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História Spring, As Cicatrizes - Meus Motivos


Escrita por: LOOHOOLIGAN

Capítulo 2 - Meus Motivos


Fanfic / Fanfiction Spring, As Cicatrizes - Meus Motivos

Essa divisória que nos separa do mistério das coisas a que chamamos vida.

Victor Hugo

 

 

 

Quais são os segredos que se escondem no anoitecer?

 

Os incontáveis edifícios, arranha-céus estabelecimentos proporcionam a noite Nova Iorquina a luminosidade por toda parte e a majestosa estatua da liberdade – nos rios baias e ilhas – dão as boas-vindas a todos que chegam a grande maçã.

 

As pessoas vão e vem nas ruas e avenidas luminosas seguindo suas vidas individuais em meio a indústria do entretenimento e empresas que são consideradas as maiores do mundo.

 

Os olhos fixam-se como se vissem o diamante mais caro do mundo.

A lamina precisamente afiada do bisturi está completamente coberta e encharcada pelo sangue que também toma parte das luvas escuras como o céu.

 

As sobrancelhas sem qualquer arco, ao contrário das curvas entre as faixas de pelo por cima dos seus olhos, as suas pálpebras içadas porem por causa do nervosismo elas ficam tensas, e os lábios puxados para trás revelam o pavor em sua face.

 

A escuridão quase que completa, que apenas é rompida pela persiana na janela, faz os fios de luz caminharem pelos traços do quarto, mas felizmente para essa pessoa e infelizmente para a vítima isso não adiantaria muito. Porque ela sabe que a última pessoa que ela verá, será o seu malfeitor que assiste com orgulho a sua obra-prima, assiste a vida deixar os seus olhos. Mas ao final do seu feito, fará diferente das outras vítimas.  Elas foram meras cobaias para o que realmente importa.

− E que os jogos comecem. 

 

 

−Deixa que eu pego! − com um pé após o outro com certa pressa. O menino com camisa Polo listrada em azul e branco enquanto é

Supervisionado pela mãe que com cabelos soltos flutuam por conta do vento gentil assim como a barra do vestido florido que ela

adorna.

Ao redor outras crianças também se divertem em companhia de seus respectivos país, inclusive alguns cães de todas as raças que fazem−se ouvir em alto e bom som.

 

A bola colorida rola pelo verde vivo indo de encontro a aria arborizada banhada pelo azul e iluminada pelo sol estonteante nessa manhã.

 

− Não vá muito longe, querido! − A mulher alta começa a seguir seu filho pelo ambiente além do olhar. Mas como de um segundo para o outro a mulher que apenas protege seu filho agora espelha perplexidade com as mãos trêmulas junto ao rosto pálido, olhos sobressaltados, sobrancelhas erguidas e curvadas, as linhas na sua testa ficam evidentes, e sua boca avermelhada pelo batom abre-se com tal surpresa pelo que vê.

−Filho venha aqui, agora! –A  voz dela soa mais alto do que ela espera mas também, pudera.

Buscando o garoto para perto de si. Ela admira−se com o que presencia −aí meu Deus!!− Institivamente, ela cobre os olhos do menino.

 

Sem duvida, é uma imagem que ninguém deveria ver.

 

 

Rebeca Rews P.O.W

 

− Rebeca? – Sua voz ressoa por meus ouvidos tão distante. Mas quanto mais mergulho em minha mente, menos consigo me conter. E não deixar-me levar.

 

A alegria do sol era ofuscada pela tristeza das nuvens no horizonte poente.

Excepcionalmente despertei cedo aquela manhã, mas ao contrário do cotidiano não fora por causa do trabalho.

Tendo algumas montanhas, aguas calmas e alguns edifícios entrando através dos vidros transparentes de certas janelas que dão uma bela vista pela para o corredor branco e extenso com algumas lâmpadas.

− Eu sinto muito. – A mulher de aparência asiática, de olhos cansados, com jaleco e estetoscópio aparentando no máximo 45 anos, murmura pra mim assim que coloco a mão sobre meus lábios já que meu queixo cai imediatamente e selo os olhos não querendo acreditar no que eu vi e antes mesmo das lagrimas virem a tona, sinto meu rosto retorcer, a garganta abrir e fechar e me neguei por poucos instantes me entregar ao choro mas foi inevitável.

− Eu sinto mais, pode acreditar. – Minha carótida fica a mostra quando ergo o queixo e molho os lábios.

 

Naquele dia suas expressões não existiam mais, seus olhos claros que já sorriram tanto, estavam tristes aquele dia, mesmo que nem todos os dias de sua vida tenha sido assim.

