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História Soulmate - Ponto fraco


Escrita por: ArsLilith_ e Yayabs

Notas do Autor


É que eles se enganam muito fáceis.
São fracos por suas vaidades, ganâncias e principalmente, suas lealdades.

Mesclados pelos mil e uns sentimentos que os sercam.

Pode a proteção ser subjulgada como forma de amor ou prova de querer o bem alheio?

Pode a forma de amar alguém ser julgada por aqueles que nunca foram capazes de amar em suas vidas?

Vaidade mesclada só para a autodefesa?

Pode uma lembrança ser tão forte ao ponto de se tornar a fraqueza de seu adversário?

As respostas irão ser colocadas em jogo, mas no final, nada importa.
Porque para o destino, o que importa é ele ser seguido, sem ninguém para o atrapalhar.
Para ele, tudo é consequência de suas escolhas.

Capítulo 14 - Ponto fraco


Fanfic / Fanfiction Soulmate - Ponto fraco

Os olhos do alfa observavam sem entusiasmo a vista coberta pelo céu cinza. A respiração era baixa e bem calculada. As mãos cheias de anéis seguravam firmes o parapeito da sacada, enquanto seus ouvidos ouviam os passos inquietos atrás de si.

— Você acha que eu não sei o que fez com o seu irmão, não é? Acha que eu não sei que interviu não só na saúde dele, como no encontro que ele teve com o Im? — YangMin se pôs a fitar as costas bem desenhadas e cobertas pelo cinza da roupa alheia.

— Ah, meu pai... o senhor é inacreditável. —  Jimin se colocou a virar seu corpo e caminhar para dentro de seu quarto. Caminhando cauteloso, enquanto fitava intenso o homem a sua frente. —  Me acordou, apenas para isso?

— Jimin...

— Meu pai, eu não fiz nada que... como posso dizer?! Ah, sim, não fiz nada que um pai amoroso, não fizesse. — Jimin sorriu ardiloso, sendo fuzilado pelos olhos vibrantes do pai.

— Jimin... você não tem escrúpulos quando se trata de seu irmão não é mesmo?

— Escrúpulos? — o riso de escárnio do alfa mais novo ecoou pelo cômodo. —  Quem o senhor pensa que é, para querer falar de escrúpulos? Você praticamente está vendendo seu próprio filho pela segunda vez e quer me dizer que, Eu, sou sem escrúpulos? Vossa Alteza é uma piada. —  Jimin se pôs a frente do alfa mais velho, o olhando sarcástico e sem medo de se impor.

— Você modere seu tom para falar comigo moleque. Eu sou seu pai e acima de tudo, eu sou seu...

— Rei?! Ah, claro que o senhor é vossa alteza. Meu pai. Meu rei. — ambos mantinham seus olhos fixos um no outro. YangMin tinha criado um alfa astucioso e cheio de si. Seu reflexo estampado no mais novo, mas ele sabia que esse reflexo não era completo. Porque Jimin, nunca seria um alfa como ele.

— Pare de proteger seu irmão. Você com essa sua proteção sem sentido acabará com meus negócios. Quando Jinyoung se casar, você irá junto comigo para Soleil e nem sonhe se opor a isso. 

— Claro, Majestade. Afinal, sou apenas alguém que lhe deve obediência não é mesmo? — o sorriso de afronta tomava os lábios grossos do Park mais novo.

— Isso mesmo, Jimin. Você me deve obediência. Espero que não se esqueça disso. — YangMin deu uma última olhada para o filho e se pôs a caminhar a porta de saída, mas antes que abrisse a mesma, virou seu corpo para encarar o alfa de cabelos estranhos no meio do quarto. — Onde você conseguiu a poção? — YangMin olhou o filho dos pés a cabeça, ansiando pela resposta do mesmo, que o olhou nos olhos sorrindo sacana em sua direção.

— Papai... quando se trata de meu irmão... eu sou sem escrúpulos, esqueceu? — Jimin sentiu a áurea do pai se tornar mais sentida e irritada, abrindo mais ainda seu sorriso com aquilo.

— Jimin... não brinque comigo.

— Ah, Vossa Alteza, quem sou eu para brincar com o irrevogável e temido, Park YangMin? —  o arquear de sobrancelhas incentivava a irritação do rei aumentar.

— O que é seu está guardado Jimin. Espero que não se atrase para nossa visita a mina de cobre. Não quero atrasos. Você passará o dia inteiro comigo, se despeça do seu irmão no desjejum, pois você não o verá hoje.

