Alex chamou J´onn pelo comunicador, assim que ele soube do ocorrido se transformou no marciano verde e voou pela janela de vidro do departamento se afastando dos agentes, Alex correu para o térreo entrando em um carro preto estacionado na calçada, ela estava nervosa pode sentir o desespero na voz da irmã pedindo socorro, ela dirigiu o mais rápido que pode, acelerando o carro não respeitando as placas de velocidade muito menos os semáforos fechados.
O Marciano verde desviou do prédio a sua frente e pousou no meio da multidão sentindo seus pés tocar a calçada fria o coração se quebrou dentro do peito com a cena a sua frente, Kara estava agarrada ao corpo de Lena desacordado, como se fosse uma tabua de salvação, seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar e sua roupa estava coberta de sangue. Ele se aproximou das duas penalizado se agachou diante delas pegando a morena do colo antes que a ambulância chegasse, ele acomodou a morena em seus braços com cuidado e se impulsionou para o céu Alex chegou no mesmo momento se aproximando da irmã ainda sentada ao chão cabelos bagunçados e o rosto inchado.
- Vem, Kara. _ ela se ajoelhou pegando as mãos da irmã deixou ela se apoiar em seu corpo, a ruiva pedia para que as pessoas ao redor se afastassem.
- Alex, traz ela para mim por favor. _ a voz quase não saiu e o choro copioso começou rolar pelos olhos azuis novamente. Alex preferiu não responder, não podia dar esperanças a ela de algo que não tinha o controle.
Alex se aproximou do carro estacionado ainda pedindo que as pessoas se afastassem de perto ela ajudou a loira se sentar no carro depois de abrir a porta ela deu a volta no veículo e deu a partida. Ela podia sentir uma dor lhe consumir por ver a tristeza da irmã.
J´onn chegou com a morena ao DEO a equipe médica correu para socorrer ela, Amarisse correu com a maca para a ala médica sendo seguida por seus enfermeiros, rasgou a blusa azul da CEO e tentou reanimar dois enfermeiros estavam ao seu lado esperando por ordens. Alguns minutos contraindo o peito dela, a médica olhou para o relógio e falou.
- Hora do óbito 14:04. _ ela analisou o ferimento de entrada sem saída. - Eles disseram que foi arma de fogo? _ perguntou para J´onn que entrou na sala. ele concordou. – Não tem vestígios de bala e nem saída. _ ele a olhou sem saber o que dizer ela se afastou do corpo retirando as luvas de látex das mãos. – Converse com a Kara depois e descubra o que aconteceu.
Alex e Kara tentavam despistar alguns jornalistas que as seguiam, a loira fervia de raiva dentro do carro, somente Alex conseguia manter ela ali por que a vontade que tinha era de sair voando o acidente já estava em todos os noticiários e rádios da cidade e muitos deles já anunciavam a morte da CEO Lena Luthor, Willian que estava no centro da cidade presenciou a cena e ligou imediatamente para Rojas avisando do tiroteio, Andrea se desesperou e ligava incansavelmente para o celular da amiga na esperança de que ela atendesse e dissesse que era tudo mentira.
Ela saiu de sua sala e a ordem foi que seus funcionários procurassem por todos os hospitais da cidade onde Lena Luthor estava, Nia ficou apavorada ao ouvir as ordens dela, porque Lena tinha ido almoçar com a Kara e se fosse verdade a história do tiroteio ela não seria encontrada em nenhum hospital de National City e sim no DEO ela pegou sua bolsa e saiu da redação.
Alex finalmente conseguiu entrar no prédio de onde residia o departamento, Kara não falava com ninguém a sua volta apenas tentava controlar as lágrimas que corria livres pelo seu rosto. A ruiva apertava incontrolavelmente o botão do elevador como se isso o fizesse subir mais rápido.
Finalmente a caixa metálica parou no vigésimo terceiro andar a loira foi a primeira a sair dali se dirigindo para a ala médica, Alex encontrou J`onn parado no meio do departamento seus olhos se encontraram e ele balançou a cabeça, ela entendeu o que significava o gesto e correu até a loira que entrava como um furacão pela porta de vidro.
A loira gritou de desespero quando a viu ali quando estava caindo de joelhos Alex a segurou nos braços, a ruiva não sabia o que fazer, nem o que dizer para confortar ela e nada do que dissesse iria diminuir a dor dela.
