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História Soulmate - Entre véspera de luas


Escrita por: ArsLilith_ e Yayabs

Notas do Autor


Os preparativos todos prontos e bem ordenados.
Os convidados e matilhas chegam, mostrando a que vieram...
E cada um dos interessados na união, lutam pelo quê acreditam.
Enquanto todos se mostram esperançosos com a grande união, os dois jovens, os mais interessados, só se confundem cada vez mais.

E a cada olhar, tudo é estranho e intenso demais...

Capítulo 17 - Entre véspera de luas


Fanfic / Fanfiction Soulmate - Entre véspera de luas

— Tínhamos que ter previsto que YoungJae faria algo desse tipo. Não me agradou em nada o estado de Jinyoung. — Chanyeol fitou sério o príncipe encostado no parapeito da enorme sacada. Após o ocorrido dos dois ômegas, todos que presenciaram a cena deplorável, foram para seus aposentos, exceto os dois reis, que possivelmente foram discutir algo. Kyuhyun e Sungmin ficaram responsáveis de levar YoungJae para casa, restando só Jimin e Chanyeol, que já estavam a certo tempo no quarto do comandante, após terem ido explicar o que tinha acontecido a Jooheon e ChangKyun.

— E você acha que me agradou presenciar aquilo? — Jimin olhou sério para onde fios brancos, também encostado no parapeito da sacada. — Meu irmão apanhou daquele ômega imbecil e eu não pude fazer nada. E nós dois sabemos que ele irá fazer muito mais. Um tapa não vai ser o suficiente Chanyeol. O olhar que ele lançou para Jinyoung quando Jaebum disse que ia cuidar dele... YoungJae não vai parar. Ele não vai parar enquanto não tiver Jaebum só pra ele.

— E o que nós faremos? Iremos ir contra o destino novamente? — Chanyeol lhe lançou um olhar sugestivo, incitando o príncipe, que lhe sorriu cúmplice. Jimin se aproximou mais do comandante, deixando seus corpos perto um do outro.

— Nós iremos fazer tudo o que sempre fizemos Chanyeol...  — o tom baixo adentrou os ouvidos do alfa algumas luas mais velho. O de fios brancos observava atento os traços do alfa, que lhe olhava intenso. — O mesmo de sempre. O combinado. — a cada palavra, o alfa Príncipe se aproximava mais do comandante soleiniense. Eles sabiam de seus joguinhos e Chanyeol riu soprado com a atitude atrevida do outro. Park Jimin era imprevisível, e ele tinha que admitir... gostava daquilo.

 

— Você não tem medo de brincar com fogo não, Príncipe Alfa? — o segurar firme em ambos os braços do herdeiro fez a dois corpos se colidirem de frente para o outro. Chanyeol segurava com força, os dois braços de Jimin, que lhe olhava sorrindo maldoso.

 

— Você sabe Chanyeol... eu gosto de me queimar...e sei que você gosta tanto, quanto eu. — o olhar convicto fez o Park mais velho sorrir.

— Você não presta Park Jimin. Argh! Como eu odeio quando você faz isso. — Chanyeol soltou os braços do mais novo, se afastando do corpo quente, arrancando risos gostosos do príncipe.

— Você também não presta Chanyeol. Nunca prestou. — Jimin mirou no alfa que se encontrava sentado na beirada da cama o olhando.

— Eu tentei prestar Jimin, juro que tentei... Foi você que nunca me deixou!

— Eu? Eu nunca lhe fiz nada querido! Sempre lhe fui um bom amigo. Nada mais que isso. — Jimin lhe sorria sedutor, sem nenhum pudor na simples fala, que retratava para ambos os dois, outros significados.

— Se teu pai soubesse...

— Do que eu sou capaz? — Jimin interviu se aproximando do comandante. — Do que eu sou capaz de fazer para defender quem eu amo? — ambos os pares amarelados se encaravam intensos e refletindo um ao outro. Eles se segredavam um no outro. Explícitos mesmos, sem vergonha ou pudor algum.

