História "Soulmate" - "Soulmate 1.4"

          Kageyama

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                                           Tobio

O ruivinho já havia ido embora da minha sala, ele estava feliz por ter recebido tão pouca coisa, eu não conseguia entende-lo, uma caixinha simples que não carregava nada além do logo da cafeteria, três cupcakes bem decorados e com bastante glacê, somente por uma coisa tão simples ele havia me dado um dos seus mais belos sorrisos, enquanto não importava o quão caro era o item, se era de uma marca melhor que a outra, Choon-Hee nunca havia demonstrado tamanha felicidade. Talvez essa seja mais uma das diferenças que esse garoto ruivo tem em vantagem daquela mulher, se eu o tivesse encontrado antes, talvez, só talvez eu nunca me casaria com Hee, mas aí Ryouji não nasceria, eu não me enxergo em outra realidade onde meu filho não exista.

Nesse momento eu estava em uma ligação com um empresário de outro país, nós teríamos uma reunião de negócios, e se tudo desse certo de fecharmos um contrato, nos tornaremos sócios nessa nova coleção de joias e roupas, infelizmente o CEO da empresa não poderia viajar para o nosso país, restando, assim que eu vá para o dele, nós terminamos de combinar sobre a reunião e eu finalmente desliguei aquela chamada. Eu iria para a Itália, especialmente para Roma, não seria por muito tempo, no máximo três dias de permanência no país, mas já estava tudo arrumado, pela primeira vez fiquei encarregado de marcar tudo, escolhi o melhor hotel, e fiz a reserva de dois quartos em meu nome, também já havia comprado as passagens e tudo parecia estar no caminho certo, essa viagem veio no momento mais oportuno.

Hinata iria ir comigo nessa viagem, eu havia decidido isso, e tenho certeza que ele não vai negar, afinal é trabalho, e mesmo que ele tenha a faculdade, eu tenho certeza de que ele poderá se ausentar por alguns dias, eu me levanto da minha cadeira, olhando as horas no meu celular, eu tinha uma reunião nesse exato momento, e eu estava dois minutos atrasado, eu saio da sala com pressa indo em direção a sala de reuniões, durante o caminho eu procuro Hinata com meus olhos, o encontrando conversando com outro rapaz, olhando-o bem tenho quase certeza de que ele não trabalha nesta empresa, o cara é alto, julgo que temos quase a mesma altura, os cabelos pretos espetados para cima, o olhar feroz como de um predador, ele não parecia muito feliz, e Hinata aparentava estar meio desconfortável com tudo aquilo.

Mas eu estava enganado, eu nunca havia visto aquelas expressões no rosto do ruivinho, seus olhos brilhavam tanto que podia se ver ao longe, o sorriso nos seus lábios também era bonito demais, aquele cara sorriu para Hinata e acariciou seus cabelos, o ruivinho ficou com as bochechas coradas e sorriu mais ainda para aquele cara, mas quem é ele e o que ele faz aqui? Eu respirei forte e fundo antes de meio a contragosto me retirar dali, eu não havia gostado do que tinha visto mas não entendia o porquê dessa desaprovação vinda de mim. Não era algo do meu normal, eu tenho certeza de que nunca senti algo assim antes, porque estaria sentindo agora?

          Hinata

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                                       Shouyou

O horário de almoço havia chegado, e obviamente eu deveria estar almoçando, mas não eu não estava fazendo isso, eu não havia lembrado de fazer meu almoço, ou seja estava sem minha marmita, e eu não tinha tempo suficiente para ir até um restaurante que fosse bom para a minha carteira, então eu fiquei na empresa enquanto via todos os outros funcionários saindo, fazia algumas horas que Iwaizumi havia vindo me entregar algumas anotações que o inútil do namorado dele não me entregou, Iwa-chan era um bom senpai, era mais atencioso e sabia dar bons conselhos, eu o conheço desde que me entendo por gente, e ainda assim sou mais próximo de Oikawa do que dele, mas isso não é de fato relevante.

Enquanto eu copiava toda aquela pilha de anotações nos meus cadernos, minha mente vagava em outro lugar, eu não entendi nada do que estava copiando, e não prestava atenção para saber se estava certo ou não, e toda essa agitação tinha nome e sobrenome Kageyama Tobio, eu não havia me encontrado com o moreno desde que sai da sua sala pela manhã, eu não o acompanhei na reunião de antes do almoço, então não tive a oportunidade de vê-lo, e como não fui almoçar eu não sei se ele está em algum outro lugar da empresa, e isso é meio frustrante.

