— Ei, inútil! Pensei já ter dito sobre deixar essas bandagens em cima da pia! — Dazai escutou Chuuya esbravejar do banheiro, fazendo uma pequena careta surgir em sua fronte.
— Chuuuuya, por favor! Eu não reclamo das suas roupas ou de seus vinhos! — rebateu ainda sem desviar a atenção de seu incrível Manual para Suicídios.
O Nakahara não era a pessoa mais organizada do mundo, todavia gostava sempre de estar em um ambiente limpo e calmo, o que nunca teve, praticamente, quando começou seu relacionamento com Osamu, pouco mais de quatro meses atrás.
Ele o amava, é claro… mas não suportava a raiva de ver suas coisas jogadas em qualquer canto! Será que era tão difícil assim guardar tudo o que usava?
O ruivo saiu do banheiro, trazendo consigo um olhar irritado e as ataduras emboladas em suas mãos; as jogou em cima do atual namorado e lhe retirou o livro com certa brutalidade.
— Você não reclama porque eu não deixo minhas coisas jogadas pelo quarto! Poderia seguir meu exemplo e fazer a mesma coisa? — indagou irônico, arrancando uma risada do moreno. — Qual a graça, imbecil?
— Nada, nada. Vem cá, Chuu! — disse dando pequenos tapinhas ao seu lado na cama, vendo o ruivo arquear as sobrancelhas. — Que foi? Sabe, a vida é muito curta para nos preocuparmos com bandagens, precisamos aproveitar as coisas mais importantes primeiro!
— Ah, é? — perguntou com deboche e cruzou os braços. — Então me diga, o que seriam essas "coisas mais importantes"? Para mim isso é só uma desculpa para não fazer nada.
— Vejamos… — se levantou um pouco a contra gosto, aproximando-se do mais baixo e segurando seu rosto com as mãos, achegando seus rostos. — Você é mais importante do que bandagens, concorda?
Então selou seus lábios em um beijo lento, mas apaixonado, que não tardou em ser correspondido por Chuuya; quando o ar fez falta em seus pulmões, se separaram um pouco ofegantes, porém logo aproximaram mais seus corpos e começaram a distribuir pequenos beijos pelo rosto alheio: bochecha, boca, pálpebras, testa, nariz.
— Amo tanto você, meu anãozinho. — brincou entrelaçando os braços na cintura de Nakahara, aconchegando-o mais em seu corpo.
— Também te amo, múmia. — sussurrou junto de seus lábios, com os braços ao redor de seu pescoço. Chuuya beijou suavemente a boca do parceiro, mas dessa vez mordendo o lábio inferior de Dazai com uma certa força. — Sabe que isso não muda o fato de que eu quero aquele banheiro organizado, né?
— Ao menos eu tentei.
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