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História Spirit - Tempo


Escrita por: Earth_Gravity

Notas do Autor


Coloquem aquela músiquinha melosa, grata.
E quem tá na capa é a Hana, linda não?

Capítulo 5 - Tempo


Fanfic / Fanfiction Spirit - Tempo

 — Então arrume outro jeito! Por que eu estou sonhando com você já faz dois dias! Eu estou confusa e cansada disso! Se você... — Hana continuava nervosa quando não entendia algo, sorri com aquilo e a beijei.

 Me aproximei lentamente dela e a beijei enquanto ela falava. Hana retribuiu quase que de imediato, me fazendo sorrir ainda mais durante o beijo. A mesma sensação, o mesmo sentimento. Amo Hana com todas as minhas forças, eu sabia, sabia que ela não era uma simples ilusão da minha cabeça.

 Quando ela falou o meu nome e me deu um selinho uma felicidade estranha surgiu em mim. Ela havia lembrado.

 — Eu também te amo. — Falei com todo o sentimento que havia em mim, as quatro palavras entalhadas a mais de uma semana finalmente saíram.

 Parecia que um peso enorme tinha saído das minhas costas. Um alívio imenso me preencheu. Hana me olhou, com finas lágrimas escorrendo por seu rosto. Sequei-as rapidamente.

 — Finalmente você chorou. — Falei sorrindo, relembrando todas às vezes em que ela me disse que queria chorar mas não conseguia.

 — Uhum, e foi por você. Idiota. — Sorriu. Essa é a minha Hana.

 A Hana sarcástica e divertida ao mesmo tempo.

 — Você não sabe o quanto eu senti a sua falta. — Colei nossas testas, sentindo finalmente sua respiração contra a minha pele, depois de tanto tempo.

 Magicamente, novamente, não tinha ninguém naquela parte do parque. Eu já nem sei se isso é pura sorte ou então o destino realmente me adora.

 Resolvemos sair daquele parque. Estávamos de mãos dadas, é tão bom sentir sua pele quente novamente na minha.

 — Vamos aonde? — Perguntou me olhando.

 — Vamos ver o Vernon, acho que ele merece saber que já nos reconciliamos.

 — É, ele te ajudou a entrar no hospital.

 — Exatamente por isso que eu estou te levando até lá.

 Avistamos a cafeteria e aceleramos o passo. Hana aperta a minha mão anciosa, possivelmente imaginando a reação do meu amigo ao ver ela. Passamos pela porta e o sininho tocou. Sentamos na mesa perto da janela e esperamos ele vir nos atender.

 — O que vão querer? — Perguntou o americano enquanto se aproximava. Ele não olhou para nós, se concentrou mais no bloco do que em nós.

 — Que coisa feia, atende os clientes e nem olha na cara deles. — Reclamei cruzando os braços. Ela somente colocava a mão na boca para não rir.

 Vernon nos olhou pronto para dar uma resposta, mas viu que era somente eu.

 — Até nos dias de folga você vem. — Ele riu, e eu acompanhei.

 — Vim aqui por outro motivo. — Fiz um gesto com a cabeça para Hana a minha frente.

 Ele olhou na direção e deu um pulo para trás.

 — Aigoo, não me assustem assim. Eu nem te vi. — Colocou a mão no coração. Dramático.

 — Desculpa. — Ela riu. — Bom, agora você pode me ver.

 — Eu disse que ela estava viva. — Empurrou meu ombro de leve.

 — Como assim? — Perguntou estranhando.

 — Ele achava que você tinha morrido. Ficou numa depressão terrível, vi o momento que ele ia cortar os pulsos de tão triste. — Puxou a cadeira vaga e sentou nela.

 — Parem de falar como se eu não estivesse aqui. — Resmunguei desviando o olhar.

 — Só falo verdades. — Colocou os braços a frente do corpo em sinal de rendição.

 — Tadinho do Joshua. — Hana disse com sua ironia.

 — Então, o que vão querer? — Pegou de volta o bloco de notas e a caneta.

 — Cappuccino. — Falamos juntos.

