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História Soulmate - É a dor mais doce


Escrita por: ArsLilith_ e Yayabs

Notas do Autor


Oslaaaaaa

Voltei com um cap mais curto, mas voltei KKKK
Espero que gostem 😘😘

Capítulo 65 - É a dor mais doce




— Tomem cuidado com ele — Jinyoung avisou, atento aos homens que carregavam Jaebeom para a cama.


Os três alfas deixaram Jaebeom, acomodando-o sobre o colchão e não demorou muito para Jinyoung se aproximar, sentando ao lado do alfa. 

— Majestade — Chanyeol o chamou, aguardando a atenção de Jinyoung sobre si. — Quais serão as próximas ordens?

Jinyoung passou com cuidado os dedos sobre o rosto de Jaebeom. Ele tinha a pele febril e estava pálido. Tal situação deixava Jinyoung com o coração despedaçado e cheio de raiva.

— Apenas se certifique de manter Lee JunHo preso e junte o exército. Nós atacaremos Soleil. Avise todos para se prepararem e garanta a eles que Carlon ganhará.

— Sim, Majestade — Chanyeol se curvou, dispensando os demais guardas.

Esperou todos saírem e se aproximou de Jinyoung, tocando sutilmente no ombro dele, num conforto singelo.

— Por que ele fez isso com o meu Jaebeomie? — Jinyoung tinha os lábios trêmulos e os olhos cheios d’água. 

— Eu… não sei o que passou pela cabeça dele, querido. Mas tenha certeza que ele pagará por tudo que fez. Eu lhe dou minha palavra. 

Jinyoung se virou minimamente, encarando o melhor amigo. 

— Não o deixe escapar. E não deixe ninguém visitá-lo. — Falou sério. — E também, marque um encontro com Chansung aqui no Clã.

— No Clã? Tem certeza?

— Sim. Eu quero que ele conheça o Hyunjin e fique do meu lado.

— Você… — Chanyeol engoliu seco, encarando os olhos escuros do ômega — vai mantê-lo por perto? 

— É claro que sim. Ele não vai querer perder o único sobrinho, e nem mesmo o contato com o meu filho que ele provavelmente já considera como o neto dele e herdeiro. 

— Você já tem um plano?

— Já. — Sussurrou, olhando de soslaio para Jaebeom. — Eu e o Jaebeom temos um plano. 

Chanyeol franziu o cenho, mas não retrucou, apenas assentindo e saindo do quarto.

Jinyoung engoliu seco, suspirando baixinho e voltando a encarar Jaebeom completamente. Seus dedos voltaram a tocá-lo, tomando cuidado para não machucá-lo. Ele estava com o torso completamente enfaixado. Tinha alguns arranhões e cortes pequenos pelo peitoral por causa dos estilhaços dos vidros.

— Jaebeomie… eu prometo que tudo vai ficar bem — Jinyoung sussurrou, inclinando o corpo levemente. — Eu prometo que… vou cuidar bem de você e do nosso Reino. Eu vou continuar com o seu bom trabalho… e tudo vai ficar bem — as lágrimas corriam pelas bochechas coradas em meio a voz embargada. — Me perdoa por te colocar nessa situação… por sempre estar te machucando com os meus problemas. 

Soluçou baixinho, limpando o rosto. 


A sensação de impotência era a pior emoção que alguém poderia sentir. Jinyoung não gostava do gosto amargo daquela sensação. Se sentia de mãos atadas no momento, como se estivesse num fundo do poço profundo, sem conseguir enxergar a própria luz.


— Eu prometo Jaebeomie, que enquanto você estiver sob meus olhos, eu sempre vou te proteger, então não se esconda de mim, e nem fique longe, meu amor. 

Deixou um selinho sobre a testa alheia, logo cobrindo Jaebeom até a cintura. 

Jinyoung se levantou, passando a mão no rosto e tentando se recompor, mesmo com o coração se sentindo tão culpado naquele momento. Respirou fundo, jogando os fios negros para trás e saindo do quarto. 

Seu olhar logo caiu sobre a mulher na sua frente. Ela tinha os olhos cheios d’água e o rosto um tanto avermelhado, moldado com certo desespero.

— Hyuna-ssi — Jinyoung disse baixo. — O que… 

— Você precisa tomar cuidado — ela se aproximou, segurando suas mãos. — Você sabe que nessa vida… e-ele…

— Eu não vou deixar isso acontecer! — Soou entredentes. — Eu não vou!

— Ho-hoje foi… por pouco… mas eu não vi isso acontecendo — Hyuna parecia abalada. Jinyoung mantinha os olhos atentos sobre a ruiva, apoiando-a em si. — Eu não… senti ele em perigo… e e-eu sempre sinto. 

— Eu também não senti — Jinyoung disse, engolindo seco. Hyuna logo lhe olhou, com certo temor.

— Eu… acho que ele… ele está dominando completamente a magia dele… 

Jinyoung buscou levar Hyuna para sala, sentando-a no sofá. 