Eu nunca pensei que um horário de almoço seria tão longo na minha vida, a hora parecia não querer passar de maneira nenhuma, e mesmo que eu estivesse atolado em anotações parecia que cada página que eu terminava não mudava a quantidade que eu ainda tinha que copiar, em certo momento as portas do elevador se abriram, e um entregador passou, o homem que estava usando um capacete de moto parou em frente a minha mesa, e só me estendeu as sacolas com o pedido, antes que eu fizesse qualquer coisa ele se retirou, mas sem nem pegar o pagamento?

Eu analiso a sacola com cuidado, aquilo não era meu, eu não havia pedido, eu procurei por toda a sacola algo que indicava quem era o dono, e no fundo da sacola, embaixo da marmita havia um bilhetinho escrito em um post-it laranja, a caligrafia era inconfundível para mim que a via todo dia.

"Tenha um bom almoço ruivinho."

Eu instantaneamente procurei pelo moreno pelo andar com meu olhar, mas não o achei, então eu segui até sua sala, bati na porta duas vezes mas não obtive resposta, abri a porta calmamente notando que a sala estava vazia, então onde ele estava? Eu sai da sala seguindo de volta para o meu lugar, abri a marmita vendo um almoço completo que fez com que minha boca salivasse, ele realmente caprichou no pedido, e eu o agradeceria por isso depois.

          Quebra

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                                          Tempo

O horário de almoço havia chegado ao seu fim, e enquanto todos voltavam para os seus lugares eu estava guardando meu caderno na mochila, junto as anotações de Oikawa, minha mão estava dolorida porém havia valido a pena já que consegui terminar de copiar tudo, eu estava nos armários guardado minha bolsa no pequeno cubículo, antes de fechar a porta eu ouvi passos firmes contra o chão, mas crente de que era outro funcionário não me dei ao luxo de observa-lo, e foi em questão de segundos.

A porta do meu armário foi fechada com brutalidade e meu corpo se chocou contra os armários, o peito daquele homem se chocou contra o meu e uma das suas pernas se posicionou no meio das minhas, minhas mãos instintivamente tentaram empurrar quem quer que fosse, mas pararam ao sentir os lábios úmidos se movimentando contra a pele do meu pescoço, o cheiro forte da colônia masculina que eu tanto conhecia possuiu meu olfato me acalmando, minha respiração começou a ficar agitada a medida que a perna de Kageyama se mexia no meio das minhas roçando seu joelho na minha ereção, a mão que estava do lado direito da minha cabeça seguiu até minha cintura fazendo com que eu ficasse parado no lugar.

– K-Kageyama? O que pensa que está fazendo?- Pergunto tão baixo que se ele não estivesse tão perto ele não entenderia.

– Eu te vi mais cedo com aquele cara.- Sua voz estava mais grossa do que o de costume o que me arrepiava e muito.- Eu não gostei do que vi.

– Você não tem que gostar do que faço ou deixo de fazer.- Tomo coragem para dizer e recebo uma mordida bem forte no pescoço me fazendo suspirar.

– Eu quero te ouvir discordar de mim quando eu estiver te fodendo com força.- Ele sussurra ao pé do meu ouvido logo deixando uma mordida no lóbulo.

– Você fala demais para alguém que me mostra pouco.- Provoco curioso e ele repete seus movimentos contra o meu corpo, me fazendo gemer baixinho no seu ouvido.

O moreno levanta seu olhar para mim e naquele momento meu corpo todo se arrepia, o brilho intenso nos olhos dele me fazia quere-lo ali e agora, eu o puxei pela gola da camisa, beijando seus lábios com força, as mãos do moreno desceram até minhas coxas me levantando, eu circulei meus braços pelo seu pescoço sentindo ele me apertar mais contra os armários e o seu corpo.

– Me prove o contrário Senhor Kageyama.- Eu falo firme assim que nossos lábios se separam.

– Pode deixar que eu vou provar com todas as letras secretário Hinata.- Ele fala firme e sua boca logo volta a se chocar contra a minha em um beijo afoito.

O moreno afasta nossos corpos dos armários, andando comigo até um portinha que tinha ali, era um sala de descanso, nós entramos na salinha e Kageyama me colocou no chão, eu andei até perto de um dos sofás ouvindo o click da tranca da porta, meu coração bateu forte no peito e eu me virei a tempo de ver Kageyama abrindo os botões da sua blusa com um puxão, eu tenho certeza de que o moreno havia estourado alguns dos botões fazendo isso, ele afrouxou a gravata a retirando do seu pescoço com aquele sorrisso malicioso nos lábios, se aproximou me puxando pela cintura e olhou no fundo dos meus olhos.

– Espero que esteja preparado para implorar que eu te foda de jeito Shouyou.- Ele sussura a poucos centímetros dos meus lábios com aquela voz rouca que arrepiou todo o meu corpo e deixou minhas pernas bambas, agora sim eu estou ansioso para ver esse Kageyama ciumento em ação...

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