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História Spiritus Opplere. - Catatônico.


Escrita por: Im-yr-nightmare

Notas do Autor


Boa noite pessoal, tudo bom com vocês? Eu espero que sim.
Aqui estou eu mais uma vez, porém, com um capítulo um pouco menor... I'm sorry. O tempo e o trabalho não tem ajudado muito.
Gostaria de dar minhas boas-vindas aos novos leitores, espero do fundo do coração que vocês estejam gostando.
Quero agradecer as pessoas que favoritaram e comentaram, saibam que eu sou imensamente agradecida pelo apoio e por não terem desistido de mim apesar de tanta demora para postar. Muito obrigada mesmo!
Quero lembrá-los de que eu aceito críticas e sugestões, estou aberta para o que vocês pensam e eu gostaria muito de saber o que vocês estão achando da fanfic.
Em suma, muito obrigada por tudo, vocês não sabem o bem que me fazem. E sem vocês, isso aqui sequer existia!
Espero que gostem do capítulo de hoje, espero ler vocês em breve!
Boa noite galera, boa leitura <3

P.S.: Leiam as notas finais, please.

Capítulo 19 - Catatônico.


Todos os alunos do quarto ano haviam notado que decididamente houvera um aumento na quantidade de deveres exigidas deles neste trimestre.
A prof° Minerva explicou o porquê, quando a turma gemeu particularmente alto à vista do dever de Transfiguração que ela passava.

— Vocês agora estão entrando numa fase importantíssima da educação em magia! — disse ela, os olhos faiscando perigosamente por trás dos óculos quadrados. — O exame para obter os Níveis Ordinários em Magia estão se aproximando...

— Mas não vamos fazer exames de nivelamento até a quinta série! — exclamou Dino Thomas, indignado. 

— Talvez não, Thomas, mas, me acredite, vocês precisam de toda a preparação que puderem obter! A Srta. Granger foi a única aluna desta turma que transformar um porco-espinho em uma almofadinha de alfinetes razoável. Eu talvez possa lhe lembrar, Thomas, que a sua almofadinha ainda se encolhe de medo quando alguém se aproxima dela com um alfinete! 

Hermione, que tornara a corar, parecia estar fazendo um esforço tremendo para não parecer cheia de si.

Entrementes, até Hagrid aumentara a carga de trabalho de seus alunos. Os explosivins estavam crescendo em um ritmo excepcional, dado que ninguém ainda descobrira o que comiam. Hagrid estava encantado e, como parte da “pesquisa”, sugeriu que fossem à sua cabana em noites alternadas para observar os bichos e tomar notas sobre o seu extraordinário comportamento. 

— Eu não vou — disse Draco Malfoy, com indiferença, quando o professor fez essa proposta com ar de Papai Noel tirando um brinquedo muito vistoso do saco. — Já vejo bastante dessas nojeiras durante as aulas, obrigada. 

A voz do louro causava calafrios em Harry, embora não fosse de medo e sim, de algum sentimento que ele não conseguia descrever. Apesar disso, gostava de ouvi-lo falar, mesmo que fosse coisas desnecessárias e absurdas; lutava contra sua própria vontade, queria observá-lo enquanto falava, admirar a beleza que talvez, só ele enxergasse. Mas se lembrava constantemente que estavam brigados e desconhecia o motivo do afastamento. 

— Você vai fazer o que eu mando — rosnou Hagrid, o sorriso desaparecendo de seu rosto. — Ou vou arrancar uma folha do livro do Prof. Moody... Ouvi falar que você ficou muito bom de doninha, Malfoy.

 Os alunos da Grifinória deram grandes gargalhadas, exceto Harry — e isso foi o suficiente para Draco não perder o controle, já que enrubescera de raiva. Mas pelo visto, a lembrança do castigo de Moody ainda era suficientemente dolorosa para impedir o Sonserino de responder e o bastante para Potter não achar graça.