Ela olhou para a morena deitada na maca por cima do ombro da loira e sentiu seu peito comprimir, a blusa dela estava rasgada e suja de sangue na região do tiro e um rastro de sangue seco em seus lábios vermelhos.
- O que adianta Alex ter esses poderes se não pude salvar quem eu amo. _ Kara falava olhando para suas mãos sujas de sangue da morena que tremiam incontrolavelmente.
- Você não teve culpa.
- Tive sim. _ ela gritou. - Foi minha culpa, ela reconheceu a arma. _ as lágrimas da loira deram lugar a um olhar coberto de cólera. – Eu sonhei ontem Alex, eu sabia que algo ia acontecer com ela e não fiz nada, não a protegi. _ ela chorava em frente a agente.
Uma discussão acontecia fora da ala médica, que quem estava lá dentro podia escutar quando Lilian surgiu diante delas empurrando um agente para o lado que tentava conter seu avanço.
- Ela é a minha filha. _ A Luthor mais velha não se importo com as duas ali e correu para o lado da morena, segurou a mão menor na sua e beijo a testa dela, deixando suas lágrimas molharem o rosto da CEO. – O que fizeram com você minha filha? _ a voz mal saia, ela tinha as mãos tremulas enquanto tocava o rosto pálido dela. Ela levantou os olhos para Kara que também a olhava com os azuis marejados. – O que aconteceu? _ engoliu um soluço. - Quem eu vou ter que matar? _ o ódio dominava a mais velha.
- Achávamos que era um assalto qualquer, quando ela reconheceu a arma criada por vocês com bala de Kryptonita. _ Lilian olhou para ela como se não acreditasse no que ela dizia.
– Mentira. _ ela não queria aceitar. – Eu nunca machucaria minha própria filha. _alisou os cabelos negros com carinho.
- Eu queria que isso tudo fosse mentira. _ uma lágrima rolou pelo rosto da loira. – Cadê a bala? Me diz que você não inventou uma bala que evapora não deixando rastro, me diz? _Ela gritou com a mais velha. Estava desesperada, diante dessas palavras a culpa caiu sobre os ombros da Luthor.
- Eu vou matar quem fez isso com você minha filha. _ Kara sabia que não eram ordens da Lilian, elas podiam ter um relacionamento difícil, mas não duvidava que amasse a morena. Lilian já estava pagando por seus crimes da pior maneira possível foi ela quem ela criou a arma que tirou a vida da própria filha.
As horas passavam e nem Kara ou Lilian deixavam o lado da morena, Alex se encarregou da burocracia e de avisar os amigos do acontecido, A ruiva entrou em contato com Samantha em Metrópoles essa não esperou um minuto para pegar o primeiro avião e vir para National City.
Andrea ligou imediatamente para a esposa quando teve a confirmação por uma ligação da agente. Nia chegou ao DEO o mais rápido que pode queria ficar com eles nesse momento, quando ela encontrou Brainiac sozinho em uma sala de treinamento ele estava sentado de cabeça baixa e os olhos perdidos com o rosto molhado.
Ela abraçou o namorado o confortando sabia do carinho que ele sentia pela CEO, a tristeza estava impregnada nas paredes do departamento. Andrea foi buscara Samantha no aeroporto, essa quando encontrou a latina no saguão a esperando a abraçou forte se deixando chorar nos braços da amiga, Diana estava com ela e confortou a menina que tinha o rosto vermelho.
- Tia Diana como eu vou fazer agora? _ a menina ergueu os olhos esperando por uma resposta que não veio. – Eu amo tanto a tia Lena. _ ela agarrou a cintura da mais alta e afundo seu rosto na blusa branca dela.
- Venha, vamos para casa. _ Andrea as chamou, limpando a garganta para conter seu próprio choro. Dentro do carro o silencio imperava ninguém tinha coragem de falar algo todas estavam perdidas em sua dor, queriam que tudo fosse mentira ou uma pegadinha de mal gosto.
As quatro chegaram no apartamento da latina, Samantha foi ao banheiro precisava lavar o rosto ele estava vermelho e inchado de tanto chorara, não conseguia parar desde que recebeu a notícia de tarde, Ruby se sentou no sofá da sala e ali ficou, não respondia a ninguém só queria ficar sozinha na sua. Samantha não queria que a filia soubesse do ocorrido, mas a menina estava do seu lado quando Alex a avisou e não teve como controlar o que sentiu. Sabia do amor da filha pela tia Lena e esconder isso dela seria de uma traição sem tamanho.