— O que você está querendo dizer? — Ajoelhou-se na frente dela.

— Se ele dominar a magia dele, é mais difícil nos conectarmos… porque é como se ele… nos bloqueasse.

— Ele estava em perigo, então porque ele… — Jinyoung refletia, olhando diretamente nos olhos da bruxa.

— Ou ele está aprendendo a dominar… ou… ele sabia o que iria acontecer — constou.

Jinyoung se levantou, suspirando alto. Seu coração estava acelerado, tentando imaginar o que se passou na cabeça de Jaebeom para se colocar em risco daquela forma. 

— Ele só pode ter enlouquecido! — Esbravejou, desabando momentaneamente em meio às lágrimas. — Eu vou matá-lo se ele deixou o JunHo fazer isso nele! 

— Jinyoung… nós ainda não sabemos o que aconteceu…

— Independente do que aconteceu, eu vou acabar com meu pai que achou que poderia machucar o meu alfa e eu vou fazer Lee JunHo sofrer muito mais do que ele sofreu na mão de Park Yangmin. E sobre Jaebeom, se ele deixou isso acontecer… ele está muito ferrado na minha mão! 

— Você só não pode agir totalmente pela emoção. Seja racional, Jinyoungie. Uma guerra vai acontecer e seremos atacados de uma forma devastadora. Se você tomar a frente de um ataque, que seja agora. Seremos nós a dar um primeiro passo.

— Eu sei… — seus olhos se perderam na janela, no breu da noite. — Eu farei de tudo para ganharmos. Pode ter certeza disso. Eu já perdi coisas demais durante esses anos e não vou perder agora. Eu parei de gostar de perder… agora, eu aprendi a gostar de ganhar. E eu vou ganhar. Nem que pra isso… eu tenha que passar por cima de todos. 



••



Os passos eram calmos, enquanto todos mantinham os olhos sobre o ômega. Jinyoung respirou fundo, ouvindo a reverência alta ao comando dos dois Comandantes do Exército. 

— Na tarde de ontem, meu Alfa, a Majestade Im Jaebeom, foi atacado por um nortenho como todos já devem estar sabendo… — Jinyoung voltou-se a todos os alfas fardados. — Ele está sendo cuidado por bons curandeiros e peço que não se preocupem. Ele está fora de perigo. — Tranquilizou a todos. — Quero que ouçam atentamente aos comandos do Comandante Wang e do Comandante Park. Iniciaremos um ataque à Soleil. Meu marido foi vítima de um atentado do Rei de Soleil, meu pai… — os murmurinhos se sobressaíram assustados. Chanyeol chamou atenção de todos, calando-os de imediato. — Esse ataque deverá ser apenas uma resposta ao que aconteceu. Traremos Park Yangmin para Carlon.

"Caso haja represália, vocês atacarão a torre principal do castelo, onde acontecem todas as reuniões administrativas do Reino. O ponto principal de Soleil. O comandante Park estará à frente dessa missão. Ele conhece Soleil muito bem. Enquanto o Comando Wang estará à frente de outro ataque. Os soldados que são de Soleil e vieram para cá por causa do acordo, saibam que isso não é nenhuma traição. Vocês devem reverência a mim e saibam que serão muito bem recompensados, e suas famílias eu garanto segurança."

Os olhos do ômega passavam por todos. A mão levantada chamou sua atenção, lhe fazendo acenar para que o soldado prosseguisse.


— Soldado Lee se apresentando! — Ele fez a devida reverência. — Majestade, nós atacaremos Soleil, nossa casa… mas como ficaremos depois disso? Iremos perder de imediato nossos postos! 

— Soldado Lee — Jinyoung se aproximou, assim como Chanyeol e Jackson que vinham logo atrás de si. — Você deve reverência e obediência a mim. — Olhava-o no fundo dos olhos. — Seus títulos e postos continuarão os mesmos. Vocês são de Soleil e lutam por Carlon. Vocês assinaram um acordo sobre isso, certo? 

Ele balançou a cabeça de imediato, recuando o olhar do ômega.

— Portanto, apenas sigam minhas regras. Se temem por suas famílias, levem-nas a um lugar seguro. Eu arcarei com todos os custos. 


 — Sim, Majestade! — Todos reverenciaram.

Jinyoung sorriu, enquanto Jackson tomava a frente das ordens.


— Você manda muito bem falando com todos — Chanyeol o elogiou. Jinyoung sorriu ainda mais, satisfeito completamente.

— Você acha? 

— Claro. Estou cogitando lhe trazer mais vezes, assim eles obedecem e fazem o que eu quero! 

Jinyoung riu animado. Estava se sentindo bem por ter conseguido fazer com que todos lhe ouvissem.

— Pode fazer um último favor? 

— Só me diga o que quer — Chanyeol parou em frente ao ômega.

— Me leve até onde JunHo está.

— Tem certeza?

— Sim. Apenas faça.