 

A pele que um dia já fora rosada, naquele momento em que seu corpo descansava sobre a mesa da necropsia estivera sem cor vivida.

 

 

Uma mera lembrança tão vivida quanto um dia ela também fora...  depois de tudo afetou meu desempenho profissional.

 

−Rebeca? – Em um impulso, pisco algumas vezes, ergo o queixo com os cotovelos apoiados em ambos braços da poltrona.

 

O fulgor que adentra através das persianas da de encontro com a pequena estante contendo alguns livros enfeites como globos e torna parte da parede mais clara.

− Estava dizendo que este é o nosso último encontro.  − As bolinhas esverdeadas por trás dos óculos delicado sob seu nariz fino, o qual ela trata de tirar após meu acenar de cabeça. – E como vamos indo?

− Muito bem. Me sinto muito bem melhor  – Sorrio. Com a caneta, ela repousa o caderno o qual ela usara agora a pouco sobre a mesinha entre nos junto o vazo sobre ela. –Confesso que eu apenas fiz isso porque fui obrigada inicialmente mas no fim deu “tudo certo”. – Sorrio com leveza.

− Foram nove meses, não?

− Exatamente, e embora seja algo insuperável, é um dia após o outro.

− Fora o que vim dizendo para mim mesma desde o ocorrido.

− Lembre-se de que um dia após o outro é crucial para seguir em frente. – Asseguro com um aceno de cabeça. E antes de qualquer acréscimo, somos interrompidas pelo toque do meu celular avisando de uma mensagem recém chegada.

− Eu preciso ir. – Declaro confirmando minhas suspeitas após abrir minha bolsa que estava ao meu lado anteriormente.

− Compreendo, até breve Rebeca. – Ela sorri com gentileza enquanto acompanha-me até a porta e eu, munida com as minhas chaves, bolsa e celular em mãos. Agradeço mais uma vez.

− Até breve Dra. E mais uma vez, obrigada. – Ela aperta a minha mão com firmeza e eu aceno positivamente antes de virar as costas e ir direto para o elevador.

 

Dia a dia, desejei inutilmente que aquele dia nunca tivesse acontecido, é meu trabalho defender este pais – Fidelidade, Bravura e Integridade −e  proteger as pessoas. Mas quando estamos do outro lado é tão complicado fazer o que temos que fazer embora o trabalho não seja individual, certamente os efeitos são. E acabou por afetar meu desempenho na equipe e me rendeu um afastamento do que eu mais gostava de fazer. Porem hoje, retorno a minha rotina. Esperando ocupar minha mente uma vez que é impossível esquecer.

 

 Beberico o copo de café que trago comigo em meio ao jardim após sair do estacionamento e aproveito para admirar a paisagem antes de adentrar um dos edifícios imponentes da academia do FBI. E voltar ao trabalho.

 

As portas de metal estão quase fechando-se quando repentinamente as portas do elevador abrem. As orelhas pretas e ao mesmo tempo cintilantes de gatinho sobe suas madeixas loiras é a primeira coisa que eu vejo e de repente a energia toda muda.

Ela tem esse poder magnifico de suavizar.

 

Suas sobrancelhas erguem-se e seu queixo cai assim que ela me vê.

−Ai meu Deus, quando eu soube mau pude acreditar. Bem-vinda de volta – Quando em fim percebo estou quase sem folego e tudo que posso inspirar é seu perfume envolvente que faz-me selar os olhos e desfrutar dos seus afagos amistosos em minhas costas enquanto ela murmura: ‘ você não tem noção do quanto sentimos a sua falta. Deixe-me ver como você esta linda...−  Com os cantos da boca para trás e para cima ela observando minuciosamente cada detalhe por trás dos seus inseparáveis óculos coloridos, batom rosa   correspondente ao vestido florido, o belíssimo blazer rosa por sobre seus ombros e os saltos prateados, adivinha, também brilhantes. – é o paraíso. 

− É ótimo ver você de novo Penélope. Como vão as coisas por aqui? –Sentimos o elevador começar a se mover para o sexto andar. E os números em vermelho começam a passar no monitor preto.

− Ah o mesmo de sempre. – Faz careta. – Chegaram de um caso em Sã Diego ontem e hoje já tem outro. Já estão todos aqui. 

− Bem, então nem preciso perguntar se eles já sabem porque você já sabe. – Comento enquanto a porta finalmente abre.

