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História S.S.O - Socorro, sou o Obidiota! - Tudo é muito complicado!


Escrita por: Mon_ey

Notas do Autor


Hey! Que melhor jeito de chegar na plataforma do que com um Obikaka cheiroso, hm?

A capa é de minha autoria, porém as fanarts contidas nela não, então todos os créditos aos criadores!

Capítulo 1 - Tudo é muito complicado!


Fanfic / Fanfiction S.S.O - Socorro, sou o Obidiota! - Tudo é muito complicado!

— Dá para você parar de me seguir? — Articulei entredentes para Obito quando vi o garoto se esconder no mesmo arbusto que eu.


— Eu não estou te seguindo, Bakakashi! — se defendeu, anuindo mais o corpo. Sempre teve uma estatura muito maior que o indicado para sua idade, diferente de mim, que me escondia perfeitamente bem na moita. — Você é muito nanico, Cruz credo.


— Então por quê você tá aqui?


— Minato-sensei quase me viu e eu tive que pular no primeiro arbusto que enxerguei! Não me culpe porque você estava aqui!


Lancei um último olhar cortante ao moreno antes de voltar a me concentrar no ambiente. Minato-sensei deu a ideia de brincarmos de "caçador", onde mais especificamente nós seríamos a caça e o sensei o caçador, o que era muito difícil, considerando que estávamos jogando com o ninja mais rápido do mundo. Rin, que era pequena e esguia, jogava perfeitamente e se esgueirava por entre as árvores com facilidade.


Por enquanto, eu estava indo muito bem, escondendo-me com cautela e analisando bem possíveis esconderijos que poderiam vir a calhar no futuro. Mas para meu azar, Obidiota estava no meu time e, agora, no MEU esconderijo. O garoto seria um problema, era muito grande e desengonçado, facilmente cairia em seus próprios passos na hora de nos movermos para outro lugar.


— Certo, escute — disse ao Uchiha que viajava na maionese, como de costume. — Nós vamos até aquele arbusto — apontei para um emaranhado de folhas perfeitas. — Em silêncio, me escutou?


— Tá, tá! — reclamou — Isso não deveria ser divertido? É como o esconde-esconde! 


— Cala a boca! — Eu bradei em um sussurro, andando agachado até o local dito com Obito em meus calcanhares.


— Eu só tô dizendo que nós deveríamos nos divertir com isso, e não levar tudo tão a sério! 


— Obito, eu juro que eu vou te dar uma surra se- 


Quando eu já estava pronto para dar uma bronca nele, já no meu último fio de paciência, senti o corpo alheio colidir contra o meu e jogar ambos em um arbusto diferente do planejado.


— AI MEU DEUS! — O Uchiha gritou desesperado quando manchinhas vermelhas se espalharam na palma da mão.


— OBITO, ISSO É UMA MATO RECHEADO DE URTIGAS, SEU ANIMAL!


— Achei vocês! — Minato sensei apareceu de repente com seu típico sorriso simpático. 


Puta que pariu! Eu teria ganhado se não fosse por este Uchiha crianção. Ah, Deus, o que eu fiz para merecer isso?


— Minato-sensei! — Obito chorava copiosamente enquanto coçava seus braços e pescoço. — Tá coçando, tá coçando muito!


Ali parecia que o Sensei finalmente havia se dado conta do que estava acontecendo, pois mudou a feição simpática para uma amedrontada na hora.


— Ai meu deus! — se desesperou — Certo! Obito, Kakashi, vão para fora da floresta imediatamente e me esperem lá para irmos ao hospital. Vou encontrar a Rin.


Fizemos o que nos foi dito, e andamos quietos até a entrada da floresta nos coçando como cachorros pulguentos. Bem, Obidiota parecia um cachorro pulguento, porque eu me recusava a coçar as feridas infernais que estavam visíveis na minha pele clara.


— Como você consegue ficar tão calmo?? — indagou com certa irritação, coçando os braços inchados.


— Eu nunca ficaria como você — alfinetei, ainda irritado com ele por mais cedo.


— Qual é, Bakakashi! Eu só não te dou uma surra porque tá muito difícil de fazer algo agora.


Sorri com deboche por trás da máscara, cruzando meus braços e mantendo meu olhar entediado que eu sabia que o irritava. Obito odiava ser desafiado e ter suas capacidades subestimadas, ainda mais por mim, portanto, apenas disse:


— É, sei.


Ele me encarou, prensando os lábios rosados um contra o outro e traçando uma linha de desgosto. Aqueles lábios, nossa, não tenho como contar as vezes que eles prenderam minha atenção, mais do que deveriam, para ser sincero.


— Como assim "é, sei"? 


— Eu apenas concordei, oras! Você não fica feliz com nada! 


— Eu sei muito bem que esse "é, sei" foi cinismo da sua parte! — me apontou o dedo.


As feridas estavam começando a coçar insuportavelmente àquela altura e tive que me conter para não enfiar as unhas nos vergões em paletas vermelhas e roxas pintando desde minha barriga até as minhas bochechas. Se Minato sensei demorasse mais um pouco eu teria que tirar a maldita máscara na frente do moreno, e eu não queria isso, definitivamente. 


— Oi! — a voz doce de Rin preencheu nossos ouvidos, fazendo com que virássemos em sua direção quase abanando os rabinhos (principalmente o Obito) — Me desculpem pela demora! Achei que ainda estávamos brincando quando o sensei veio me procurar.