Chanyeol acenou, guiando Jinyoung até os cavalos e logo tomando o rumo para a prisão carloniana.


Jinyoung respirou fundo, olhando para a entrada do local e dando o primeiro passo segundos depois. Os guardas lhe acenaram e Jinyoung apenas seguiu, guardando as instruções de Chanyeol sobre onde JunHo estava.

Ainda não entrava na sua cabeça o fato dele ter escolhido aquele caminho. O fato de alguém machucar Jaebeom lhe cegava mais do que qualquer outra coisa.

Os passos eram calmos, batendo contra o chão batido e tomando a atenção dos olhos azulados. 

Jinyoung parou em frente às grades. Chanyeol lhe olhou de soslaio, abrindo a porta para si.

— Eu estarei no corredor. — Avisou, partindo dali.

Jinyoung suspirou baixinho, dando outro passo e mais outro até estar dentro, mais perto de JunHo.

— Não pensei que viria tão cedo — o nortenho disse, encarando Jinyoung. Estava sentado no concreto, brincando com a faixa enrolada na mão.

— Você pensou o quê? 

— Que você me esqueceria aqui. 

Jinyoung riu baixo, umedecendo os lábios. 

— Eu só vim aqui… pra te informar que o que causou ao meu marido, lhe custará sua própria vida.

— Você vai me matar? — JunHo o encarou nos olhos.

— Eu deveria… — Jinyoung sussurrou com os olhos cheios d'água. — Você machucou o homem que eu mais amo e tudo isso a troco do quê? Seu plano era matá-lo a mando do meu pai? Você se juntou a ele agora? Depois de tudo que ele lhe fez? 

— Você não entende…

— Você tem razão, eu não entendo. Eu realmente não entendo como uma pessoa que ficou presa pelo mesmo homem se juntou a ele agora! Ele machucou você, fez um inferno na sua vida e tudo que você faz é se juntar a ele e me apunhalar pelas costas! — Gritou, perdendo o equilíbrio na voz.

— Foi você quem me apunhalou primeiro, Jinyoung! Você casou com esse cara! Você deixou ele te marcar… você quem me apunhalou! 

— Eu não te apunhalei. Eu fui sincero com você. Eu te expliquei minha situação! 

— Não importa! — JunHo gritou de volta. — Eu esperei por você todo esse tempo, Jinyoung. Eu só pensava em você! 

— O que havia entre nós dois acabou. Acabou há muito tempo. E você deveria ter entendido isso.

— Então não reclame das consequências se eu não entendi — o alfa defendeu-se.

Jinyoung engoliu seco, sentindo a raiva tomar conta de si.

Quando deu por si, JunHo estava nas suas mãos, colocado contra a parede de concreto. 

— Eu não irei reclamar de consequência alguma, Lee JunHo — disse baixo, apertando o pescoço alheio enquanto o mantinha erguido. — Você me perdeu no momento em que machucou Jaebeom. E você perdeu seu filho junto, porque eu jamais vou deixar Hyunjin perto de um assassino. E se você realmente quis se juntar ao meu pai para matar Jaebeom, eu sinto muito em lhe dizer que tudo que você viveu anos atrás, não vai ser nada comparado ao que você vai viver agora. — Soltou-o, ouvindo ele tossir. Jinyoung se agachou até onde o alfa estava, puxando-o pelo cabelo. — Você não sabe o que eu sou capaz de fazer para proteger quem eu amo… e pode ter certeza, que se ainda houvesse qualquer resquício de amor por você, eu jamais faria isso.

"Agora, a única coisa que eu enxergo é um inimigo que eu preciso me livrar, mas não se preocupe, eu ainda vou torturar muito você… até me dizer tudo que eu quero. Então você tem chances de escapar. E cada vez que você fugir de mim, eu vou te caçar em todos os cantos… e eu vou matar você quantas vezes forem necessárias."


Os olhares se encontravam. Jinyoung o olhava friamente, irreconhecível aos olhos de JunHo. Era um sentimento frio e asqueroso que dividiam, porque aquele brilho apaixonante que sustentavam durante a adolescência se tornou algo distante e impossível de se ter agora, porque fizeram escolhas diferentes, caminhos que mesmo que cruzassem, se tornaram estranhos.


Estranhos com boas memórias. Mas estranhos.


••




— O Jaebeom me disse que estavam com novos negócios sobre as minas de carvão — Jinyoung constou, olhando os papéis que foram trazidos para si. — Me passe um relatório sobre tudo isso. 

— Você tomará conta disso? — Jooheon relaxou na cadeira, observando Jinyoung sentado normalmente onde Jaebeom se encontrava.

— Sim. Aproveite e avise a todos que Jaebeom está se recuperando e que eu tomarei a frente de tudo. 

— Você está preparado para isso? 

— Estou. Saiba que administrar um reino é muito mais fácil do que administrar um casamento — Jinyoung admitiu.

Jooheon apenas riu, acenando devagar.

— Então você tirará de letra isso.

Jinyoung sorriu, esperando que sim. 