— Você é louco! — Chanyeol disse por fim, sentindo novamente a presença do mais novo emanar seu calor característico. Jimin era quente, não mais que o irmão, mas ainda assim, conseguia ser quente.

— Eu não sou louco Chany...   — os dedos cobertos por anéis dedilharam a face rubra do mais velho. — Eu sou só alguém, que não tenho nada a perder. — o corpo do príncipe inclinou-se para ficar na altura do corpo sentado a sua frente. — E sei que você, também não tem nada a perder Senhor Comandante. Você é como eu. Sem escrúpulos quando se trata da segurança de Jinyoung ou de qualquer outra pessoa em que gostemos.

 

— Você irá voltar a Soleil quando Jinyoung se casar. Eu ficarei sozinho aqui. Você sabe que eu não irei dar conta.

— Já dei um jeito nisso. — Jimin se afastou do outro, rápido, começando a caminhar preguiçoso pelo quarto.

— O que você fez? — o alfa de fios brancos o olhou confuso, pondo-se a observar o andar despreocupado do alfa.

— Chamei Taehyung e JungKook para virem morar em Carlon. Eles já estão convidados para o casamento, então apenas juntei o útil ao agradável. Eles nunca foram de fincar raízes em lugar algum, portanto agora seria uma boa ideia. Taehyung irá lhe ajudar com os pagamentos mensais e JungKook irá cuidar de Jinyoung até o tempo em que eu achar necessário.

— Até quando você pretende esconder dele?

— Até eu ter a certeza de que ambos não irão correr risco. — Jimin o fitou sério, quase sem expressões faciais.

— E Jaebum... onde fica nisso?

— Jaebum é um caso a parte. O foco mesmo, é a felicidade de meu irmão e segurança daquele em que ele ama. — Chanyeol olhava atento para o de fios estranhos, sentindo uma leve pontada no peito. Talvez uma pontada de ciúme... mas céus, ele estaria sendo ridículo por sentir aquilo. Jinyoung nunca seria seu e também nunca seria capaz de o amar, como amava o outro. — Você precisa manter o foco Chanyeol. Sei que gosta muito de meu irmão e não o culpo, mas não deixe sua paixão pôr tudo a perder. Ele já sofreu demais. E entenda, ele nunca irá lhe amar do jeito que queres.

— Eu sei disso Jimin. Não precisa me lembrar o tempo todo. Eu realmente tenho um apresso especial por Jinyoung, mas nada que me faça sair de meu foco. Eu sei o lugar que ocupo na vida dele e não irei me opor a isso. Assim como você, também quero que Jinyoung seja feliz. — o alfa já se encontrava de pé, encarando o príncipe em sua frente.

— Ah você é tão bom... por que mesmo nós não ficamos juntos? — Jimin o perguntou sorrindo.

— Porque você não queria ficar por baixo. — Chanyeol o respondeu divertido, sorrindo ladino enquanto arrumava suas vestes em frente ao espelho.

— Ah... esqueci que a culpa foi sua. Foi você que não quis ficar por baixo. — Jimin também se pôs a frente do espelho, arrumando suas vestes, já que ambos iriam receber certos convidados na véspera do casamento. Reis de todos os distritos estariam em Carlon para o grande acontecimento e era bem óbvio que Park Jimin, precisava estar impecável. Mas nada o impedia de trocar piadinhas com o amigo. — Você ficou com medo.

— Ah Jimin... — Chanyeol riu soprado com a fala do outro, arrumando a presilha da sua espada. — Eu sou um alfa. Um alfa comandante do exército de Soleil, nunca que iria ficar por baixo, ainda mais com você. Você é baixinho demais. — Chanyeol fitou o reflexo do outro pelo espelho, viu o momento exato em que o mais novo o olhou com fogo nos olhos, pronto para o atirar da janela. Sabia que uma forma de irritá-lo era falar de sua altura.

— Você se acha muito né... mas tome cuidado, qualquer dia eu irei ficar maior que você, seu imprestável! — o mais novo deferiu tapas no braço esquerdo do comandante que riu fraco com a atitude do outro.

