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História Soukoku AU: Pacific Wind - Capítulo V


Escrita por: DoubIeBlack e Biagawa

Notas do Autor


Aos detetives, mafiosos e marujos...
Desejamos uma boa leitura!

Capítulo 5 - Capítulo V


Fanfic / Fanfiction Soukoku AU: Pacific Wind - Capítulo V

23 de novembro de 1675

Chuuya Nakahara - 20 anos

Osamu Dazai - 20 anos

 

Três dias tinham se passado desde que a embarcação de Chuuya e Dazai tinham encontrado aquele misterioso mapa do tesouro. Para aqueles piratas, a única preocupação era saber se aquele mapa era mesmo real, e se o tesouro já não havia sido levado por mais alguém.

Sendo como fosse, a verdade era que só havia uma maneira de descobrir.

Os agora noivos seguiram com sua tripulação até uma ilha localizada a oeste. Era uma ilha pequena e bastante tropical, com uma densa floresta. Assim que atracaram, os piratas logo perceberam que o mapa ainda seria necessário para se guiarem dentro da mata.

Todos estavam bastante ansiosos, afinal, nada trazia mais satisfação para um pirata que encontrar um tesouro. Não era apenas a riqueza que os motivava, como também a fama que um possível tesouro podia agraciá-los.

Chuuya seguia na frente, orientando-se segundo o mapa, enquanto Osamu seguia saltitante ao lado dele, listando todas as possíveis façanhas que faria com o dinheiro que encontrassem.

Depois de mais ou menos uma hora mata a dentro, o mapa os levou até uma caverna, com a entrada bastante discreta. Se não fosse um mapa para guia-los, a entrada da caverna com certeza passaria despercebida. Aquilo aumentou a expectativa de que mais nenhum outro pirata havia sido capaz de encontrar aquele local ainda.

Mas assim que adentraram, os piratas liderados por Chuuya e Dazai sentiram uma sensação ruim, como um mau presságio, e não demorou muito para que a maioria da tripulação começasse a reclamar sobre aquela sensação.

— Deixem disso, é apenas o mofo da caverna! — Dazai dizia enquanto agitava uma das mãos com certo desdém, obrigando todos a continuarem.

Depois de mais algum tempo de caminhada, chegaram então ao final da caverna, com tochas iluminando o caminho. Se depararam com uma pequena clareira, onde segundo o mapa, estaria enterrado o tesouro.

— Cavem. — Dazai ordenava, e em seguida alguns piratas traziam as pás para começarem a cavar a terra.

— Será que é aqui mesmo? — Questionou Chuuya enquanto tornava a analisar o mapa, virando-o em outros ângulos, em uma tentativa de encontrar algo que eventualmente ele próprio podia ter deixado passar. — Não está tudo muito fácil demais? Não tem ninguém nessa ilha e ganhamos um mapa de mão beijada.

— Bom, vamos ver. — Dazai se aproximava do noivo, apontando no mapa para onde estavam. — O "X" marca o local.

— Capitão, achamos alguma coisa!

Um dos piratas que estava a cavar anunciava finalmente, fazendo todos se animarem. Ao trazer para cima, todos puderam ver que se tratava de um velho baú de madeira.

Nesse momento, o olho a mostra de Dazai brilhou, cheio de entusiasmo.

— Eu disse! Aí está!

— Oh, isso sim é uma surpresa. — Falou Chuuya ao ver o baú, sem esconder a sua curiosidade e orgulho por terem realmente encontrado aquele tesouro. No entanto, o ruivo logo percebeu que o baú não era grande o bastante para ter muito dinheiro. — Não é pequeno demais? — Observava ele. — Não deve ter muita coisa aí.

— Realmente, isso é um pouco decepcionante. — Dazai comentava com um bico nos lábios, ainda que nenhum deles estivesse disposto a dispensar aquele baú, não sem antes ver o seu conteúdo.

Quando um dos marujos entregava-o para Dazai, o moreno reparou no velho cadeado que o trancava. Não que aquilo fosse um problema para ele, afinal, Dazai era um especialista quando se tratava de abrir cadeados, travas ou fechaduras. Tirou então um pequeno grampo do bolso, que sempre trazia consigo para tais ocasiões, introduzindo-o dentro do cadeado para começar a mexê-lo.

— S-senhor capitão... — Um dos marujos apontava para o baú, parecendo um pouco hesitante. — Esse desenho... é Arahabaki, não é?