− Exatamente querida. Ainda bem que você lembra. Não ousaria esquecer de mim, não é? – Me lança um olhar falsamente matador antes que eu possa preencher a mão com a maçaneta, que assim como a porta é de vidro que tem um enorme símbolo da justiça, empurrar a mesma. Nego.

−Absolutamente, você, querida é inesquecível. – Passa pomposa por mim com uma cara de diva que só ela tem.

−Acho bom mesmo. – Sorrio mas não tive muito tempo antes de ser abordada mas por outra pessoa que junta-se a ela com os seus risos travessos em pele caramelada, camisa cinza e calça jeans escura.  – Olha só quem eu achei no elevador? – Comenta divertidamente.

− Olha só, quem te viu, quem te vê. – Incrível como cada ambiente, não importa onde estejamos, sempre tem um ar diferente, e mesmo lidando com todos os tipos de malucos, o laço familiar é tão presente na UAC. O que alivia a carga que temos− Gostei do visual, e ai? – Questiona curiosamente. Mantendo as sobrancelhas arqueadas, semblante zombeteiro e pés em minha direção.

− Fui orientada a mudar algumas coisas, o cabelo, as minhas roupas. – Tombo a cabeça, buscando olhar para mim mesma. Meus cabelos já foram longos, e no entanto, hoje posso sentir as pontas cacheadas acima dos ombros, doei a maioria das roupas que eu tinha – Você sabe, Derek, não sai por causa de férias acumuladas.

− Bom, vamos para sala de reunião porque a barra vai ser pesada. – Ao pronunciar esta última frase ela tranca os dentes enquanto passamos em torno do amontoado, porem organizado,  de mesas de sempre.

 

Do corredor superior é possível observar os outros agentes especiais prosseguindo com seus afazeres enquanto caminhamos.

 As madeixas louras de J.J já são visíveis para mim antes mesmo de atravessar a entrada já que ela está de frente para a porta, ela tem rugas nas sobrancelhas.

− Tó vendo que o meu caso de boas-vindas vai ser de arrepiar até onde não se tem pelos, você está tão preocupada. – Menciono após Penélope e Derek passam por mim e apoio-me na porta com os braços cruzados. Tanto os dela como quanto os olhos de todos voltam-se para mim e ela imediatamente recebe-me com um abraço acolhedor.

− É ótimo ter você de volta. – Murmura e eu correspondo seu gesto.

− É bom tê-la de volta Rews. – Da ponta da mesa. Seu olhar serio me recepciona e eu assinto. – Quer um tempo para se situar?

− Obrigada Sr. Mas não obrigada, eu acredito que estou pronta– Junto-me a eles na mesa redonda a portas fechadas.

 

De um instante para o outro, um clima pesado se instala quando por falta de acentos, acomodo-me ao seu lado. Quieto, algo raro sabendo que não é assim.

Está tão diferente, deu adeus aos fios longos, ficou muito bonito, o colete preto é diferente da camisa social mas não do restante.

 

Apenas me acomodo. Colocando meus pertences sobre a mesa.  

 

O símbolo da justiça no monitor que está de frente para nós, da lugar a fotos escabrosas de uma colcha de cama coberta de sangue na tela com o clique de Garcia. 

− Com certeza vou precisar de muitos vídeos e fotos de gatinhos e pandas porque esse caso é pra maluco nenhum botar defeito. Bem, a capital do mundo ou como preferirem a cidade que nunca dorme,  precisa da nossa ajuda. Monica Evans, estudante de artes cênicas, 23 anos foi encontrada em um  beco com... ah.... do jeito que vocês podem ver ai e nos seus tablets. – Penélope se recusa a encarar o telão e logo corre para junto do seu notebook com o horror em seu rosto e ela realmente está certa. 

O trancar de lábios e as ondas entorno das sobrancelhas do meu lado da mesa quase chega perto da minha própria reação, meu rosto retorce de modo que meus olhos e posso jurar que os cabelinhos do meu pescoço arrepiarem.

− Quando a gente pensa que já viu de tudo... – Murmuro apoiando o queixo na costa da mão, meu queixo abre-se e meus olhos se arregalam enquanto verifico as informações.

− O rosto e os olhos dela foram removido, o que significa que ele não gosta do que vê ou de quem ele tem toda essa raiva. E o pescoço tem um corte profundo – Hotch menciona da ponta da mesa redonda.

− O teste toxicológico atestou uma alta quantidade de triclorometano. – Rossi detalha.

− Esse corte no pescoço historicamente era para impedir que alguém contasse algo. Já o clorofórmio, o que é muito obvio e antigo, mostra que o elemento pode ser apegado a um acontecimento do passado. – Enquanto balança-se na cadeira, Spencer se pronuncia pela primeira vez gesticulando.

