-Iwa-chan! Brinca de aliens comigo, por favorzinho! -o pequeno Oikawa insistia, prolongando o apelido dado ao amigo por ele.
-Não, Oikawa! Não vou brincar de algo que não existe. -Iwaizumi respondia sempre a mesma coisa.
-Eh?! Aliens existem sim, Iwa-chan! E, quando crescer, EU farei contato com um eles! -Oikawa rebatia dando língua para o menino ao seu lado.
-É claro, mas só nos seus sonhos né, Trashykawa!
-Rude, Iwa-chan. -Oikawa respondia emburrado, cruzando os braços.
Eles estavam sentados no quarto de Oikawa, onde vários brinquedos encontravam-se espalhados pelo chão. O mais novo foi engatinhando até deitar em uma das pernas de Iwaizumi- que estava entretido com um gibi- e, após um suspiro, diz:
-Sabia que você é meu único amigo, Iwa-chan?
-É por causa dessa sua obsessão por aliens, aí os outros te acham estranho. -o outro responde, sem ao menos tirar os olhos da revista, o que faz Oikawa bufar.
-Estou falando sério, Iwa-chan. -ele fica de frente a Iwaizumi, fazendo com que esse o olhe- Eu só queria te agradecer, você é muito importante pra mim, e nunca quero que me abandone! -ele termina de falar, com lágrimas nos seus pequenos olhos brilhantes e um sorriso radiante no rosto.
-Por que está chorando, Trashykawa? -Iwaizumi diz e limpa as lágrimas do amigo- Não tem como eu te deixar, você não largaria do meu pé mesmo!
Oikawa murmura algo do tipo "é verdade...", e abraça o menino à sua frente, que se espanta a princípio, mas depois retribui, envolvendo o maior nos seus braços de criança.
-Tōru, chegamos! -a mãe de Oikawa fala enquanto abre a porta, e o pai vem logo atrás.
-Fique aqui, Iwa-chan, só vou falar com meus pais e já volto! -Oikawa diz se desfazendo do abraço, sai do quarto e chega até a sala.
-Está tudo bem? -o pai de Oikawa pergunta, pegando o filho no colo.
-Aham! Iwa-chan está aqui! -ele responde sorridente, e os pais trocam olhares preocupados.
-Pode ir então, Tōru. Iwa-chan deve estar te esperando! -a mãe diz, mas com um sorriso falso.
Oikawa assente, e volta para seu quarto. Mas, antes de fechar a porta, consegue escutar os pais discutindo, alterados:
-Normal? Você acha isso normal?! Tōru já tem nove anos! Não está mais na fase de ter amigos imaginários! Temos que levá-lo a algum psicólogo, ou algo do tipo!
-Psicólogo?! Não vale a pena gastar dinheiro com isso, é somente uma fase dele, depois passa! Não é como se ele estivesse ficando louco!
Sem entender a fala da mãe, Oikawa fecha a porta, e vai dizendo, rindo um pouco:
-Meus pais são muito engraçados, Iwa-chan! Eles acham que tenho amigos imaginá...- ele se interrompe ao olhar em volta, e não achar seu amigo no quarto, e toda a felicidade, antes estampada em seu rosto, sumir- Iwa-chan, onde você está? Pare de brincar comigo, IWA-CHAN!
Oikawa se vê sentado no chão de seu quarto chorando, sozinho, com medo e triste.
Talvez ele realmente tenha amigos imaginários, mesmo não querendo acreditar nisso.
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