 

— Agora... falando sério... — ambos se olharam pelo espelho, arrumando ainda qualquer resquício de amassado em suas roupas. — Jaebum não irá gostar da aproximação de Taehyung e JungKook. Já dá até para ver que ele não gosta de nós dois por perto, imagina o casal maluquinho?

 

— Já falei que Jaebum é um caso a parte. Não iremos nos preocupar com ele agora. Além do mais, o orgulho dele em relação a Jinyoung sempre irá falar mais alto. Ele não aceita o fato de que tem que casar com meu irmão, então deixaremos ele se rebelar. Essa rebeldia toda é perfeita para nós. — Jimin lhe lançou uma piscadela, terminando de supervisionar sua roupa impecável.

— Ótimo. — Chanyeol virou-se para o amigo e o encarou cauteloso. — Você sumiu ontem... Jinyoung passou o dia inteiro comigo, sei que tinha compromissos com teu pai, mas soube que você só apareceu a tarde. Algo que eu deva saber Jimin?

 

— Nada que seja relevante. Apenas andei a cavalo e me encontrei com Suho. Dei as moedas a ele e foi só isso. — as mãos do príncipe estavam no bolso e o olhar fixo nos amarelos alheios.

— Você foi ao Clã Sul?

— Não... eu apenas encontrei Suho e nada mais que isso. Apenas o nosso combinado. — Jimin o sorriu pequeno, sem demonstrar os dentes. Apenas sorriu para passar silenciosamente a confirmação de que estava tudo bem...ou quase.

— Melhor assim. Não é bom para você ir sozinho lá. — Chanyeol chegou perto do amigo pondo suas duas mãos nos ombros alheios, os apertando em reconforto. — Agora vamos. Temos um casamento para colocarmos em ordem.

Jimin maneou a cabeça, em sinal positivo, sorrindo para o mais velho. Agradecendo por ele não o perguntar mais nada. Chanyeol sabia que Jimin estava o escondendo mais coisas, mas não iria insistir. O alfa herdeiro teria seu tempo para o contar tudo, porque no final das contas o comandante de fios brancos era o único que lhe ouvia contar sobre os pesadelos e lembranças.

Eram dois clichês unidos em prol de alguma loucura das linhas do destino. Dois corações destroçados e quebrados com o tempo, e que viam na amizade em que tinham, uma maneira de viver. 

Chanyeol confiava em Jimin, e Jimin também confiava no de fios brancos. Eram amigos, mas principalmente, cúmplices. Tinham um no outro o apoio e moral que nunca puderam ter no meio em que viviam. Tinham suas brincadeirinhas e piadinhas com todo tipo de teor, mas eram quase iguais em qualquer tipo de aspecto. Vaidosos consigo mesmo, quando amavam não sabiam amar pouco. Defendiam com unhas e dentes quem lhes cabia afeto e não poupavam esforços para lutarem pelo quê acreditavam. Dois alfas com espírito de liderança, ligados pelo mesmo ômega doce e gentil, o responsável pelas maiores loucuras que ambos já fizeram em suas vidas.

Não importa como, mas Chanyeol também sempre daria seu jeito, de sempre estar a um passo a frente dos demais assim como Jimin. Sempre daria seu jeito de estar a frente de todos e ao lado do amigo. Sempre ao lado, de forma leal e justa.

Eles defendiam dos mesmos quereres, dos mesmos gostos e lutas. Era por isso e outras milhares de coisas que eram tão parecidos. No fundo, ambos os dois alfas, realmente não tinham nada a perder.

Para eles, não existia limites. Eles interviam sim, em qualquer linha ou caminho do destino. Eles não tinham medo de se arriscarem para defender quem eles mais amavam.

Eram dois alfas dispostos a tudo e a nada.

Sem medo... e ironicamente, leais ao seu destino.

 

Quem disse que o destino não pode pregar peças que faça o próprio desestabilizar?

 

 

 

 

[...]