— Sim senhor. — o príncipe sorriu pequeno, se divertindo internamente com a irritação e modo de lhe punir. Jimin sabia que seu pai usava o seu amor incondicional pelo irmão só para lhe afrontar. Uma maneira covarde de lhe atacar. Mas ali, naquele reino, ele não iria mostrar seu desconforto. Ele iria usar aquela covardia do pai ao seu favor.

YangMin não respondeu a frase irônica e sorridente do filho. Jimin apenas escutou o barulho da porta ser fechada. Suspirou pesado olhando para o teto bem decorado. Tratou de caminhar até seu guarda roupas, o abrindo e pegando atrás de suas roupas penduradas, um saquinho cheio de moedas de ouro. Colocou-o no bolso, e se pôs em frente ao espelho.

— Ah YangMin, seu problema foi ter me criado para ser um rei e não para ser um rato como você, meu querido pai. — os olhos encaravam vaidosos seu reflexo, enquanto as mãos ajeitavam seus trajes impecáveis.  Jimin emitia sua astúcia ao vento. Se olhou mais uma vez constando o quão alinhada sua roupa estava e só assim rumou para fora de seu quarto. 

Ele era um alfa cheio de si, confiante e que foi criado para ser calculista e reger suas decisões. Park Jimin foi feito para reinar de seu modo peculiar e vaidoso e sua vaidade se alastrava pelas paredes daquele extenso corredor enquanto seus passos o levavam até a sala onde faria seu desjejum.

 

— Vamos logo NamJoon! — o príncipe Alfa ouviu o tom aflito do alfa no andar de baixo. Jimin viu do topo da escada Sehun subir os degraus com um ômega em seus braços, enquanto NamJoon estava atrás de si. 

— O que houve? —  correu seus olhos pelo ômega desacordado. — Ele foi atacado por algum alfa? — Sehun subia os degraus rapidamente com seus braços dormentes. Era um alfa forte, mas não cabia em si tamanha força para o carregar.

— Sim. Ele e seu irmão.  — Sehun pode finalmente ficar de frente ao Príncipe, o olhando rápido nos olhos.

— Como assim meu irmão? Onde está Jinyoung?

— Não se preocupe, ele está muito bem. Pelo que entendi, o príncipe Jaebum os socorreu. —  Sehun começou a caminhar em direção ao corredor. —  Me leve até seu quarto Jimin.

— Eu preciso saber onde está meu irmão.

— Seu irmão está bem Jimin. Caramba! Me leve de uma vez. — Oh Sehun era um alfa que se irritava com facilidade e naquele momento, sua irritação estava estourando seus limites. Jimin suspirou tentando conter sua preocupação com o irmão. Preferiu acreditar que seu irmãozinho estava seguro e se pôs a ajudar o Oh. Nunca iria negar ajuda a um ômega.

Os três alfas adentraram os aposentos do príncipe. Jimin correu até sua cama, ainda desorganizada por recém ter saído do quarto. O Oh pôs o ômega em cima da mesma, arrumando os travesseiros de um modo que deixasse sua cabeça um pouco elevada. Segurou o pulso do ômega, constando os batimentos vagarosos e prontificou a tirar de seu bolso, um vidrinho de perfume.

Um cheiro forte, amargo e amadeirado. Colocou a essência perto das narinas do acastanhado, mas o mesmo não correspondia a seus estímulos.

— Por que ele não está respondendo? — Jimin observou a cena aflito, sentindo seu peito se apertar sabe-se lá por qual razão.

— Ele deve ter ficado muito abalado. Quando chegamos lá, ele já estava desmaiado. — NamJoon se prontificou a explicar, usando seu tom baixo.

Sehun ainda mantinha a essência perto do ômega, sentindo seu peito apertar por não obter respostas. Fechou seus olhos pedindo ao Deus Sol que lhe ajudasse e velasse por aquele ômega, extremamente belo em sua opinião.

A mão do alfa moreno foi colocada em cima da semelhante do ômega, mas antes que fizesse o que achava ser a melhor solução, sentiu seu ombro ser apertado.

— Não use sua proteção com ele. Pode ser pior, eu sei do que estou falando. —  o príncipe o olhou sincero, entendendo o que o alfa estava prestes a fazer.

— Eu... eu só quero o ajudar. Não irei o machucar.

— Eu sei, mas... apenas insista com o cheiro da essência.