Passou a tarde com Jooheon lhe explicando sobre os andamentos das ações que Jaebeom estava tomando para retomar a economia do Reino. Se sentia orgulhoso do marido. Em cada ação conseguia ver o esforço de Jaebeom em tudo que fazia e tinha bons resultados.

Quando terminou, Jinyoung recolheu suas anotações, dispensando Jooheon. Enquanto arrumava suas coisas para ficar no Clã, a porta do quarto fora aberta, lhe fazendo virar e encarar Kyuhyun.

— Meu irmão foi atacado e eu não posso vê-lo? 

— Seu irmão está sendo bem cuidado e é isso que importa. 

— Que bom… eu… gostaria de fazer parte do quadro investigativo. Saber o motivo que levou aquele nortenho a atacar meu irmão. 

— Creio que não seja necessário. O comandante Wang está cuidando muito bem disso e quanto menos pessoas tivermos envolvidas, melhor. É algo que precisa de sigilo.

— Está insinuando que eu posso atrapalhar? 

— Estou insinuando que você é capaz de fazer qualquer coisa para tomar o lugar do seu irmão. Então… é melhor você continuar no seu lugar.

— Oh, como você pode pensar isso de mim? 

— Sei que se encontrou com Zhoumi para falar sobre o novo posto de Rei. Mas avise ele para não se preocupar. — Jinyoung terminou de dobrar suas roupas e colocar na mala. Seus olhos voltaram ao alfa, encarando firmemente nos olhos. — Quem assume Carlon a partir de hoje, sou Eu. E espero que você, como meu cunhado querido, espalhe isso a todos. 

— Uau… você parece tão maldoso e sombrio agora… é como se esperasse o momento certo para mostrar suas garras. — O alfa disse fascinado.

— Pergunte ao seu marido… ele já viu minhas garras no pescoço dele. 

Kyuhyun riu, olhando Jinyoung descer a mala da cama.

— Haverá uma acusação sobre você — disse, aproximando-se mais de Jinyoung. — Alguém aqui já sabe que você possui uma ligação com o nortenho que atacou meu irmão.

— E que tipo de ligação seria essa? — Jinyoung o olhou curioso, muito próximo do alfa.

— Ainda não se sabe, mas irão procurar sobre isso.

— Que procurem o quanto quiser. Eu não tenho nada a esconder e, de qualquer forma, antes mesmo de acharem, se é que exista algo, Jaebeom já estará completamente recuperado. Então Kyuhyun, se eu fosse você… — Jinyoung tocou no colarinho do alfa, arrumando-o com cuidado. — Se eu fosse você, escolheria um lado. Um lado que não faça você se arrepender depois. É muito importante aliados em meio ao caos. Mas bons aliados. Então pense bem… eu acho que… seus aliados te apunhalariam na primeira oportunidade. E isso com certeza não é nada bom.

Kyuhyun respirou fundo, acompanhando Jinyoung se afastar do cômodo e sair. Tomou o rumo contrário, indo de encontro ao seu pai que estava na biblioteca. 

— Essa é a sua forma de lidar com essa situação? — Kyuhyun esbravejou, olhando para o mais velho sentado. — Jaebeom foi atacado dentro do castelo e você está deixando um ômega de outro reino assumir o nosso Reino! 

— Jinyoung é o rei de Carlon. 

— Ele não é! 

— Ele é. E é bom que você entenda isso o mais rápido possível. Jinyoung não me parece tolerar as coisas que Jaebeom tolerava vindas de você.

Kyuhyun riu inconformado, mas seu pai pareceu não lhe dar ouvidos, tampouco entender seu posicionamento. Era como se todos estivessem ao lado daquele ômega após um ataque que Kyuhyun tinha a certeza ter a ver com o Park mais novo.


Ninguém mais se importava em se curvar diante de um soleiniense que agora mandava e desmandava no Reino. No seu reino. Kyuhyun não permitiria aquilo nem por cima do seu cadáver.



••



Jinyoung sorriu, soltando um riso em seguida assim que Hyunjin se agarrou na sua perna, escondendo-se de Mark.

— O que você está aprontando, meu amor? — Jinyoung o pegou no colo, ouvindo o risinho infantil e se deliciando com o som. — Por acaso você está fugindo do seu banho, é? 

— Ele está me dando um baile! — Mark se aproximou, pegando o pequeno. Jinyoung riu, deixando um carinho no braço do filho.

— Deixe que eu cuido dele. Você precisa descansar. 

— Só vou dar um banho nele e preparar o jantar. Acho melhor Vossa Majestade ficar com seu marido. Vi Sehun andando de um lado para o outro hoje.

Jinyoung franziu o cenho. Engoliu seco, olhando de soslaio para o corredor, tentando acalmar seu coração. 

— Eu volto para ficar com Hyunjin. — Avisou. Mark apenas assentiu, levando Hyunjin para o banho.