− A necropsia também diz que não houve abuso sexual− Morgan aponta.

−Bom, se não foi pelo sexo só pode ter sido para torturar as vítimas. – J.J também constata junto a sua garrafinha de agua.

− Garcia, procure por crimes envolvendo médicos, enfermeiros e profissões que precisam de habilidades medicas, quem fez isso sabia muito bem o que estava fazendo. Tempo é tudo que temos, temos que solucionar esse caso. Saímos em 30 minutos. –Dando o aval, todos nós nos preparamos para mais um caso.

 

− Oi, o que tem feito? – Me ignora completamente mas pelo fato de que eu saiba que ele não está lendo de fato e apenas esta usando a pasta do caso para fingir, ele passa algumas paginas enquanto andamos no corredor longo que da a visão da parte debaixo do departamento, onde tem algumas salas.

− Estive bem. – Curto e claro. Mas a sentença soa mais como dito para si do que pra mim. Apenas acho. Solto os ombros, e bufo.

 − Da um tempo pra ele. – Como uma águia, Morgan percebe. – Como você pediu, não são todos que sabem. – A proteção fica clara em seus olhos, e a sua mão repousando em meu ombro faz-me sentir acolhida novamente.

−Obrigada.

 

Estudamos o caso no jatinho e cada dupla recebe suas tarefas. Rossi e Morgan verificam a cena do crime, J.J, Hotch ficarão na delegacia e pra minha total surpresa Spencer e eu ficamos com o legista.

Isso será difícil. Penso assim que ouço as instruções.

 

 

−Ela não se alimentou, eu posso dizer que ela foi torturada durante, no máximo dois dias.− A medica legista, que aparenta no máximo 30 anos, junto ao cadáver coberto por um lençol afirma com veemência.

− Como será isso? – Seu sarcasmo faz minhas sobrancelhas arquearem. – Encontrou algum resquício de drogas? – Questiona ao trançar os braços um no outro.

−Além do clorofórmio não. –Nega.

 

Ao longo do dia não obtivemos progressos nas investigações e isso deixa todos frustrados e impacientes.  Infelizmente só saberíamos mais se houvesse mais mortes. O que esperamos que não aconteça. No entanto, Morgan entra na sala disponível pela delegacia ao telefone com a Penélope.

− O que achou Garcia?

– Sr. Eu encontrei alguns casos de mulheres que tiveram partes do corpo cortadas mas nenhuma foi o rosto necessariamente. Então fui mais a fundo e cavei mais e encontrei, o corpo de uma mulher, Amanda Park, foi encontrado um mês atrás também num beco.

− Ela era estudante? – Spencer questiona mas ao mesmo tempo parece distante. Com o cérebro sempre em movimento.

− Não garoto prodígio, ela desapareceu quando estava voltando do cinema com uma amiga. Elas se separaram e nunca mais se viram.  Já estou enviando as fotos.  – Escutamos o teclado soando do outro lado da linha do inicio ao fim até as tais fotos chegarem.

 

Meus olhos se arregalam tanto, que sinto as rugas se formarem e minha boca abrir.

Os cabelos dela eram louros, no lugar da pele clara, haviam cortes –provavelmente de faca – isso faz minhas pernas enfraquecerem, quase caio nesse momento.

 

− O que essa última vítima tem que as outras não tem?  Por que tanta crueldade? – Com as linhas evidentes na sua testa, Morgan reflete com uma mão no queixo e o braço apoiado no outro.

− Pode ser um recado. – A voz de Hotch soa distante. E um mal estar começar a me preencher. Mas não é necessariamente um mal estar.

− Mas pra quem? – Sugestivo, Morgan questiona.

−Pra nós. – Rossi sugere. Eu não consigo ficar mais ali.  

− Com licença. –A passos duros, e não sendo por causa dos meus sapatos altos a medida que deixo a sala como um furacão sentindo olhares cravados em mim.  Não importando-me com o que pensavam, achavam, e cogitavam. Mas mesmo com a visão turva e a cabeça embaralhada passo pelo corredor, de piso espelhando as luminárias, paredes neutras e entro em uma sala vazia qualquer antes de fazer a porta estrondar. Descontando toda a minha angustia.

 

O tormento inquietante aniquila-me cada segundo que passa. Será que... Meu Deus. Não.

 

Não é possível que nem mesmo no trabalho que convenhamos não seja o dos mais convencionais, eu não consigo esquecer a ponto de cogitar tal coisa. Tão insano.