Sehun acatou o que lhe foi pedido, insistindo com o líquido azulzinho no pequeno vidro. Os três alfas fitaram tensos o ômega deitado, que não fez ou sentiu nenhuma reação. NamJoon levou sua mão até a boca, tentando conter suas emoções a flor da pele para não prejudicar o garoto em cima da cama. Sehun já estava a beira de ter um colapso mental. Não iria aguentar aquela tortura psicológica e emocional. Seu lobo estava inquieto. Era um alfa de raízes fincadas aos preceitos de defender um ômega, um ser tão indefeso e sem meios de se opor a sociedade catastrófica em que viviam. Séculos atrás era fácil de ser um ômega. Eles eram respeitados e vistos com afeto; não eram vistos com olhos malvados, muito menos desrespeitados em plena luz do dia. Mas todo o respeito que um dia existiu foi findado e deu lugar à ganância e poder de soberba. Não convinha mais dos alfas serem respeitosos ou afetuosos; eles perderam a honra de um dia terem sido considerados alfas.

Mas aquilo, não cabia a Sehun. Céus, ele foi criado pelo avô para ser um guerreiro de verdade. Um guerreiro leal aos seus ideais; leal as suas raízes, principalmente, leal a sua honra. Ele sabia melhor do que ninguém, o que era o sofrimento de um ômega, quando imposto pelo empoderamento de um alfa. Ele sabia melhor que ninguém. Ver sua mãe apanhar todos os dias de seu pai, que sempre estava lá, para usar e abusar do seu poder de alfa, o fez compreender, que nunca em sua vida iria tratar um ômega como seu pai tratava. Ele iria honrar os preceitos de seu avô. Iria honrar os sorrisos em meio aos sofrimentos de sua mãe. Ele era um guerreiro e guerreiros foram criados para serem alfas de verdade. E ser um alfa de verdade, não está em se sobrepor aos outros só por possuir uma maldita voz ou uma maldita presença que inferioriza a qualquer um. 

Ser um alfa de verdade, é proteger, é reger com cuidado e proteção, é pensar no bem do outro, antes de pensar no seu próprio bem. É ter controle sobre si, é ser leal ao seu destino. É não usar da sua força e sim, da sua sabedoria.

Ser um alfa de verdade, é saber agir, quando todos querem parar. Mas principalmente, é saber tomar a frente da liderança quando não se tem mais esperanças.

— Saia! — Jimin disse em um tom baixo, mas autoritário. O moreno o olhou zonzo, sendo puxado por NamJoon. O príncipe se apossou do lugar do outro, fitando intenso o ômega desacordado. Os fios castanhos claros sobre a testa o faziam lembrar de certo alguém a muito tempo esquecido em suas memórias. A canhota foi de encontro ao rostinho pálido e delicado, mas que demonstravam traços fortes de um ômega incomum. Aquilo fez seu coração se aquecer, era como se as malditas memórias voltassem com tudo sobre si. Ele conseguia ainda ouvir os gritos em sua mente, as lágrimas grossas naquela pele branquinha. Aquelas lembranças estavam ali, para assombrarem sua doce vaidade.

Ah, Jimin podia ser um alfa que estava sempre um passo a frente de todos, mas seu único erro, foi nunca ter conseguido levar suas lembranças ao novo consigo. Sua mente sempre estaria presa ao passado. Presa aos olhos frios que o acolhiam tão bem.

O alfa deixou sua mão deslizar pelo rosto do ômega, a levando assim, até a região do coração, onde o alfa podia sentir os batimentos fracos. Muito fraco. Seus olhos se fecharam calmos, buscando aquilo que jurou um dia, nunca usar. Mas às vezes, o destino  nos prega certas peças, que nos fazem escolher certas escolhas; escolhas estas, que nem sempre nos são bem vindas, mas que uma hora ou outra precisam ser impostas sobre nós, para que só assim, possamos seguir nosso caminho.

O calor emitido naquele toque causou arrepios e uma sensação que a tempos não era capaz de sentir. A pequena bolinha de luz amarelada que se apossou de sua mão, transcendia diretamente ao coração do ômega. O dedo anelar, que continha um anel de prata com uma pedra azul, brilhava incessavelmente.

Os olhos amarelos dos dois alfas de pés, olhavam perplexos para o príncipe que emitia de sua mão uma luz, brilhosa, quente e que aquecia o peito do ômega. Jimin respirou com cuidado, concentrando-se em trazer o acastanhado de volta.

Seu corpo assim como o do ômega, sentiu os espasmos daquela magia. Sabia das consequências, sabia o que estava por vir, mas não era como se pudesse evitar. Estava feito e infelizmente, ainda não sabia voltar ao passado.

