— Que hábito mais normal esse de matar as pessoas. - Digo levemente abalada pela garota com os miolos espalhados pelo ambiente.
— Qual o motivo de estar arriscando a vida de todos por causa desse negócio que nem sabemos mexer? - Jimin pergunta ao moreno.
— Vale milhões isso. - Respondeu.
— E sua vida, a dela, a nossa e todo o resto. - Exclamou Jin.
— Tem um cara na Arabia que pagaria muito por isso. - Yoongi comenta atraindo os olhares de todos.
— Perfeito. Não precisam entrar em pânico, vendemos isso e ainda ganharemos milhões e logo esse tal de Dimitri, irá para a cola de outro e sairá da nossa. - Jungkook comentou simplista deixando com que seus amigos não ficassem mais preocupados com suas vidas em jogo nas mãos de homens bem poderosos.
— É muito estranho ele ter funcionado com a voz dela e não na minha. - J-hope comenta fazendo um biquinho triste, adorável, sorrio para o mesmo.
— Mas, quem irá apresentar o produto pra ele? - Questionei confusa obtendo todos os olhares em mim. — Ah, okay! Entendi. - Dei um joinha para todos.
Beleza, a responsabilidade cairia sobre mim.
[...]
Enquanto toda aquela tecnologia estivesse em nossas mãos, Jungkook achou melhor com que eu ficasse por aqui até que tudo se suavizasse. Ele aumentou a dose de homens para tomar conta de todo seu bairro e das famílias que nele habitavam.
Me encontrava nervosa à espera de um dos homens mais ricos do mundo, que ficou bastante interessado na proposta do produto, dizendo que se chamasse mesmo sua atenção, daria até bilhões.
Jungkook havia escondido o carro para que ninguém o pegasse novamente, sendo assim, eu só mostraria o que ele faz quando o homem poderoso estiver aqui.
Eu vestia uma saia jeans com alguns rasgos no final da costura, uma blusa de manga comprida de lã branca com listras vermelhas e trajava um vans preto, bem confortável e simples. Não precisava ficar toda produzida, né?!
Antes de mais pensamentos sobre minhas vestes se alastrassem em minha cabeça a porta da casa de Jeon fora aberta, vários homens com o triplo de meu tamanho entraram e um homem de terno branco se encontrava no meio segurando um tablet grande em sua palma.
Respirei fundo, seria agora.
Fomos até a parte de trás da casa obtendo uma vista linda de um vasto jardim e bem ao meio, o carro. Respirei fundo seguindo até lá, Jungkook agora estava ao meu lado e estranhamente me sentia mais segura.
O tablet fora ligado e nele o príncipe estava sendo transmitido por aquela tela, óbvio que ele não viria pessoalmente, deve ser um cara extremamente ocupado.
— Poderiam me dizer exatamente o que esse carro faz? - O homem que segura o objeto diz em nossa língua, olhando para o carro com seu nariz enrugado, certamente não era o tipo de veículo que estava esperando.
— Ele faz qualquer coisa. - O respondo com um sorrisinho no canto do lábio abrindo a porta do veículo.
— Como assim? - Pareceu mais interessado agora.
— Veja você mesmo. - Agora foi a vez de Jungkook dizer, logo apontando para o carro que Jimin acabara de estacionar ali no quintal extenso. Era um dos carros pretos, simples, que usamos para minha primeira missão com eles.
— Quero que ataque aquele carro. - Digo e no mesmo instante o carro à frente salta para o lado e o fogo se alastra ali também. Todos tinham suas orbes sobre o recente acontecimento, inclusive o nosso comprador.
— Ele faz de tudo? - O tradutor diz.
— Bem...
— Sim. Ele faz. - Jungkook é objetivo me cortando. — Vão comprar?
O tradutor passa tudo ao homem importante do lado de trás da tela em sua língua nativa, logo o mesmo se vira para nos.
— O principie está oferecendo 3 bilhões, é o bastante? - Jungkook e os meninos pareciam estar fascinado pela proposta, não tardando em aceitá-la. Sentei no banco do motorista enquanto eles conversam e olhava em direção ao rádio desligado que obtinha uma pequena tela ali. Suspirei. Toda essa tecnologia me era estranhamente familiar.
— Já podemos levar o carro? - Perguntou o homem de terno branco querendo o mais rápido possível tirar o veículo daqui. Jungkook assentiu logo pedindo para que eu saísse do carro, e assim, o fiz.
O vi levando o carro e um sentimento ruim se alastrou em meu peito.
Eu sentia que não tinha acabado toda essa loucura, apenas começado.
[...]
— Dês que levaram o carro você está assim... cabisbaixa. Quer conversar? - Suga sentou ao meu lado me oferecendo uma garrafa de Soju, prontamente a peguei.
Nesses últimos tempos que estive aqui me tornei mais próxima de todos os meninos, menos Jungkook, esse era difícil. Apesar da vida que escolheram levar e ter uma má impressão de pessoas ruins, posso lhe assegurar que não é nada disso.
— Sinto que não era pra ter deixado levarem o carro. - Repousei minha unha, consideravelmente grande, sobre meus lábios, estava nervosa. Yoongi parecia acompanhar cada detalhe meu, cada movimento, aquilo foi estranho.
Olhava para qualquer ponto da sala mas, minha mente se encontrava bem longe daquele local. — Sinto que tem algo errado, e eu vou descobrir. - Dou um gole de minha bebida, decidida a ir mais a fundo naquilo.
[...]
Eu havia partida do grande casarão e o bairro comandado por JK, os meninos pareciam tristes com minha ida, já Jeon, nem tanto.
Estava agora no habitual chalé em Seuol, de meu avô. Ah! que saudade eu sinto daquele velinho. Meu avô sempre foi mais pai pra mim que o próprio, me dava tanto amor e dizia que iria realizar todos meus sonhos, inclusive uma ideia maluca que eu tinha que vivia comentando pro mesmo.
Só de lembrar disso eu ria sozinha, bons tempos antes do mesmo falecer.
— Você realizou todos meus sonhos e loucuras vovô, só faltou você aqui para criarmos o projeto KM- Comentei comigo mesma sorrindo enquanto olhava para uma foto minha e sua, eu o abraçava por trás e sorria ingenuamente feliz e o de cabelos grisalhos também sorria, feliz.
— Projeto KM, criado em dezesseis, do mês seis de dois mil e dez.- Uma voz de mulher, desconhecida, disse. Meu coração se acelerou, da onde vinha isso?
Observei todos os cantos da sala, em busca da pessoa pertencente à voz, no entanto parecia ser mais uma caixinha reprodutora.
— Que? - Falei baixinho com os olhos atentos para saber se não era brincadeira de mal gosto de alguém, até lembrar que estou sozinha, e não tenho ninguém para fazer tal ato comigo e até mesmo saber a localização desse chalé, é quase um labirinto para chegar até aqui.
— O projeto fora roubado em vinte e sete, do mês cindo de dois mil e dezessete. - Aquela voz soou novamente, dessa vez, atraindo minha curiosidade.
— Por quem? - Perguntei por seja lá onde ela esteja vindo, vamos aproveitar as informações e oportunidades que a vida oferece.
— Kendall Morris. - A voz disse e meus olhos se esbugalharam, a foto deslizou dentre meus dedos e minha boca se abriu em perfeito choque.
— Minha irmã? - Sussurrei.
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