 — Sincronização impressionante. — Anotou e levantou da cadeira, indo preparar nossos pedidos.

 Ficamos em um silêncio confortável. A japonesa pegou a minha mão em cima da mesa, começando a fazer carinho nela, olhando tristemente para ela.

 — Você pensou mesmo que eu estava morta?

 — Sim, não sei. Na melhor das hipóteses, eu teria que decidir em acreditar que você estava viva e sofrer por não te encontrar ou acreditar que você estava morta e sofrer. Acho que minha mente se apegou ao fato de que eu não poderia tê-la, ninguém mais podia. É um pouco egoísta, é, mas não aguentaria te ver com outra pessoa. — Confessei segurando sua mão e apertando-a.

 Eu não aguentaria vê-la com outro, seria a minha morte. Hana é minha e somente minha, só a emprestava para as outras pessoas. Ela me olhou surpresa, talvez não esperasse essa resposta.

 Ela ia responder algo, mas Vernon chegou com os nossos pedidos. Ele sempre chega nos momentos errados, sempre.

 — Aqui. — Colocou os copos na nossa frente. Se pensamentos matassem, ele estaria morto agora.

 — Obrigada. — Respondeu ela pegando o copo.

 Ele saiu e eu suspirei profundamente. Peguei o meu e levantei.

 — Vamos? — Perguntei e ela assentiu.

 Fomos até o caixa pagar. Hana já ia retirando a carteira da bolsa que usava, mas a impedi. Ela me olhou com aquele olhar determinado com uma pitada de sarcasmo.

 Tirei o dinheiro certo da carteira e paguei, puxando-a pelo braço em seguida. Sabia que estava se segurando para não começar uma discussão comigo ali comigo. Comecei a rir, soltando-a e caminhamos lado a lado.

 — Idiota… — Murmurou e bebericou seu cappuccino.

 — Não poderia te deixar pagar. — Justifiquei bebendo o líquido na embalagem de plástico.

 — Tá, mas me deixa pagar também algumas vezes. — Revirou os olhos, tenho quase certeza que ela está se segurando para não me bater.

 — Isso a gente decide outra hora, por que vamos começar a discutir e você vai querer me bater e você me batendo na rua vai chamar atenção. — Passei meu braço livre sobre os seus ombros, puxando-a para mais perto.

 — Ainda bem que você sabe. — Puxou a minha orelha com um sorriso maléfico no rosto.

 Soltei um gemido de dor. Senti a falta dela, e como senti.

°•°•°

 Eu tentava amarrar aquela gravata direito, mas parecia impossível! Será que não existe outro jeito não? Ouço batidas na porta do quarto, depois ela se abre. Hana passa por ela extremamente maravilhosa. Um vestido vermelho com alguns detalhes em seda preto. Um salto preto, com o cabelo colocado de lado com ondas.

 — Problemas com a gravata? — Perguntou retoricamente. — Já disse que não precisa ir de terno, vá do seu jeito normal. — Balançou a cabeça negativamente.

 — Mas eu quero causar uma boa impressão. — Conheceria os pais dela hoje, numa espécie de jantar social.

 Eu só queria causar uma boa impressão.

 — É, mas até o meu pai vai estar de jeans, você é que vai ser o único diferente. — Tirou a gravata do meu pescoço, colocando-a em cima da minha cama. — E não aja como outra pessoa, somente seja esse cavalheiro que você é. — Selou nossos lábios por um breve tempo, depois se afastou, ido para meu guarda roupa.

 — Mas e se eu fizer algo errado? Sou cheio de falhas e atrapalhado quando nervoso, possivelmente vou colocar a sua casa a baixo. — Sentei na cama passando a mãos pelos cabelos, nervoso.

 — E quem não é? — Pegou uma calça jeans dentro do móvel e jogou em mim. — Não é só por que somos ricos que somos perfeitos. — Jogou uma jaqueta preta em mim.

 — Você não está entendendo. — Tirei o paletó e coloquei a jaqueta. — Eu sou o desastre em pessoa quando nervoso.