 

A frieza da superfície da mesa toma as palmas das minhas mãos quando sustento-me com os braços cobertos pelo terno branco que eu uso nesse momento e vejo apenas as pontas dos meus cabelos escuros virem para o meio do meu rosto. Sinto meus peito subir e descer tentando me acalmar e a adrenalina fazer meu sangue correr a mais de 100 por minuto, mas repentinamente− ou não – um aroma tão familiar por mim, fez-se presente. Inspiro profundamente antes de girar os pés e encontrar seus olhos.

Sem desferir uma palavra. Seus olhos intrigados encaram-me e quando sua cabeça tomba levemente um sorriso de preocupação surge em seus lábios e torna as maçãs de seu rosto visíveis.

− Não deveria estar  lá resolvendo o caso com os outros? – Aperto os lábios em um sorriso sem expor os dentes e trago uma mexa que insiste em vir para meu rosto para a orelha.

− Deveria, assim como você. – Devolve com certa calma na sua voz. – Rebeca, o que esta havendo?

− Não, nada. – Evito, institivamente, olhar em seus olhos o que sendo minha sentença de que sim, está acontecendo algo. O que lhe dá mais razão para desconfiar.

− Vai mesmo fazer isso de novo? –Parece impaciente. Com um olhar de “ não acredito que você vai mesmo fazer isso” – Vai mesmo querer mentir pra mim dizendo que não tem nada errado quando a verdade esta tão clara?

− O que você quer?

− A verdade. Isso... por acaso tem a ver com o seu sumiço? – Como se pesasse 100 kl viro o rosto ignorando qualquer ação sua. Ou melhor, tentando.

− Eu não sumi tá legal? – Respondo mais alto do que espero mas no entanto é tarde demais pra isso.

− Como não? – Suas sobrancelhas franzem com as linhas verticais entre elas, seu queixo fica mais evidente  − Num dia voltamos de um caso e no outro você não vem mais, como se fugisse e quando eu perguntei por você apenas disseram que você quis tirar férias. – Seus ombros se espremem, meu Deus o que eu fiz? − você espera mesmo que eu acredite que não tem nada de errado, depois de você retornar diferente e quando entrou a primeira substituta pra você eu percebi que talvez você simplesmente quis embora e de repente a noticia de que você voltaria toma conta da UAC mas eu só acreditei quando vi você.  

Não posso culpa-lo, foi quase uma fuga mesmo, naquela manhã fatídica apenas liguei para o Hotch para explicar o que houve e foi ele quem me concedeu esse tempo. E no entanto não quis me justificar para o restante da equipe, não tinha cabeça pra isso porque esse fato abriu uma cratera dentro de mim. Mas não deu para esconder de todos.

− Me desculpa. Mas acredite em mim eu tive meus motivos.  Eu acho que o elemento não faria isso da noite pro dia.− Mudo de assunto sem sair da conversa, selo os olhos quando passo as mãos nervosamente pelo rosto.

−Eu também pensei nisso, inclusive iria dividir isso com o resto da equipe.− Indicou a saída com um estender de braço − afinal um

elemento não ia mudar o seu método de matar mas...− Porem logo

o cair do seu queixo permite que seus dentes fiquem a mostra e

as linhas nas laterais de seus lábios também , as linhas acima das

sobrancelhas ficam eminentes quando seus olhos castanhos

esverdeados se sobressaltam e ele dá dois passos na minha direção. − É isso que está te encomendando? Como você chegou nessa conclusão Beck?

−porque... −Sinto as rugas na testa em meio as minhas sobrancelhas eretas, as partes superiores dos meus olhos expandirem e meus lábios ficam tensos puxados para trás só de

lembrar o medo consome meu estômago. − porque aquela não é a primeira vítima.

−Do que está falando? Como você sabe? − Seus olhos não desgrudam dos meus.

 As suas íris sobem fazendo seus cílios ficarem a menos de um dedo de distância das sobrancelhas e suas narinas dilatam enquanto sua cabeça tomba mais para a direita.  

Sinto a tensão tomar conta dos meus ombros.

− porque seis meses atrás minha irmã morreu com essas mesmas características.

 

Porque, ás vezes, acontecem coisas com as pessoas com as quais elas não estão preparadas para lidar.

Em Chamas


Notas Finais


gente desculpa a demora, mesmo, mas esta aqui e espero que gostem. bem. a historia deles é do meio para o começo ok? então nao estará no começo em si. explicado?
prestem atenção nas entrelinhas ok. tem haver com o crime e a Rebeca. bjs. até mais.


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