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História "Soulmate" - "Soulmate 2.6"


Escrita por: AloneMinHae e AloneMinMoon

Notas do Autor


Olá pessoas!
Espero que gostem!
Relevem os possíveis erros e até a próxima semana!

Capítulo 26 - "Soulmate 2.6"


             Hinata

                    ❯──・❪❁❫ ・──❮

                                            Shouyou

Meu corpo doía, eu sentia como se tivesse sido atropelado por uma manada de búfalos, cada pequeno centímetro doía, era suportável, porém totalmente incomodo, eu me remexi algumas vezes antes de abrir meus olhos, a claridade infelizmente se fez incomoda, fazendo com que eu piscasse varias vezes, e assim que meus olhos se acostumaram, eu finalmente percebi onde estava, em uma sala de hospital totalmente branca, mas não estava sozinho, quando olhei para baixo, encontrei Kageyama deitado com sua cabeça sobre a maca, sua mão apertava a minha, e meu pulso estava enfaixado, parando para pensar, a única parte que realmente estava doendo muito era o meu braço, eu tentei move-lo com cuidado, mas o moreno acabou se mexendo, ele levantou seu rosto meio tonto, as bochechinhas amassadas, e as olheiras parecendo maiores, eu não sabia nem que horas eram, mas ainda aparentava ser de madrugada.

– Hinata? Que bom você finalmente acordou.- Ele se levanta e me abraça com força, eu correspondo seu abraço como pude, mas a vontade de chorar havia vindo, e eu permiti deixar que as lágrimas rolassem.- Ei babe, não chore, por favor.

– Como pode me pedir isso? Ao menos sabe o que aconteceu?- O corpo do mais velho parece enrijecer, ele estava desconfortável com o assunto.

– Sim, eu sei o que aconteceu.- É  a única coisa que ele fala antes de se separar de mim.

– Por que mentiu para mim? Foi engraçado me fazer de bobo durante todo esse tempo?- A minha voz quase se recusa a sair, já Kageyama, este não me olhava.

– Eu, eu, eu sabia que isso ia acontecer, sabia que vocês dois ainda se encontrariam, mas algo dentro de mim insistia em dizer que você me escolheria no final, eu não sabia que vocês se encontrariam nessa situação.- Sua voz sai calma, algumas poucas vezes falhada, mas parecia verdadeira.

– Ele não sobreviveu não é? Eu nem soube o seu nome.- Falo baixinho e a mão de Kageyama segura a minha.

– Não, eu perguntei o seu nome, Atsushi Takeuchi, esse era o nome do seu soulmate, parece que os dois estavam mesmo destinados a se encontrarem, até os nomes combinam.- Ele ri mesmo que não tenha graça nenhuma, e eu vejo que seus olhos estavam marejados.

– Pode me soltar?- Eu peço sem olha-lo, naquele momento eu já não conseguia mais, demora um pouco, mas logo o calor de sua mão fica distante.

Assim que minha mão fica livre, eu afasto de Kageyama, trazendo a mesma até o meu colo, eu olho para as faixas que circulavam meu pulso, criando coragem para dar o próximo passo, respiro fundo antes de retirar o pequeno adesivo, e em seguida começo a retirar a faixa, quando deixo meu pulso totalmente livre, as lágrimas voltam a embaçar minha visão, a minha marca, a minha tão amada marca, havia desaparecido por completo, só me restava um pulso vazio, o moreno ao me ver chorar se aproximou, se sentou ao meu lado, ele me puxou para o seu colo, e eu prontamente escondi meu rosto em seu peito, e fiquei ali, chorando baixinho enquanto recebia um cafuné, e alguns beijinhos na testa, eu nem sei por quanto tempo fiamos daquele jeito, mas quando me acalmei finalmente pude sentir, que não era só eu que chorava, o moreno chorava silenciosamente, deixando as gotas escorrerem até eu queixo.

– Por que está chorando?- Pergunto curioso e ele acaricia minha bochecha.

– Estou com medo de te perder.- As palavras fogem da minha boca, e eu me permito apenas abraça-lo novamente, eu não sei se ainda estou preparado para continuar com Kageyama, não do jeito que as coisas estão.    