— Arahabaki? O Deus da calamidade? — Dazai questionou com uma das sobrancelhas arqueadas. Foi quando reparou que, detalhada à lateral do baú, havia um desenho de uma figura humanoide, com olhos esbugalhados. Mas é claro que aquilo não passava de apenas estética para Osamu. — O quê? Estão com medo de alguma maldiçãozinha? — Dazai riu em deboche, até que o cadeado vinha por abrir, saltando para fora do baú.

— Ei. Tem certeza disso? — Perguntou o ruivo agora um pouco mais inquieto, afinal, por mais que fosse cético quanto a deuses, definitivamente, não desacreditava em coisas como maldições.

A verdade era que pouco se sabia sobre Arahabaki. Há muitos anos, esse deus costumava a ser adorado como um símbolo de coragem. Contudo, por volta do ano 300, as histórias diziam que um príncipe chamado Nagasunehiko, devoto de Arahabaki, ficou louco sob sua influência. Após o caos proporcionado pelo tal príncipe, Arahabaki virou sinônimo de trapaça e destruição.

— Ora Chuuya, não sabia que tinha medo de contos de fadas.

No entanto, Dazai não parecia se importar com nada disso. Ele abria o baú sem nenhuma preocupação, o que fazia com que todos os tripulantes se afastassem dele com certo receio.

Contudo, assim que abriu, Osamu pôde contemplar, com decepção, o conteúdo daquele baú.

Havia uma única coisa ali: um anel de ouro, parecido com uma aliança, detalhado com alguns adornos em prata e uma pedra preta brilhante.

— ...

Dazai ficava um pouco mais sério ao olhar para aquele anel, chagando a franzir a testa.

— É só isso? Sério?

Logo ouviram vários resmungos descontentes dos tripulantes, que imediatamente pareciam se esquecer do temor perante ao suposto deus da calamidade. A decepção de não terem achado nenhum tesouro era muito maior.

— Podemos vender e dividir o lucro. Mas não acho que valha muita coisa. — Falou o ruivo ao contrair os ombros, também desanimado. Afinal, tinham investido tempo e suprimentos para estarem ali, e voltar sem nadar era um prejuízo em todos os sentidos.

Enquanto isso, Dazai pegava o anel, jogando o baú para o lado. Ele dava alguns passos para frente, enquanto colocava a jóia em seu próprio dedo e a analisava.

Ele ergueu a mão, admirando o anel...

Até que seu braço começava a tremer.

— C-Chuuya... o que é isso? — Perguntava Dazai enquanto seu próprio braço tremia. Pelo seu tom de voz, Dazai parecia estar um tanto assustado, algo bastante incomum para o capitão.

De maneira gradual, seu braço passou a se mexer mais descontroladamente. Dazai parecia atônito, enquanto seu braço se movia de um lado para o outro.

No segundo seguinte, os gritos de Osamu começaram a ecoar pela caverna, deixando os piratas em choque, assistindo enquanto seu capitão gritava. Ninguém ali sabia o que fazer.

— Está doendo... Chuuya, ESTÁ QUEIMANDO! ESTOU AMALDIÇOADO!!!

E Chuuya imediatamente se preocupou. Seu coração batia acelerado, não pensando duas vezes antes de se aproximar do moreno, tentando pensar o mais rápido possível em uma forma de ajudá-lo. — D-Dazai... Ei, Dazai, fique calmo que---

— Boo! — O moreno então sorria travesso, como se nada tivesse acontecido. — Hihi.

Tudo não passava de uma piada.

Ao se dar conta de que aquilo havia sido tudo uma encenação de Osamu desde o começo, a expressão do ruivo mudou no mesmo instante, se convertendo a puro ódio enquanto acabou por socar com força o estômago de Dazai.

Repreendia o moreno por aquela brincadeira de mal gosto, vendo-o se curvar pela dor.

— Da próxima vez eu acerto essa droga que você tem no meio das pernas. — Falou irritado, dando as costas para o moreno e o resto da tripulação para retornar ao navio.

O mau humor de Chuuya logo tomou conta dele, ainda inconformado por Dazai tê-lo feito se preocupar daquela maneira.

— Vamos embora dessa merda de lugar. Não tem mais nada aqu-

Mas antes que ele pudesse terminar o que estava dizendo, Chuuya sentia sua visão ficar completamente escura. Era como se algo tivesse tomado controle de seu corpo, fazendo com que ele simplesmente apagasse.

Ouviram o barulho de algo caindo, e quando todos se voltaram para Chuuya, viram o capitão caído no chão, completamente desacordado.