 

Como de esperado, os empregados ainda corriam, com as decorações para o dia seguinte, não que houvesse atrasos em algo, já que a supervisão de tudo tinha sido feito por ambos os reis e os melhores decoradores dos dois reinos. Eram necessários só alguns reparos, para que só assim, no momento das duas cerimônias, tanto a do casamento, como a da coroação, todos estivessem presentes para celebrar e vislumbrar a união das duas luas e dos dois príncipes. Ninguém queria perder o grande feito. Era algo já esperado por todos, necessário e que vinha em um momento perfeito.

Carlon precisava daquela união. Precisava da proteção e amparo do exército de Soleil. Precisavam de novos ares no trono e quem sabe assim, a vida no reino seria mais proveitosa. Era difícil se viver em Carlon, a supremacia dos cobradores de impostos era gigantesca, o que acarretava no povo pagar mais do que podia, abrindo mão de dar o que comer para seus familiares. Era sofrido, quando os soldados carlonianos iam ao vilarejo buscar os impostos. Era horrível a forma como eles cobravam, adentrando as casas com fúria e sem respeito. Estavam vivendo uma época difícil e escassa, mas ainda tinham esperanças de que tudo daria certo. Apesar dos carlonianos acreditarem que o casamento não ajudaria muito. Mesmo assim, buscavam no positivismo e no caráter e forma gentil que o príncipe do Sol se mostrou no desfile. Jinyoung sem fazer muito, tinha conquistado no pouco o povo carloniano.

 

— Eu espero que você e seu filho deem um jeito em YoungJae. Não o quero perto de meu filho. O que ocorreu hoje foi um total vexame. Pensei que tinha sido bem claro quando tratamos do casamento HyunSik, mas pelo visto eu me enganei. Você não é um homem de muita palavra, não é mesmo? — YangMin cruzou as pernas, arqueando as sobrancelhas grossas. Estava sentado ao redor da mesa de chá, com uma bela vista do reino, com o rei carloniano a sua frente.

 

— Desde o início, eu lhe falei que seria difícil nos livrarmos de YoungJae. Deixei claro a você e a seu filho. Você e Jimin quiseram arcar com as consequências. Não tenho culpa. — HyunSik buscou transparecer calmaria e certeza em sua fala, não queria desentendimentos com o rei soleiniense, não por agora.

 

— Que seja... não quero o Choi perto de Jaebum, muito menos de Jinyoung. Ele pode atrapalhar tudo. — YangMin ditou irritado, sentia como se algo ameaçasse seus planos, mas não fazia ideia do que podia ser. Tinha que se cercar por todos os lados, não iria e nem podia confiar em alguém. Não chegou aonde chegou confiando nas pessoas, não seria agora que iria confiar. — O que você e Jinyoung conversaram?

 

— Nada que lhe convenha. Apenas o necessário para saber que ele será o melhor para JB. — o olhar de soslaio que o carloniano deu ao outro não passou despercebido. Tinha mais coisas, mas YangMin sabia que era só perda de tempo ficar ali perguntando. Precisava agir, não iria perder seu potinho de ouro para ninguém. Jinyoung era seu triunfo. Sua cartada final e fatal. Nunca que na vida de um rei ter um filho ômega foi algo tão vantajoso. Jinyoung era aquele que o levaria ao topo. Ao infindável. — Agora vamos. Precisamos receber o distrito leste e as matilhas que irão chegar. Amanhã será um grande dia e ele chegará em um piscar de olhos.

— Assim espero, não vejo a hora de voltar a Soleil. Esse lugar é frio demais. Insuportável.

HyunSik apenas se motivou a levantar e rir fraco dos resmungos do outro. Também não via logo a hora do soleiniense ir embora, não estava aguentando mais olhar na cara dele.

