saque era planejado por Mori, desta vez a uma cidade próxima a Yokohama. Todos se preparam e o resultado não poderia ser outro: morte e destruição, além de muitos tesouros roubados bem sucedidos.

Com a cidade em chamas no horizonte, todos os tripulantes já tinham voltado para o navio e agora se preparavam para voltar ao mar. Chuuya estava na proa, limpando sua espada suja de sangue, quando viu o capitão se aproximar.

Ougai Mori era um homem alto, com quase quarenta anos. Tinha cabelos lisos e compridos até os ombros. Seus olhos tinham uma coloração violeta, e eram maliciosos e sombrios, uma combinação que condizia com a sua fama de pirata impiedoso.

Sua vestimenta era predominantemente de tons escuros, com um longo sobretudo preto. Usava um colete da mesma cor abaixo dele, um cachecol rubro longo sobre os ombros, e luvas brancas.

Tinha uma expressão séria, ainda que não demonstrasse qualquer sentimento através de sua voz, assim que abordava ao ruivo. — Chuuya. Onde está o Dazai-kun?

— Não sei. — O pirata mais novo respondia de forma sincera enquanto guardava a espada agora limpa, em sua cintura. — Deve estar dando em cima de alguma mulher por aí.

Sua resposta vinha com certo ciúme, ainda que Mori nada comentasse. Ao contrário, o capitão apenas deu de ombros, demonstrando sua indiferença costumeira.

— Hum, estamos indo embora. Vamos partir sem ele. — Falou sem dar qualquer importância, até que se virava para se afastar do ruivo, deixando-o para trás.  

Chuuya por sua vez apenas franzia a testa, tornando a olhar para a cidade em chamas ao horizonte. Confiava na sagacidade de Dazai, e sabia que ele não se deixaria morrer durante um saque, por mais imprudente que ele pudesse parecer.

Mas antes que pudesse realmente se preocupar e alguns instantes antes do navio desancorar, Dazai aparecia na frente de Chuuya com um amplo sorriso no rosto. Nakahara fechava a cara no mesmo instante, sentindo uma grande vontade de socá-lo.

— Onde você estava, idiota?

— Chuu-ya~! — Osamu o cumprimentava com uma expressão quase inocente, se não fosse a própria espada suja de sangue, assim como também com uma boa parte do rosto e de sua camisa. Era como se Dazai tivesse mergulhado em uma piscina cheia com o sangue dos seus inimigos.

Mas antes que houvesse qualquer repreensão pelo estado deplorável pelo qual Osamu se encontrava, ele dava um grande riso, exibindo-se orgulhoso.

— Olha só o que eu trouxe do saque de hoje! — E então, ele dava um passo para o lado, mostrando para Chuuya duas crianças que se encontravam bem atrás dele.

Um deles era um garoto, mas devido a sua deplorável condição física, era praticamente impossível estimar a sua idade com precisão. Era magro e com pele bem pálida, cabelos negros, levemente brancos na ponta. A outra criança, era uma pequena garota de cabelos compridos, bem menor do que o outro. Ambos eram fisicamente bem parecidos, de modo que ficava evidente que eram irmãos.

Os dois se vestiam com trajes sujos e rasgados, mostrando que eram crianças de rua.

— Tadan! — Dazai dizia de maneira alegre. — Achei que dariam bons escravos.

Chuuya arregalou os olhos para as crianças visivelmente abaladas com aquilo. A garotinha se agarrava ao irmão com certa força, enquanto o menino olhava Chuuya de volta com um olhar sem brilho e vazio, ainda que também transparecesse certo ódio, como um animal encurralado prestes a atacar, caso fosse ameaçado.

— FICOU LOUCO?! — O pirata ruivo gritou para o parceiro, que ainda mantinha um sorriso nos lábios. — Eles não são cachorros pra você simplesmente trazer pra cá.

Dazai dava de ombros, vendo que o navio já se afastava na costa. Em hipótese alguma Mori aceitaria voltar para devolver duas crianças para a cidade. Era mais provável que ele quisesse lança-las ao mar.

— Bom, tarde demais agora. Eles já são meus.

Chuuya encarou Dazai mais uma vez, vindo por revirar os olhos em desaprovação. Por mais que amasse aquele infeliz, tinha certa repulsa quanto a algumas atitudes dele. Mas depois de ignorá-lo, Chuuya achou que as crianças mereciam sua maior atenção.

O pirata ruivo então se aproximou dos dois, se abaixando para ficar na altura deles. — Estão com fome?

O garoto assentiu com a cabeça ainda que mantivesse a mesma expressão de antes, enquanto a garotinha ainda se escondia assustada atrás dele.

— Chuuya! — Os olhos de Dazai brilhavam ao ver aquela cena. — Jamais achei que tivesse vocação para ter filhos.