A pequena bola de calor que foi criada entre suas  mão e o peito do garoto cessou. Buscou lá do fundo seu controle mais que tudo. Abriu seus olhos, mirando no olhar que lhe encarava confuso.

 

— O-onde estou? — ChangKyun fitou o alfa nervoso, se encolhendo entre as cobertas. Jimin apenas o fitou, sem dizer nada. Era como se não estivesse ali. Era como se... como se outra pessoa tomasse conta de seu corpo. Era como se ele estivesse consigo, mas, era loucura, porque ele... ele nunca estaria consigo.

O alfa herdeiro levantou-se da cama, ainda tonto com o que tinha acabado de fazer. Sentia os olhos de todos caírem sobre si e a realidade o dar as graças como um soco certeiro em suas lembranças.

— Não... — respirou fundo, olhando intenso para os dois alfas a sua frente que o fitavam chocados e de olhos arregalados. — Prestem bem atenção... nunca, nunca em hipótese alguma, vocês viram o que aconteceu aqui, entenderam? Se alguém perguntar como ele se recuperou, foi a essência. A droga da essência! Estamos entendidos? — a voz não era mais baixa, mas era moderada. Era incrível como sabia ter controle sobre certas coisas que aconteciam consigo. Sehun e NamJoon se olharam, nervosos e ainda tentando absorver o que tinha acontecido ali. —  Me respondam!

— Entendemos sim, Príncipe Alfa. Não iremos contar a ninguém. Palavra de guerreiro. —  Sehun se prontificou a falar, mirando firme nos amarelados do príncipe. Jimin o olhou com superioridade, terminando assim, por olhar para NamJoon, que ainda demonstrava o quanto estava chocado. O alfa não tinha se movido, ainda olhava para o ômega sonolento deitado, sentia sua pele esquentar com o olhar em cima de si e só fitou o alfa de fios estranhos, quando o rosnado baixo e severo adentrou seus ouvidos. De todos os anos de amizade leal ao Príncipe, nunca tinha o visto o olhar daquela maneira. Era um olhar frio, superior e misterioso.

— V-você sabe da minha lealdade contigo. Nunca irei contar a ninguém.

— Ótimo. Espero mesmo contar com o silêncio dos dois. Ah, uma última coisa... não contem, nada, absolutamente nada, a Jinyoung. Nada!

Os dois alfas acenaram em uníssono. Jimin lançou mais um olhar ao ômega sonolento e saiu de se seu quarto. Quando o ar frio bateu-se em seu rosto, só assim pode respirar normalmente, se é que depois do que fez, tinha o direito de respirar.

Desceu escada a fora, tombando com uma ômega arrumadeira, sem ao menos se desculpar continuou seu caminho. Queria sair daquele castelo que o sufocava e o enlouquecia aos poucos. Desde que tinha posto seus pés com o irmão que sua cabeça tinha virado de cabeça para baixo. Em menos de quatro dias, já tinha quebrado as suas promessas mais importantes de sua vida. 

Tinha machucado seu irmão e tinha usado do poder que não queria e não podia usar.

Antes que seu corpo pudesse sair pela enorme porta, uma voz se fez ouvida o fazendo parar abruptamente. Seu olhar encontrou o olhar alheio.

 

— Ora, ora, se não é nosso querido Príncipe Alfa de Soleil! Seu irmãozinho amado não está nessa porta querido Park. Ele está na cozinha, cuidando de seu futuro Alfa. —  aquela voz entrando em seus ouvidos o causou repulsa. Odiava aquele homem com todas as suas forças possíveis.

 

— Kyuhyun... — Jimin caminhou de vagar até o alfa, o olhando firme nos olhos. — Não toque, no nome do meu irmão, principalmente, não sonhe em pensar falar dele.

— Dês do início sempre defendendo seu irmão como um cachorrinho não é? Engraçado... em todos esses anos nunca te vi com nenhum ômega... será que devo acreditar que você, um príncipe herdeiro, possui um apresso significativo com o ômega de olhos escarlates... ou será que...

— Não ouse terminar essa frase! —  a voz reverberou com dentes trincados, enquanto as mãos agarraram raivosas o colarinho do alfa. Kyuhyung sorriu em escárnio, se sentindo vitorioso por concretizar sua opinião sobre o ponto fraco do Park.