           Quebra

                   ❯──・❪❁❫ ・──❮  

                                             Tempo

Uma semana havia se passado, por incrível que pareça, continuo com Kageyama, não conversamos sobre um possível término dá nossa relação que nem tem um nome, no entanto, eu acabei recebendo ferias, somente duas semanas, porém era mais que suficiente para que eu conseguisse acertar toda aquela confusão em minha cabeça, a primeira semana havia sido complicada, eu não conseguia fechar meus olhos sem ver Takeuchi nos meus sonhos, e mesmo indo a faculdade todos os dias e tendo a presença tanto de Oikawa quanto de Iwaizumi, ficar sozinho ainda era a pior parte, estava inseguro com minha própria mente, mas aos pouquinhos consegui lidar com toda essa situação, e Kageyama foi extremamente importante para tudo isso, mesmo que o moreno não estivesse me visitando, a pedido meu é claro, ele sempre me ligava em alguma parte do dia para conversarmos, escutar sua voz aliviava e muito os sentimentos ruins que as vezes se apossavam de mim, infelizmente durante esse tempo haviam poucas novas pistas sobre o paradeiro de Ryouji, e isso era o que me deixava cada vez mais apreensivo, como Hanaoka conseguiu desaparecer com o garoto assim? 

Hoje era mais um dos dias em que eu consegui ficar sozinho, Oikawa estava ajudando Iwaizumi com os trabalhos da faculdade, enquanto eu estava na biblioteca, estudando novamente, enquanto eu anotava pequenos tópicos de curiosidades, o meu celular não parava de vibrar no meu bolso, primeiramente eu ignorei, mas em certo momento não dava mais, eu retirei o aparelho do meu bolso, e desbloqueei a tela, lendo as mensagens de Kageyama, meu coração bateu forte no peito, e eu não tardei a guardar tudo e sair da biblioteca, com meus dedos trêmulos enquanto discava o número, chamou três vezes antes que Kageyama atendesse.

– É verdade? Me diga que sim.- Falo as pressas e ouço o moreno respirar fundo.

– Ao que indica, é verdade, acharam meu filho, viram ele sozinho, eu estou indo para lá com policia.- Ele fala as pressas, e eu ouço o barulho das chaves caindo no chão.

– Eu devo ir também?- Pergunto curioso mas a linha fica muda por alguns instantes.

– Melhor não, mas prometo te avisar o mais rápido possível. Eu te ligo mais tarde.- Ele se despede rapidamente e logo desliga.

Eu não deixo de me sentir frustrado, e antes que e seguisse para fora do prédio, meu celular volta a vibrar, quando olho as mensagens que haviam chegado, todas eram de um número desconhecido,  as primeiras três mensagens não falavam coisa com coisa, eram pequenos sinais, misturados com números e letras, mas quando a quarta mensagem chegou eu nunca corri tão rápido na minha vida, peguei o primeiro táxi que apareceu e nem me importei com o troco quando parou em frente a minha casa, o elevador demorou tanto para chegar ao térreo que eu subi pelas escadas, a chave tremia na minha mão, e eu acabei errando a fechadura diversas vezes, e quando finalmente entrei no meu apartamento, deixei todas minhas coisas no chão, segui por toda a casa procurando por Mochi, felizmente o encontrei dormindo na sacada do meu quarto, quando voltei para dentro do cômodo, percebi algo diferente embaixo da minha cama, eu me aproximei puxando o tecido fino, e finalmente reconheci que aquilo era um pedaço da roupa de Ryouji, e embaixo havia um papel, um cartão postal de uma loja de conveniência, e atrás havia um endereço.

"Venha sozinho, não fale com ninguém, lembre-se Ryouji não gosta do escuro."

Minha garganta secou imediatamente, o que fazer em uma situação como essa? O mais sensato seria ligar para a policia, mas e se Hanaoka fizesse algo contra Ryouji? Eu fiquei uma boa meia hora sentado no chão, esperando que Deus me desse uma luz para que assim eu tomasse uma decisão, mas essa luz não veio, e sem pensar no que poderia me acontecer, eu peguei somente o meu celular, e aquele pedaço de papel, tranquei meu apartamento, e peguei um táxi, enquanto o carro seguia cada vez para mais longe, eu pedi para que o motorista parasse uma rua antes, e com o coração na mão, o paguei outra corrida para que entregasse aquele papel para Kageyama, eu tinha certeza que o moreno demoraria para chegar aqui, o que daria tempo de talvez conseguir salvar o nosso pequeno, eu caminhei pela rua engolindo em seco, eu sentia minhas mãos suarem, e o nervosismo se apossar do meu organismo, eu poderia dizer que estava pronto para desmaiar, porém me mantive firme, o endereço era no final da rua, que por sinal era sem saída, não me parecia um lugar seguro para se estar, ainda mais as nove e meia de uma noite de quarta-feira, enquanto caminhava, meu olhar se perdia nos números das casas, que mais pareiam abandonadas do que tudo.