Sam e Andrea caminhavam de um lado ao outro da sala, cada um pendurada em seus telefones tentando ter notícias, depois de tanta insistência Alex e J´onn permitiu que as duas fossem ao DEO para verem ela.
***
Contra sua vontade Kara deixou Lilian sozinha com Lena por um momento aquela noite e foi até Alex e J´onn.
- Eu quero que achem que fez isso. _ Kara tinha uma frieza na voz que espantou os dois, eles nunca tinham ouvido ela falar assim com ninguém. Ela amassou a mesa redonda de ferro tamanha era sua raiva.
- Procurem as imagens de qualquer câmera da área do acidente. _ O diretor deu ordens aos seus agentes que imediatamente digitaram em seus computadores.
- Foi um assassinato e não um acidente. _ ela falou com os dentes trincados.
- Kara o que exatamente aconteceu. _ a ruiva falou de forma gentil. A super contou tudo com riquezas de detalhes, controlando sua voz e as lágrimas que tentavam cair de seus olhos. –
- Quando Lena percebeu que a arma era dos Luthors e que o tiro podia me machucar se jogou na frente quando ele disparou, eu a peguei no colo pra trazer ela foi quando me impediu de sair voando dali para não estragar o seu disfarce.
- Ela fez bem. _ diretor falou.
- Fez bem? Voce tem certeza? Ela está morta. _ ela gritou com ele socando a mesa que se amassou sobre soco dela. J´onn se afastou das duas as deixando sozinhas ela respirou fundo ao final, tentando conter seus sentimentos quando sentiu Alex lhe abraças de lado. - Alex. _ a irmã a olhou com pena. – Ela disse que me ama. _ a ruiva a abraçou mais forte. – Como vou seguir sem ela?
- Não sei Kara, mas eu estou aqui para você. _ elas se afastaram quando Brainiac apareceu com Nia ao seu lado, ele mostrou o tablete para a ruiva.
- Todos já estão sabendo Alex e você precisa fazer algo. _ as Danvers se olharam por algum momento.
A ruiva com a ajuda de Nia foi para a Catco onde daria uma entrevista, a loira voltou para a ala médica. Andrea e Sam estava a caminho do DEO quando receberam a ligação de Alex, a latina teve que ir para a Catco ajudar na entrevista que Alex daria em primeira mão. Diana ficou em casa com Ruby.
A cidade inteira estava triste e ao mesmo tempo curiosa para saber o que tinha acontecido com a Bilionária Lena Luthor. O rosto da agente invadiu as casas da população em horário nobre, ela como agente do “FBI” se colou a frente das investigações sobre o assassinato da CEO da Luthor-Corp.
Depois de responder as perguntas de alguns jornalistas a entrevista foi encerrada, e assim que ela tivesse mais informações ela diria aos jornais. Alex estava saindo da redação com as duas mulheres atras de si.
- Nós vamos com você Danvers. _ Samantha foi categórica, a agente permitiu sabia da dor que elas estavam sentidas eram a família da morena. – Obrigada. _ Samantha assim como Andrea tinham os olhos inchados e uma expressão de derrota em seus rostos.
Andrea deixou o carro na Catco e foram com o da ruiva para o DEO.
As quatro chegaram ao departamento, a ruiva levou as duas a ala onde com certeza encontrariam Kara e Lilian, Andrea não conseguiu se mexer quando atravessou a porta de vidro, suas pernas não a obedeciam e todos ali eram capazes de ouvir o coração da latina se quebrar em migalhas no peito, Sam se afastou dela e se aproximou da amiga deitada sobre a maca.
Samanta abraçou Lilian e choraram juntas Andrea com dificuldade conseguiu se aproximar e se deixou ser abraçada pela loira, chorou como uma criança ferida, Lilian alisava os cabelos da Sam a confortando, doía de mais estarem naquela situação e cada um sentia sua dor amavam demais a CEO.
****
O dia seguinte estava chuvoso e o vento frio cortante tomavam conta da cidade que estava em luto.