Ambos os reis foram de encontro ao salão de recepção. A decoração do local era de se tirar o fôlego. E tudo parecia correr conforme o planejado. O dia de amanhã não iria possuir erros. Seria tudo perfeito, conforme o solicitado. HyunSik já sentia o peito se alegrar, a vontade de ver seu filho assumindo o reino e se casando gritava dentro de seu peito. Apesar de ainda ser um rei novo, sabia que sua regência não lhe convinha mais. Jaebum precisava assumir o trono, antes que Carlon desmoronasse em total pobreza e decadência. A tempos que não era mais capaz de intervir com aspectos que dessem uma melhor vida a seu povo. Foi o tempo em que podia caminhar pelo vilarejo e vivenciar um povo cantarolando alegre, cheios de vida, dançando com seus corpos leves e repletos das mais puras maravilhas. Carlon a muito tempo não era mais o mesmo reino. E HyunSik precisava de Jaebum e seu espírito de liderança escondido. O povo carloniano gritava por socorro e necessitava ser atendido. O filho da Lua era o único que poderia os reger, os liderar e os dar de volta os dias  fartos e alegres. E para isso, HyunSik entendia o quão necessária era a união dos dois príncipes. Jinyoung seria a chave que iria libertar Jaebum de todos os seus anseios e o responsável por quebrar todas as muralhas de resistência que o Im herdeiro criara.

Jinyoung daria voz ao lobo do ruivo e faria ele entender o porquê, de ter sido o escolhido de Netuno. 

O casamento era a salvação de todos, e quando o sim fosse dito, uma nova era iria habitar Carlon.

O povo carloniano iria conhecer seu novo rei. Iria vivenciar um novo tempo repleto de luta pelos seus ideias. Eles iriam finalmente aprender o real significado de se viver em uma sociedade no qual viviam. Não em uma sociedade repleta de pobreza e injustiças, onde o mais forte se sobrepõe aos mais fracos. Mas sim, em uma sociedade justa, respeitosa; onde os fortes ajudam os fracos, caminhando todos lado a lado. Sem pretextos de quererem ser o melhor.

Eles só precisavam acreditar que o destino estaria do lado deles e que nada impediria esta união tão requisitada por todos. Era preciso esperança. 

Era preciso que ambos, o quente e o frio se habituassem a eles.

 

 

 

[...]

 

As batidas fracas, fizeram os olhos do alfa encararem a porta. Tinha acabado de acordar do pequeno cochilo; buscou mover o corpo para fora da cama, mas travou assim que seus sentidos voltaram a funcionar devidamente.  Ainda estava sonolento, mas ao sentir o peso em cima de si, seus instintos começaram a serem despertados.

O cheiro doce adentrou de modo colossal suas narinas, o deixando até mesmo tonto. O ruivo ergueu a cabeça um pouco, analisando a situação que estava. 

— Já vai! — praguejou, tentando soar baixo para não acordar o dono do corpo em cima de si.

As batidas cessaram rapidamente e os olhos do Im puderam observar com cautela o garoto em seu peito. Jinyoung ainda mantinha a mão agarrada em sua blusa fina, o rosto estava um pouco virado para cima, fazendo com que a respiração calma do ômega debatesse em seu pescoço. Era totalmente errado o que ambos estavam fazendo. Nem em sonho que os dois poderiam estar tão juntos daquela forma antes do casamento. Era como um pecado para os costumes e moral de ambos os príncipes.

 

— Jinyoung... — o alfa passou com cautela a destra no braço do moreno, com medo de o machucado de alguma forma. Céus por que estava sendo tão cuidadoso com um garoto que jurou odiar dês do início? — Jinyoung... acorde por favor... —  a voz era mansa e o alfa desconfiava que tinha tomado alguma coisa para este tão calmo daquela forma. Não que fosse do tipo explosivo. Mas pela manhã, não costumava ser um poço de calmaria e educação. 

O corpo sobre o seu, se moveu preguiçoso, mas mexeu-se quase nada, dando a entender que seria uma luta para fazer o alfa o tirar dali. As batidas voltaram a ser escutadas. Jaebum novamente praguejou um "Já vai!", mau humorado, mexendo seu corpo com cuidado para não machucar e nem acordar o menor. Jinyoung parecia tão pequeno todo encolhidinho em si e agarrado de forma possessiva, chegava até lhe dar uma pontadinha só de pensar em acordá-lo.