Jinyoung seguiu para o corredor, até a última porta, onde Jaebeom estava. Quando abriu a porta, se deparou com Sehun segurando o corpo do alfa fortemente na cama. Jinyoung arregalou os olhos, notando a agitação de Jaebeom.

— O que está acontecendo?

— Eu não faço a menor ideia. Ele está muito agitado e completamente desacordado. — Sehun disse cansado, sendo ajudado por Jinyoung que rapidamente segurou o corpo do alfa.

— O que… — Jinyoung olhou atentamente os braços do amado, encontrando-os completamente escuros de magia. 

— E-eu acho melhor… que isso não saia daqui. Ninguém usa magia escura e é bem visto. Acredito que o Rei tenha sido infectado… alguém fez um feitiço…

— Não é nada disso. — Jinyoung buscou dizer rapidamente. — De-deixe que eu cuido dele. Pode descansar. Qualquer coisa eu te chamo.

— Tem certeza Majestade? — Perguntou preocupado.

— Sim. Pode ir. E não deixe ninguém entrar aqui.

— Sim senhor!

Jinyoung engoliu seco, sentindo seu corpo agitado. 

— Jaebeomie… você precisa se acalmar, por favor. — Pediu, deitando-se ao lado do corpo desacordado. — Eu prometo que vai ficar tudo bem, meu amor. 

Jinyoung respirou fundo, se acalmando primeiro antes de tentar acalmar Jaebeom. Abraçou-o contra si, e o manteve daquela forma, sempre o observando e evitando que o machucasse mais. Sua voz baixinha parecia surtir certo efeito sobre o outro em meio a uma canção que Jinyoung já havia perdido as contas de quantas vezes cantou para acalmar Jaebeom em seus sonhos. 


Conforme os dias passavam, Jinyoung sentia que o peso de uma Coroa não era apenas o material no qual era produzida, e sim o título. Conseguia entender nitidamente todo cansaço vindo de Jaebeom toda vez que alguma reunião começava e terminava. 

Haviam pessoas que não gostaram de lhe ver tomando a frente das questões de Carlon, principalmente os representantes de Astácia e Montreó. Mas Jinyoung buscava tirar de letra o máximo que conseguia. Era assim que lidava com tudo. Astúcia e destreza. 

Jaebeom ainda não havia acordado, mas Jinyoung mantinha seu coração tranquilo para o bem de todos. Hyunjin se mostrava mais agitado e agora, em todas as noites, ele deitava na cama onde Jaebeom estava e dormia calmamente. Jinyoung achava a cena mais linda. Aquecia seu coração.

— Vocês são os amores da minha vida, sabiam? — Sussurrou, fazendo um carinho de leve no filho, que se mantinha encolhido contra o corpo de Jaebeom. — Vocês me fazem tão feliz. Logo seremos mais. — Pousou a canhota sobre a barriga, sorrindo largo.

Jinyoung se afastou minimamente para cobrir ambos. Seria uma noite tranquila e longe de preocupações.




••



Quando boatos de um ataque chegaram até os ouvidos de Yangmin, as tropas que ocupavam a costa do Reino, já estavam rendidas pelos homens de Carlon. Yangmin sabia que havia apenas uma pessoa que conhecia cada ponto daquele lugar a fim de saber o momento certo que deveria atacar.

Quando seus olhos se encontraram com o alfa que viu crescer e fez dele seu maior objeto de guerra, havia certa incredulidade pairando seus pensamentos junto da sensação de traição. Ele deveria ser devoto a si e não a seu filho.

— Majestade… seu filho o espera em Carlon para julgá-lo contra o ataque que o Rei Im Jaebeom sofreu a mando seu.

— Chanyeol, desde quando você acha que tem poder para me insultar dessa forma? 

Chanyeol ergueu o olhar, tomando postura e encarando o mais velho.

— Vossa Majestade cometeu um crime ao mandar um nortenho atacar o Rei de Carlon. 

— Acho que você não tem provas para isso.

— Eu tenho. Na realidade, posso coletar ainda mais assim que meus homens checarem cada canto desse castelo.

— Pois eu ordeno que pare já com toda essa baboseira! Quem pensa que és para invadir meu Reino, a mando do meu filho?

— Eu sou o Comandante Park Chanyeol e em nome da Majestade Im Jinyoung, estou ordenando todos meus homens a vasculharem esse castelo. E caso Vossa Majestade não deseje mais dores de cabeça, sugiro que me acompanhe de imediato à Carlon. — Chanyeol soou firme, se desviar dos olhos do alfa. 

— Jinyoung lhe mandou aqui, é?

— O rei Jinyoung assumiu o lugar da Majestade Im. E agora todas as ordens são dadas por ele.

— Ele ordenou para que investiguem o próprio pai?

— Inimigos da Majestade Im Jaebeom são inimigos do seu filho, Majestade. E se eu fosse o senhor, me seguiria, porque o seu filho não é mais quem nós dois conhecemos. 


Yangmin sorriu, cedendo ao outro e sendo levado para fora dos seus aposentos reais.