Algumas pessoas estavam reunidas sobre a chuva, rostos tristes eram escondidos atrás de óculos escuros e guarda-chuvas negros, Alex estava de braços dado a Kara que segurava uma rosa vermelha em suas mãos, Lilian estava ao lado delas. Samantha estava sendo amparada por Andrea ao seu lado com Ruby agarrada em sua cintura e o rosto escondido no casaco da mãe. J´onn estava mais atrás com o semblante triste com Nia, Brainiac e Diana ao seu lado, alguns agentes do DEO e funcionários da Luthor- Corp estavam presentes assim como Jess que chorava copiosamente com um lenço branco em mão secando suas lágrimas. Lex não apareceu.
As últimas palavras de Lena não sabiam dos pensamentos da loira.
Eu sempre vou te amar Kara não importa onde eu esteja.
Aos poucos pessoas foram indo embora deixando somente a família ali. Kara se abaixou deixando a rosa que estava em suas mãos sobre a madeira negra com um símbolo em “L” talhado em cima que agora cobria o rosto pálido da morena.
- Eu te amo Lena. _ Kara falou como se ela pudesse ouvir.
Ruby se afastou da mãe e tia deixando uma peça de xadrez branca a Rainha em cima do caixão junto com a rosa que Kara tinha colocado ali. Ela pegou a peça do seu tabuleiro que tinha ganhado de presente da morena, ela jogava sempre com Lena quando ela as visitava, Ruby tinha se tornado uma ótima jogadora com as aulas que recebeu da tia.
A noite fria chegou e com ela uma escuridão se apossou do coração da loira, tudo o que ela queria era ficar sozinha. Quando viu a oportunidade se afastou de todos e lançou voo, segundos depois ela pousou na fortaleza da solidão sentindo o gelo embaixo dos seus pés, era assim que sentia sozinha, fria, vazia e com uma dor angustiante dentro de si.
Seu peito doía e a raiva nublava seus olhos chorosos, a loira fechou os puxos com força e lançou um soco sobre a escultura de gelo de seu tio, Pedaços de gelo rolavam pelo chão tudo o que aparecia a sua frente tinha o mesmo destino rolar pelo piso gelado em pedaços miúdos, Kara usava a força de seus punhos para tirar para fora o que sentia por dentro.
O esconderijo dos Kryptonianos estava agora em pedaços, Kara quebrou o painel de controle por fim caindo de joelhos sobre o gelo, um grito inundou a caverna, e lágrimas molhavam o chão.
- Por quê? _ falava entre lágrimas. - Por que você fez isso, Lena? _ doeu não ter a resposta, não ouvir a voz dela para lhe explicar seus motivos. – Eu te amo, droga, como pode me deixar aqui. _ Kara se sentou no gelo se escorando no painel danificado.
*****
Dois meses haviam se passado e desde o dia fatídico e com ele o sorriso da heroína da cidade se foi, Alex fazia de tudo para que a irmã voltasse a ter uma vida normal como antes e nada era capaz de ajudar, Kara já não queria mais trabalhar na Catco e se afundo em trabalho como Supergirl, sua última alternativa foi chamar Eliza.
A Danvers mais velha veio para a cidade apedido da filha mais velha quando soube do ocorrido, Eliza ficou no apartamento da loira não queria que ela ficasse sozinha, fazia de tudo para agradá-la assim como suas comidas favoritas, mas ninguém conseguia fazer com que ela se abrir-se para colocar para fora o que eu estava sentindo.
Tentaram fazer com que ela optasse por fazer terapia com Kelly ou qualquer outra psicóloga e ela recusou imediatamente, Alex e Eliza estavam preocupadas não a viam chorando pelos cantos ou falando sobre a Lena, mas suas atitudes, seu rosto podia transmitir seu estado emocional e ele estava quebrado.
O trabalho de Supergirl era a única coisa que fazia a loira não enlouquecer, socar ou quebrar alguma coisa ajudava a extravasar seu sentimento de impotência e culpa, Kara estava desligada no trabalho da Catco esquecia das reuniões e dos prazos de entrega das matérias, Nia estava sempre tentando salvar a carreira da amiga a encobrindo.
Andrea fingia não ver as falhas da loira entendia o que ela estava sentindo. Se não tivesse Diana em sua vida como base para lhe segurar estaria agindo da mesma forma que Kara. Alex bem que tentou conversar com ela e reunir os amigos, Kara foi direta em dizer que não queria visitas em sua casa.