— Haha, muito engraçado, Chuuya! — Mas Dazai apenas riu, ao menos em um primeiro momento. Achava que se tratava de apenas uma piada de Chuuya, para se vingar do que ele próprio havia feito há pouco.

Contudo, Osamu foi gradualmente perdendo o sorriso ao perceber que o noivo não se levantava.

Alguns piratas se entreolharam, até que Dazai vinha por se aproximar do ruivo, se abaixando para tocá-lo. — Chuuya, já perdeu a graça. — O balançava um pouco. — Chuuya, já aprendi a lição, para com isso. — E o balançava mais. — Chuuya? CHUUYA! Caralho, alguém me ajude aqui!

 

5 dias depois - 28 de novembro de 1675

Chuuya Nakahara - 20 anos

Osamu Dazai - 20 anos

 

Cinco dias se passaram e Chuuya continuava desacordado na cama.

Viver aqueles cinco dias foi, para Dazai, como viver no inferno. Não apenas precisava cuidar sozinho de todos os assuntos relacionados à tripulação, como também precisava lidar com a falta e a preocupação com Chuuya.

Nunca antes havia passado por algo semelhante. Piratas não tinham preocupações, mas ver o ruivo desacordado por dias, deitado na cama deles, era algo que fazia seu coração doer.

Deveria ter prestado mais atenção em Chuuya, se ele estava comendo direito, se estava dormindo bem, qualquer coisa que pudesse justificar aquele maldito desmaio. Pela primeira vez, Osamu se culpou por ser tão egoísta.

Naquela noite, estava sentado à beira da cama. Evitava olhar para o noivo, mas estava ali com ele. Ouvia chover do lado de fora, algo que agitava ao mar e fazia o céu brilhar com alguns trovões.

O mar estava tão agitado quanto o coração de Osamu.

— Chuuya... — O chamava baixinho, de repente, ainda que soubesse que ele não pudesse lhe ouvir. — Não pode me deixar. Mas se acontecer... se algo acontecer com você, eu juro que vou te seguir.

Um silêncio se fez presente no quarto após aquelas palavras, no entanto, para a surpresa de Dazai, ouviu quando a voz de Chuuya finalmente soou após aqueles cinco dias.

Contudo, sem nenhuma explicação aparente, a voz de Chuuya vinha em um tom de deboche.

— Que bonitas palavras. Eu quase me emocionei aqui. — Por mais que fosse a voz do ruivo, ela parecia estranha, diferente do normal. Estava um pouco mais grave, e, por mais que fosse comum Chuuya debochar de Dazai, não achou que ele o faria naquele momento.

Dazai se virou rapidamente para olhar para ele assim que ouviu a sua voz.

Contudo, algo estava errado, de modo que o moreno não conseguiu sentir nenhum alívio ao ver o noivo acordado. Dazai franziu a testa, encarando-o por um momento. — Não é hora de me zoar. Você está desacordado há cinco dias, seu idiota.

— Por sua culpa. — Falou o ruivo, e quando Dazai olhou para ele pôde notar que seus olhos estavam diferentes. Aquele definitivamente não era o Chuuya de sempre.

Seus belos olhos azuis agora mais pareciam safiras desgastadas, e com desejo de morte por trás de seu olhar.

Ele então veio por sorrir. Um sorriso sádico, capaz de fazer qualquer um se arrepiar, o que incluía Dazai. — Bem, não me surpreende que não entenda isso. Vocês humanos são muito burros.

O moreno ficou sem reação por alguns instantes, até que vinha por rapidamente se levantar da cama. Seu olhar para Nakahara agora era bastante sério, ainda que também um tanto confuso.

— Que merda está dizendo, Chuuya?

O mais baixo agora dava um profundo suspiro, vindo por se sentar na cama. Quando o fez, se espreguiçou de forma despreocupada, alongando os braços e as costas.

— Chuuya, Chuuya... tem certeza que ama esse moleque? Sequer notou que não é ele que está falando com você agora. — Falou em tom debochado, tornando a suspirar. — Você abriu o meu baú naquela ilha, e eu tenho que te agradecer por ter me despertado. 10 mil anos preso naquele lugar foi bem cansativo, sabia?

Ao ouvir aquilo, Dazai sacou a sua espada, apontando-a para a garganta de Chuuya em um movimento instintivo.

Mas em sua mente, o moreno se encontrava bastante dividido. Uma parte de si estava descrente, mas a outra reconhecia que Chuuya parecia alguém completamente diferente naquele momento e jamais brincaria com aquilo.