O alfa segurou firme nas costas do mais novo, buscando o colocar deitado no colchão. Foi uma tarefa fácil até, difícil mesmo foi se livrar das mãozinhas quentes que insistiam em agarrar sua blusa. Não teve outra... Jaebum acabou acordando o soleiniense sem querer. As órbes verdes olharam para o Im confusas e sonolentas.

 

— Eu já volto. Espere aqui. — Jaebum fitou o ômega quieto, enquanto saía de cima da cama, deixando o mesmo, envolto por cobertas quentes e que só deixavam praticamente seus olhinhos brilhosos para fora.

Jaebum se apressou a atender a porta, dando se cara com o beta pronto para bater novamente na mesma.

— O que queres Hoseok? — sua voz saiu impaciente, diferente da de instantes atrás. O beta o olhou, sorrindo pequeno. Sabia o quanto Jaebum odiava quando o reverenciava então nem perdeu seu tempo.

— Bom dia para você também vossa alteza. Ou devo dizer boa tarde? Ah esquece. — Hoseok o zombetou, ganhando em troca um revirar de olhos e um suspiro irritado.

— Fala logo o que você quer.

— É impressionante o poço de educação que você é né? Espero que seu futuro ômega não enjoe de você. Aliás é dele que eu vim falar...

— O que tem Jinyoung? — Jaebum foi rápido em sua pergunta, atropelando o desenrolar do beta. Sua postura se tornou rígida e séria, o que fez o de olhos alaranjados sorrir pequeno.

— Você precisa sair do quarto dele. Os convidados para a coroação e casamento estão chegando. As matilhas também. Não será nada bom para ele, se o verem em seu quarto. Sabe como as pessoas são maldosas. Seu pai me pediu para que eu te tirasse daí. Jinyoung precisa ficar sozinho agora. Amanhã será o casamento, portando hoje o resto do dia dele será para limpeza de pele, massagem e cuidados para a celebração. Ele precisa estar impecável. São os rituais para a união. — Hoseok explicou calmo a situação, sempre sorrindo.

— Hum...tudo bem. Eu vou deixá-lo sozinho... —  o ruivo buscou falar desinteressado, sem se importar com aquilo. —  Ah... com quem ele irá fazer essas coisas... tipo limpeza de pele, massagem ou sei lá...o ritual antes da união?

 

— Alfas. Ele fará com alfas.

— O QUÊ? — Jaebum arregalou os olhos, pondo todo seu corpo para fora, fechando a porta atrás de si e encarando o beta. — Ele não pode fazer isso com Alfas. Não irei permitir isso! — disse convicto, olhando perplexo o beta, que começava a alargar um sorriso debochado nos lábios.

É ÓBVIO que ele não fará isso com alfas né seu imbecil! Só falei isso para ver sua reação e nossa...foi cômica! — Hoseok gargalhou alto ao ver o olhar assassino em cima de si. Sabia mexer com o orgulho do ruivo e adorava aquilo.

— Você é um imbecil Hoseok. Um imbecil! — Jaebum revoltou-se com o amigo e consigo mesmo. Por que ele se importava tanto com quem iria cuidar do ômega? Não lhe interessava aquilo. Céus. Maldito seja Hoseok!

— Também te amo amado Príncipe. Mas não se preocupe. Seu ômega será cuidado somente por ômegas. Especialistas em rituais de casamento. Soube que Soleil tem alguns rituais diferentes do nosso, portanto também haverá ômegas soleinienses cuidando dele. Nenhum irá roubar seu solzinho. Não se preocupe.

— Quem disse que eu ligo para isso? Eu não me importo! Não me importo com nada! —  o tom seco eclodiu pelo corredor, fazendo Hoseok rir mais ainda. Jaebum era tão orgulhoso que se perdia no próprio orgulho. Ficava até cego com as coisas mais aparentes, mas não cabia ao beta abrir os olhos do amigo. Ele iria deixar que o amigo descobrisse tudo por si só.