Quando a noite cobria a cidade a heroína se trancava em seu quarto deixando seus sentimentos aflorar, pegavam uma foto dela e de lena tiraram juntas e se deixava chorar, a foto já estava marcada com manchas brancas causada pelas lágrimas dela
O corpo dela escorreu pela parede e se acomodou no chão frio. Ali seus medos e dores tomavam conta de si, Kara parecia uma criança ferida e assustada seu quarto era seu único refúgio, porque fora dali precisava ser a heroína da cidade e a melhor reporte de National City,
Ela sabia que Alex e sua mãe só queriam ajudar, mas como? se não sentiam a mesma dor que ela a única coisa que ela queria no momento era ficar sozinha e lidar com tudo o que estava acontecendo.
Depois de alguns minutos no piso branco do seu quarto ela se levantou e foi tomar um banho precisava descasar. Ates de entrar no banheiro olhou para a cama coberta por uma colcha florida e a lembrança do último dia que Lena entrou em seu quarto e se sentou em sua cama, ela estava brava com ciúme da Diana e a morena veio lhe acalmar apareceu em sua mente. Já de pijama e cabelos molhados Eliza bateu na porta do quarto Kara abriu a porta contragosto, mas sabia que a mãe só queria ajudar.
- Seu telefone está tocando minha filha. _ estendeu o aparelho para ela que pegou agradecida.
- Mãe não quero falar com ninguém. _ tinha o olhar triste.
- E eu sei minha filha é a Lilian. _ o semblante dela mudou ao ouvir o nome da Luthor.
- Alo. _ falou com voz baixa assim que atendeu, Eliza se afastou dando privacidade a ela.
- Kara, só liguei por que amanhã vamos esvaziar o apartamento dela e quero saber se você quer alguma coisa? _ ela escutava do outro lado da linha. Nunca foram amigas e agradeceu o gesto dela, Lilian nunca aprovou a amizade, mas agora estava sendo Cortez.
- Eu passo amanhã de manhã lá, Obrigada Lilian. _ Lilian também estava sofrendo e não era hora para ser uma vilã com a super, se tinha algo na vida que Luthor tinha certeza era do amor da loira pela filha.
Kara deixou o celular sobre sua cômoda e pegou a foto sobre a cama se deitou após puxar a coberta, ainda admirou a foto por mais algum tempo e adormeceu cansada dos soluços, Eliza ouvia tudo da sala e seu coração de mãe se comprimia no peito.
Ela sempre soube do amor secreto da filha pela CEO e torcia para que esse relacionamento desse certo, ficou triste quando soube a forma que as coisas tomaram com a mentira.
Quando recebia as visitas da filha mais nova conversava com ela sobre seu segredo e sobre mentir para quem se ama, mas o medo da loira não permitia que ela fosse sincera com Lena.
****
No dia seguinte como prometido Kara foi ao apartamento da Lena, sentiu a nostalgia entrar ali pela janela de vidro, o cheiro dela ainda estava impregnando pelas paredes, Kara fechou os olhos e deixou o perfume invadir seus sentidos, pode ver nitidamente Lena saindo do corredor que dava acesso ao seu quarto com aquele sorriso que fazia o coração da heroína sambar dentro do peito.
Um sorriso doido saiu dos lábios dela abriu os olhos deixando a realidade cair sobre seus ombros. Ela caminhou pelo apartamento, tudo ali tinha o jeito dela uma foto igual a que tem em casa estava sobre o painel da televisão, Lena podia estar brava com ela e mesmo assim ainda tinha fotos delas pela casa, passou a mão pelo balcão da pia onde ela fazia o chá quando a heroína invadiu a cobertura pela janela de vidro, alguns passos mais e entrou no corredor que dava acesso aos quartos, abriu a porta com cuidado girando a maçaneta e encontrou acama perfeitamente arruma com uma colcha branca, Lena sempre foi muito organizada não saia de casa se seu quarto não estivesse impecavelmente arrumando. Ela se aproximou e pegou um travesseiro da cama e o levou até seu rosto sentindo o perfume dos cabelos negros, se deixou chorar ali abraçada a ele.
Ainda com o travesseiro em mãos algo chamou sua atenção em cima da cômoda ao pé da cama, pegou em suas mãos e o abriu, era o diário da morena.
Folhou algumas folhas do diário e parou em uma página que chamou sua atenção, tinha o nome da repórter escrito em caneta vermelha com um coração na volta junto com uma foto elas tiraram em uma festa na Catco, sorriu do que viu Lena parecia uma colegial apaixonada por ter feito aquilo não parecida a CEO séria e poderosa da cidade.