— Seu irmão é seu ponto fraco não é? Seu tendão de Aquiles. O dono de sua fraqueza, o responsável pelo seu futuro declínio. Você é podre Park Jimin. Podre. Desejar o próprio irmão... que coisa mais asquerosa... — a voz do Cho saía soprada, junto com os pequenos risos maldosos. Jimin não deixou se abalar com aquilo, pelo contrário, ele sorriu tão perverso como o outro.

 

— Ah, Kyuhyung... eu tenho pena de você. Se eu desejo meu próprio irmão, como você está dizendo, devo lhe contar algo... — Jimin aproximou o outro de seu corpo, ficando próximo da orelha alheia, apertando mais suas mãos na roupa do alfa. — O único que deseja algo proibido e asqueroso aqui não sou eu, é seu ômega que se revira na cama pensando em ser possuído por outro alfa. Que sonha ser possuído pelo seu próprio irmão. O irmão que irá tomar o seu lugar. O irmão que você inveja e que ironicamente, é o irmão que seu ômega quer. Se Park Jinyoung é meu ponto fraco, o seu... infelizmente, é Im Jaebum, o filho da tão sonhada Lua. — o riso maldoso e com gostinho de vingança adentrou os ouvidos do Cho. O soleiniense voltou a encarar ao olhos alheios, sorrindo perverso, vingado e superior. — O filho que você nunca foi e nunca será capaz de ser. Tente me derrubar Kyuhyun, tente me derrubar e você irá, realmente entender e ver do que eu sou capaz. Não toque em nenhum fio de cabelo do meu irmão ou eu irei fazer você se arrepender do dia em que nasceu. Avise seu ômega também. Sei que Sungmin já tentou jogar incertezas sobre mim a Jinyoung. Pelo seu próprio bem Alteza, guarde seu veneno e veneno de seu ômega para seu pai ou qualquer outro que não seja meu irmão. Eu não sou do tipo que tolero inimigos, nem muito menos, me alio a eles para os derrubar como meu pai. Eu sou do tipo, que esmaga vermes como você e só paro de pisar, quando nem cinzas me restar. Eu só paro, quando o nada existir. — Jimin não esperou a resposta do outro, apenas se limitou a olhá-lo pelo última vez e o empurrar, o vendo cair sobre o estofado.

Antes que a voz asquerosa entrasse por seus ouvidos o alfa soleiniense saiu porta a fora, descendo rápido as escadarias de concreto. 

Em outro momento, iria atrás de seu irmão e caçaria o infeliz que fez dois ômegas sofrerem, mas naquele momento sua cabeça estava em outro lugar e a pequena linha tênue que o ligava com o irmão o dizia que o mesmo estava bem, porque querendo ou não, Jinyoung estava com ele. Estava com o maldito ruivo que ele mesmo o ajudou a se encontrarem.

Ah, sim, mexer com as linhas do destino tinha seu preço e ele sabia disso. Sabia melhor que ninguém que ter dado Acônito para o irmão era um grande risco, mas era tudo ou nada. Queria que Jaebum fosse burro e ignorante ao ponto de não sentir a ligação, mas no fundo, pedia aos deuses do Sol que lhe ajudassem a fazer os dois se encontrarem em seus subconscientes. Jimin precisava da certeza que seu irmão ficaria bem quando fosse embora para Soleil. E gostando ou não, aquela segurança para o ômega, cabia somente a uma pessoa. E ele sabia que nem ele e nem Chanyeol eram os escolhidos para cuidarem do ômega. Aos poucos, não cabia mais aos dois alfas defenderem o príncipe do Sol, com unhas e dentes. Cabia a certo ruivo tomar as rédeas de proteção e segurança.

Jimin quis gritar com tudo que lhe envolvia. Eram tantas coisas em tão pouco tempo. Não se importou com os protestos de certos guardas quando pegou um cavalo qualquer e correu daquele castelo, como se lá dentro estivesse todas as causas de seus problemas. Só que Jimin sabia, que seu problema não era o palácio, muito menos dentro dele. Seu problema era toda Carlon. Todo aquele reino. 

Seu problema estava onde as patas daquele cavalo eram direcionadas.

Seu problema, era aquele maldito clã nos confins do distrito Sul.

Seu problema era sempre ele...o maldito garoto de pele pálida, cabelos azuis e olhos tão frios como a noite.

O causador da sua dor. O combustível para suas lembranças dolorosas. Porque ele nunca mais seria assim, um problema tão grande. Afinal, mortos não nos causam incômodo, não é mesmo?

Mortos, só nos trazem dor, a mesma dor que dilacera sem piedade alguma o coração do alfa. A mesma dor que faz suas lágrimas grossas rolarem por suas bochechas vermelhas de raiva.