 — E eu sou grossa quando irritada, pode até ser o presidente da nação, que eu vou ser grossa com ele. — Pegou um par de sapatos pretos que eu nem sabia que tinha. — Todos temos defeitos, e se o problema for ser desastrado, eu já quebrei um vaso chinês dela, valia muito. — Riu e jogou os sapatos nos meus pés.

 — Ok, vou tentar me acalmar. — Suspirei, ainda assim, sentia medo.

 Eu sabia que algo de ruim ia acontecer comigo essa noite.

 Hana caminhou até mim e me beijou brevemente.

 — Eles vão te adorar, tenho certeza. — Piscou e saiu do quarto para eu me trocar.

 Vesti o que ela me deu e deu uma última ajeitada no cabelo com as mãos. Respirei fundo, buscando forças e saindo do quarto.

 Hana me esperava na sala e levantou-se do sofá quando me viu. Enlacei nossos braços e saímos do apartamento, indo para o carro particular da família. Minhas mãos estavam suando enquanto seguíamos caminho até a mansão deles.

 — Você não vai enfartar até lá, né? — Perguntou-me observando as minhas mãos suadas.

 — Tenho quase certeza que minha família não tem histórico de problemas cardíacos. Se eu tiver, vocês pagam o meu tratamento. — Soltei uma piada sem graça, tentando descontrair, o que não deu muito certo.

 — Ok né, vou lembrar disso. — Riu e encostou a cabeça no meu ombro. — Você vai ficar bem, meus pais são legais. Eles vão gostar de você.

 — Bom, acho que não tem mais volta agora. — Disse quando vi a mansão na cor pastel mais à frente.

 Engoli seco. Descemos do carro, confesso que senti minhas pernas bambas. Hana segurou o meu braço, tentando me passar forças. Caminhamos pelo caminho de ladrilhos de pedra que corta o jardim até a porta da casa.

 Ela abriu a porta e entramos, pude ver o quão sofisticado é por dentro, apesar de ser simples. Uma sala no estilo moderno, sofá preto, chão de madeira nobre, um tapete branco e uma televisão enorme na parede com uma estante pequena embaixo, há diversas fotografias deles lá.

 — Okaa-san, Otou-san? — Hana chamou-os em japonês.

 Duas figuras apareceram no topo da escada. Um homem musculoso e quase sem fios brancos nos cabelos desceu acompanhado de uma mulher muito bonita. Eles pareciam aqueles casais de doramas japoneses totalmente perfeitos. Pareciam ter saído de uma revista de modelos. A mãe de Hana possui cabelos no corte Chanel, pretos e uma boa pele, veste uma calça de couro preta com uma blusa regata do que se aparenta ser seda amarela e rendada em algumas partes, saltos pretos e maquiagem leve. O homem também tem cabelos pretos e cortados em um corte moderno, veste uma blusa pólo azul escuro, calça jeans escura e um vans preto. Eles desciam de braços dados e sorrindo.

 Nem pareciam que estavam tão distantes antes, podia ver a felicidade verdadeira nos seus olhos. Eles haviam mudado depois do acidente, pelo o que Hana me contou sobre eles. Eu podia ver o amor entre eles.

 — Você não me falou que seus pais seriam atores de doramas japoneses. — Sussurrei em seu ouvido, ela riu.

 — Boa noite, Joshua. — A mulher me cumprimentou, sorri e fiz uma pequena reverência.

 — Boa noite, é um prazer conhece-los. — Sorri sem mostrar os dentes.

 — Querido, ele é tão educado, assim como a Hana falou. E tem um belo sorriso. — Ela falou cutucando o braço do marido.

 — Percebi. — Ele sorriu de lado.

 O coreano deles é muito bom.

— Não disse. — Hana sorriu de lado, um sorriso quase idêntico ao do seu pai, arrisco a dizer que é igual.

 — Os sorrisos deles são iguais né? — A senhora Ichida me chamou a atenção, concordei com a cabeça. — A propósito, meu nome é Sayuri. — Sorri.

 — O meu é Takashi. — Estendeu a mão para eu apertar, fiz isso prontamente.

