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História Spiritus Opplere. - Delegação de Durmstrang.


Escrita por: Im-yr-nightmare

Notas do Autor


Olá, pessoal. Boa tarde. Como vocês estão?
Demorei bastante dessa vez, não é? Lamento por isso... Eu estou trabalhando muito e quase não me sobra tempo para nada. Mas uma hora ou outra, eu voltaria, como sempre faço.
Primeiro quero me desculpar pelo capítulo pequeno, não era a intensão ele ser desse tamanho. Mas eu prometo que o próximo será maior.
E gostaria de avisar que a Spiritus Opplere passará por uma reforma, não posso dizer o tempo exato, mas acontecerá. O motivo? Vou publicá-la no Wattpad em breve e espero ver vocês por lá também.

Enfim! Minhas boas vindas aos novos leitores, espero que vocês estejam gostando.
Quero agradecer imensamente à todos! Por lerem, por comentarem e favoritarem, sem vocês, Spiritus Opplere e qualquer outra fanfic minha não seriam nada.

Uma boa leitura, vejo vocês em breve <3

Capítulo 21 - Delegação de Durmstrang.


— É um dragão! — gritou esganiçada uma aluna da primeira série, perdendo completamente a cabeça.

— Deixa de ser burra... É uma casa voadora! — disse Dênis Creevey.

O palpite de Dênis estava mais próximo... Quando a sombra gigantesca e escura sobrevoou as copas das árvores da Floresta Proibida, e as luzes que brilhavam nas janelas do castelo a iluminaram, eles viram uma enorme carruagem azul-clara do tamanho de um casarão, eu voava para eles, puxada por doze cavalos alados, todos baios, cada um parecendo um elefante de tão grande.

As três primeiras fileiras de alunos recuaram quando a carruagem foi baixando para pousar a uma velocidade fantástica — então, com um baque estrondoso que fez Neville saltar para trás e pisar no pé de um aluno da quinta-série da Sonserina —, os cascos dos cavalos, maiores que pratos, bateram no chão. Um segundo mais tarde, a carruagem também pousou, balançando sobre as imensas rodas, enquanto os cavalos dourados agitavam as cabeçorras e reviravam os grandes olhos cor de fogo.

Draco só teve tempo de ver que a porta da carruagem tinha brasão (duas varinhas cruzadas, e de cada saíam três estrelas) antes que ela se abrisse.
Um garoto de vestes azul-claras saltou da carruagem, curvado para a frente, mexeu por um momento em alguma coisa que havia no chão da carruagem e abriu uma escadinha de ouro. Em seguida, recuou respeitosamente, pela maior mulher que ele já vira na vida. O tamanho da carruagem e dos cavalos ficou imediatamente explicado. Algumas pessoas exclamaram.

Já Harry só vira, até então, uma pessoa tão grande quanto essa mulher: Hagrid; ele duvidou que houvesse dois centímetros de diferença na altura dos dois. Mas, por alguma razão — talvez simplesmente porque estava habituado ao homem —, esta mulher (agora ao pé da escada, que olhava para as pessoas que a esperavam de olhos arregalados) parecia ainda mais anormalmente grande. Ao entrar no círculo de luz projetado pelo saguão de entrada, ela revelou um rosto bonito de pele morena, grande olhos negros que pareciam líquidos e um nariz um tanto bicudo. Seus cabelos estavam uxados para trás e presos em um coque na nuca.
Vestia-se da cabeça aos pés de cetim negro, e brilhavam numerosas opalas em seu pescoço e nos dedos grossos.

Dumbledore começou a aplaudir; os estudantes, acompanhando a deixa, prorromperam em palmas, muitos deles nas pontas dos pés, para poder ver melhor a mulher.

O rosto dela se descontraiu em um gracioso sorriso e ela se dirigiu a Dumbledore, estendendo a mão faiscante de anéis. O diretor, embora alto, mal precisou se curvar para beijar-lhe a mão.

— Minha cara Madame Maxime — disse. — Bem-vinda a Hogwarts.

Dumbly-dorr — disse Madame Maxime, com uma voz grave. — Esperro encontrrá-lo de boa saúde.

— Excelente, obrigada. — respondeu Dumbledore.

— Meus alunos — disse Madame Maxime, acenando descuidadamente uma de duas enormes mãos para trás.