A raiva é um sentimento horrível. Um sentimento que nos devora aos poucos e nos consome. E o alfa de fios estranhos era consumido por esse sentimento mesclado com abandono, ódio, impotência e fraqueza. Ah todos que o viam, achavam mesmo que seu irmão era seu ponto fraco, todos tolos demais, porque Jimin sabia sucumbir suas fraquezas muito bem. E só a solidão e os gritos dolorosos de suas lembranças sabiam o seu ponto fraco.

E seu ponto fraco, era seu coração coberto de mágoa, angústia e decepção. O seu tendão de Aquiles, estava no choro contido por anos, que naquele momento, parecia gritar por liberdade.

Seu declínio não estava em certo ômega de olhos escarlates, estava em seu coração partido, que um dia foi de um total bobo apaixonado, mas que teve seus sentimentos sufocados e pisados sem um pingo de compaixão.

Seu ponto fraco estava naquele, que um dia jurou amor eterno, mas que não obteve tempo de lhe dizer. Porque essa chance o foi a tirada antes mesmo de existir. E ele via no seu irmão o motivo de ainda querer viver.

Jinyoung nunca foi seu ponto fraco. Jinyoung sempre foi seu ponto de apoio, a sua segurança, aquela luzinha que ele precisava para viver. Jinyoung era o único que fazia seu coração vazio coberto por vaidade ainda pulsar algo bom em si.

E para o alfa, que se dane todos que pensam sobre sua relação com o irmão. Jimin o amava feito louco e não negava. 

Porque Jimin tinha seu jeito peculiar de amar. Ele tinha seu jeito peculiar de ser um alfa. Ele tinha um jeito peculiar de ser quem era.

E céus, ele podia ser tudo e ser nada. 

Mas ele sempre estaria a um passo de todos.

 

[...]

 

O corpo magro levantou-se de supetão. A mão branca e cheia de veias foi de encontro ao peito, sentindo o coração bater de um modo descomunal. Sua respiração estava rápida e desenfreada.

 

— Querido o que houve? — os olhos arregalados do garoto encararam aflitos a mulher que vinha em sua direção, rápida e de semblante preocupada.

— E-ele... ele... ele usou a magia, eu... eu posso sentir ele agora. Eu sinto ele... eu sinto! — o sorriso alegre mostrava os dentinhos curtos, seu peito estava uma mistura de nervosismo e ansiedade; era complicado entender tudo o que estava sentindo.

 

— Acalme-se meu amor, você precisa ficar calmo. 

— Eu preciso o encontrar. —  destapou-se rápido, pondo seus pés no chão, mas antes que fosse levantar, as mãos da mulher a sua frente o pararam.

— Falei para se acalmar. Precisamos esperar. Não coloque todos esses anos de sofrimento para ambos a perder. Vamos esperar o casamento ser realizado, só assim você poderá tentar aproximação.

 

— E se o casamento não acontecer?

— Não se preocupe, ele ira acontecer, mais cedo ou mais tarde. Esqueceu querido? Está escrito pelo destino e contra o destino...

 

 

 

 

 

 

 

Não se pode ir contra.

 

 

 


Notas Finais


Ai ai ai

Eu juro que escrevi esse capítulo umas dez vezes e parecia que nada ficava bom.
Eu iria fazer o foco no desenrolar da cena top das top Bnior, mas eu precisava desse foco no Jiminnie.

Ele é uma peça chave para tudo o que vai acontecer então, vocês precisam conhecer sobre ele.

Os deixei confusos?
Oushi calma que eu gosto assim mesmo 😂😂
👉Parei

Bommmmm

Gente essa semana que vai chegar eu vou ter que ficar afastada, porque eu tenho fucking SETE PROVAS E A DROGA DA SEMANA SÓ TEM A PORRA DE CINCO DIAS!

To calma gente 😂
Então preciso focar na escolinha, porque eu quero ser rica e ir pra qualquer lugar
Talvez pra Las Vegas, curtir a noite nos braços de um boy magia lindo da porra

Ta parei, não sou assim!

Mas então, vou ficar com meu coração doendo, buttt, talvez eu de meu jeito de entrar aqui 😅 eu sempre dou.

Comentários são sempre bem vindos, então podem mandar que eu vou adorar ler.

Ah se quiserem seguir no twitter e me chamarem na DM, vou adorar. @lyy_94

Até a próxima loucura 😋😋
E Muito beijos na bunda 😘😘😘


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