O moreno pensou que se todos se colocassem no lugar de Malfoy, assim como lhe aconteceu literalmente, veriam que não existiam motivos para achar graça.
Lembrava-se vividamente do vexame em que compartilhou com o outro, e todas as vezes que tocavam no assunto, tinha vontade de niná-lo a fim de protegê-lo; e ficar sem falar com o louro, sem poder ao menos discutir, dilacerava seu coração e tornava os dias cada vez mais entediantes... Do que adiantava uma maldição para aproximá-los e não era bem isso que estava acontecendo? 

Refletindo em médio às explicações de Hagrid, percebeu que estava finalmente aceitando o fato de que queria estar perto de Draco. E ao mesmo tempo em que isso parecia maravilhoso, era também horrível e catastrófico. Como que essa “relação” poderia dar certo se o outro fazia questão de não fazer dar certo?
E permitindo que seus pensamentos fossem um pouco mais além, notou também que algo estava muito errada — oh, juras, Potter? — enfim, caiu-lhe a ficha de algo oculto ou subentendido tinha acontecido para que Malfoy se revoltasse tão de repente, e pretendia descobrir o mais rápido possível, até porque, perguntar ao louro não fazia parte de seus planos. 

Harry, Rony e Hermione voltaram para o castelo no fim da aula, quando chegaram ao saguão de entrada, viram-se impedidos de prosseguir pela aglomeração de alunos que havia ali, em torno de um grande aviso afixado ao pé da escadaria de mármore. Rony, o mais alto dos três, ficou nas pontas dos pés para ver por cima das cabeças à sua frente e ler o aviso em voz alta para os outros dois. 

                                      TORNEIO TRIBRUXO
As delegações de Beauxbatons e Durmstrang chegarão às seis horas, sexta-feira, 30 de outubro. As aulas terminarão uma hora antes.

 — Genial! — exclamou Rony. — É Poções a última aula de sexta-feira! Snape não terá tempo de envenenar todos nós!

 Harry não ficou tão animado quanto imaginou, o único pensamento que passou por sua cabeça é um bando de menina com a bunda empinada passar rebolando na frente de Draco; Santo Merlim, como isso o deixou apreensivo e com o coração apertado... Como era capaz de ter medo de perder algo que não tinha?

 Os alunos deverão guardar as mochilas e livros em seus dormitórios e se reunir na entrada do castelo para receber os nossos hóspedes antes da Festa de Boas-Vindas.

 — É daqui a uma semana! — exclamou Ernesto MacMillan da Lufa-Lufa, saindo da aglomeração, os olhos brilhando. — Será que o Cedrico sabe? Acho que vou avisar ele.

 — Cedrico? — repetiu Rony sem entender, enquanto Ernesto saía apressado.

 — Diggory — disse Harry. — Ele deve estar inscrito no torneio.

 — Aquele idiota, campeão de Hogwarts? — disse uma voz arrastada, os três olharam para trás, procurando quem dissera aquilo pelo ajuntamento de alunos para chegar à escadaria.

 Harry sentiu seu coração acelerar ao ver um rapaz alto com uma cabeleira bastante loura; Malfoy já tinha sua habitual expressão de desgosto, mas ao mencionar o nome de Cedrico parecia que sua carranca piorava, o que não era muito diferente daquele momento. Falava do Lufano como se este fosse algo muito asqueroso, insuportável de ser falado sobre.

 — Ele não é idiota! — disse Hermione. — Ouvi falar que ele é realmente um bom aluno, e é monitor! — ela disse isso como se cessasse a conversa.

 — Você só gosta dele porque ele é bonito — disse Rony com desdém, e desde que entrara na escola, Draco jamais pensou que fosse gostar de uma resposta vinda dele.

 — Perdão, eu não gosto das pessoas só porque são bonitas! — retrucou Hermione, indignada.

 Rony fingiu que pigarreava alto, um som que estranhamente lembrava “Lockhart!”.