Chanyeol seguiu com o mais velho até chegar nas caravanas do exército, colocando o Park para dentro delas. Temia alguma contradição. Não estava nos seus planos ter de ir contra o seu reino de origem e ter de machucar pessoas que prezava muito, mas no momento que estava, deveria escolher um lugar no qual pudesse lutar. E suas escolhas sempre o levariam para Park Jinyoung. Prometeu que o protegeria e o serviria e era assim que tinha que ser. 


Justo e fiel ao ômega. Não importando qual situação fosse.

 


••



O agito no peito parecia se sobressair, deixando o corpo ainda mais nervoso. Os passos de um lado para o outro deixavam nítida sua inquietação. Só quando Jinyoung apareceu em meio a sala, segurando uma criança é que pode parar, ficando mais que simples segundos paralisados. Como se o tempo ali se congelasse.

— Chansung, este é Hyunjin. Ele é o meu filho… — Jinyoung buscou dizer, sorrindo.

Se aproximou do alfa, deixando ele ver Hyunjin mais de perto. Chansung parecia desacreditado naquilo. Jinyoung talvez o entendesse em meio aos pensamentos borbulhantes. 

Ele não era um alfa ruim, mas pessoas quando muito boas, precisam se tornar cruéis quando necessário. E Chansung era aquele tipo de pessoa… que tinham justificativas. 

— Oh, ele é tão gracioso — sussurrou comovido, tocando os dedinhos.

Hyunjin resmungou, deixando o rosto no peito de Jinyoung. 

— Ele é o seu netinho — Jinyoung soou baixo. — Dá "oi" para o seu avô, filho.

Jinyoung instigou, sorrindo assim que Hyunjin se encolheu no seu colo, um tanto envergonhado.

Chansung limpou o rosto como podia. Jinyoung ofereceu Hyunjin para que pegasse e com as mãos trêmulas fez, sentando-se com cuidado no estofado.

Hyunjin estava quieto e ele parecia muito entretido mexendo nos botões da sua roupa. 

— Ele tem dois anos? 

— Uhum… ele é bem esperto. E está aprendendo a andar. Ficou muito tempo como lobo.

— Oh, sério? Isso não machuca ele? — Perguntou preocupado. 

— Não. Ele se sente melhor como lobo, mas desde que chegou aqui, está se adaptando melhor à forma humana. 

Chansung concordou, voltando sua atenção ao pequeno.

— JunHo já o conhece? 

— Não. Eu pretendia apresentá-los, mas eu não confio mais no seu sobrinho. — Jinyoung disse com certo amargor.

— Eu entendo você e entendo seus motivos. Mas não seria melhor ele conhecer o próprio filho?

— Eu não quero ele perto do Hyunjin. — Jinyoung soou duro. Completamente irredutível.

— Se coloque no lugar dele. Por favor, Jinyoung — Chansung suplicou. Jinyoung respirou fundo, pegando Hyunjin para si. — Ele ficou preso e deve ter perdido completamente os eixos com tudo que viveu na cadeia. E agora que está livre-

— Ele prefere se juntar ao meu pai e machucar Jaebeom! — Acusou sem receios. — Ele não pensou em como eu me sentiria quando fez o que fez ao Jaebeom! Ele sequer pensou no filho dele! Por que eu tenho que ser compreensivo e relevar algo grave?

— Se coloque no lugar dele, Jinyoung — Chansung pediu novamente. — Você era tudo que ele tinha. Tudo. E agora ele não tem mais isso. Eu dou minha palavra que JunHo jamais chegará perto do seu marido outra vez, mas por favor, solte-o. Ele não merece terminar a vida dessa forma. Deixe ele conhecer o filho e assim que isso ocorrer, eu o levo para o Norte. 

— Ele será julgado aqui. E ponto final! — Jinyoung se levantou, segurando Hyunjin firmemente. — Mark! — Chamou pelo loiro, que não demorou muito para chegar à sala. — Coloque Hyunjin para dormir. 

Mark assentiu, pegando o pequeno e saindo rapidamente. Chansung se levantou, desejando mais um tempo com o garotinho.

— Eu queria que conhecesse Hyunjin. Não quero falar sobre JunHo. Ele tem que pagar pelo que fez! 

— Você está sendo cruel, Jinyoung.

— Cruel? — Soou alto e esganiçado. — Ele tentou matar o meu alfa e eu que estou sendo cruel? JunHo sabia da forma que meu pai era e mesmo depois de anos sofrendo na mão de Park Yangmin, ele ainda quis ficar ao lado dele! Ele escolheu o caminho dele! Pois que pague pelo que fez! — Gritou.

Chansung baixou o olhar, engolindo seco. 

— Você pode ver Hyunjin novamente. É bom que ele tenha alguém da família do outro pai dele, já que o pai, não vai estar ao lado dele. 

Chansung lamentou, mas também não retrucou, temendo que Jinyoung mudasse de ideia e não lhe deixasse mais ver o menino. 