— Não é isso, imbecil. Eu apenas tenho um pouco mais de humanidade que você. — Falou sem dar muita atenção para o idiota de ataduras, e logo se ergueu, voltando sua atenção para os garotos. — Vem, vou pegar algo para vocês comerem.

E então, levou os dois irmãos para a parte inferior do navio, onde guardavam as comidas. Felizmente, devido ao histórico de saques bem sucedidos, a dispensa do navio estava bastante farta, de modo que ali houvesse uma considerável quantidade de pães e até carnes para oferecer.

E Dazai os seguia discretamente, olhando através da janela da dispensa, como Chuuya cuidava das duas crianças. De fato, o moreno não tinha a menor ideia do que tinha que fazer para criar duas crianças, apenas os tinha pegado e pronto. Mas ali, vendo Chuuya cuidar deles, não conseguia deixar de admirá-lo.

— Como vocês se chamam? — Perguntou o ruivo para os irmãos, ao oferecer dois pedaços de pão para eles, vendo que o garoto rapidamente começou a comer o mesmo, se mostrando bastante faminto. A garota por sua vez hesitou por um momento antes de finalmente pegar o alimento das mãos de Chuuya e comer com igual vontade.

— Ryuunosuke... Akutagawa. — Falou o garoto de boca cheia, com a voz baixa e sem qualquer ânimo para Chuuya. — Ela, Gin.

O ruivo sorriu em ter uma resposta.

— Me chamo Chuuya. — Falou por fim, puxando um banco para se sentar perto dos garotos. — Sabe que somos piratas, não é? — Perguntou ele, vendo os garotos acenarem de forma positiva com a cabeça. — Eu sei que aquele idiota disse que vocês seriam escravos, mas eu não vou deixar isso acontecer, tá bom? — Falou de forma decidida, olhando nos olhos deles. — Vocês serão piratas, como nós.

Do lado de fora da janela, Dazai sorria com aquilo, percebendo que havia feito a escolha certa em trazer aquelas crianças abandonadas para o navio.

 

02 de agosto de 1674

Chuuya Nakahara - 19 anos

Osamu Dazai - 19 anos

 

Poucas semanas se passaram desde que os irmãos Akutagawa se juntaram à tripulação. Mori não havia se oposto, desde que eles ficassem sob a responsabilidade de Dazai (que por sua vez passava a maior parte dessa responsabilidade para Chuuya), e que não atrapalhassem os demais piratas.

Naquela noite em particular, já era de madrugada, e o navio estava em alto mar há alguns dias.

Chuuya dormia tranquilamente em sua rede, quando sentiu algo cutucar o seu rosto. Era um toque insistente e irritante, e não demorou muito para que o ruivo soubesse de quem se tratava.

Era Dazai, cutucando Chuuya com o dedo indicador.

— Chuu... — O chamava baixinho. — Chuu Chuuuu Chuu...

O ruivo se remexeu em sua rede, xingando Dazai de todos os nomes possíveis enquanto tentava o afastar para continuar dormindo.

— Me deixa em paz, idiota.

— Não, Chuu. Você tem que ver uma coisa. — Dizia o moreno de maneira insistente, ainda cutucando o parceiro enquanto cochichava para ele acordar. — Você tem que ver.

— Caralho, Dazai! — O xingou mais uma vez, enquanto veio por finalmente abrir os olhos, tentando enxerga-lo em meio a escuridão do barco. Estava irritado, mas sabia que Osamu iria insistir até que o ruivo se desse por vencido. Sendo assim, era melhor acabar logo com aquilo. — Se for algo idiota, eu juro que te jogo desse navio!

— Não é nada idiota, você vai ser. — Dazai disse com um enorme sorriso, agora pegando na mão do ruivo para tentar puxá-lo para fora da rede. — Vem logo.

Chuuya se levantou finalmente, andando com certa dificuldade pelo sono e o balanço do navio, enquanto seguia o mais novo sorrateiramente para fora do quarto compartilhado com todos os outros tripulantes. Andavam com cuidado enquanto passavam pelos demais piratas, já que não queriam acordá-los.

Com Dazai ainda o segurando pela mão durante o caminho, finalmente subiram as escadas para a proa do navio. Ali, foi onde Osamu apontava para o céu, e Chuuya pôde ver, ao horizonte, a lua cheia.

Mas por algum motivo, a lua não estava com costumava ser. Era uma lua cheia com coloração vermelha, que ambos os garotos nunca antes tinham visto. A lua estava vermelha como sangue, refletindo seu brilho sobre a superfície do mar.

Aquela visão surpreendeu o ruivo, que encarou a lua por longos segundos. Era lindo, mas ao mesmo tempo, mórbido, e por mais que estivesse com sono anteriormente, aquela visão pareceu lhe despertar por um momento.

— Ainda te acho um imbecil por ter me acordado por isso, mas... é incrível.