— Okay, Jaebum... você não se importa certo. Tudo bem, eu acredito. Agora sério, saía do quarto dele, antes que alguém te veja aí dentro.

— Eu já irei sair, só... preciso... preciso ver se ele está bem.

— Okay Senhor-Não-Me-Importo! Seja rápido. Irei estar no salão de festas, o mesmo do almoço. — Hoseok, caminhou a passos largos, de costas enquanto falava com o outro. Usava um tom debochado e sabia que se estivesse perto do ruivo tinha levado uma cascudos revoltados.

Jaebum preferiu ignorar as ironias do beta e voltou ao quarto. Abriu a porta devagar, sem fazer barulho algum...e talvez ter posto seus pés ali de novo, era demais para seu lobo agitado. Diferente de como tinha deixado o ômega na cama, deitado e coberto. Jinyoung estava sobre a mesma, em cima dos calcanhares, com as mãos sobre o colo, os cabelos bagunçados e o rostinho amassada, junto de um biquinho fofo.

Okay, Jaebum precisava reaver seus gostos. Tinha que admitir, aquele ômega era deveras fofo e toda aquela fofura querendo ou não, gostando ou não, mexia consigo.

 

— Como você está? — Jaebum se aproximou a passos largos e cuidadosos. Sentou-se na beirada da cama, fitando atento as órbes em cima de si.

— Eu...eu estou bem. — Jinyoung pronunciou-se baixo coçando os olhinhos com a mão fechada. Jaebum precisou contar até sabe-se lá qual número para poder então, respirar com decência. Não era possível aquele garoto agir daquele jeito. — C-como você está?

 

— Bem.

— Sua barriga ainda dói? —  o ômega o olhou preocupado, com medo da resposta alheia.

— Não sinto mais dor, não se preocupe. Eu realmente estou bem e acredite, não estou lhe mentindo. — os olhos amarelos encararam intensos o ômega a sua frente. Era estranho aquela situação, porque se comparada a mesma situação de dias atrás, onde o que mudava era o dono do quarto e o fato do ômega estar sentado, tudo era estranho. Dias atrás, Jaebum estava ali, na beirada da cama buscando um jeito mesquinho de atingir o ômega de modo que o fizesse odiar, mas agora, estava ali, querendo ou não, preocupado e acima de tudo, estava ali por vontade própria, sem ter sido mandado pelo pai ou algo do tipo. Ele queria estar ali. Queria estar com ele.  — Por que você sempre quer saber se eu estou bem? As coisas sempre acontecem com contigo, mas você sempre insiste em saber como eu estou, por que? — aquela era realmente uma questão que rondava a cabeça do alfa. Ambos não tinham uma marca, não tinha como e nem o porquê Jinyoung querer saber sempre se ele estava ou não bem.

Jaebum não obteve resposta. Apenas um encolher de ombros, confuso... porque no fundo nem Jinyoung sabia o porquê de lhe perguntar se estava bem ou não. Era quase que instinto. Não tinha pretextos... era necessidade.

E aquele encolher de ombros mexeu com o ruivo. Era para ser um gesto qualquer, simples e sem nenhuma pretensão. Mas Jinyoung conseguia fazer qualquer que seja o  mínimo gesto simples, se tornar em uma grande desmoronada no âmago do alfa.

 

Céus...coisas fofas... não me chamam atenção. Eu não sou fofo, não gosto de coisas fofas. Ômegas fofos então? Puft... não fazem meu estilo... Okay, é só respirar. É só um sorriso... é só um rostinho amassado de sono, nada de mais Jaebum! ELE É SÓ UM MALDITO ÔMEGA QUE QUER TE ENLOUQUECER! VOCÊ NÃO VAI SURTAR.

 

— Eu preciso ir. — foi a única coisa coerente que conseguiu formular, sem ser oprimido por aqueles duas órbes lhe olhando.

— Aonde você vai? — o ômega puxou sem muito esforço a coberta ao seu lado, se enrolando nela, enquanto seu tom manhoso adentrava os ouvidos do ruivo.