O ômega respirou fundo assim que fechou a porta, trancando-a e batendo de leve a cabeça contra ela. 


— Você precisa relaxar um pouco. 


Jinyoung se virou de imediato, com os olhos arregalados e fixos no homem escorado no batente. 

— Jaebeom — os olhos se encheram d'água. Não demorou muito para correr até o alfa e abraçá-lo. — Jaebeomie. 

Jinyoung chorou baixinho, apertando o alfa e ouvindo-o reclamar de dor. 

— Yah! Você não deveria sair da cama! — Jinyoung disparou, se desfazendo do abraço. — Pelos sóis! O que você… merda! — Jinyoung mal sabia o que dizer. — Jaebeom! 

Seus olhos marejados deixavam claro seu pequeno descontrole, sua satisfação em ter Jaebeom na sua frente, e seu medo por tudo que estava acontecendo.


Jaebeom sorriu, segurando o rosto do ômega e o beijando. 

Era um encostar de lábios simples, que Jaebeom prosseguiu e aprofundou, sentindo Jinyoung arfar na sua boca. 

Ele tocou seus braços com cuidado, dedilhando sua pele bronzeada e exposta. 

Jinyoung sorriu em meio ao beijo, sentindo o corpo vibrar com o toque. Jaebeom era gentil. Tinha gosto de saudade e comoção. 

Ele mordeu seu lábio, chupando-o sem muito esforço. Jinyoung sentia que a qualquer momento teria uma síncope. 

— Estava com saudade de você — Jaebeom sussurrou rente a boca avermelhada, limpando com cuidado as lágrimas alheias. 

— Nunca mais faça isso comigo, por favor. É horrível a sensação de te perder — a voz era embargada e angustiada.

Jaebeom sorriu, beijando o rosto aquecido. 

— Fui pego desprevenido. Me perdoa. Terei mais cuidado da próxima vez.

— Não vai ter uma próxima vez — Jinyoung sussurrou, tocando com cuidado o rosto do amado. — JunHo irá para o julgamento. Vou julgá-lo. Ele não vai mais machucar você. 


Jaebeom sorriu, muito satisfeito com a resposta.


— Você deveria fazer um acordo com Chansung — Jaebeom sugeriu. — Liberte o sobrinho dele e em troca, peça a ele para tomar a frente do nosso exército.

— Não. Claro que não. JunHo precisa pagar pelo que fez a você. 

— Me escuta — Jaebeom pediu, segurando o rosto alheio de modo mais firme. — Com Chansung, podemos vencer o seu pai, derrubar ZhouMi e ainda manter Astacia no seu devido lugar. Carlon não tem aliados. Bambam nos ajudará com seu Reino, mas não é o suficiente. Com Chansung, vamos vencer. 

Jinyoung franziu o cenho, se afastando do marido com brusquidão.

— Você… deixou JunHo te machucar pra poder fazer com que Chansung ceda ao seu acordo? — Jinyoung o olhou profundamente. Tinha incerteza nos orbes verdes escuros. — Você… é forte e podia muito bem revidar. Podia muito bem me deixar sentir você! 

— Jinyoung… 

— Você fez de propósito? Por que fez isso? — Disparou mais alto, com os olhos cheios d'água.

— Vão usar o filho de vocês para atingir a todos. Temos que juntar forças. JunHo está com o seu pai, porque SungMin está fazendo a cabeça dele com magia. Até nós desfazermos esse feitiço, vamos perder muito tempo. Chansung vai saber controlá-lo melhor que qualquer um. Então vamos ter o apoio dele. 

Jinyoung o olhou com raiva. Não demorou muito para partir para cima do alfa, estapeando no peito. 

— Você sabe como eu fiquei com você ferido? Achando que eu tinha perdido você, seu imbecil? — Esbravejou, a voz meio falhada pelo choro. — Eu te odeio! 

Jinyoung desabou em lágrimas, parando os tapas aos poucos. 

— Eu odeio você se machucando por minha causa! Odeio! — Gritou. Jaebeom segurou seus pulsos, lhe mantendo parado. — Não faça mais isso! Nunca mais! 

— Eu estou bem — Jaebeom disse baixinho, puxando Jinyoung para si. — Estou muito bem. 

— Não faça mais isso — o ômega sussurrou, chorando baixinho.

Jaebeom o abraçou, acolhendo sua angústia e tentando acalmá-lo.

— Eu amo você, Jinyoung. E eu vou sempre fazer de tudo pra deixar você seguro e feliz. 

 — Eu não quero nada disso se eu não tiver você. — Jinyoung confessou com a voz abafada. 

— Não seja dramático. — Jaebeom disse risonho. 

— Eu estou falando sério! Se você morrer, eu me mato! 

Jinyoung o apertou mais contra si. Jaebeom afagou os fios escuros com cuidado. 

— Se algo acontecer comigo, apenas me prometa que viverá bem e cuidará dos nossos filhos. 