Ela levou o diário ao seu peito onde estava o brasão de sua família e ficou assim por algum tempo, ficou satisfeita de ter ido ao apartamento antes de Lilian não queria o diário da morena nas mãos dela ou do Lex.
Deixou o travesseiro sobre a cama e entrou no closet, fechou os olhos sentindo o perfume dela sobre si, passou os dedos sobre as roupas de trabalho dela, os terninhos todos eles enfileirados no cabide e organizados por cor.
Saiu da cobertura alguns minutos depois levando condigo o diário dela e algumas fotos das duas.
Ainda não tinham encontrado o atirador, Kara sabia que se a ordem não tinha vindo de Lilian não tinha dúvidas que era o Lex e quando o encontrasse ele ia pagar por tudo o que tinha feito a elas.
Os dias que seguiram eram os mesmos, Kara acordava cedo ia para a Catco durante o dia ajudava o DEO a proteger a cidade, nada mais tinha emoção ou graça em sua vida, tentava se mostrar superada para Alex até que por fim conseguiu que ela largasse de seu pé. Eliza viltou para Midvale respeitando a vontade da loira que queria ficar sozinha e estava bem. Teve uma reunião demorada com Andrea e pediu alguns dias de folga ou pediria demissão, precisava se afastar de tudo e todos, a CEO em tendeu e concedeu uma semana para ela que ficou grata por isso.
Willian viu a loira sair do escritório da chefe e se aproximou sorridente.
- Oi Kara que bom te ver por aqui, queria te convidar para um café. _ ele tinha um sorriso no rosto.
- Willian eu estou ocupada, desculpa. _ falou se afastando dele Nia presenciou a cena e nada falou. Kara voltou para a casa arrumando uma mala pequena queria sair antes que anoitecesse e uns minutos mais saiu do apartamento.
Star City
- Kara, que supressa boa. _ deu espaço para que ela entrasse em sua casa.
****
Alex estava andando de um lado a outro no departamento do DEO com o celular ao lado da orelha.
- Clama Alex. _ Brainiac tentava acalmar a ruiva.
- Como calma, ela não atende o celular, e pelo rastreamento mostra que ela ta em casa e sei que não é verdade. _ ela perdeu a paciência.
- Nós vamos encontrar ela. _ J´onn apareceu tocando em seu ombro a confortando.
- Vou ligar para Nia talvez ela saiba de algo. _Brainiac pegou seu celular do bolso ligando para a namorada alguns minutos depois ela atendeu.
- Oi amor. _ ele falou carinhoso. – Você tem notícias da Kara?
- Ela pediu uma semana de folga para a Andreia ontem. _ ela respondeu passando as informações que tinha. Ele desligou e se voltou para os amigos ao seu lado.
- Alex, ela está bem apenas precisa de espaço. _ o diretor tentou manter a calma e a ruiva baixou os olhos estava preocupada com a mais nova.
- Eu sei que perder a Lena foi um baque muito forte e não sou capaz de imaginar a dor dela só queria poder proteger a minha irmã disso tudo. _ saiu quase como um sussurro.
- Alex, quando eu perdi minha família nada nem ninguém podia me ajudar com a minha dor, ela só precisa de espaço. Vamos respeitar a vontade dela. _ J´onn falou com sinceridade.
- Eu ao menos preciso saber onde está.
- Vamos achá-la para você se sentir melhor tudo bem assim? _ a ruiva abraçou o amigo que era como um pai para ela, ela também sentia a perda da morena e ver a irmã se afundar em dor fazia doer mais ainda.
Alex voltou ao trabalho tentando ocupar sua cabeça com os bandidos da cidade, Brainiac ficou encarregado de rastrear a super.
****
Star City
Kara dormiu até mais tarde, como não precisava trabalhar e estava cansada dormir um pouco mais foi bem a ela. Desceu as escadas em silêncio no último degrau pode ver a mesa posta e um sorriso de criança exalar pela casa, foi inevitável não sorrir também.
- Bom dia, como se sente? _ falou parecendo animadora de torcida.
- Estou bem melhor, dormir me ajudou um pouco.
