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História Soukoku Moments - Dia 4 ; Um Chapéu Desaparecido


Escrita por: saturwheart

Notas do Autor


* Tema: Perda;
* Ambos tem 17 anos.

Capítulo 4 - Dia 4 ; Um Chapéu Desaparecido


— Procurando algo, Chuu? — indagou Dazai com a voz baixa e os olhos ainda fechados, escutando a movimentação no quarto. 

— Sim, meu chapéu. — respondeu, sem se desculpar por tê-lo acordado, sabia que o parceiro não estava dormindo. — Viu ele? 

Um sorriso maldoso tomou os lábios do moreno, esse que não foi notado por Nakahara, que estava de costas para si. Sentou-se na cama e fingiu um ataque de tosse, para tirar o riso idiota do rosto. 

— Não devia ter se jogado no rio ontem, animal. — disse indiferente, ainda olhando dentro de sua parte do armário. — Vai acabar doente se continuar assim. 

— Se preocupa comigo? Que lindoo! — brincou com uma voz extremamente irritante para os ouvidos do ruivo, que apenas contorceu o rosto em uma careta e olhou para Dazai. 

— Não me preocupo com você, me preocupo com meu chapéu. Responde logo se viu ou não, bastardo! — o moreno sorriu perante a mentira, ambos sabiam que ele se preocupava consigo, às vezes até demais. 

— Não vi. Você costuma deixar do lado da cama, não caiu embaixo dela? 

— Foi o primeiro lugar em que olhei… — murmurou baixo, com o semblante entristecido. Osamu sentiu uma pontada de culpa, sabia como Chuuya gostava de seu precioso chapéu, mas isso não o fez entregar a brincadeira. 

— Já olhou na geladeira?

— Por que ele estaria na geladeira, idiota? 

— Esqueço minhas bandagens na geladeira, às vezes. — recebeu um olhar interrogativo, o que lhe fez rir. — Vai precisar dele agora? 

— Sim, preciso ir na Máfia agora de madrugada. — explicou, desistindo de revirar o interior do móvel. Suspirou, andou a passos arrastados até a cama de Dazai, sentando-se ao lado do amigo. — Será que eu o deixei na casa da Nee-san? Não, eu lembro que voltei com ele. Ah… só espero que esteja bem.  

— Pode ser melhor assim, certeza que aquilo tava danificando seu cérebro. — comentou enquanto se espreguiçava. — Veja só, nem está me xingando como o habitual, você é mais dócil sem ele. 

— … você pegou, não é? 

— Sim. 

— Devolve logo, porra!! Tô atrasado por sua culpa, imbecil! — gritou balançando Osamu pelos ombros, de um modo um tanto quanto brusco. — O que diabos você fez com meu chapéu?! Estou começando a ficar preocupado! Já falei pra você não mexer nas minhas coisas!! 

— Coloquei ele onde você nunca conseguirá achar! — exclamou na medida em que segurava o ruivo pelos pulsos, a fim de parar o balanço antes dele evoluir para um enforcamento. — Não vou te falar onde está, se quiser ele vai ter que procurar. 

O ruivo lhe lançou um olhar assassino, sentindo a raiva correr livre em suas veias; viu quando o moreno anulou sua habilidade, que sequer percebeu ter ativado. Estava irritado com Dazai, o que o inútil fizera fora imperdoável! Como pôde ousar colocar suas mãos tão indignas em seu querido chapéu? O que ele faria sem ele? Quis chorar ao pensar na possibilidade do acessório estar no lixo, ou em qualquer outro lugar em que nunca colocaria seu filho. 

Sentiu o telefone vibrar em seu bolso, desvencilhando-se do aperto para conferir o que era. Tratava-se de Kouyou, sua mentora, que lhe daria uma carona até a sede. 

— Não… — sussurrou, olhando perifericamente para o quarto que dividia com Dazai, tentando ver qualquer outro lugar onde ele poderia estar, mas não encontrou nada. — Eu quero muito te matar agora, múmia inútil, mas diferente de você eu tenho alguma responsabilidade…

O suicida observou-o se levantar, ajeitar suas roupas e suspirar, não pela primeira vez naquela manhã. O ruivo levou as mãos à cabeça, onde deveria estar seu chapéu, fechando os olhos por alguns segundos, depois disse:

— Vamos terminar isso depois, Dazai. Eu, você e um soco inglês. — disse, extremamente controlado para a infelicidade de mais alto, dirigindo-se para a porta. — É melhor ele estar aqui quando voltar. 

O quarto permaneceu em silêncio assim que Chuuya se foi, porém ele não durou mais que dois minutos. Dazai começou a rir, só que de nervoso; percebeu que estava em maus lençóis quando não foi xingado, quando Nakahara não gritou, ele estava realmente irritado. 

— Acho que te escondi bem demais, chapéu do Mr. Fancy Hat. — lamentou quando se levantou e pegou o objeto em cima do armário. — Mas ninguém mandou ele ser tão baixo.


Notas Finais


Eu adoro escrever esses dois como adolescentes ou crianças 😔

Até amanhã e sorry os erros, um dia eu talvez arrume tudo •3•


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