Quando finalmente encontrei a numeração certa, descobri que não era uma casa e sim uma antiga loja, provavelmente a mesma de onde Hanaoka havia retirado o cartão postal, eu criei muita coragem para conseguir entrar no local, quando meus pés pisaram na cerâmica do estabelecimento, eu percebi que o lugar era digno de um filme de terror, as prateleiras  vazias com somente algumas latas fechadas e empoeiradas, além das teias de aranha que já estavam escuras de sujeira, o local não tinha iluminação, e nem ventilação, o cheiro forte de sujeira impregnava o ar, e dificultava a minha respiração, eu continuei caminhando até o balcão da loja, e foi aí que achei uma porta, mas antes que eu encostasse na maçaneta, o barulho do toque do meu celular me fez dar alguns passos para trás, o nome na tela indicava que o taxista havia feito seu trajeto, e que já havia entregado o papel para Kageyama, eu respirei fundo antes de atender a chamada.

– Onde você está!?- O grito de Kageyama faz com que minha orelha doesse, consequentemente me fazendo afastar o celular.- Me diga que não fez essa besteira? Hinata, me responda!

– Acho que é tarde de mais agora, eu já estou dentro.- Falo baixo e ouço sussurrar um "Não é possível."

– Saía daí agora Shouyou, você sabe que está em perigo, pense direito!- Eu ouço o barulho do motor do carro, e julgo que não era ele quem estava dirigindo.

– Ryouji corre mais perigo do que eu, ele está a mais tempo com ela!- Acabo me exaltando, e a linha fica em silêncio.

– Eu não posso perder vocês dois, por favor reconsidere enquanto há tempo.- Sua voz sai calma e controlada o que me faz sorrir.

– Tarde demais Tobio, eu amo você.- Falo baixinho e a resposta vem quase que instantânea.

– Eu também te amo, então por favor pare.- Sua voz sai tremula dessa vez, mas eu não tenho coragem para responde-lo, e com um aperto no peito encerro a chamada, seria agora ou nunca.

Segurando o celular contra o peito, eu caminhei em direção a porta, ao tentar abri-la percebi que a mesma estava presa, eu tive que usar um pouco mais de força para que a mesma se abrisse, eu segui para dentro do cômodo, que parecia ser o estoque dá loja, mas estava vazio, só era uma sala escura, eu logo desbloqueei meu celular, ligando a lanterna, e continuei a andar, até conseguir ouvir o chorinho de bebê que eu tanto conhecia, eu corri no escuro até encontrar o garotinho sentado no chão chorando, e antes que eu pudesse chegar perto Hanaoka apareceu, as luzes daquele lugar se acenderam me dando a perfeita visão daquela mulher, estava magra, com olheiras profundas, e suja, parecia uma mendiga, e agora eu entendi porquê foi tão difícil encontra-la, aquela mulher a minha frente não parecia ser um terço do que já foi.

– Você veio mesmo, é admirável.- Ela fala com o nítido deboche em sua voz.

– Solte ele Hanaoka, é só um bebê, não tem culpa de nada.- Eu falo simples e tento me aproximar.

– Não meu querido Hinata, a culpa não é só dele, mas sua também.- Sua voz saí raivosa o que me arrepia.- Mas eu já esperava mesmo que você viesse, é bem do seu feitio nojento, mas dessa vez você perdeu.

– O que quer dizer?- Pergunto sem tirar o olhar de Ryouji que me olhava, ele se levantou e correu até mim, se escondendo atrás das minhas pernas.

– Estava tudo meticulosamente planejado, agora é só matar dois coelhos em uma cajadada só.- Ela sorri de uma maneira assustadora e lentamente retira um revolver de suas costas, apontando sem medo nenhum para mim.- Pode gritar Shouyou, ninguém vai conseguir chegar até aqui, não a tempo de salvar sua vida medíocre, e dessa criança nojenta...

                 ❯──・❪❁❫ ・──❮


Notas Finais


Lembrete:
Hinata significa lugar ao sol.
Atsushi significa sol da manhã.


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