— Não vou prometer! — Jinyoung soou irritado. Odiava aquilo. 

— Eu sempre vou voltar para você. Sempre, sempre e sempre. Eu sou seu. E você sabe disso. 

— Eu quero que fique comigo para sempre. — Jinyoung desejou. 

Jaebeom sorriu, desejando o mesmo. Queria viver ao lado do ômega para sempre. Felizes e satisfeitos pelo que tinham. 


Jinyoung de afastou minimamente para encarar o alfa. Sorriu para ele, sentindo a ponta dos dedos alheios no seu rosto, limpando qualquer rastro de choro por ali. 

— Eu amo você. — Jinyoung confessou, fazendo Jaebeom sorrir.

A feição do alfa logo mudou para dor, fazendo Jinyoung baixar o olhar e notar sua blusa suja de sangue.

— Relaxa, é só… os meus pontos — Jaebeom disse, acalmando Jinyoung que demonstrava o desespero nos olhos tempestuosos. 

Jinyoung engoliu seco, amparando o alfa de volta ao quarto, mesmo ele pedindo para que lhe deixasse no sofá.

— Me deixa ver isso — Jinyoung pediu, assim que colocou a bacia com água morna sobre a mesinha no lado da cama. 

Jaebeom suspirou, ajudando Jinyoung a desenfaixá-lo. 

— Promete que vai soltá-lo e fazer o que eu pedi? — Jaebeom questionou baixinho, um tanto zonzo pela dor. 

— Eu não gosto dessa ideia. E meu plano não era esse! 

Jaebeom sorriu, assentindo. Não tocaram mais no assunto. Jinyoung estava preocupado com os pontos abertos, se sentindo culpado por aquilo. 

— Eu sinto que… você sempre se machuca por minha causa — Jinyoung refletiu sobre aquilo, terminando o curativo. — Quando você estava no cio, se machucou por mim… — Jinyoung prestava atenção nos olhos cintilantes — SungMin foi no seu quarto lhe importunar por minha causa e eles te acorrentaram… quando você começou a ter sentimentos por mim, eu machuquei você com a minha indiferença… eu não via teus sentimentos… quando eu quis vir ao Clã, você me trouxe e passou mal, mesmo sabendo que não podia ficar aqui. E desde que JunHo chegou… você se machuca por minha causa, arriscando sua Coroa por mim. 

“Eu não quero você se machucando por mim, Jaebeom. Nem nesta vida, e nem nas próximas. Não se machuque por mim, por favor.”


— Você já se perguntou por qual razão eu faço isso? — Jaebeom soou mais calmo, deixando um carinho singelo no dorso da mão do ômega.

— Porque você é um sádico! 

Jaebeom sorriu, discordando com veemência. 

— Não diga que é porque me ama. — Falou irritado, com os olhos cheios d'água outra vez. — Eu odeio quando você justifica tudo com isso! — Começou a juntar o que havia trazido para o curativo. 

— Você não deveria ser assim, tão cruel.

— Você é a segunda pessoa que me diz isso em um curto tempo, sabia? 

Jaebeom riu, tentando se levantar, mas Jinyoung soltou tudo, vindo na sua direção e lhe impedindo rapidamente.

— Não saia dessa cama. É uma ordem! 

— Jinyoung — Jaebeom o chamou suavemente. — Está tudo bem. — Tentou tranquilizá-lo. 

— Não está. Nada está bem, Jaebeom! — Jinyoung ofegou sofrido, sentando na beirada da cama. — Eu estou morrendo de medo. Eu não quero que você se machuque por minha causa! Por favor. 

— Eu não vou, amor. 

— Você vai sim! Eu vi! — Disparou angustiado. — E sabe o que você vai me dizer? — Olhou com os olhos cintilantes. — Que você me ama, por isso fez isso! Por isso fez tudo isso! 

— Você disse que as suas visões nem sempre são reais. 

— Quando se trata de você, tudo é real. Tudo é… inconstante.

— Amor… 


— Quero que JunHo pague pelo que fez a você. Não me tire isso. 

Jinyoung pediu baixinho, se levantando da cama e recolhendo os utensílios do curativo. 

Jaebeom encostou nos travesseiros, descansando o corpo. Não gostava da sensação de Jinyoung amedrontado daquela forma. Mas algumas escolhas precisavam ser abrasivas se quisessem que um futuro juntos existisse.


Era a única forma de permanecerem juntos. E Jinyoung tinha que entender, mesmo que soasse cruel e injusto.


Porque o amor era tudo aquilo. Cruel. Principalmente cruel. 


Jaebeom entendia a dor do ômega. Era dor de ver quem se ama em perigo. E somente o amor podia machucar daquela forma. 




Mas é a dor mais doce
Queimando em minhas veias
O amor é uma tortura, me deixa mais certo
De que só o amor pode machucar assim






Notas Finais


Only love can hurt like this É TOTALMENTE OS JJP 🗣️🗣️ E NADA MR TIRA DA CABEÇA DKDKDKF


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