Satisfeito, o louro subiu às escadarias, e enquanto isso, Potter o acompanhava com seus olhos verde-vivo que brilhavam como se implorassem por uma mínima atenção.
Em suma, após conseguir sair de um estado catatônico mental, pegou a informação crucial que tinha — Draco detesta Cedrico Diggory, e para Harry, sem um por que aparente — e decidiu transformá-la em sua arma: se afastaria do mais velho. Se queria Malfoy de volta, precisaria, por mais que uma parte sua relutasse, fazer coisas que o agradassem.

O Grifinório suspirou, não seria uma tarefa fácil, evidentemente.

 A afixação do aviso no saguão de entrava teve um efeito sensível nos moradores do castelo. Durante a semana seguinte, parecia haver um assunto nas conversas, onde quer que o moreno fosse: o Torneio Tribruxo. Os boatos voavam de um aluno para outro como um germe excepcionalmente contagioso: quem ia tentar ser o campeão de Hogwarts, que é que o torneio exigia, e em que os alunos de Beauxbatons e Durmstrang se diferenciavam deles.

Harry notou também, que o castelo estava sofrendo uma faxina mais do que rigorosa. Vários retratos encardidos tinham sido escovados para descontentamento dos retratos, que se sentavam encolhidos nas molduras, resmungando sombriamente e fazendo caretas ao apalpar os rostos vermelhos.

 As armaduras de repente brilhavam e mexiam sem ranger e Argo Filch, o zelador, estava agindo com tanta agressividade com os alunos que se esquecessem de limpar os sapatos que aterrorizou duas garotas do primeiro ano levando-as à histeria.

 Outros funcionários também pareciam estranhamente tensos.

— Longbottom, tenha a bondade de não revelar que você não consegue sequer lançar um simples Feitiço de Troca diante de alguém de Durmstrang! — vociferou a Prof° Minerva ao fim de uma aula particularmente difícil, em que Neville acidentalmente transplantara as próprias orelhas para um cacto.

 Fred, Jorge, Rony e Hermione desceram para o Salão Principal para tomar café da manhã no dia 30 de outubro discutindo sobre elfos domésticos. Os gêmeos contavam à garota que já “invadiram” a cozinha para afanar comida e viram as criaturas felizes, pensando que tinham o melhor emprego do mundo, na tentativa de fazê-la mudar de idéia sobre seus conceitos. Porém, Hermione continuava a insistir que os elfos estavam sofrendo lavagem cerebral, e que insistentemente, continuaria com a F.AL.E. Harry, que até então sentia uma necessidade inexplicável de ir ao Corujal, só conseguiu pensar nos dois sicles que pagou pelo distintivo da F.A.L.E e de como ele e Rony relutavam para usá-lo; alguns colegas, como Neville, tinham pagado só para Hermione parar de fazer cara feia para eles. Alguns pareceram ligeiramente interessados no que ela tinha a dizer, mas também relutavam a assumir um papel mais ativo no movimento. Muitos encaravam a coisa toda como piada.

 Entrementes, enquanto caminhava em direção ao seu destino, sentiu uma ansiedade esquisita apoderar-se de seu peito, como se quisesse muito que alguma coisa acontecesse.

Chegando ao Corujal, subiu às escadas em direção ao topo, tomando cuidado para não escorregar nas titicas das corujas; coincidentemente, Edwiges adentrou a janela, passando tão rápido por seu rosto que as penas de suas asas encostaram-se às bochechas de Harry, e um frio cortante lhe atravessou a testa.

A coruja pousou no peitoral da janela e estendeu a perna, cansada.
Potter desamarrou o que presumiu ser a resposta de Sirius e ofereceu a Edwiges uns petiscos que levava no bolso de seu uniforme, e ela comeu, sentindo-se grata.

 Não me convenceu, Harry.

    Estou de volta ao país e bem escondido. Quero que me mantenha informado de tudo que estiver acontecendo em Hogwarts. Não use Edwiges, troque de coruja e não se preocupe comigo, cuide-se. Não se esqueça do que lhe disse sobre a cicatriz.

Sirius.

 — Por que é que você precisa trocar de coruja? — perguntou uma voz extremamente calma, soando no pé de seu ouvido.