 Eles nos guiaram para a sala de jantar, onde uma mesa de doze cadeiras e o jantar posto sobre ela. Sentamos frente a frente, fiquei a frente do Senhor Takashi e Hana ao meu lado de frente a sua mãe. Eles começaram a conversar, nos envolvendo na conversa também.

 O medo parou, eles são bem legais, não sei por que estava com medo.

 — Então, Joshua, o que você pretende com a minha filha? — O Senhor Takashi apoiou seu queixo na suas mãos e me encara.

 Percebo que ele queria me perguntar isso desde que eu entrei pela aquela porta. Engulo o pedaço do bolo que estava na minha boca e procuro as palavras certas para me expressar. Um silêncio reinou nesses curtos segundos sem eu dar a minha resposta, eles me encaravam, esse é o principal motivo se eu estar aqui, provar que sou perfeito para a filha deles.

 — Me arrisco a dizer que eu nunca gostei de alguém como eu gosto da Hana. Ela é especial, me faz bem. A última coisa que eu quero é machuca-la, eu quero me casar com ela futuramente, quero faze-la feliz, assim como ela me faz. — Respondi tudo o que meu coração falava, e isso é tudo o que sinto.

 Hana aperta a minha mão por um breve momento, sorrindo. Depois bebe um pouco de suco.

 — Que lindo. Quero netinhos logo. — Senhora Sayuri bate palmas.

 Seu marido faz careta, eu abro a boca um pouco e Hana se engasga com o suco. Os dois mais velhos começam a rir e eu tento ajuda-la.

 — Acho que ela morre de vergonha antes. — O mais velho brinca.

 — Vocês um dia ainda me matam. — Resmungou.

 — Te amamos. — A mãe dela fez um coração com as mãos.

 Eu ri, eles são engraçados.

[…]

 No meu apartamento, Hana estava quase dormindo em meu peito. Eu acariciava seus cabelos, muito feliz. Sua respiração estava quase no ritmo da minha.

 — E então, o que achou dos meus pais? — Perguntou quase dormindo.

 — Eles são legais, eu gostei deles.

 — Eu disse que ia gostar, não sei o porquê desse medo todo. — Me olhou, com um sorriso de lado.

 — Aish, ok, você estava certa e eu errado. — Revirei os olhos sorrindo.

 — Agora posso dormir. — Voltou a deitar e fechou os olhos.

 °•°•°

 Estava tudo preparado, já estávamos juntos a um ano, não podia esperar mais algum tempo para fazer isso. A levei para o parque, naquele mesmo banco. Hana já suspeitava de algo, mas eu já tinha planejado tudo para ela não descobrir. Falei com seus pais e mostrei minhas intenções, me certifiquei que nada iria dar errado e colocaria tudo em prática, hoje.

 — Josh, você está muito estranho esses dias. — Parou para me observar quando sentamos no banco. Eu queria rir, mas iria me entregar. — O que você aprontou? — Deu um murro no meu ombro.

 — Ai! — Choraminguei de dor.

 — Agora me explica! — Exigiu, sim, ela exige, não pede.

 Mas é um amor de pessoa.

 Levantei do banco, me ajoelhando a sua frente e pegando na sua mão. Hana me olhou com olhos marejados, peguei a caixa de veludo no bolso do casaco e abri.

 — Creio que já falei todas as frases românticas possíveis, o que deixa esse momento até meio estranho. — Rio e volto a olha-la nos olhos. — Mas eu te amo, Hana. Eu só quero ficar com você por quanto tempo eu puder. Casa comigo?

 Hana chorava silenciosamente, me levantei e limpei suas lágrimas. Ela levantou e me abraçou.

 — Claro que eu aceito, oppa. — Falou no meu ouvido.

 Sorri como nunca antes, e a apertei contra o meu corpo.

 — Eu te amo, meu fantasma


Notas Finais


Então...
Fofinho não?
Clichê? SIM, but, vamo fazer o que né?
Esperam até o próximo cap, vai surpreender vocês, vou sair do clichê (Eu acho)
O que estão achando? Ashuashua, esse Joshua fofo e nervoso S2
Os pais da Hana S2
GENTEEEEE, a Hana não é linda S2


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