Dazai sorriu de volta, e sem pensar muito, se aproximou um pouco mais de Chuuya para poder roubar os lábios dele em um beijo, sem qualquer aviso prévio. Aquilo de fato pegou Chuuya de surpresa, mas mesmo assim não demorou em retribui-lo. Irritantemente, sempre sentia um frio em seu estômago quando beijava Dazai.

Com o beijo, Osamu o envolveu entre seus baços, deixando com que suas línguas se entrelaçassem. Era notável o quanto tinham se aprimorado naquilo com o passar do tempo, de modo que já estivessem habituados ao beijo um do outro, e seus movimentos se tornassem mais sincronizados.

As mãos de Chuuya se agarraram às vestes de Dazai, deixando com que ele aprofundasse o beijo da forma que quisesse enquanto se entregava completamente ao ato, de modo que seus corpos ficassem bem próximos um do outro.

Por mais que jamais admitisse, seu desejo era poder beijar Dazai todos os dias, e em qualquer hora. E aquela vontade parecia ser mútua, mesmo que Osamu provavelmente jamais viesse a admitir aquilo em voz alta.

Foi quando seus lábios se separaram que Dazai abria o único olho a mostra para olhar para Chuuya, fitando-o dessa vez um pouco mais sério.

— Chuuya, vamos matá-lo. Essa noite.

Ao ouvir aquilo, os olhos azuis se arregalavam, perdendo a fala durante alguns segundos.

Era como se as palavras de Osamu ainda ecoassem dentro da cabeça de Chuuya, e ele demorasse um tempo considerável para processa-las. Ele estaria realmente falando sério, ou era apenas mais uma de suas brincadeiras? Será que realmente poderiam matar Mori?

— Agora? — Dizia o mais velho ainda muito surpreso, voltando os olhos para Dazai. — Mas... não temos um plano. E se der errado? E se... se... — Dazai pôde ver certa preocupação nos olhos do ruivo, mas não era especificamente uma preocupação com si mesmo. De alguma forma, estava com medo de perder Dazai. — E se ele... nos matar?

— Chuuya. — Dazai então levava uma das mãos até o rosto do ruivo, fazendo-o olhar em seu olho castanho. — Tem que ser agora. Você confia em mim?

Por mais que ainda estivesse hesitante, por algum motivo, era capaz de confiar em Dazai.

— Eu... confio. — Falou por fim, ainda que em um tom baixo. — Mas... você tem um plano?

— Ah, Chuu. — Dazai deu um pequeno sorriso. — Eu sempre tenho um plano.

 

É assim foi feito.

Naquela noite, Mori foi morto em sua própria cama pelos dois garotos que havia criado para serem assassinos.

Apenas tinham desempenhado bem a sua função.

Depois, seu corpo foi jogado ao mar, dando um ponto final a grande reputação do capitão Ougai Mori.

 

***

 

No dia seguinte a notícia foi dada à tripulação, sem muitos detalhes. Mesmo que alguns ali desconfiassem do que havia acontecido, ninguém ousou discordar e logo acataram ao anúncio que agora o navio não teria apenas um novo capitão, mas sim dois: Chuuya e Dazai.

Depois daquilo, várias coisas mudaram, e mudaram para melhor. Dazai agora era a mente por trás das estratégias de ataque, administração do dinheiro e compras de novos equipamentos. Já Chuuya cuidava de assuntos relacionados à tripulação, como divisão de tarefas e alimentação, além de também liderar todos os saques. Também tinham refeito o código dos piratas, visando uma distribuição mais justa de tesouros e melhores condições de trabalho.

Em pouco tempo, seus nomes já eram conhecidos por todo o mundo. E, dessa forma, com o fim da reputação de Mori, duas novas nasciam. Dazai e Chuuya, aos 19 anos, se sentiam como os donos do mar, guiados pelos ventos do Pacífico. 

Mas era apenas uma questão de tempo.


Notas Finais


Esse capítulo foi um pouco menor que o anterior, mas prometemos compensar com o próximo. 💗
A história está começando a se desenrolar e muito em breve, teremos algumas revelações.
E talvez... um reencontro já esteja próximo.

Muito obrigado a todos que leram esse capítulo. Também precisamos agradecer aqui pela ótima recepção dessa Fanfic! Amamos receber todos os favoritos e comentários de vocês, isso nos motiva demais!
E para demonstrar o nosso agradecimento, em breve estaremos postando uma nova one-shot. Já comentamos um pouco sobre ela no Twitter, então vou me segurar aqui para não dar mais spoilers. '^'
Novamente, muito obrigado por ler mais esse capítulo também!

Yo ho ho, e uma garrafa de rum! ♪~

Redes sociais das autoras:
Double: https://twitter.com/doubleskk
Biagawa: https://twitter.com/HyruIe_Warrior

Nossas outras Fanfics Soukoku:
https://www.spiritfanfiction.com/tags/doubleskk


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...