— Se não fosse por esse otário, nós estaríamos! — gesticulei para o Uchiha.


— Calado, Bakakashi! — quase choramingou devido a dor.


— Venham aqui, deixem eu aliviar um pouco a dor e coceira de vocês — Rin pediu, utilizando das habilidades de ninjutsu médicos aprendidos com Tsunade-sama. 


A sensação de alívio tomou conta de cada poro do meu corpo, como se um balde d'água fria entrasse em contato com uma pele fervente. Fui incapaz de esconder minha admiração por Rin naquele momento. Mas admiração, somente, diferente do cão babão do Uchiha que não fazia o mínimo esforço para esconder seu olhar bobo e sorriso apaixonado direcionados a ela.


Eu deveria estar acostumado com isso, e eu estava, tecnicamente. Porém ainda doía ver seu crush babar na crush dele, que não é você. Não sei dizer bem quando percebi que meus sentimentos pelo garoto passavam de rivalidade e pirraça, indo para um amor unilateral que guardei e guardo por mais de um ano.


Quando percebi isso eu já estava fodido.


Veja bem; eu estou gostando do meu "rival declarado" — palavras dele — que só não me odeia porque encontrou a palavra competitividade no dicionário primeiro e ainda ama de paixão minha melhor amiga! Vê se isso não é de se comemorar?


Nunca, em toda a minha vida, eu culparia a Rin por coisa alguma; afinal, a culpa não é dela que Obito seja um tapado cego que não vê o quanto estou afim dele. E, na real, se fosse para ele ficar com alguém que não seja eu, prefiro que seja com ela — o que acho um pouco difícil de acontecer, porque eu contei para ela sobre meus sentimentos por ele recentemente. Pensa na menina surtada.


Tirando todos os imprevistos de gostar do meu amigo e colega de equipe, sempre soube disfarçar muito bem — tirando as vezes que acabei zoando ele muito mais do que deveria por nervosismo —, e Obito nunca deu indícios de desconfiança sobre algo, o que me aliviava. Claro, nossas implicações ficaram muito mais frequentes de um ano para cá, mas, como ser retribuído romanticamente estava fora de questão, ao menos incomodá-lo eu poderia — o que vinha fazendo com êxito, vale ressaltar.


Agora, depois de devidamente enfaixados dos pés à cabeça, estávamos nos despedindo de Minato-sensei e Rin antes de acompanharmos as cinturas desaparecerem no caminho, cada um indo para sua casa. Girei nos calcanhares, me dirigindo para a minha casa em silêncio até ouvir batidas fortes no chão e um Uchiha revoltado de bico ao meu lado.


— O que foi? — revirei os olhos sem deixar de caminhar.


— Você é um trapaceiro, Bakakashi! 


— Do que você está falando, Obidiota? — franzi o cenho, não muito paciente para ouvir suas reclamações agora. 


Eu só queria dormir, senhor.


— Dá Rin! Você estava se engraçando para a Rin quando ela foi fazer seus curativos! 


Engasguei, trancando em meio a um passo e me virando para ele. Aquele idiota estava mesmo falando aquilo? Não é possível. 


— Quê?!


— É isso mesmo, seu tarado! Eu sei que você estava sorrindo por debaixo da máscara, todo felizinho com ela te curando. Além do mais, ela te olhou sorrindo de uma forma que jamais olharia para mim… — cutucou seus dedos.


— Dá para parar de falar besteiras? — Pedi, voltando a caminhar, desta vez mais rápido.


— Lógico que não! Escuta aqui, você tá gostando dela?


— Não.


— Mentira!


— Se não vai acreditar em mim, por que raios me perguntou? 


— Porque eu quero a verdade.


— Eu tô falando a verdade, porra!


— Mas eu não sinto isso!


— Daí o problema não é meu — sorri desacreditado, voltando-me mais uma vez para ele ao ter meu braço puxado.


— Kakashi!


— Caralho, Obito! — gritei. — Você acha mesmo que eu faria isso contigo? Sabendo que você gosta dela, acha mesmo que eu faria isso? 


Encaramos um ao outro naquela rua vazia por muito tempo. Sentia meu peito alterado, o coração frenético e a respiração desconcertada. Gostava de Obito, por isso, ele ter achado que eu passaria a perna nele daquela forma me deixou meio mal. Porra, eu sou o rival dele, não talarico.


Ele afrouxou o aperto no meu braço, mas não me soltou.


— Kakashi, eu só estou perguntando algo simples que- 


— Vai tomar no cu, caralho! — Puxei meu braço e saí pisando firme.


— Vai você, seu idiota! — O ouvi gritar de longe.


Sinceramente, estava muito puto para ter um pensamento coerente. Tudo que eu queria era socar a carinha bonita daquele maldito até enfiar na cabeça dura dele que eu não estava dando encima da Rin aquela hora, tampouco que gostava dela. Obito geralmente tem ideias loucas demais, visto sua baixa autoestima e as dúvidas que tem sobre si mesmo, mas me acusar foi demais! 


Gosto daquele trouxa, por isso quero vê-lo feliz, comigo ou não, mas no momento a última coisa que quero é tê-lo na minha frente. Por agora, minha raiva para com aquele ser humano ultrapassa limites. Não queria estar na pele de um ser tão confuso, acho que ele sente o mesmo por mim.


Porra, por que tudo tem que ser tão complicado com ele?


Notas Finais


Ai ai véy, vou me divertir muito escrevendo essa história :'D
Até mais, clã!


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