— Tá bem, vou entrar no seu joguinho. — Dizia Dazai enquanto mantinha a espada na direção dele. — Se você não é mesmo o Chuuya, então quem é?

O ruivo apenas ergueu os olhos para Dazai de maneira despreocupada, como se sequer se importasse com aquela espada apontada para si.

— Arahabaki. O deus da calamidade e blá-blá-blá. Você me libertou quando desenterrou o meu tesouro, e em troca, eu te lancei uma pequena maldição. Nada de mais.

Dazai franziu mais a testa, ainda segurando sua espada. — Que tipo de maldição?

— Peguei esse corpo emprestado, da pessoa que você ama. — Deu de ombros, como se tivesse pego uma roupa qualquer. — Acho que fiz uma boa escolha. É mais gostoso que o último que peguei. — E então deu um sorriso malicioso.

Foi quando Arahabaki erguia o cós da calça que ele próprio usava para olhar debaixo da mesma, murmurando um "nada mal" quando viu o membro de Chuuya ali.

E com aquilo, Dazai se irritou, fazendo um corte da mão do suposto deus da calamidade para que ele soltasse o cós da calça. Mas o deus sequer expressou qualquer sinal de dor.

— Ótimo. E o que eu faço para me livrar de você?

— Oh, você me machucou. — Resmungou Arahabaki ao puxar a mão para perto de si, vendo o sangue escorrer por mais que tivesse sido um corte superficial. — Me faz uma proposta. Se for interessante, eu posso cogitar aceitá-la.

Eis então que o ruivo se levantou da cama, passando a caminhar pelo quarto enquanto observava tudo ao redor com certo interesse. A presença de Dazai definitivamente não parecia ser nenhuma ameaça para o deus.

— Mas quero que fique claro das condições. Eu peguei esse corpo emprestado, mas quem está amaldiçoado é você. Afinal, meu anel ainda está em seu dedo. — Apontou para o objeto na mão de Dazai, que o moreno havia pego no dia em que abriu o baú. — Eu peguei quem você ama pra usar de receptáculo e vou usá-lo para saciar a minha sede. — Ele lambeu os lábios, e Dazai pôde jurar que seus olhos ganharam momentaneamente um brilho vermelho, como sangue. — Seu amado... Chuuya? Vou fazer com ele o que eu bem entender, bem diante dos seus olhos. É o que você merece, não é? Pela cor da sua alma, vejo que não andou sendo um bom menino...

Falou aquilo sem muita preocupação enquanto pegou um copo de vidro cima do criado mudo ao lado da cama, parecendo admirado com o mesmo.

— Até que vocês evoluíram em alguma coisa. São melhores que os copos de madeira de antigamente.

Dazai ficou em silêncio durante algum momento, como se processasse todas aquelas informações. Era muita coisa para assimilar, mas precisava pensar em algo, e rápido.

— E se eu te der o meu sangue? Você poderia se saciar com ele?

Arahabaki voltou os olhos para Dazai, deixando o copo de lado no mesmo lugar que estava anteriormente.

— Até que é interessante, mas não, não é o bastante. Sabe, eu sou o deus da calamidade. O sangue de uma única pessoa não é o bastante pra mim. — Ele fez um pequeno bico, vindo por se aproximar de Dazai. — Vamos, pense. Como você agradaria um deus, Osamu Dazai?

— Eu não tenho nada para te oferecer. — Dizia agora com a testa franzida, abaixando finalmente a espada. — Tudo o que eu tenho é a minha vida, e mesmo assim, ela só vale uma moeda de bronze.

 Era o que costumava dizer, já que havia sido o preço que sua mãe o tinha vendido para Mori. Ele deu um suspiro, erguendo então os olhos para Aharabaki.

— Ora, coitadinho. — Falou em um falso tom de piedade, e o deus então engatinhou sobre a cama, o suficiente para poder esticar a mão e lhe tocar o rosto.

— Quer que eu me mate? Na sua frente? — Dazai dizia em um tom verdadeiro, enquanto olhava para os olhos de Arahabaki. — Isso agradaria você?

— Não, sua morte não é o bastante pra mim, Dazai. — O sorriso cínico do deus voltou em seu rosto. — Por que não pensa um pouco? Te darei alguns dias para pensar em uma boa proposta e até lá, deixo você ficar com seu ruivinho preferido. O que acha? Ficar preso em um baú me deixou bonzinho demais, não acha?