Draco, cuja atenção estivera focalizada inteiramente em Madame Maxime, reparou, então, que uns doze garotos e garotas — todos, pelo físico, no fim da adolescência — haviam descido da carruagem e agora estavam parados atrás de Madame Maxime. Eles tremiam de frio, o que não surpreendia, pois suas vestes eram feitas de finíssima seda e nenhum deles usava capa.
Alguns tinham enrolado echarpes e xales na cabeça. Pelo que o louro pôde ver de seus rostos (estavam à enorme sombra de sua diretora), eles olhavam para o castelo, com uma expressão apreensiva.

— Por que todos eles têm o nariz empinado? — perguntou o sonserino à amiga, que mal prestou a atenção. — Pansy? — ela continuava absorta, franzindo o nariz para uma das alunas de Beauxbatons. — Eu ‘tô falando com você!

— Quê? — ela se virou para Malfoy sem perceber que ainda mantinha a expressão de nojo. — Você disse alguma coisa?

— Eu tinha perguntado por que todos eles têm o nariz empinado, mas deixe para lá, isso não faz real importância... — cruzou os braços, os lábios enviesando para o lado de forma ladina. — Você tá interessada em alguém ou está destilando seu veneno?

— Destilando veneno. — respondeu simplesmente, erguendo as sobrancelhas ao notar o mesmo garoto que saltara mais cedo da carruagem olhar descaradamente para Potter. — Acredito que você destilará o seu também.

Draco ficou sem entender sobre o quê a amiga se referia, até ela apontar em direção rapaz descarado e sem vergonha.
Sua raiva poderia ter ultrapassado suas estribeiras e lhe consumido até o último pingo de raciocínio, mas isso não aconteceu graças ao desinteresse de Potter, que conversava normalmente com seus amigos e parecia não notar a existência das demais pessoas.

— Agradeço às forças superiores pela lentidão do cicatriz. — esboçou um sorriso triunfante. — Assim eu não morro precocemente de raiva ou um ataque cardíaco.

— A sua vida está destinada a morrer de raiva ou a morrer em constantes situações de perigo... — disse a menina em tom debochado. — Sua alma escolheu Harry Potter como um complemento, você já o viu em qualquer situação que não seja perigosa?

Não. Pensou o louro amargurado. Harry Potter parecia não combinar com qualquer situação normal, a aventura e o precipício à morte pareciam tentadores demais e desafiadores o bastante para fazê-lo mergulhar de cabeça.
Draco tinha medo de morrer, e por ironia do destino a sua maldição decidiu sacaneá-lo. Se o moreno morresse, ele também morreria, e era notável que a vida do menino era repleta de riscos e situações de quase-morte. Pois bem, Senhor Malfoy, não adianta pedir calmaria, isso é um privilégio que não lhe foi concedido.

Continuaram parados, agora tremendo um pouco de frio, à espera da delegação de Durmstrang. A maioria das pessoas contemplava o céu, esperançosas. Durante alguns minutos, o silêncio só foi interrompido pelos cavalões de Madame Maxime que resfolegavam e pareavam. Mas então...

— Você está ouvindo alguma coisa? — perguntou Pansy de repente.

— Sim, — o louro sorriu debochadamente. — O delicioso som da minha paciência se esgotando.

A garota lhe deu um tapa estalado no ombro: — Engraçadinho!

Draco prestou atenção; um barulho alto e estranho chegava até eles através da escuridão; um ronco abafado mesclado a um ruído de sucção, como se um imenso aspirador de pó estivesse se deslocando pelo leito de um rio...

— O lago! — ouviram Rony berrar, apontando. — Olhem para o lago!

De sua posição, no alto dos gramados, de onde descortinavam a propriedade, eles tinham uma visão desimpedida da superfície escura e lisa da água — exceto que ela repentinamente deixara de ser lisa. Ocorria alguma perturbação no fundo do lago; grandes bolhas se formavam no centro, e suas ondas agora quebravam nas margens de terra — e então, bem no meio do lago, apareceu um redemoinho, como se alguém tivesse retirado uma tampa gigantesca do seu leito...
Algo que parecia um pau comprido e preto começou a emergir lentamente do rodamoinho... E então Draco avistou o velame.

— É um mastro! — disse simplesmente a Pansy.