 

Droga! Maldito seja o Deus Sol!

 

— Os convidados para a cerimônia de amanhã estão chegando. Não podemos ser visto juntos, não dessa maneira. Você também precisa  passar pelo ritual. — Jaebum mantinha seus olhos vidrados no mais novo. Era estranho o olhar, porque toda vez que seus olhos se esbarravam, seu lobo se agitava, como se precisasse de liberdade... como se gritasse por ela.

 

— Nós iremos mesmo nos casar? 

— A tudo que parece sim. Não podemos ir contra as cortes, mesmo que fugíssemos, iríamos ser caçados e não seria bom para ambos os lados. — o alfa explicou, sem muito entusiasmo na voz.

— Amanhã, antes da cerimônia podemos conversar? É importante. — Jinyoung buscou olhar com cautela para o alfa. Precisavam conversar.

 

— Me espere no jardim, ao lado da entrada principal. Não haverá Sol amanhã, portanto assim que der a décima quinta badalada do sino me encontre. Teremos tempo até o casamento. — Jaebum levantou-se, fitando o ômega no meio da cama. Estaria mentindo se dissesse que não estava curioso com o possível assunto. — Preciso ir agora... fique bem! — o ruivo o olhou por mais alguns segundos, antes de virar o corpo. 

Antes que pudesse dar o primeiro passo, sentiu as duas mãos delicadas, de temperatura ja conhecida segurarem sua mão. Virou um pouco o tronco do corpo, só para se deparar com o par de olhos verdes e o corpo do mais novo perto do seu. As palavras demoraram para sair, porque para os dois era, querendo ou não, melhor se olharem do que trocarem palavras. Mas elas também fluíam e fluíam de modo que desconsertava ambos.

 

— Fique... fique bem também. E se cuide por favor! — era aquela voz baixinha e manhosa que fazia certo ruivo revirar dentro de si.

Não, daquele jeito ele nunca ficaria bem. 

Era impossível ficar bem com aquele ômega o olhando daquela forma...

 

Inocente...

 

 

Doce...

 

 

E fofo...

 

Tudo o que ele mais detestava em ômegas...

 

 

 

Céus, eu preciso de um banho!

 

 

 

 


Notas Finais


OLHA EU AQUIIII!!!
EAI MEUS LINDÕES, COMO CÊS TÃO??

Bom, eu falei que ía ter capítulo no meio da semana, era para ter postado ontem, buttt eu só consegui postar hoje, pq eu cheguei do técnico e cai mortinha na cama 😂😂

Quero dar alguns avisinhos:

Park Jimin e Park Chanyeol....
Acalmem o coração. Pode ser e pode não ser o que vocês estão imaginando. Então calma. Muita calma.

Prestem atenção quando houver a palavra **mimado** e **manhoso**, são duas características que definem dois ômegas na história, então se atentem a isso.

Fora isso se divirtam!
😂

Eu estou muito feliz com os comentários e teorias. Vou responder todinhos agora. Perdoem-me por não os responder, mas é que eu tenho que focar nos estudos. Hoje, aqui na minha cidade é feriado, portanto hoje e amanhã vou tirar para atualizar minhas fics e no fim de semana eu estudo.

Provavelmente a próxima atualização vai ser no domingo, já que eu irei deixar um capítulo pronto na sexta.

DIA 19 É ANIVERSÁRIO DE 6 ANOS DE BNIOR, PORTANTO ESPEREM ONE SHOTS SAFADAS QUE EU TO CHEGANDO!!! 😊😊😉

Vem de comentário que eu vou adorar ler...eu pareço uma retardada na hora dos intervalos, quando eu leio os comentários de vocês. Eu surto na moralzinha, e fico rindo atoa. Vocês me fazem muito feliz e quero, como gratidão, lhes proporcionar o melhor.
Obrigada por tudo meus amores!
Amo vocês! 💓💓

Beijos 💋 na bunda 😘😘
E até a próxima LOUCURA 😋😋😋


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