 O moreno tomou um tremendo susto, tanto que escorregou e quase caiu de cóccix. Porém, alguém mais alto e com mais força do que ele o segurou a tempo, e aproveitou-se do momento para colar ambos os corpos.

 

 Draco estava desde cedo no Corujal, escrevendo e reescrevendo a carta que logo enviaria à sua mãe, embora o fedor do lugar o impedisse de pensar.

Tudo o que tem conseguido pensar é em Harry Potter, o nome que o perseguiu desde que se conhece por gente, e que agora, o acompanharia pelo resto de sua vida.
Por mais que reclamasse, desejava que o garoto estivesse ali com ele; o Grifinório tinha o estranho poder de deixá-lo mais concentrado, como se, enquanto estivessem juntos, fossem mais fortes.

 Seu anseio fora atendido, demorou um bocado, mas Potter aparecera e subiu os degraus sem nem notar a presença do louro no ambiente, o que lhe estimulou a idéia de dá-lo um pequeno susto.

Malfoy subiu a escada sorrateiramente, mas não esperava que seu coração ficasse tão alegre e ansioso por estar próximo de uma pessoa tão pequena e irritante. Foi-se aproximando de Harry cada vez mais, quase se encostando a ele. Aproximou o rosto o bastante para conseguir ler a carta, percebendo que era pessoal demais, contudo, era tarde demais, àquela aproximidade parecia atraí-lo como um forte magnetismo — magnetismo esse chamado Spiritus Opplere.

 No entanto, não que Potter precisasse saber, mas Draco sentiu uma pontada de arrependimento por ter lhe dado o susto. O garoto poderia ter se machucado naquele chão escorregadio, e a culpa seria toda dele, como é há quatro anos. 

Mas há quem não diga que o louro não se aproveitou da situação, ficar tão perto assim de quem se tinha um forte desejo era tentador, ainda mais quando o outro tinha olhos tão bonitos e esses encaravam sua boca esbranquiçada e pouco cheia.

 — Eu sei que tenho lábios charmosos, Potter, mas você não respondeu a minha pergunta. — e sorriu, sabendo que aquilo mexeria com o outro de uma forma brusca.

 — Edwiges chama muita a atenção. — respondeu gaguejando um pouco, sentindo-se derretido com um sorriso tão bonito quanto o de Draco. — Ela se destaca.

Malfoy o soltou embora continuasse se mantendo próximo: — Desculpe ter lido sua carta, quando percebi ser algo muito pessoal, já era um pouco tarde para me afastar e fingir que nem estive aqui.

 — Não será um problema se você não contar a ninguém. — disse Harry em tom de suplica, por mais que não parecesse um pedido.

 — Juro de dedinho que não contarei nada a ninguém! — disse Draco levantando o mindinho. Então, mordera o lábio inferior sedutoramente e bastante intencionado, já que sabia que coisas assim mexiam com o outro. — Estou animado, nosso primeiro segredo... Mas eu creio que não é comigo que você queira ter esse tipo de confiabilidade.

 — E por que eu não iria querer? — erguera uma sobrancelha, confuso. — Com quem você acha que eu iria querer ter, como você diz, “confiabilidade”?

 — Ah, não! — disse, rindo-se de decepção e deboche. — Novamente você se fazendo de tolo!

 — E novamente temos você deixando as coisas subentendidas! — Harry esbravejou, ganhando a atenção do louro. — É ridícula a forma como você joga as coisas no ar esperando que eu entenda, Malfoy. Seria muito mais justo você contar o porquê não quer me ver nem pintado de ouro...

 O Sonserino boquiabriu-se; não para concordar, obviamente.

 — Por favor, eu te peço... — Potter se aproximou dele à ponto de sentir sua respiração, encarou-o nos olhos, partilhando de suas emoções que floresceram com sutileza. — Me fale o que está acontecendo, eu não agüento mais essa distância entre a gente! 


Notas Finais


Gostaria de avisar que não fiz a revisão do capítulo, por isso, me perdoem se tiver algum erro ou falta de concordância.


Mas e ai, será que Malfoy abrirá o jogo?


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