Lenta e imponentemente o navio saiu das águas, refulgindo ao luar. Tinha uma estranha aparência esquelética, como se tivesse ressuscitado de um naufrágio, e as luzes fracas e enevoadas que brilhavam nas escotilhas lembravam olhos fantasmagóricos.
Finalmente, com uma grande espalhação de água, o navio emergiu inteiramente, balançando nas águas turbulentas, e começou a deslizar para a margem. Alguns momentos depois, ouviram a âncora ser atirada na água rasa e o baque surdo de um pranchão ao ser baixado sobre a margem.

Havia gente desembarcando, todos viram silhuetas passarem pelas luzes das escotilhas. Os recém-chegados pareciam ter físicos semelhantes ao de Crabbe e Goyle... Mas então, quando subiram as encostas dos jardins e chegaram mais próximos à luz que saía do saguõ de entrada, Malfoy viu que aquela aparência maciça se devia às capas de peles de fios longos e despenteados que estavam usando. Mas o homem que os conduzia ao castelo usava eles de um outro tipo; sedosas e penteadas como seus cabelos.

— Dumbledore! — cumprimentou ele cordialmente, ainda subindo a encosta. — Como vai, meu caro, como vai?

— Otimamente, obrigada, Prof. Karkaroff.

O homem tinha uma voz ao mesmo tempo engraçada e untuosa; quando ele entrou no círculo de luz das portas do castelo, o sonserino viu que ele era alto e magro como Dumbledore, mas seus cabelos brancos eram curtos, e a barbicha (que terminava em um cachinho) não escondia inteiramente o seu queixo fraco. Quando alcançou Dumbledore, apertou-lhe a mão com as suas duas.

— Minha velha e querida Hogwarts! — exclamou, erguendo os olhos para o castelo e sorrindo; seus dentes eram um tanto amarelados, e Draco reparou que seu sorriso não abrangia os olhos, que permaneciam frios e astutos. — Como é bom estar aqui, como é bom... Vítor, venha, venha para o calor... Você não se importa, Dumbledore? Vítor está com um ligeiro resfriado...

Karkaroff fez sinal para um de seus estudantes avançar. Quando o rapaz passou, Draco viu de relance um nariz grande e curso e sobrancelhas escuras e grossas.

Karkaroff deu uma olhara rápida para o louro, porém retomou seu olhar e o delongou mais do que realmente gostaria. Sua expressão era de espanto e ele sequer fez esforço em esconder; aproximou-se de Dumbledore e cochichou alguma coisa em seu ouvido, nitidamente inconformado e espantado — e Malfoy sabia exatamente o quê deixava o homem tão perturbado. Sua maldição, é claro. Era tão clara para esse tipo de gente que é como se tivesse escrito em sua testa e em negrito.

— Ér... Draco... — chamou Pansy, que teve somente um grunhido como resposta. — Se eu fosse você não encararia Krum por tanto tempo como está fazendo agora.

O louro sentiu seu peito queimar e o seu interior estremecer por inteiro. Ele conhecia muito bem aquele sentimento e sabia que não lhe pertencia. Respirou fundo e como se não soubesse de nada, perguntou:

— Por quê? — sua voz saiu bastante firme, embora não tenha passado a veracidade que deveria.

— Harry Potter vai te matar com os olhos. — sussurrou para o amigo.

Seus olhos prateados pousaram em cima do moreno, que o encarava fixamente como se tentasse esganá-lo somente com aquele olhar ameaçador. Draco bufou e encarou seus próprios pés, ainda sentindo os sentimentos de Potter percorrer cada centímetro da sua carne.

— Eu não estava olhando para Krum. — confessou para Parkinson, que obteve imediatamente um semblante confuso. — Eu estava olhando para Karkaroff, ele sabe da minha maldição.

A sonserina relaxou os músculos, assentiu como se tivesse enfim entendido: — Agora entendo o motivo dele ter repentinamente cochichado algo para Dumbledore.

Malfoy soltou uma risadinha desdenhosa: — Deve ser difícil ver um condenado ao vivo e a cores. — levantou novamente seu olhar para Harry, que continuava o encarando de forma indisfarçável. — Quer saber? Se ele quer pensar que eu estava olhando para Krum, deixe-o pensar.

— Por que Karkaroff pensaria que você estava olhando para Vítor Krum? — ficara pensativa, sem perceber que o amigo se referia a Harry Potter.

O louro alisou a testa com a ponta dos dedos em sinal de impaciência:

— To falando do cicatriz, Pansy. — bufou irritado. — Estou falando do cara que provavelmente causará a minha morte e a dele.

 



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