- Venha, vamos tomar café. _ puxou uma cadeira para ela se sentar. – Mia também acordou tarde hoje neh mocinha. _ beijou os cabelos loiros da filha. Kara sorriu e pegou um pão sobre a mesa se servindo. Felicity se acomodou em uma cadeira em frente a menina. – Quer fazer algo hoje? _ perguntou a heroína.
- Eu não quero atrapalhar sua rotina. _ falou com sinceridade. – Eu vim porque senti que você é a única que me entende. _ falou com pesar na voz e baixou seus olhos azuis.
- Sei o que você está sentindo Kara, e não melhora esse sentimento apenas aprendemos a sobreviver um dia de cada vez. _ pegou a mão dela sobre a mesa a confortando.
- Você ainda tem um pedaço dele._ falou olhando para a menina.
- Sou grata a deus por isso, ela que me faz continuar sem ele. _ Felicity sorriu para a filha que estava entretida comendo uma banana.
- Eu encontrei o diário da Lena nas coisas dela e ainda não tive coragem de ler.
- No momento certo vai conseguir. Alguém sabe que você está aqui?
- Não, se soubessem já estariam atrás de mim, e agora eu não preciso disso.
O dia passou rápido para as duas, Felicity trabalhou em seu laboratório com a ajuda da loira que se entretida com a criança, Mia adorou ser paparicada pela tia Kara.
Pela primeira vez em meses a loira conseguiu ter um dia tranquilo como uma pessoa normal sem ter que correr para salvar a cidade em perigo ou prender bandidos, Lena fazia parte dos seus pensamentos a todo instante, assim como aparecia sempre em seus sonhos.
A noite Felicity recebeu a vista de Berry e Iris que ficaram surpresos ao encontrarem a loira ali, todos no país já sabiam o que tinha acontecido com Lena Luthor e o velocista como melhor amigo dela sabia de seus sentimentos.
Os dois heróis se abraçaram forte e logo foram para a cozinha ajudar a anfitriã preparara o jantar. Ninguém quis tocar no assunto Luthor o foco era deixa Kara relaxada.
A noite correu bem entre risadas e lembranças do passado de algumas lutas entre eles. Iris estava bem entrosada com a loira no fim da noite ficou combinado de Kara ir até os laboratórios Star.
Felicity fechou a porta depois que seus convidados se foram, Mia já dormia em seu berço tranquilamente, as luzes da casa foram desligadas e Kara rumou para o guardo de hospedes onde estava acomodada, entrou no quarto e foi para o banho sentiu a água quente sobre seus músculos tensos do peso de suas decisões e fechou os olhos deixando seu corpo relaxar ao toque lavou os cabelos respirando fundo perdida em “SE” o que teria acontecido se tivesse tomado a decisão de não ouvir o que Lena lhe pedia? E se tivesse se exposto para salvar ela? Meia hora depois vestiu um pijama curto com estampa de Donuts e puxou a coberta da cama para o lado deitando seu corpo cansado sobre os lençóis brancos, pôs um travesseiro entre os braços e deixou seu corpo relaxar. Fechou os olhos e sorriu quando um par de verdes brilhantes surgiu em seus pensamentos. Dormiu pensando nela.
A claridade do sol atravesso a janela incomodando os olhos azuis a heroína levantou seu braço cobrindo seu rosto, se remexeu na cama e sentiu um corpo quente ao seu lado, sorriu mesmo sem abrir os olhos sabia bem quem estava ali.
Se virou na cama com cuidado abraçando o corpo quente e sentiu o aroma dos cabelos negros, sorriu a esse contato Lena tinha cheiro de felicidade. Ergueu a cabeça olhando para cama sorriu quando o amor inundou seu coração. Lena tinha os cabelos negros espalhados pelo travesseiro branco e o sono leve com uma expressão feliz nos lábios, do lado da morena sobre os braços dela estava os dois, uma menina linda de cabelos dourados como o seu e um menino com as feições da morena e cabelos negros como a noite.
O sorriso que ela deu era capa de rasgar seu sorto, o coração pulava no peito Kara era capaz de pegar o amor nas mãos ao presenciar aquela cena era a sua família, era seus filhos com o amor da sua vida. Se deixou ficar ali um pouco mais velando o sono deles. Como os amava.
Ela abriu seus olhos, o coração batia celerado deixando sua respiração entrecortada, olhou para a janela do quarto a noite ainda pintava o céu estrelado da cidade e o choro veio ao saber que tudo não passou de um sonho.
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