— Eu adoraria que você fosse para o inferno. — Respondia Dazai com a testa franzida, tornando a se sentar na cama com o olhar um pouco baixo. — Me deixe ficar com ele.

— Tsc. Vocês humanos são realmente melosos demais. — O deus suspirou até que encostava a testa na de Dazai. — Pense com carinho na nossa conversa. Caso contrário, é bom dar adeus a tudo o que você ama.

O sorriso no rosto de Arahabaki voltou, no entanto este não durou muito, uma vez que logo em seguida o corpo de Chuuya tornou a perder as forças, fazendo-o desmaiar contra o corpo de Dazai.

— Chuu... — Dazai o segurava, olhando para Chuuya ainda um tanto confuso com tudo o que havia acontecido.

Sem pensar muito, acabava puxando o noivo para mais perto, vindo por envolvê-lo entre seus braços. Em resposta ao abraço, o ruivo veio por franzir a testa, como se estivesse se esforçando para despertar de um longo sono, deixando alguns resmungos ecoarem de seus lábios.

— Está me apertando demais... idiota. — Sua voz era fraca e claramente diferente da anterior, como se aquela fosse a primeira vez que Chuuya estivesse despertando.

Dazai piscou os olhos algumas vezes, desfazendo um pouco a maneira como o abraçava para então lhe dar um pequeno sorriso, dessa vez, de alívio genuíno. — Ei, você está bem?

— Minha cabeça dói um pouco. — Resmungou enquanto levou uma das mãos contra a própria cabeça, se afastando um pouco para poder olhar para Dazai. — O que aconteceu? Já voltamos da ilha do tesouro?

— Não se lembra de nada? — Dazai o olhava agora um pouco mais sério. — Não se lembra do que me disse?

— Não. — Chuuya pareceu ainda mais emburrado, tentando se recordar dos acontecimentos. De fato, só havia escuridão. — Lembro que não achamos nenhum tesouro no baú, então eu falei pra irmos embora daquele lugar e depois... — Ele franziu ainda mais a testa, parecendo incomodado. — Depois tudo ficou escuro e não vi mais nada.

Dazai ficou um instante em silêncio, tentando novamente pensar no que seria melhor naquela situação. — Você está bem agora. — Disse com um tom que tentava lhe transmitir um pouco de confiança. — Só precisa ficar deitado e... preciso fazer um curativo na sua mão.

No mesmo instante os olhos do ruivo se voltaram para sua mão, a qual havia um corte e escorria um pouco de sangue pela mesma, o que o deixou mais uma vez confuso. — Como fiz isso? É um corte de espada.

— Eu não vi, acabei de chegar no quarto. — Mentia na maior convicção de que estava sendo convincente, se levantando da cama para poder pegar algo que servisse de curativo.

— Vou pedir para trazerem algo para você comer também.

— Espera. — Chuuya se agarrou a camisa de Dazai, o impedindo de se afastar. Ele ainda possuía uma expressão confusa no rosto. — Não me disse o que aconteceu. Por que não me lembro de nada? Fomos atacados?

— Não, Chuuya. — Dizia respondia, agora sem olhar para ele. — Você desmaiou. Só isso.

Ainda que se mostrasse confuso com aquilo, Chuuya veio por soltar a roupa de Dazai, resolvendo acreditar que o que ele havia dito era verdade. Dessa forma o ruivo apenas veio por se deitar na cama, se mantendo encostado na cabeceira da mesma ainda com uma expressão pensativa.

Dazai se retirava do quarto para voltar cerca de dez minutos depois, trazendo um prato de comida e um pano para fazer um curativo na mão do ruivo. E então, se concentrou em cuidar do noivo, ainda que não falasse muito.

Parecia um tanto distante, como se pensasse o tempo todo em outra coisa.


Notas Finais


Novamente, obrigado por ler mais este capítulo e acompanhar Pacific Wind.

Como prometido, hoje dedicamos o capítulo para explicar um pouco mais sobre a maldição do Arahabaki. Ainda teremos mais um capítulo com foco no passado, até a fuga do Dazai e, depois disso, a história passará a ser totalmente cronológica. Afinal, o Chuuya e o Dazai ainda precisam resolver muitas coisas... juntos.

Mais uma vez agradecemos por todo feedback que a fanfic vem recebendo. Sinta-se à vontade para comentar o que você tem achado da história até esse ponto.

Muito obrigado, de coração. ❤️

Yo ho ho, e uma garrafa de rum! ♪~

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